Notícias de Bonito MS
A revista Guia Quatro Rodas escolheu três passeios turísticos de Mato Grosso do Sul para concorrer com outras 23 de todo o Brasil à "melhor atração do País". Os representantes de Mato Grosso do Sul são a Gruta do Lago Azul e a flutuação no rio Sucuri, ambos em Bonito, e a flutuação no Rio da Prata, em Jardim.
"O Guia Quatro Rodas é uma publicação com credibilidade e renome nacional e internacional; quando eles divulgam algum produto é porque foi checado pessoalmente; para nós é um orgulho ser citado. Isso ajuda muito a divulgação e promoção do Estado, uma vez que muitas pessoas usam o Guia como orientador de produtos e serviços, além de fortalecer a consolidação desses atrativos no mercado", avalia a diretora-presidente da Fundação de Turismo do Estado, Nilde Brun.
Gruta
A caverna possui em seu interior um lago azul com dimensões que a tornam uma das maiores cavidades inundadas do planeta. Após uma descida de 100 metros, o visitante está de frente com um lago de águas intensamente azuladas, cuja profundidade estima-se ser de 90 metros. Suas formações geológicas - não só o teto como o piso da gruta são repletos de espeleotemas de várias formas e tamanhos - despertam a atenção dos turistas e pesquisadores do mundo inteiro. Ninguém sabe ao certo de onde vêm suas águas, acredita-se na existência de um rio subterrâneo, que alimenta o lago.
Flutuação
No rio Sucuri, a flutuação é a parte final de uma caminhada pela mata. A aventura é uma descida de 45 minutos flutuando calmamente ao ritmo da leve correnteza, observando cardumes de diversas espécies de peixes e plantas aquáticas.
No Rio da Prata, é preciso também realizar uma trilha até a nascente do rio Olho D'Água. O turista flutua rio abaixo, percorrendo em torno de 2 km, até o encontro dos rios Olho D'Água e Rio da Prata. Nesse ponto, será possível escolher entre continuar flutuando ou embarcar em um pequeno barco de motor elétrico. O passeio tem duração total em torno de quatro horas.
O vencedor do concurso será escolhido pelos votos dos internautas. Acesse o endereço http://viajeaqui.abril.com.br/premioguia4rodas/ para votar na sua atração sul-mato-grossense preferida.
Botas, bolsas, botinas, cintos masculinos e femininos, alforjes, carteiras, adornos de jóias e pingentes. Essas são algumas das peças a base de couro de jacaré precoce que começam a ser produzidas artesanalmente em Campo Grande, no Mato Grosso do Sul, fruto do desenvolvimento, durante quase 20 anos, do projeto científico/econômico Jacaré-do-Pantanal Precoce. É a primeira vez que o couro deste animal, em reduzida idade, é utilizado na confecção de peças diversas para comercialização mediante encomendas.
A iniciativa é do Centro de Produção do Jacaré Precoce para a Conservação do Jacaré do Pantanal (CEJAP) que funciona como núcleo base do criatório das fazendas conjugadas Cacimba de Pedra-Reino Selvagem, localizadas distante 26 km da cidade de Miranda/MS, no Pantanal sul-mato-grossense. O local é o único no Brasil que hoje desenvolve este animal exclusivamente de forma precoce, denominado assim por alcançar condição de abate entre 12 e 15 meses de idade, ao contrário da criação convencional que permite o abate geralmente após os 24 meses de idade.
A precocidade tende a valorizar ainda mais o couro (já concorrido no mercado internacional), que ganha em qualidade, versatilidade e beleza. "O couro do jacaré-do-Pantanal precoce facilita o processo industrial pelas suas características como menor espessura, maior flexibilidade e resistência o que lhe confere um alto valor agregado, tanto para a indústria quanto para o consumidor final", afirma o proprietário do único criatório de precoces no Pantanal (nas fazendas Cacimba de Pedra-Reino Selvagem), o médico veterinário, Gerson Bueno Zahdi.
A produção das peças a base de couro de jacaré-do-Pantanal precoce é feita artesanalmente em Campo Grande depois que as peles passam por curtimento e pintura. Zahdi estima que o preço final, apesar da qualidade superior do couro, ainda fica abaixo das peças a base de couro tradicional de jacaré. "Em lojas especializadas um par de botas podem custar entre R$ 2,5 mil e R$ 5 mil; o nosso preço final fica entre R$ 2 mil e R$ 3 mil", explica Zahdi. Dentre as peças mais baratas está o cinto masculino - em torno de R$ 300,00 a peça.
MELHORAMENTO GENÉTICO
O desenvolvimento deste animal foi fruto de pesquisas e melhoramento genético. O jacaré é criado em confinamento, sem a incidência de luz solar, o que reduz sensivelmente a calcificação da pele. Tudo seguindo a legislação brasileira que permite a adoção da modalidade Ranching na criação de jacarés. Neste sistema, faz-se a coleta de parte dos avos postos no ambiente natural. A partir daí são colocados em incubadoras, espera-se o nascimento e faz-se a recria.
O cultivo é feito em células climatizadas onde os animais não sofrem incidência da luz solar. Este é um segredo para a qualidade do couro do jacaré produzido na sua propriedade. "A luz do sol promove a síntese da vitamina 'd' no animal, aumentando a calcificação da pele; esta calcificação gera um couro de segunda ou de terceira classes", explica.
O criatório de Zahdi foi implantado entre os anos de 1995 e 1996. No início, levava de dois a três anos para produzir um animal com três quilos/vivo. Com um ano de idade, um jacaré dificilmente passava de 1,5 quilo. Com o passar dos anos, a produtividade e a precocidade passaram a ser o diferencial do trabalho do produtor. "Agora pelo menos 33% do meu plantel leva apenas 12 meses para atingir seis quilos/animal/vivo e é abatido com esta idade", garantiu o criador que está expandindo seu rebanho de jacarés de 12 mil para 18 mil cabeças.
A nona edição do Festival de Inverno de Bonito reuniu cerca de 50 mil pessoas, segundo a assessoria de imprensa do governo de Mato Grosso do Sul.
Neste ano, os shows mais movimentados foram os da cantora Ana Carolina e do cantor Zé Ramalho. As atividades foram desenvolvidas na Praça da Liberdade, onde foi montado o Pavilhão de Artes e o da Galeria Oficial que abrigou a exposição de arte contemporânea. Somente a exposição contou com quase 10 mil visitantes.
Houve, ainda, exibições de filme, shows musicais, encenações de peças, exposições fotográficas e de arte visuais.
A décima edição do Festival será entre 29 de julho a 2 de agosto de 2009.
O primeiro guia de campo sobre sapos, rãs e pererecas do Pantanal foi pré-lançado durante o 8º Intecol (Conferência Internacional sobre Áreas Úmidas), realizado de 20 a 25 de julho em Cuiabá (MT).
Numa linguagem atualizada e de fácil acesso, o "Guia de Campo dos Anuros do Pantanal e Planaltos de Entorno" descreve o ambiente físico do Pantanal e seu entorno, introduz o tema da biologia reprodutiva dos anuros e faz recomendações sobre a conservação das espécies.
São mais de 50 espécies descritas em inglês e português, seguindo as últimas modificações relevantes da literatura científica. Para cada espécie há um texto descritivo e uma foto auxiliando o leitor nas identificações. No final do guia há um glossário que auxilia os não-especialistas a entender termos técnicos relevantes.
Zilca Campos, pesquisadora da Embrapa Pantanal (Corumbá-MS), Unidade da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária - Embrapa, vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, e Domingos de Jesus Rodrigues, professor da UFMT (Universidade Federal do Mato Grosso) são dois dos autores que realizaram o pré-lançamento.
Também assinam a publicação o professor Masao Uetanabaro, do Departamento de Biologia da UFMS (Universidade Federal do Mato Grosso do Sul), e os biólogos Cynthia Prado, da Unesp (Universidade Estadual Paulista) e Marcelo Gordo, da Ufam (Universidade Federal do Amazonas).
Na década de 1980, o professor Masao iniciou a pesquisa sobre as espécies nas regiões de Bodoquena e Miranda, no Mato Grosso do Sul. Nos anos de 1993 e 1994, os autores percorreram todo o Pantanal sul concluindo o levantamento.
O resultado de anos desta pesquisa está reunido neste guia, pioneiro no Pantanal, que atende pesquisadores, biólogos, estudantes, especialistas em turismo e demais interessados.
A pesquisadora Zilca se lembra da trajetória do trabalho, das dificuldades e da persistência de toda a equipe. "O guia é um sonho que se torna realidade", afirma.
Domingos, que liderou a organização do livro, disse que, além de disseminar o conhecimento e auxiliar na conservação, o trabalho tem como intuito fomentar o turismo regional. Em relação a sua importância ecológica, o autor destaca que, por meio das espécies apresentadas no guia, é possível elaborar planos de manejo. "O mapeamento é realizado desde a década de 1980 e informa sobre a distribuição das espécies, sua importância, os habitats específicos."
Outra importância é a capacidade de bioprospecção (técnica utilizada para localizar e calcular o valor econômico de recursos naturais) destas espécies nas áreas da medicina e da bioquímica. Uma espécie de perereca presente no guia, por exemplo, tem capacidade de sobreviver tranqüilamente a uma temperatura de 40 graus exposta ao sol.
Os autores prestam uma homenagem ao professor Masao, pioneiro nos estudos com anfíbios do Pantanal sul-mato-grossense. Disseram que são privilegiados pela oportunidade de conviver com ele para a produção deste guia.
Walfrido Tomás, também pesquisador da Embrapa Pantanal, recebeu um livro autografado no pré-lançamento e declarou que um dos maiores problemas do Brasil é a deficiência de informação para o público, e até mesmo para os cientistas, pela falta de guias de campo.
"Este livro é um modelo a ser seguido, pode ser consultado por qualquer pessoa interessada em conhecer a biodiversidade. Esse guia quebra exatamente essa deficiência de informação e vai mudar a forma como os brejos, as lagoas e os riachos são vistos até agora."
O livro recebeu apoio financeiro da Fapemat (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Mato Grosso), Conservação Internacional, UFMS e UFMT.
O lançamento oficial do Guia de Campo dos Anuros do Pantanal e Planaltos de Entorno será realizado em Manaus, durante o 6º Congresso Mundial de Herpetologia, de 17 a 27 de agosto.
O livro já está disponível para venda pela editora da UFMT e também estará à venda durante o congresso em Manaus.
Bonito (MS) - No palco um casal utiliza o elemento circense da perna de pau para executar um número de equilíbrio, suavidade e acima de tudo paixão. O destino, que atua na vida deste casal a mais de sete anos, garantiu que a paixão que os guiou na vida e na arte pudesse ser expressa neste sábado e no domingo (2 e 3), no palco da Praça da Liberdade, durante o penúltimo dia de atrações do Festival de Inverno de Bonito. Alex e Maria, artistas unidos pela arte, formam a Companhia Fayanko, nascida na Colômbia no final de 2000. Maria se encantou pela técnica circense da perna de pau, apresentada por Alex durante um número de rua.
Apesar de sua experiência com dança instintivamente lhe dizer que as artes não se combinavam, Maria resolveu arriscar e somar seu talento ao do novo companheiro. Alex e Maria, jovens unidos pelo encantamento, formaram desde o primeiro contato um vínculo de amor. A arquiteta que dançava se encantou pelo músico das pernas de pau. Amigos, namorados, marido e mulher. Casaram-se enquanto viajavam por toda a América do Sul. Atuando nos palcos com a mesma paixão com que viveram a vida.
A Equilíbrio e Movimento, nome do espetáculo apresentado pelo casal na noite deste sábado durante o Festival, podem ser acrescentados outros adjetivos. Suavidade e harmonia são dois deles. Mas nem tudo são flores. O casamento acabou, a amizade continua e mesmo assim no palco a química está presente. O destino prega peças. A começar pelo dia e local da apresentação, que deveria acontecer na sexta-feira no chão da praça, uma das apresentações do programa Arte na Rua. Não deu na sexta, que seja no sábado. Choveu no sábado, que seja no palco. E lá o casal apresentou um número de muita harmonia, suavidade e cumplicidade. Eram apenas pernas de pau, diriam alguns. Mas existia o algo mais, um brilho que ninguém explica quando o assunto é arte. Para Alex, uma parte do segredo pode ser explicada pelos constantes treinos e o aquecimento prévio de mais de duas horas. A outra pode ser o amor dos dois, que evolui ao longo dos anos, mas não perde a intensidade. "Onde há fumaça, há fogo", diz entre risos para sua companheira de palco e vida.
Bonito (MS) - Enquanto o povo passa pela praça, Diego Vieira Zório Neto passa despercebido, pelo menos pela maioria das pessoas. Mas alguns, com a curiosidade atiçada, procuram entender as imagens que brotam aos poucos da tela, que remete a temas ambientais.
Talvez por ser um produto de arte que ainda não está pronto, alguns se confundem com o jovem, que lentamente utiliza seus frascos de tinta spray em jatos lentos, mas decididos. Quem acha a cena curiosa demais pára e busca visualizar imagens lúdicas, surreais.
Para Diego, que em Bonito - durante o Festival de Inverno - mantém incógnito seu pseudo-nome campo-grandense (Verme), esse é o lado bacana do grafite. Instigar o público, tanto no momento da produção quanto na contemplação da obra pronta.
Aqui em Bonito, em suas performances de grafite realizadas todos os dias a partir das 16 horas na praça da Liberdade, chama a atenção justamente pela liberdade de fazer o que der na telha. Inclusive a convidar artistas entre povo para completar sua obra.
Verme - ou Diego - diz que iniciou sua carreira nas ruas, aprendeu nas ruas e evolui sua arte nas ruas. "É difícil resistir quando aparece um muro me chamando", afirma, mas fazendo questão de diferenciar sua arte da pichação.
Diz que sua obra esta espalhada por várias ruas de Campo Grande, mas não sabe os nomes, nem das ruas, nem das obras. "O grafite é uma arte de momento, inspiração, sonho. O grafiteiro não liga para essas coisas", garante o artista.
Sua obra sobre o painel ficará completa somente neste domingo (3), último dia do Festival de Inverno de Bonito. Seu trabalho faz parte da programação diária do Festinbonito, mas ainda não se sabe qual o seu destino. "O importante é mostrar o resultado", finaliza.
Bonito (MS) - O público do 9º Festival de Inverno de Bonito vai poder apreciar a arte dos músicos, intérpretes e outros artistas de Mato Grosso do Sul, hoje (3), no projeto Planeta Música que vai acontecer na Grande Tenda do festival, que fica na rua Cel Pilad Rebuá, às 20h30. A entrada é franca.
As questões ambientais e a sustentabilidade das etnias indígenas que vivem no Estado irão dar o tom do show, que tem a direção do descendente de Terena, o tecladista Otávio Neto. 15 músicas de diversos estilos irão compor o repertório. O diretor do espetáculo falou sobre sua produção e suas expectativas para o show:
Como surgiu a idéia deste projeto?
Otávio Neto - A preocupação com o meio ambiente é muito grande. A gente precisa fazer alguma coisa para ajudar. O artista pode ajudar com a arte dele, com sua música. O nosso Estado é muito rico nesse tipo de música que tem o meio ambiente como tema, a terra, a água, o índio. Fiz uma pesquisa e descobri que existem umas 80 músicas com o tema meio ambiente. Foi difícil escolher entre elas, pois são músicas lindíssimas. O princípio mesmo é a preocupação com o meio ambiente. Nossa espada é a música. É nosso canto. O projeto é dividido em temas e nosso show vai abordar a água, a terra, o índio, a violência contra as etnias e a preservação. Sou descendente de Terena, da aldeia de Taunai, com carteira registrada na Funai. Estou formando uma Ong que vai defender os interesses dos indígenas e nossa arte pode contribuir muito para isso. Queremos demonstrar que precisamos de Deus para equilibrar o mundo. Tem muita coisa para ser pensado e trabalhado pelos indígenas. Eles precisam é de ferramentas para trabalhar. Minha Ong tem a pretensão de proporcionar a eles essas ferramentas. Eu sei que eles querem ser auto-sustentáveis, não depender de ninguém e não serem vistos como coitados.
Qual foi o critério de escolha dos artistas?
Nós temos muitos artistas que poderiam ter participado. Escolhi artistas que devido à suas características, poderiam interpretar de uma forma bela as músicas. São eles: Edineide Dias, Melissa Azevedo, Maria Cláudia e Marcos Mendes, Tostão e Guarany, Américo e Nando, Celito Espíndola, Guilherme Rondon, Gilson Espíndola, Zé Geral e Daniel Freitas. Os backing vocals também foram escolhidos para engrandecer o projeto e ficam com a Marta Cel, Priscila, Patrícia Carvalho, Débora Paez, Samuka Nascimento, Marcelo Sas, Maik Brito. A Orquestra Sinfônica com o maestro Eduardo Martineli também vai participar e outros profissionais como Dj Léo Copetti, o grupo de dança Corpomancia, Maurício Copetti no vídeo, Aline Ranelli na cenografia e Espedito Monte Branco na iluminação. A miss MS 2008 vai fazer uma participação. A banda que vai acompanhar os intérpretes é formada por mim no teclado, Alex Mesquita no baixo, Adriel Santos na bateria e percussão e Eliseu Capim no acordeon. O objetivo é dar continuidade a esse projeto e fazer outras edições renovando sempre o elenco.
A cultura indígena inspirou os arranjos que serão executados no show?
A cultura indígena me inspira muito nas minhas composições e de compositores sul-mato-grosenses. No show faremos um canto Terena.
Quais são as expectativas com relação ao público do festival?
O público vai gostar muito do show, pois ele leva à conscientização, vai fazer pensar. Falaremos do ambiente que estamos vivendo por meio do reague, chamamé, polca eletrônica, entre outros estilos. Os artistas são incríveis, cada um com sua musicalidade. A mensagem que queremos transmitir é a de que nós somos responsáveis por este mundo que Deus colocou nas nossas mãos. Mas o equilíbrio está dentro de nós.