Notícias de Bonito MS
Caderno Viagem e Aventura
Bonito - Nas entranhas do Brasil
Um mergulho de arrepiar, no escuro
Quem não é habilitado pode fazer flutuação no lago de 80 metros de profundidade dentro do Abismo Anhumas.
O único acesso ao Abismo Anhumas, já se sabe, é por meio de rappel. Se a coragem não for suficiente, desista - mas saiba que você vai se arrepender.
A aventura não pára na descida. Depois de tanto esforço, nada como uma flutuação no lago cristalino da caverna - com cerca de 80 metros de profundidade - para ser feliz.
Os corajosos com certificado de mergulho poderão descer mais 18 metros dentro dágua, que tem temperatura média de 18 graus e visibilidade entre 40 e 50 metros. Neste mundo submerso, vão ficar boquiabertos com as formações calcárias da caverna. De deixar, literalmente, sem fôlego.
Antes do mergulho é feito um reconhecimento de área num bote. Um instrutor dá uma volta, que leva cerca de meia hora, para mostrar os espeleotemas que enfeitam as margens do lago. São verdadeiras obras de arte de até 10 metros de altura! Depois disso, todos voltam para o deck, vestem a roupa de mergulho e caem nágua.
Uma boa dica é treinar um pouquinha a respiração - sempre pela boca - antes de "se jogar" no lago. E tentar não engoliar a água calcária que, dizem, é uma espécie de laxante natural.
Em todo caso, quem precisar de um banheiro de emergência, há um daqueles químicos lá dentro. "É o banheiro com a vista mais bonita", diz Marco Dias Soares, dono da Abismo Anhumas, agência que faz o passeio.
Abismo Anhumas
(67) 255-3313
R$ 315 por pessoa (rappel com flutuação) e R$ 480 o rappel com mergulho.
Caderno Viagem e Aventura
Bonito - Nas entranhas do Brasil
Viagem às entranhas do Brasil
Exploração do Abismo Anhumas exige técnica e concentração. Recompensa são paisagens surpreendentes
Para os instrutores é só mais um dia de trabalho. Para quem pisa naquele território pela primeira vez, é a chance de superar um limite e de ter uma história para contar por toda a vida.
Se depender da motivação dos instrutores e de quem já passou por essa inesquecível experiência, considere-se lá dentro. O instigante Abismo Anhumas é uma das maiores aventuras do País. Ele fica na área do Vale Anhumas, a mesma em que há outras atrações que merecem a visita, como a famosa Gruta do Lago Azul.
Quem se aproxima da "boca" da estreita fenda não imagina que poucos metros abaixo irá se deparar com um salão de dimensões similares às de um campo de futebol. Ali dentro, um novo mundo se revela. Tenha consiência de que, para desbravá-lo, você terá de encarar um rapel negativo - sem contato com o paredão - de 72 metros de altura. Isso na hora de descer e, obviamente, na de subir!
A descida não leva mais que cinco minutos, mas é tempo suficiente para sentir o coração disparar, as mãos suare e os olhos buscarem detalhes escondidos. O ponto de chegada é num deck flutuante onde outros monitores esperam para dar o apoio necessário. Nele, há tempo para repor as energias com um leve lanchinho e se preparar para dar uma volta de bote ao redor do lago. Mas não é só isso. Também é possível fazer uma flutuação ou até mergulhar nas águas cristalinas da caverna.
Preparativos
A equipe de instrutores chega cedo para preparar os equipamentos. O clima é de total alegria. Parece até que vai rolar uma grande festa. E não deixa de ser! Na véspera do passeio, todos os participantes são obrigados a fazer um treinamento indoor, onde receberão as recomendações para a experiência.
Geralmente, as pessoas descem em dupla. Aos que não se sentirem seguros, o ideal é descer na companhia de um dos instrutores. Cada um vai numa corda. É bom estar preparado para as brincadeiras e testes de coragem que os instrutores promovem durante o percurso. Mas basta seguir as instruções que tudo flui naturalmente. Como se todos fossem especialistas.
Só não vale se esquecer de curtir cada centímetro que os olhos possam alcançar nesse espetáculo revelador da natureza. São imagens que ficarão gravadas para sempre na memória.
Escalada
Cada "explorador" controla seu ritmo. Para voltar ao topo, serão muitas paradas para conferir a paisagem, olhar para baixo, para cima, descansar... O tempo médio da subida é de 30 a 40 minutos. O importante é ficar atento. Paciência e decicação não faltam aos instrutores. Tudo é muito bem explicado, repetido e conferido para dar segurança ao aprendiz. Só não vale tocar nas rochas.
E eles ajudam os turistas a soltar a imaginação para enxergar as mais variadas figuras formadas nas rochas. "Veja o rosto do índio", diz Aladdin, um dos instrutores, apontando para uma rocha. "Olha aquela estalactite". E por aí vai.
E, quando sentem que a pessoa está relaxando, os guias logo soltam alguma piada, mas em tom de completa austeridade. "Meu avô desceu mais rápido porque ele gosta de adrenalina", brinca Vadu, numa tentativa de colocar mais emoção no trajeto. E quando alguém pergunta sobre o histórico acidente... "O mais grave foi quando quebrei a unha", ironiza ele.
Uma coisa que eles não se cansam de avisar é para não encostar no "stop", que freia a corda. O aparato aquece e pode queimar a pele, os cabelos, a roupa... "O perigo é entrar alguns fios de cabelo no stop, quando a pessoa olha para baixo", conta Maiko. Esse tipo de ocorrência para eles é um incidente, acidente nunca!
Eles contam que certa vez um "gringo" - que não falava nem água em português - enroscou a camisa no stop e os instrutores tiveram de içá-lo. "Ele aprendeu a falar rapidinho: me tira daqui", lembra Maiko, entre gargalhadas.
E o que acontece se a pessoa parar, por medo, no meio do caminho? "A gente desce junto e vai acalmando, conversando", conta Maiko. E funciona mesmo! "Eles passam muita segurança, não senti medo em momento algum", diz a catarinense Joana Farias, de 21 anos.
Registros
Toda pessoa que quer praticar qualquer esporte de aventura tem de assinar um termo de responsabilidade, que leva o título de Declaração de Conhecimento de Risco. Mas, no fim dessa aventura, quem completar a façanha vai assinar o livro dos sobreviventes. O melhor é saber que todos os que assinaram o tal termo também assinaram o livro dos sobreviventes. Ufa!
Nos registros do último livro, que começou em 2002, há assinaturas de gente de todo canto do Brasil e do mundo (do Rio Grande do Sul a Pernambuco e do Paraguai à Nova Zelandia). Entre os corajosos que encararam a aventura, segundo o livro dos sobreviventes, o mais novo tem 11 anos e o mais velho, pasmem, 72. "Quem entra no abismo sai outra pessoa", resume o guia Rogério Alves.
Rede Globo
As férias de julho chegaram e lá em Mato Grosso do Sul, a época é de lembrar do Pantanal e de animais selvagens, não é? Com certeza, mas a região guarda muitas outras surpresas para o turista.
São cenários de tirar o fôlego, como o Parque Nacional da Serra da Bodoquena. Um paraíso que você vai conhecer e que não pode ficar fora da sua agenda de férias.
É no Parque Nacional da Serra da Bodoquena que nascem os rios de água cristalina de Mato Grosso do Sul. Na nascente do rio da Prata começa a surgir o rio Formoso e bem pertinho nasce outro rio de água transparente: é o Sucuri.
Em busca dessas águas cristalinas uma família do Rio de Janeiro chegou a Bonito. Na trilha, surpresa! Tucano, cotia, mutum, uma ave em extinção. Na beira do Rio, uma comparação inevitável. ?O olho dele é azul, parece até o fundo do mar?, disse uma turista.
A nascente é um aquário natural. Dá até pra ver que a água nasce do subsolo. Não é permitido nadar. Os turistas só podem entrar no rio Sucuri. Mãe e filho flutuam, de mãos dadas, ao lado de piraputangas. ?A sensação é a de que você está realmente integrada, que você mora no aquário, é muito legal", disse Ana Beatriz Fernandes, gerente de recursos humanos.
Beleza dentro e fora do rio. Em Bonito, é preciso estar sempre com a câmera na mão. O espaço para cada "clic" é disputado. Uma outra trilha fica em Bodoquena, ao lado de Bonito. A mata guarda segredos. A seiva do bacuri, fruto de uma palmeira, era usada pelos índios como colírio. Uma turista faz o teste.
Algumas horas de caminhada levam à Boca da Onça, uma cachoeira com 156 metros de altura, o equivalente a um prédio de 50 andares. É a maior cachoeira de Mato Grosso do Sul.
Um dos pontos mais difíceis da trilha exige muita resistência. O grupo começa a subir uma escada de 866 degraus. Uma parada pra respirar e hidratar o corpo. Chegar cerca de uma hora e meia depois é uma vitória.
Vista do mirante, a imagem é inesquecível. ?Não tenho palavras. Cansa muito, mas é lindo?, disse Marcelo Carvalho, representante comercial.
Do alto, o rio Salobra é apenas um fio de água cristalina protegido por imensos paredões de pedra.
Na tentativa de expulsar de vez os "castelhanos" da região, foi criado em 1797, o Presídio de Miranda, nas terras da Fazenda Bonito. Em torno do presídio sugiu o povoado de Bonito que enfrentou, depois, a guerra do Paraguai.
Mas não só de história vive Bonito. Grutas pré-históricas, cachoeiras, lagoas, baías, nascentes, monumentos, sítios arqueológicos, folclore e artesanato tornam este lugar um dos mais belos do Estado. A diversidade de belezas naturais, as águas cristalinas, as cachoeiras de Mimoso com espetáculo da piracema, o Rio Aquidabãn descendo por encostas de morros e prados, as quedas de água e lindas piscinas naturais oferecem, ao turista, passeios inesquecíveis em qualquer época do ano. A Gruta do Lago Azul fica para sempre gravada na memória de quem penetra em seu interior, seu profundo, límpido e cristalino lago cercado por paisagens milenares, nos fazem voltar ao passado imaginando o homem primitivo abrigando-se em suas cavernas. Conhecer Bonito, é conhecer um dos lugares mais belos do mundo e, que na certa, faz jus ao seu nome. Na falta de adjetivos para melhor traduzir o que vêem, os turistas mergulham nas águas de Bonito e chegam a compará-lo com as de Cancún ou Fernando de Noronha. Do um azul intenso e cristalino, repeletos de peixes e plantas, os rios de Bonito fazem desta pacta cidade do interior de Mato Grosso do Sul uma das regiões mais visitadas por estrangeiros do Brasil. Vizinha do Pantanal mas com relevo e natureza bem diferentes, a região é repleta de grutas, corredeiras e trilhas que atraem também os turistas mais aventureiros.
Praticamente desconhecida até cinco anos atrás, Bonito foi ganhando fama nos últimos tempos e, apesar da modesta infraestrutura - somente a rua principal é asfaltada de ponta a ponta -, já oferece mais de 30 hotéis e pousadas, agências de turismo e dezenas de guias credenciados. Suas atrações agradam a todos os gostos - para quem tira férias coma família, quem quer curtiação a dois ou apenas paz e natureza. Afinal, como diz a placa na entrada da cidade, o que é Bonito é para se ver.
AVENTURA NO MS
A 330 km de Campo Grandes, turista tem 40 passeios à disposição, mas o número de visitações é limitado
Bonito conquista por beleza e organização
FERNANDO DONASCI
ENVIADO ESPECIAL A BONITO (MS)
Considerada a "menina dos olhos" do Mato Grosso do Sul, a serra da Bodoquena, no sul do Estado, guarda belezas naturais encantadoras que atraem 70 mil turistas durante o ano, em busca de diversão e paz. Há 15anos no caminho dos aficionados, Bonito é o grande responsável pelo fluxo de amantes da natureza.
De Campo Grande, capital sul-mato-grossense, são 330 km para chegar aos municípios de Bonito, Jardim Miranda, Porto Martinho e Bodoquena,cidades que servem de apoio às regiões do Pantanal e do Nabileque e que são o portal de acesso às fronteiras do Brasil com o Paraguai e a Bolívia.
Três horas e meia de viagem de carro conduzem o visitante de Campo Grande a Bonito, que, em uma primeira impressão, parece ser apenas um pequeno e pacato município. No centro da cidade, a sensação é de um lugar cheio de vida, mas de pouco contato humano, havendo apenas bonitenses (moradores da região).
sso porque os visitantes do local certamente estão ocupados com a enorme diversidade de atrativos naturais para todas as idades.
A riqueza da fauna e a beleza da vegetação, de diversos tipos e tamanhos, podem ser vistas por toda parte. Muitas espécies são raras e estão em extinção. A preservação do local é uma conquista da organização e da preocupação dos próprios moradores, que fazem do município um dos maiores pólos turísticos do país, atraindo pessoas do mundo inteiro.
Quase todos os lugares abertos para visitação são de propriedade particular e estão dentro de fazendas. Algumas desenvolvem apenas as atividades turística e de preservação natural. Outras procuram harmonizar a pecuária com o ecoturismo. A fragilidade ambiental da região motivou o controle do número de visitantes.
Em Bonito existem mais de 40 atrativos turísticos. Nos passeios de cachoeiras, o número de visitantes por guia varia entre 12 a 15pessoas, com intervalo de 30 minutos para a saída de cada grupo. Nos de flutuação, o número diminui, variando entre oito a dez pessoas por guia, também com intervalo de 30 minutos entre cada grupo. Segundo Jussara Coinete Veron, presidente do Bonito Convention & Visitors Bureau, inaugurado nesta semana, cada passeio recebe de 150 a 350visitantes por dia.
"Os mais sensíveis são as cavernas e as flutuações em nascentes." A limitação tem um motivo: "Bonito é um modelo e tem um projeto inovador de ecoturismo. Existem critérios de mínimo impacto, de sustentabilidade dos passeios", explica José Zuquim, da operadora Ambiental, uma das pioneiras no destino sul-mato-grossense.
Assim, quando o turista chega a Bonito, deve obrigatoriamente passar por uma agência local para agendar seus passeios, pegar os respectivos"vouchers" e seguir para o atrativo acompanhado de um guia de turismo.A reserva antecipada é fundamental.
Os passeios podem ser mais ou menos radicais e mais ou menos familiares, mas, em todos, o turistas estará cercado de fauna e flora,tanto nas grutas do Lago Azul e de São Miguel quanto na Praia da Figueira ou nas cavernas.
Entrar em um buraco ou em uma caverna pode parecer claustrofóbico, mas,de fato, é deslumbrante. As cavernas e grutas dessa região são obras de arte da natureza. Numa delas, estalactites brilham. São mil reflexos coloridos espelhando-se no lago.
Comece pela gruta do Lago Azul. Após percorrer uma trilha, onde avistam-se espeleotemas -formações minerais nas cavernas-, visualiza-se o lago de águas muito azuis e com mais de 80 m de profundidade. Pela beleza e fragilidade, a área da gruta foi transformada em monumento natural, garantindo sua preservação. Depois, siga para a gruta de São Miguel, sem água, mas encantadora, a 16 km do centro.
Apesar de ser conhecido como um lugar de esportes radicais e de ecoturismo, Bonito tem opções para agradar a famílias. A Praia da Figueira, a 14 km do centro, é um exemplo. Há pouco mais de um ano, o mirante foi erguido em torno de uma figueira centenária. Depois do almoço, é o lugar predileto de preguiçosos. As águas cristalinas ficam cercada de piraputangas e de curimbas.
Fernando Donasci viajou a convite do Zagaia Eco-Resort e do Bonito Convention &Visitors Bureau.
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Inaugurado na segunda-feira, o Convention & Visitors Bureau do município busca aliar lazer a negócios
Bonito quer se destacar na área de eventos
DO ENVIADO ESPECIAL A BONITO (MS)
Bonito inaugurou na segunda-feira o seu Convention & VisitorsBureau. Os C&VBs são reconhecidos mundialmente como receita de sucesso para o fomento da atividade econômica e do turismo de negócios.Com a abertura do seu C&VB, a cidade pretende fortalecer ações de sustentabilidade.
"Nossa principal ação é incluir Bonito como um destino de eventos e não só de lazer e ecoturismo", diz Jussara Coinete Veron, presidente doBC&VB.
Com 40 atrações para cativar o turista, Bonito é destaque de turismo sustentável no país. Segundo Veron, um dos objetivos do Convention é discutir sobre "a capacidade de carga e suporte para que o nosso ambiente, muito frágil, consiga suportar, de forma organizada a chegada de visitantes". Por dia, cada um dos 40 passeios pode receber de 150 a350 pessoas.
Com a fundação do Convention, o município pretende contar com as suas belezas naturais e a infra-estrutura adquirida em mais de dez anos,desde que despontou como destino de ecoturismo, para atrair eventos.
"Esse é o grande salto em termos de visão de mercado. Temos infra-estrutura adequada, acesso rodoviário e aéreo, diversidade de atrativos e área apropriada para realização de eventos."
Em setembro será inaugurado um espaço para eventos de 4.500 metros quadrados e capacidade para 1.500 pessoas, com três auditórios, praça de alimentação, bares e restaurantes. O investimento privado para sua construção foi de R$ 5 milhões.
Pelo site www.bcvb.com.br/bcvbé possível contatar agências de receptivo, hotéis e pousadas, bares e restaurantes, além de obter informações sobre o município. O site da Atratur (Associação dos Proprietários de Atrativos Turísticos de Bonito e Região) www.atrativosbonito.com.br traz informações sobre passeios.
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Grutas, cavernas e rapel em abismo tomam o dia durante estada
Dosar passeios aumenta rendimento do turista
DO ENVIADO ESPECIAL A BONITO (MS)
É preciso saber dosar os vários passeios em Bonito para não se exaurir logo de cara. Entre grutas, balneário, aquário, arvorismo, cavernas, trilhas e rapel, há atividades que tomam o dia todo, como o abismo Anhumas, que, aliás, precisa de um dia e meio -uma parte só em treinamento.
Portanto tente intercalar, entre um passeio pesado e outro, tours mais leves, como a flutuação no rio da Prata, o aquário ou a gruta de São Miguel. Para realizar as flutuações no rio da Prata (www.riodaprata.com.br) e no Aquário Natural, o visitante deve caminhar pelas trilhas da mata ciliar. Nada mal, pois observam-se animais silvestres e árvores centenárias, como os ipês, as aroeiras e as perobas. Ao chegar até as nascentes dos rios, começa uma das experiências mais interessantes de Bonito. O turista entra em um imenso aquário de águas cristalinas e se desloca tranqüilamente em meio a dezenas de espécies de peixes e de plantas aquáticas, com cores e formas de infinita beleza. O importante é deixar-se levar pela suave correnteza.
Descobre-se um mundo totalmente fantástico sem precisar fazer treinamento, embora os guias passem algumas orientações.
Antes mesmo de entrar na trilha, tanto máscara e snorkel como roupa e bota de neoprene são usados pelo turista e estão inclusos nos pacotes. Mas quem tem uma máscara em casa deve levar, pois as oferecidas no passeio podem não se ajustar perfeitamente ao rosto. Uma deliciosa comida típica sul-mato-grossense, servida na sede da fazenda, aguarda o turista para o almoço.
Outro dos pontos turísticos "leves" e interessantes é o balneário municipal, uma praia exótica localizada a dois quilômetros do centro. O lugar é mais freqüentado pelos moradores da região. Ali, nada-se com as piraputangas voadoras, um dos peixes da região mais conhecidos pelos enormes saltos dados para fora da água atrás de alimentos.
Para os dias em que o viajante tem mais disposição, escolha a estância Mimosa. O roteiro tem início a 22 km de carro da região central. Chega-se à casa-sede da fazenda. O passeio é uma caminhada por trilha pela mata preservada na qual se passa por oito cachoeiras cristalinas e de várias quedas. Há pontos de banho em piscinas naturais. Não há como não ver animais silvestres. Eles estão por todos os lados. Divirta-se com um jacaré que vive em um lago próximo ao receptivo ser alimentado com pedaços de fígado em bife e corajosas galinhas arriscarem suas vidas tentando roubar-lhe o alimento.
Outro tour para iniciados é a Boca da Onça. A mais alta das cachoeiras do Estado, com 156 m de altura, fica a 55 km do centro e é ideal para praticantes e apreciadores de esportes radicais: o rapel de 90 metros de altura é pura aventura. Uma plataforma de 34 metros de comprimento projeta-se no abismo, proporcionando uma descida repleta de adrenalina pelo paredão com inúmeras grutas e um magnífico visual sobre o cânion do rio Salobra.
Se quiser aumentar a adrenalina, não deixe de ir ao abismo Anhumas, uma cavidade no chão com profundidade de 72 metros, onde o turista desce e sobe de rapel, fazendo uma verdadeira viagem a outro planeta. Há magníficas formações geológicas na parte seca (espeleotemas), que são como esculturas produzidas pela natureza. Junto, há um lago de água cristalina do tamanho de um campo de futebol. Abaixo de sua superfície, os praticantes de mergulho livre se deparam com enormes estruturas em formas de cones, com até 16 metros de altura.
A única entrada de luz, nesse passeio, é por uma fenda entre duas rochas. A enorme caverna é escura e fria, mas, sem dúvida, é um dos atrativos mais belos da região. O passeio requer um treinamento obrigatório antes da descida. Para o mergulho autônomo é necessário uma credencial. O abismo fica a 22 km do centro da cidade, e o acesso só é possível por uma estrada de terra.
(FERNANDO DONASCI)
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Churrasco, jacaré e pratos sul-mato-grossenses também integram menu regional, mas também há pizzaria
Peixes de rio roubam a cena sobre a mesa
DO ENVIADO ESPECIAL A BONITO (MS)
Peixe, jacaré e churrasco são algumas das figuras mais presentes nos fornos e fogões de Bonito. O pintado ao molho de urucum do Cantinho do Peixe é uma boa maneira de começar a explorar o mundo dos peixes de rio servidos na cidade. A porção é farta e custa R$ 35 para duas pessoas.Quem não dispensa doces deve dar um pulo na confeitaria Vício da Gula.Já os amantes de um cafezinho expresso devem fazer sua parada no Espaço43, onde também funciona uma galeria de arte.
Aqueles que têm ganas de provar pratos exóticos não devem perder a chance de experimentar a carne de jacaré. Ela é a especialidade do restaurante Castelabatte(0/xx/67/255-1713). Além dos pratos típicos, a cidade tem pizzarias e culinária árabe. A culinária japonesa é representada pelo restaurante Sale e Pepe (0/xx/67/255-1822). A italiana fica por conta da Spagheteria Santa Esmeralda (0/xx/67/255-1943). Há vários restaurantes no estilo self-service. Os preços variam de R$ 10,90 a R$ 12 o quilo,como no restaurante Tapera, que entre os três tipos de carne servidos por dia, mantém sempre uma opção de peixe.
O restaurante Casarão, além do self-service, tem rodízio de peixe. Os pratos sul-mato-grossensessão indispensáveis para quem vai à região. Eles podem ser degustados nas sedes das fazendas nas quais acontecem visitas turísticas. Basta pedir, na reserva, que o almoço esteja incluído. Eles custam de R$ 12 aR$ 16 por pessoa. Há ainda os restaurantes de categoria superior dos hotéis que funcionam somente com reservas, como o do Zagaia Eco - Resort o do Wetega Hotel.
Caninha
Para os amantes da cachaça, o bar Taboa é obrigatório. Lá há um exemplar de cana curtida em canela, guaraná em pó, mel e outros segredos. (FERNANDO DONASCI)
Esta tranquila cidade do interior localizada no Estado de Mato Grosso do Sul, além de possuir muitas velezas naturais, ainda tem uma população acolhedora, o local possui ótima infra-estrutura, para atender o turista.
Bonito, contém inúmeras atrações, para o turista conseguir desfrutar melhor delas, o ideal é que reserve no mínimo quatro dias, sem contar que cada passeio tem um limite máximo de visitantes, em alta temporada, é preciso fazer reserva com antecedência. Todos os paseios são pagos, sendo que o rapel e mergulho autônomo têm preços maiores.
Para a realização da maioria dos passeios, o calçado ideal é o tênis ou a papete (uma sendália de dado, feita de borracha).
Na maioria dos passeios, o protetor solar e o repelente, não poderão ser usados, para conservar as águas e os peixes.
Quase todas as estradas que dão acesso aos passeios são de terra e a velocidade máxima recomendada fica em torno de 30 a 40 Km/h.
As condições climáticas podem impedir ou dificultar a realização de alguns passeios. As águas possuem uma grande quantidade de calcário e magnésio, isto as tornam límpidas e transparentes, e se ingeridas podem fazer mal ao estômago.
Pontos de Mergulho
Gruta do Mimoso
Fica a 35 km do centro, uma das cavernas mais bonitas do mundo para o mergulho. É possível entrar quase 70 metros, atingindo uma profundidade máxima em torno de 20 metros, além de várias formações de estalactites no teto e nas paredes. O mergulhador poderá ver o salão dos cones, um salão imenso com formações calcáreas de quase 8 metros de altura.
Obs: Para entrar no salão dos cones e outras áreas fora do circuito turístico, é preciso treinamento de mergulho em cavernas de nível "intro to cave" ou equivalente.
Lagoa Misteriosa
A 40 km de Bonito no município de Jardim, a Lagoa, impressiona por sua profundidade e transparência. Nos meses de inverno, a visibilidade ultrapassa os 40 metros. O acesso é bastante difícil.
Discovery Dive
Para quem não tem treinamento e quer experimentar a sensação de mergulhar com equipamento. É possível mergulhar por aproximadamente 30 minutos, após ter recebido toda a orientação de segurança.
Serra da Bodoquena
Localizada na porção centro-sul do Estado de Mato Grosso do Sul e abrange os municípios de Jardim, Bonito, Bodoquena e Porto Murtinho.
Pontos Turísticos
Abismo Anhumas: Uma abertura no chão despenca como um abismo vertical.
Alto Formoso: Passeio de flutuação nas águas límpidas do rio.
Reserva Ecológica Baía Bonita: Snorkeling nas águas mais transparentes do mundo.
Estas e muitas outras atrações, o turista que for a Bonito poderá comprovar.
O Abismo Anhumas desafia os aventureiros a um rappel negativo com 72 metros de altura, o equivalente a um prédio de 30 andares
São Paulo - Atrativo turístico mais radical de Bonito (MS), o Abismo Anhumas desafia os aventureiros a um rappel negativo (quando o praticante não tem contato com a superfície) com 72 metros de altura, o equivalente a um prédio de 30 andares.
A descida abissal, realizada em meio a um cenário cavernoso e fantasmagórico, tem por objetivo alcançar o Lago Anhumas, um poço de águas geladas e cristalinas situado no fundo da caverna. Faz frio lá embaixo. Ali, pode-se optar entre fazer a flutuação com snorkel e pés-de-pato ou o mergulho autônomo, para o qual é necessário o certificado básico - qualquer pessoa que tenha o Open Water Diver está habilitada a fazê-lo. Isso porque, apesar de ser uma caverna, o mergulho é considerado em águas abertas por conta da extensão do lago, que chega a 80 metros de profundidade! Os mergulhadores, no entanto, podem alcançar de 18 a 20 metros.
Mas vale observar que, por medida de prevenção contra impactos ambientais, o passeio exige grupos pequenos - no máximo 16 pessoas visitam o local por dia. A idade mínima é de 13 anos. E mais: na véspera da expedição, a equipe do Abismo Anhumas realiza um treinamento específico sobre as técnicas de descida e de ascensão e sobre os procedimentos de segurança que envolvem a aventura. Força física não é pré-requisito. A técnica é o mais importante.
Além do mais, cerca de 90% dos visitantes do Anhumas declaram nunca terem tido contato com rappel ou outra atividade ligada a técnicas verticais. A expedição, no entanto, não é recomendada para gestantes. Aos fotógrafos amadores ou profissionais uma dica: a caverna é muito grande e escura. Tirar instantâneos é permitido - e recomendado -, mas tenham à mão filmes com ASA 400 ou mais sensíveis à luz. Para o uso de tripé é preciso uma autorização prévia.
De dezembro a março, raios solares iluminam o lago e dão um realce todo especial à aventura. Preço por pessoa: R$ 315 para o rappel com flutuação e R$ 480 para o rappel com mergulho autônomo (com a Igarapé Dive, 0--67-255-3879). Contatos e reservas pelo (0--67) 255-3313; www.abismoanhumas.com.br.