domingo, 03 de agosto de 2008
FestinBonito
Bonito (MS) - Enquanto o povo passa pela praça, Diego Vieira Zório Neto passa despercebido, pelo menos pela maioria das pessoas. Mas alguns, com a curiosidade atiçada, procuram entender as imagens que brotam aos poucos da tela, que remete a temas ambientais.
Talvez por ser um produto de arte que ainda não está pronto, alguns se confundem com o jovem, que lentamente utiliza seus frascos de tinta spray em jatos lentos, mas decididos. Quem acha a cena curiosa demais pára e busca visualizar imagens lúdicas, surreais.
Para Diego, que em Bonito - durante o Festival de Inverno - mantém incógnito seu pseudo-nome campo-grandense (Verme), esse é o lado bacana do grafite. Instigar o público, tanto no momento da produção quanto na contemplação da obra pronta.
Aqui em Bonito, em suas performances de grafite realizadas todos os dias a partir das 16 horas na praça da Liberdade, chama a atenção justamente pela liberdade de fazer o que der na telha. Inclusive a convidar artistas entre povo para completar sua obra.
Verme - ou Diego - diz que iniciou sua carreira nas ruas, aprendeu nas ruas e evolui sua arte nas ruas. "É difícil resistir quando aparece um muro me chamando", afirma, mas fazendo questão de diferenciar sua arte da pichação.
Diz que sua obra esta espalhada por várias ruas de Campo Grande, mas não sabe os nomes, nem das ruas, nem das obras. "O grafite é uma arte de momento, inspiração, sonho. O grafiteiro não liga para essas coisas", garante o artista.
Sua obra sobre o painel ficará completa somente neste domingo (3), último dia do Festival de Inverno de Bonito. Seu trabalho faz parte da programação diária do Festinbonito, mas ainda não se sabe qual o seu destino. "O importante é mostrar o resultado", finaliza.