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Notícias de Bonito MS

Do ponto de vista ecológico, a bióloga Mariana Coelho Miraulti, do CRAS (Centro de Reabilitação de Animais Silvestres), não titubeia ao afirmar que para o Pantanal, santuário de preservação ambiental, o melhor transporte é o trem. Pela vagarosidade (anda de 20 a 35 quilômetros por hora) e o barulho, que chama a atenção dos animais.

"O trilho faz barulho. O trem vem devagar e os vagões passam todos de uma só vez até chegar aonde querem. É o transporte mais eficiente, ecológico para aquela região [Pantanal]".

Para 2010, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), prometeu ativar o Trem do Pantanal, neste trecho de Miranda até Corumbá. No dia 8, ele inaugurou a volta do trem no trecho Campo Grande até Miranda. Desativado na década de 90, quando os trilhos perderam espaço pela rapidez e viabilidade econômica impostos pelas rodovias, toda a linha férrea em Mato Grosso do Sul foi sucateada e, agora, são necessários a aplicação de milhões em cifras para recuperar os trilhos que chegam até a fronteira com a Bolívia.

No trecho de 240 quilômetros de Corumbá até Miranda, na região do Rio Paraguai, o Midiamax flagrou 20 animais mortos, sendo ao menos cinco tamanduás e os outros, pássaros, jacarés, gambás.

A legislação ambiental não é rigorosa. Só pune com multa de até R$ 5 mil e prisão de 1 ano e meio [menos de 6 anos são medidas fora das grades] os motoristas flagrados em alta velocidade e que atropelam de propósito os bichos ao jogar o veículo na direção deles na pista. "Mas, isso é muito difícil de ser flagrado. A não ser que haja testemunhas", explica o capitão da PMA (Polícia Militar Ambiental) Edmilson Queiroz.

Proprietários rurais recompõe áreas de Reserva Legal e Áreas de Preservação Permanente com a ajuda de empresas interessadas em neutralizar carbono e contribuir com a conservação dos recursos naturais de Bonito e região.

De um lado, paira sobre a cabeça do produtor rural a espada da lei ambiental, que o obriga a preservar ou recompor com árvores nativas no mínimo 20% de sua propriedade (Reserva Legal) - no caso do Sudeste, Sul, Centro-Oeste e Nordeste, isto sem levar em consideração as Áreas de Preservação Permanentes - APPs, que também devem ser mantidas intactas. De outro lado, há produtores que mal têm dinheiro para investir nas lavouras anuais e na pecuária, o que se dirá no plantio de árvores.

A boa notícia é que os produtores rurais de Bonito e Jardim, MS, atualmente tem a possibilidade de recompor áreas com espécies nativas sem gastar praticamente nada. Trata-se do Programa Plante Bonito, desenvolvido pelo Instituto das Águas da Serra da Bodoquena - IASB.

O Plante Bonito é um programa pioneiro de recuperação das matas nativas da Serra da Bodoquena, onde as mudas utilizadas nos plantios são patrocinadas por empresas de diversos ramos, e também por pessoas físicas e escolas.

Funciona assim: Para participar do Plante Bonito basta o produtor rural preencher um Formulário de Cadastramento da Propriedade (disponível no escritório do IASB). Caso sua área seja selecionada, será assinado um Contrato de Doação de Mudas para reflorestamento, onde o produtor interessado se compromete a colaborar com o plantio e a zelar pelas mudas. Conforme as mudas são patrocinadas por empresas, escolas e pessoas físicas, o IASB irá realizar o plantio na fazenda e por um período de 2 anos fará o monitoramento das mudas e a sua reposição, caso haja a morte de alguma. Assim, as mudas não possuem nenhum custo para o produtor rural. No entanto, destacamos que o Plante Bonito fornece apenas as mudas das árvores nativas e o plantio das mesmas, sendo a manutenção (coroamento, irrigação, limpeza, dentre outros) por conta do proprietário.

O Programa Plante Bonito foi lançado em novembro de 2007 com o plantio de 80 mudas nas margens do córrego Restinga, em Bonito/MS. E atualmente conta com o apoio de 14 empresários, 02 escolas e 02 associações que possibilitaram até o momento o plantio de 1.600 mudas em 07 propriedades rurais distintas, localizadas em 02 municípios de MS, Bonito e Jardim. Além disso, como as mudas são plantadas em períodos chuvosos, o IASB acumula por enquanto um saldo de 200 mudas para serem plantadas na próxima estação.

Como pode ser visto, com o apoio empresarial está sendo possível reflorestar áreas desmatadas, principalmente matas ciliares, buscando a conservação dos recursos hídricos e a manutenção de todas as formas de vida que dele dependem. Para as empresas participantes do Programa, além do reconhecimento pela atitude louvável de conservação dos recursos naturais, outro benefício é a neutralização de carbono.

A volta do Trem do Pantanal ecoou hoje na sessão da Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul. O coro de críticas partiu desde deputados da oposição até parlamentares da bancada de sustentação do governo de André Puccinelli (PMDB). O líder do PT na Casa, Paulo Duarte deu início aos apontamentos ressaltando que a concessionária da malha ferroviária oeste no Estado, a América Latina Logística (ALL), "sucateou a malha e acabou com o patrimônio".

Duarte, que no ano passado fez uma representação contra a empresa no Ministério Público Federal (MPF), disse que vai novamente acionar a procuradoria, pois o contrato de concessão do serviço deve ser revisado, já que compromissos firmados não foram cumpridos, como o aumento da malha ferroviária no Estado e a conservação dos trilhos.

A utilização do nome "Trem do Pantanal" também é considerada, pelos deputados, um engodo. "Ele não é o Trem do Pantanal, que só começa mesmo em Miranda. Antes disso, você não tem a vegetação [típica] e ainda não tem a fauna", disse Duarte. Ele ainda completou que o prefeito de Corumbá, Ruiter Cunha (PT), fez o trajeto inaugural e lamentou que tudo o que viu foram "dois jegues e quatro pardais". "É mais uma concessionária que veio aqui para o Mato Grosso do Sul para ganhar dinheiro. Nós não podemos enganar a população", declarou.

Para Antonio Braga (PDT), "não dá nem pra chamar aquilo de trem". O parlamentar fez críticas à segurança do transporte e destacou que não houve qualquer reformulação da via permanente. "O retorno do trem é uma grande panacéia, apenas para justificar os investimentos que a empresa não fez", afirmou.

O companheiro de bancada pedetista Onevan de Matos também considerou absurda a velocidade do trem. Apesar do argumento da empresa de que seriam 30 quilômetros por hora, por se tratar de uma viagem contemplativa, Onevan afirma que o trem viajou a 10 quilômetros por hora. De fato, na viagem inauguração, o percurso entre Aquidauana e o distrito de Palmeiras, que deveria levar 1h30, demorou pouco mais de 2 horas.

Segundo os deputados, a velocidade inferior a 30 quilômetros por hora é necessária porque os dormente da via não comportariam "aceleração" maior.

Pedro Kemp (PT) afirmou ainda que nunca viu tanta propaganda na televisão e considerou uma falta de respeito do governo do Estado convidar o presidente Lula para viajar em um trem que nem mesmo chega ao Pantanal.

A única voz a defender o Trem do Pantanal foi a do deputado Antonio Carlos Arroyo (PR). Ele considerou os apontamentos quanto à falta de segurança uma inverdade, pois os trilhos foram inspecionados por técnicos do governo Federal, que não colocariam o presidente Lula no trem se ele não fosse seguro. "É lógico que ainda falta muito para o Trem do Pantanal ser ideal", ressalvou, mas destacou que a enxurrada de críticas não passava de demagogia.

O Clube de Xadrez Pantanal através do seu presidente Augusto Cesar Samaniego, comunica que o Grand Prix do Pantanal está cancelado for força maior. O motivo do cancelamento são os problemas extra tabuleiros e o endividamento do Clube de Xadrez Pantanal, segundo o presidente do Clube, Augusto Cesar Saminego.

Será marcada uma reunião com os enxadristas que participaram, para definir o cronograma de ressarcimento das inscrições. \"Pedimos mil desculpas ao enxadristas, e contamos com a compreensão de todos\", afirmou Augusto Cesar Samaniego.

Mais uma vez, o público sul-mato-grossense está convidado a despertar os sentidos para vivenciar uma experiência inesquecível: conhecer todo o Estado de Mato Grosso do Sul em um só espaço. É a Feira Internacional e 2º Salão de Turismo de Mato Grosso do Sul, que acontece de 27 a 31 de maio, no Pavilhão Albano Franco, na capital sul-mato-grossense, com uma programação gratuita cheia de atrações.

Assim como na primeira edição do evento, em outubro de 2007, que recebeu um público de 15 mil pessoas, e terminou com estimativa de negócios de R$ 6,8 milhões, sendo contemplada com o selo Prêmio Top de Turismo da ADMB, este ano a programação é voltada tanto para o público interno (sul-mato-grossenses), quanto aos turistas nacionais e estrangeiros.

A diretora-presidente da Fundação de Turismo de Mato Grosso do Sul (Fundtur) e também presidente do Fórum Nacional de Dirigentes e Secretários Estaduais de Turismo (Fornatur), Nilde Brun, explica que a Feira Internacional e 2º Salão de Turismo de Mato Grosso do Sul é muito mais que um evento: é uma estratégia de desenvolvimento e fortalecimento do Destino Mato Grosso do Sul.

"É um momento ímpar, em que o governo estadual, o trade turístico e os gestores municipais estão empenhados em promover a diversificação da matriz econômica do Estado, incluindo o turismo como uma dessas vertentes, divulgando o Estado em âmbito nacional e internacional, e isso faz do evento um dos grandes méritos desse processo."

Salão

As 10 regiões turísticas do Estado - Caminho dos Ipês; Bonito - Serra da Bodoquena; Caminhos da Fronteira; Cone Sul; Grande Dourados; Vale das Águas; Costa Leste; Rota Norte; Pantanal; e Vale do Aporé - estarão representadas em amplos estandes, decorados especialmente com imagens, sons e cores, onde será distribuído material de divulgação de cada região.

Os países da América do Sul e os Estados que compõem a CTI SUL - Santa Catarina, Paraná e Rio Grande do Sul - e o Brasil Central - Mato Grosso, Goiás e Distrito Federal - também terão espaço garantido para difundir seus destinos turísticos mais relevantes.

Vitrine MS

Uma grande vitrine de produtos regionais estrá exposta no evento com peças de artesanato e artes plásticas das regiões; além de produtos da agricultura familiar, no Espaço Saber Fazer. Estão programadas também manifestações culturais regionais de música e dança no palco principal do evento e a realização de oficinas e palestras sobre temas relacionados ao turismo.

Outro ponto forte será a praça de alimentação, onde serão comercializados, a preços populares, os pratos típicos, salgados e doces, de cada região turística do Estado. O Festival Gastronômico vai demonstrar que a nossa gastronomia é um diferencial competitivo para o turismo no Estado.

Feira

Os negócios são outra atração do evento, tanto para o trade turístico, quanto para o consumidor final, já que no Balcão de Comercialização, as agências de viagens filiadas à Associação Brasileira de Agências de Viagens (ABAV), em parceria com o Grupo de Operadoras de Turismo de MS (GOPAN), estarão disponibilizando aos visitantes pacotes de viagens para destinos turísticos de Mato Grosso do Sul com preços bastante atrativos, diretamente ao consumidor.

Paralelamente, haverá a rodada de Negócios entre agências e operadoras e a comercialização dos roteiros de MS com operadoras nacionais e internacionais. Operadores de turismo e jornalistas do segmento nacionais e internacionais estarão participando de missões promocionais, conhecendo in loco os roteiros turísticos do Estado.

Saiba quais municípios integram cada uma das regiões turísticas:

CAMINHO DOS IPÊS - Ribas do Rio Pardo, Nova Alvorada do Sul, Campo Grande, Jaraguari, Terenos, Rochedo, Corguinho, Rio Negro, Sidrolândia, Dois Irmão do Buriti (sede da reunião);

BONITO - SERRA DA BODOQUENA - Bodoquena, Bonito, Jardim (sede da reunião), Guia Lopes da Laguna, Bela Vista, Nioaque, Caracol, Porto Murtinho;

CAMINHOS DA FRONTEIRA - Amambai (sede da reunião), Antonio João, Aral Moreira, Coronel Sapucaia, Laguna Carapã, Paranhos, Ponta Porã, Sete Quedas, Tacuru;

CONE SUL - Juti, Naviraí, Itaquiraí, Iguatemi, Eldorado (sede da reunião), Japorã, Mundo Novo;

GRANDE DOURADOS - Maracaju, Rio Brilhante, Douradina, Itaporã, Deodápolis, Glória de Dourados, Fátima do Sul, Dourados (sede da reunião), Vicentina, Caarapó;

VALE DAS ÁGUAS - Angélica, Batayporã, Ivinhema, Jateí, Nova Andradina (sede da reunião), Novo Horizonte do Sul, Taquarussu;

COSTA LESTE - Aparecida do Taboado, Selvíria, Três Lagoas (sede da reunião), Brasilândia, Santa Rita do Pardo, Bataguassu, Anaurilândia;

ROTA NORTE - Bandeirantes, Camapuã, São Gabriel d´Oeste (sede da reunião), Rio Verde, Coxim, Pedro Gomes, Sonora, Figueirão, Alcinópolis, Costa Rica;

PANTANAL - Corumbá (sede da reunião), Miranda, Aquidauana, Ladário, Anastácio;

VALE DO APORÉ - Paranaíba (sede da reunião), Cassilândia, Inocência, Água Clara, Chapadão do Sul

Alguns dos principais jornais e revistas brasileiros nas áreas de economia e turismo marcaram presença na viagem inaugural do novo Trem do Pantanal e registraram algumas das belezas naturais do Pantanal de Miranda, no Mato Grosso do Sul. Jornalistas e fotógrafos fizeram toda a viagem entre Campo Grande e Miranda no último dia 09, cruzaram a Serra de Maracaju, almoçaram em Aquidauana e presenciaram a festa da população em Miranda com a chegada do trem na noite de sábado.

Em seguida, os jornalistas da Gazeta Mercantil, Folha de São Paulo, Revista Viaje Mais, Revista Panorama Rural, O Estado de São Paulo, Brasilturis, Gazeta do Povo e Jornal de Turismo seguiram para as fazendas conjugadas Cacimba de Pedra/Reino Selvagem onde ficaram hospedados e participaram de um jantar em comemoração ao retorno do Trem do Pantanal. A recepção foi feita pela proprietária e responsável pela estrutura turística do espaço, empresária Rosaura Dittmar.

Neste jantar, oferecido pela Prefeitura de Miranda, os jornalistas provaram da suculenta costela bovina pantaneira além de carne de jacaré - "frito" e a "moda Reino Selvagem". Na manhã do domingo, os jornalistas circularam próximo à sede das fazendas para fotografar tucanos, papagaios e araras.

A principal visita, no entanto, foi junto ao Centro de Produção do Jacaré Precoce para a Preservação do Jacaré do Pantanal (CEJAP), uma estrutura com capacidade para desenvolver, em cultivo, mais 20 mil jacarés. A visita foi monitorada pelo proprietário das fazendas e idealizador do CEJAP, Gerson Bueno Zahdi, que é também médico veterinário.

Zahdi explicou alguns detalhes sobre desenvolvimento, abate precoce e aproveitamento de carne e couro. Seu projeto é o único no mundo a desenvolver jacaré-do-Pantanal precoce. O animal obtém esta condição quando atinge, com 12 a 15 meses de idade, peso suficiente para bate (em torno de seis a sete quilos). Com esta idade e peso, aproveita-se toda a carne do animal, e não só o filé da cauda. Por serem criados sem receber a incidência de luz solar, os animais apresentam um couro de alta qualidade, sem calcificação.

Durante a visita ao CEJAP os jornalistas também puderam posar para fotos segurando filhotes de jacaré e ao lado de animais considerados prontos para o abate. Logo depois visitaram o Centro de Reprodução, onde ficam os jacarés adultos, que executam a função de matrizes do projeto econômico/científico.

Após a visita nas fazendas, o grupo seguiu para a cidade de Miranda onde fizeram um rápido tour. Conheceram o Rio Miranda, suas chalanas e barcos e visitaram o Centro Referencial da Cultura Terena. Em seguida, os jornalistas seguiram de carro para o Aeroporto Internacional de Campo Grande de onde embarcaram para seus estados.

Após 14 anos fora dos trilhos o Trem do Pantanal a transportar passageiros de Campo Grande a Corumbá. De acordo com a Associação dos Ferroviários, o último trem de passageiros de Bauru com destino a Corumbá foi ao final de fevereiro de 1995 e no Estado de Mato Grosso do Sul circulou no dia (01.05.1996), no trajeto Campo Grande/Ponta Porã.

A primeira viagem de trem de passageiros, envolvendo a estrada da Noroeste, aconteceu em 1920, no trecho Bauru até Três Lagoas. O trem passou a circular de Bauru a Corumbá, no ano de 1953, com o término das obras do trecho de Porto Esperança em dezembro de 1952.

O surgimento da ferrovia simbolizou o desenvolvimento da capital. Antes da ferrovia era uma pequena vila. Em 1992, Campo Grande tinha oito mil habitantes. Nesta época começou a migração de paulistas, gaúchos, mineiros. Já em 1930, Campo Grande contava com 12 mil habitantes.

No dia 06 de fevereiro de 1914, foi construída a primeira edificação do atual complexo ferroviário, a estação de passageiros. Toda a área de embarque com estrutura de ferro e a cobertura com telhas de barro e um área ao lado, maior com bilheteria. A Estação Ferroviária foi ampliada no ano de 1924.

Conforme relato do historiador Gilmar Arruda, "os trilhos são o suporte material para a memória do trabalho de homens anônimos. Pode-se arranca-los e, construir qualquer coisa em seu lugar, e após cem anos, alguma coisa ou alguém fará lembrar que por ali passava a ferrovia e perguntará dos homens humildes e anônimos".

História da Construção da estrada de ferro

A estrada de ferro construída em Mato Grosso do Sul teve como principal mão-de-obra os japoneses. Desiludidos pelas fazendas cafeeiras, ficaram entusiasmados com os salários para construir a ferrovia. Em apenas um dia de trabalho garantia o mesmo ganho de um mês inteiro no Japão, assim vieram eles para a chamada Terra da promissão. Vieram pela Argentina, descendo o Rio Paraguai, até chegar o Porto Esperança, base das obras ferroviárias de Mato Grosso.

Os operários eram divididos em grupo de 15 homens, e eram encarregados de construir 10 quilômetros. Trabalhadores normais ganhavam três mil reis por dia, quem trabalhava na ferrovia ganhava cinco mil, cerca de três ienes, equivalente ao salário mensal de um professor no Japão.

O período foi muito difícil e provocou muitas mortes de operários. Muitos corpos de trabalhadores, mortos por doenças como a malária, em vez de serem enterrados ao longo dos trilhos, eram empilhados e incinerados em pilhas de lenha. Os ossos eram recolhidos e em sacos que eram levados de volta ao acampamento. Até que alguém se encarregasse de levar os restos mortais para o Japão, onde finalmente ganhavam em sepultamento digno.

O projeto da ferrovia começou a ser discutido em 1851. O traçado original seria da Capital do Império, ligando até a cidade de Vila Bela da Santíssima Trindade, em Mato Grosso, passando pelas cidades de São João Del Rei (MG), Goiás e Cuiabá.

No governo de Afonso Pena a preferência foi para o traçado Corumbá, em vez de Cuiabá. A partir de 1908 iniciava-se a obra em duas frentes, Bauru a Corumbá. Em 1910 toda a estrada era ligada ao primeiro trecho (Bauru e Itapura). Já o segundo trecho ficou pronto em 1914 até Porto Esperança. O Trecho entre Ponta Porá/Campo Grande começou em 1936 e foi concluído em 1953.

Providências para a volta do Trem

O governador André Puccinelli se encontrou com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Durante a reunião foi discutido entre o governador e o presidente a volta do Trem do Pantanal. Lula afirmou que viajaria no Trem do Pantanal. O governador voltou a Mato Grosso do Sul se reunião com secretários e prioriza o andamento do Projeto.

No dia 13/07/2007 acontece a reunião com a Serra verde, que confirma o interesse do grupo em investir no Trem do Pantanal. No dia 17/12/2007 é assinado o termo de compromisso com a ALL e a Serra Verde, para recuperação dos trilhos e a reativação do trem de passageiros.

No dia 31/01/2008 acontece a reunião onde é apresentado o projeto turístico em prol da volta do Trem do Pantanal.

A visita técnica aos pontos turísticos aconteceu no dia 13/02/2008, com a finalidade de fazer um estudo amplo das potencialidades e o que precisa para fortalecer o setor de turismo do Estado de Mato Grosso do Sul. Neste mesmo ano é iniciada a recuperação da malha ferroviária entre Campo Grande e Miranda, sendo investidos cerca de R$ 10 milhões pela ALL.

Em fevereiro de 2009, o governo do Estado de Mato Grosso do Sul, inicia a reforma das estações ferroviárias. Obras concluídas no final de abril de 2009. A execução do projeto foi fundamental para a reativação do Trem do Pantanal, e a primeira viagem aconteceu no dia 08 de Maio de 2009, contando com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Além da estação do Indubrasil o governo do Estado de Mato Grosso do Sul, com o objetivo de trazer de volta o trem de passageiro para reforçar o potencial turístico de Campo Grande e de vários municípios, foram construídas obras em: Piraputanga, Aquidauana, Taunay e Miranda. Sendo que os prédios foram restaurados e os locais que estavam abandonados urbanizados.

Atualmente a estação do Indubrasil substitui a antiga, localizada no centro de Campo Grande, sob a responsabilidade da empresa Noroeste do Brasil (Nob). Após a privatização, em maio de 1996, o transporte de passageiros foi suspenso em todo o Estado de Mato Grosso do Sul ficando desativado até os dias de hoje e ativado no dia 08 de maio de 2009.