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domingo, 03 de agosto de 2008

Planeta Música MS acontece hoje no Festival de Bonito

FestinBonito

Bonito (MS) - O público do 9º Festival de Inverno de Bonito vai poder apreciar a arte dos músicos, intérpretes e outros artistas de Mato Grosso do Sul, hoje (3), no projeto Planeta Música que vai acontecer na Grande Tenda do festival, que fica na rua Cel Pilad Rebuá, às 20h30. A entrada é franca.

As questões ambientais e a sustentabilidade das etnias indígenas que vivem no Estado irão dar o tom do show, que tem a direção do descendente de Terena, o tecladista Otávio Neto. 15 músicas de diversos estilos irão compor o repertório. O diretor do espetáculo falou sobre sua produção e suas expectativas para o show:

Como surgiu a idéia deste projeto?

Otávio Neto - A preocupação com o meio ambiente é muito grande. A gente precisa fazer alguma coisa para ajudar. O artista pode ajudar com a arte dele, com sua música. O nosso Estado é muito rico nesse tipo de música que tem o meio ambiente como tema, a terra, a água, o índio. Fiz uma pesquisa e descobri que existem umas 80 músicas com o tema meio ambiente. Foi difícil escolher entre elas, pois são músicas lindíssimas. O princípio mesmo é a preocupação com o meio ambiente. Nossa espada é a música. É nosso canto. O projeto é dividido em temas e nosso show vai abordar a água, a terra, o índio, a violência contra as etnias e a preservação. Sou descendente de Terena, da aldeia de Taunai, com carteira registrada na Funai. Estou formando uma Ong que vai defender os interesses dos indígenas e nossa arte pode contribuir muito para isso. Queremos demonstrar que precisamos de Deus para equilibrar o mundo. Tem muita coisa para ser pensado e trabalhado pelos indígenas. Eles precisam é de ferramentas para trabalhar. Minha Ong tem a pretensão de proporcionar a eles essas ferramentas. Eu sei que eles querem ser auto-sustentáveis, não depender de ninguém e não serem vistos como coitados.

Qual foi o critério de escolha dos artistas?

Nós temos muitos artistas que poderiam ter participado. Escolhi artistas que devido à suas características, poderiam interpretar de uma forma bela as músicas. São eles: Edineide Dias, Melissa Azevedo, Maria Cláudia e Marcos Mendes, Tostão e Guarany, Américo e Nando, Celito Espíndola, Guilherme Rondon, Gilson Espíndola, Zé Geral e Daniel Freitas. Os backing vocals também foram escolhidos para engrandecer o projeto e ficam com a Marta Cel, Priscila, Patrícia Carvalho, Débora Paez, Samuka Nascimento, Marcelo Sas, Maik Brito. A Orquestra Sinfônica com o maestro Eduardo Martineli também vai participar e outros profissionais como Dj Léo Copetti, o grupo de dança Corpomancia, Maurício Copetti no vídeo, Aline Ranelli na cenografia e Espedito Monte Branco na iluminação. A miss MS 2008 vai fazer uma participação. A banda que vai acompanhar os intérpretes é formada por mim no teclado, Alex Mesquita no baixo, Adriel Santos  na bateria e percussão e Eliseu Capim no acordeon. O objetivo é dar continuidade a esse projeto e fazer outras edições renovando sempre o elenco.

A cultura indígena inspirou os arranjos que serão executados no show?

A cultura indígena me inspira muito nas minhas composições e de compositores sul-mato-grosenses. No show faremos um canto Terena.

Quais são as expectativas com relação ao público do festival?

O público vai gostar muito do show, pois ele leva à conscientização, vai fazer pensar. Falaremos do ambiente que estamos vivendo por meio do reague, chamamé, polca eletrônica, entre outros estilos. Os artistas são incríveis, cada um com sua musicalidade. A mensagem que queremos transmitir é a de que nós somos responsáveis por este mundo que Deus colocou nas nossas mãos. Mas o equilíbrio está dentro de nós.

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