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Notícias de Bonito MS

Rede Globo

As férias de julho chegaram e lá em Mato Grosso do Sul, a época é de lembrar do Pantanal e de animais selvagens, não é? Com certeza, mas a região guarda muitas outras surpresas para o turista.

São cenários de tirar o fôlego, como o Parque Nacional da Serra da Bodoquena. Um paraíso que você vai conhecer e que não pode ficar fora da sua agenda de férias.

É no Parque Nacional da Serra da Bodoquena que nascem os rios de água cristalina de Mato Grosso do Sul. Na nascente do rio da Prata começa a surgir o rio Formoso e bem pertinho nasce outro rio de água transparente: é o Sucuri.

Em busca dessas águas cristalinas uma família do Rio de Janeiro chegou a Bonito. Na trilha, surpresa! Tucano, cotia, mutum, uma ave em extinção. Na beira do Rio, uma comparação inevitável. ?O olho dele é azul, parece até o fundo do mar?, disse uma turista.

A nascente é um aquário natural. Dá até pra ver que a água nasce do subsolo. Não é permitido nadar. Os turistas só podem entrar no rio Sucuri. Mãe e filho flutuam, de mãos dadas, ao lado de piraputangas. ?A sensação é a de que você está realmente integrada, que você mora no aquário, é muito legal", disse Ana Beatriz Fernandes, gerente de recursos humanos.

Beleza dentro e fora do rio. Em Bonito, é preciso estar sempre com a câmera na mão. O espaço para cada "clic" é disputado. Uma outra trilha fica em Bodoquena, ao lado de Bonito. A mata guarda segredos. A seiva do bacuri, fruto de uma palmeira, era usada pelos índios como colírio. Uma turista faz o teste.

Algumas horas de caminhada levam à Boca da Onça, uma cachoeira com 156 metros de altura, o equivalente a um prédio de 50 andares. É a maior cachoeira de Mato Grosso do Sul.

Um dos pontos mais difíceis da trilha exige muita resistência. O grupo começa a subir uma escada de 866 degraus. Uma parada pra respirar e hidratar o corpo. Chegar cerca de uma hora e meia depois é uma vitória.

Vista do mirante, a imagem é inesquecível. ?Não tenho palavras. Cansa muito, mas é lindo?, disse Marcelo Carvalho, representante comercial.

Do alto, o rio Salobra é apenas um fio de água cristalina protegido por imensos paredões de pedra.

Na tentativa de expulsar de vez os "castelhanos" da região, foi criado em 1797, o Presídio de Miranda, nas terras da Fazenda Bonito. Em torno do presídio sugiu o povoado de Bonito que enfrentou, depois, a guerra do Paraguai.

Mas não só de história vive Bonito. Grutas pré-históricas, cachoeiras, lagoas, baías, nascentes, monumentos, sítios arqueológicos, folclore e artesanato tornam este lugar um dos mais belos do Estado. A diversidade de belezas naturais, as águas cristalinas, as cachoeiras de Mimoso com espetáculo da piracema, o Rio Aquidabãn descendo por encostas de morros e prados, as quedas de água e lindas piscinas naturais oferecem, ao turista, passeios inesquecíveis em qualquer época do ano. A Gruta do Lago Azul fica para sempre gravada na memória de quem penetra em seu interior, seu profundo, límpido e cristalino lago cercado por paisagens milenares, nos fazem voltar ao passado imaginando o homem primitivo abrigando-se em suas cavernas. Conhecer Bonito, é conhecer um dos lugares mais belos do mundo e, que na certa, faz jus ao seu nome. Na falta de adjetivos para melhor traduzir o que vêem, os turistas mergulham nas águas de Bonito e chegam a compará-lo com as de Cancún ou Fernando de Noronha. Do um azul intenso e cristalino, repeletos de peixes e plantas, os rios de Bonito fazem desta pacta cidade do interior de Mato Grosso do Sul uma das regiões mais visitadas por estrangeiros do Brasil. Vizinha do Pantanal mas com relevo e natureza bem diferentes, a região é repleta de grutas, corredeiras e trilhas que atraem também os turistas mais aventureiros.

Praticamente desconhecida até cinco anos atrás, Bonito foi ganhando fama nos últimos tempos e, apesar da modesta infraestrutura - somente a rua principal é asfaltada de ponta a ponta -, já oferece mais de 30 hotéis e pousadas, agências de turismo e dezenas de guias credenciados. Suas atrações agradam a todos os gostos - para quem tira férias coma família, quem quer curtiação a dois ou apenas paz e natureza. Afinal, como diz a placa na entrada da cidade, o que é Bonito é para se ver.

AVENTURA NO MS

A 330 km de Campo Grandes, turista tem 40 passeios à disposição, mas o número de visitações é limitado

Bonito conquista por beleza e organização

FERNANDO DONASCI
ENVIADO ESPECIAL A BONITO (MS)

Considerada a "menina dos olhos" do Mato Grosso do Sul, a serra da Bodoquena, no sul do Estado, guarda belezas naturais encantadoras que atraem 70 mil turistas durante o ano, em busca de diversão e paz. Há 15anos no caminho dos aficionados, Bonito é o grande responsável pelo fluxo de amantes da natureza.

De Campo Grande, capital sul-mato-grossense, são 330 km para chegar aos municípios de Bonito, Jardim Miranda, Porto Martinho e Bodoquena,cidades que servem de apoio às regiões do Pantanal e do Nabileque e que são o portal de acesso às fronteiras do Brasil com o Paraguai e a Bolívia.

Três horas e meia de viagem de carro conduzem o visitante de Campo Grande a Bonito, que, em uma primeira impressão, parece ser apenas um pequeno e pacato município. No centro da cidade, a sensação é de um lugar cheio de vida, mas de pouco contato humano, havendo apenas bonitenses (moradores da região).

sso porque os visitantes do local certamente estão ocupados com a enorme diversidade de atrativos naturais para todas as idades.

A riqueza da fauna e a beleza da vegetação, de diversos tipos e tamanhos, podem ser vistas por toda parte. Muitas espécies são raras e estão em extinção. A preservação do local é uma conquista da organização e da preocupação dos próprios moradores, que fazem do município um dos maiores pólos turísticos do país, atraindo pessoas do mundo inteiro.

Quase todos os lugares abertos para visitação são de propriedade particular e estão dentro de fazendas. Algumas desenvolvem apenas as atividades turística e de preservação natural. Outras procuram harmonizar a pecuária com o ecoturismo. A fragilidade ambiental da região motivou o controle do número de visitantes.

Em Bonito existem mais de 40 atrativos turísticos. Nos passeios de cachoeiras, o número de visitantes por guia varia entre 12 a 15pessoas, com intervalo de 30 minutos para a saída de cada grupo. Nos de flutuação, o número diminui, variando entre oito a dez pessoas por guia, também com intervalo de 30 minutos entre cada grupo. Segundo Jussara Coinete Veron, presidente do Bonito Convention & Visitors Bureau, inaugurado nesta semana, cada passeio recebe de 150 a 350visitantes por dia.

"Os mais sensíveis são as cavernas e as flutuações em nascentes." A limitação tem um motivo: "Bonito é um modelo e tem um projeto inovador de ecoturismo. Existem critérios de mínimo impacto, de sustentabilidade dos passeios", explica José Zuquim, da operadora Ambiental, uma das pioneiras no destino sul-mato-grossense.

Assim, quando o turista chega a Bonito, deve obrigatoriamente passar por uma agência local para agendar seus passeios, pegar os respectivos"vouchers" e seguir para o atrativo acompanhado de um guia de turismo.A reserva antecipada é fundamental.

Os passeios podem ser mais ou menos radicais e mais ou menos familiares, mas, em todos, o turistas estará cercado de fauna e flora,tanto nas grutas do Lago Azul e de São Miguel quanto na Praia da Figueira ou nas cavernas.

Entrar em um buraco ou em uma caverna pode parecer claustrofóbico, mas,de fato, é deslumbrante. As cavernas e grutas dessa região são obras de arte da natureza. Numa delas, estalactites brilham. São mil reflexos coloridos espelhando-se no lago.

Comece pela gruta do Lago Azul. Após percorrer uma trilha, onde avistam-se espeleotemas -formações minerais nas cavernas-, visualiza-se o lago de águas muito azuis e com mais de 80 m de profundidade. Pela beleza e fragilidade, a área da gruta foi transformada em monumento natural, garantindo sua preservação. Depois, siga para a gruta de São Miguel, sem água, mas encantadora, a 16 km do centro.

Apesar de ser conhecido como um lugar de esportes radicais e de ecoturismo, Bonito tem opções para agradar a famílias. A Praia da Figueira, a 14 km do centro, é um exemplo. Há pouco mais de um ano, o mirante foi erguido em torno de uma figueira centenária. Depois do almoço, é o lugar predileto de preguiçosos. As águas cristalinas ficam cercada de piraputangas e de curimbas.

Fernando Donasci viajou a convite do Zagaia Eco-Resort e do Bonito Convention &Visitors Bureau.

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Inaugurado na segunda-feira, o Convention & Visitors Bureau do município busca aliar lazer a negócios

Bonito quer se destacar na área de eventos

DO ENVIADO ESPECIAL A BONITO (MS)

Bonito inaugurou na segunda-feira o seu Convention & VisitorsBureau. Os C&VBs são reconhecidos mundialmente como receita de sucesso para o fomento da atividade econômica e do turismo de negócios.Com a abertura do seu C&VB, a cidade pretende fortalecer ações de sustentabilidade.

"Nossa principal ação é incluir Bonito como um destino de eventos e não só de lazer e ecoturismo", diz Jussara Coinete Veron, presidente doBC&VB.

Com 40 atrações para cativar o turista, Bonito é destaque de turismo sustentável no país. Segundo Veron, um dos objetivos do Convention é discutir sobre "a capacidade de carga e suporte para que o nosso ambiente, muito frágil, consiga suportar, de forma organizada a chegada de visitantes". Por dia, cada um dos 40 passeios pode receber de 150 a350 pessoas.
Com a fundação do Convention, o município pretende contar com as suas belezas naturais e a infra-estrutura adquirida em mais de dez anos,desde que despontou como destino de ecoturismo, para atrair eventos.

"Esse é o grande salto em termos de visão de mercado. Temos infra-estrutura adequada, acesso rodoviário e aéreo, diversidade de atrativos e área apropriada para realização de eventos."

Em setembro será inaugurado um espaço para eventos de 4.500 metros quadrados e capacidade para 1.500 pessoas, com três auditórios, praça de alimentação, bares e restaurantes. O investimento privado para sua construção foi de R$ 5 milhões.

Pelo site www.bcvb.com.br/bcvbé possível contatar agências de receptivo, hotéis e pousadas, bares e restaurantes, além de obter informações sobre o município. O site da Atratur (Associação dos Proprietários de Atrativos Turísticos de Bonito e Região) www.atrativosbonito.com.br traz informações sobre passeios.

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Grutas, cavernas e rapel em abismo tomam o dia durante estada

Dosar passeios aumenta rendimento do turista

DO ENVIADO ESPECIAL A BONITO (MS)

É preciso saber dosar os vários passeios em Bonito para não se exaurir logo de cara. Entre grutas, balneário, aquário, arvorismo, cavernas, trilhas e rapel, há atividades que tomam o dia todo, como o abismo Anhumas, que, aliás, precisa de um dia e meio -uma parte só em treinamento.

Portanto tente intercalar, entre um passeio pesado e outro, tours mais leves, como a flutuação no rio da Prata, o aquário ou a gruta de São Miguel. Para realizar as flutuações no rio da Prata (www.riodaprata.com.br) e no Aquário Natural, o visitante deve caminhar pelas trilhas da mata ciliar. Nada mal, pois observam-se animais silvestres e árvores centenárias, como os ipês, as aroeiras e as perobas. Ao chegar até as nascentes dos rios, começa uma das experiências mais interessantes de Bonito. O turista entra em um imenso aquário de águas cristalinas e se desloca tranqüilamente em meio a dezenas de espécies de peixes e de plantas aquáticas, com cores e formas de infinita beleza. O importante é deixar-se levar pela suave correnteza.

Descobre-se um mundo totalmente fantástico sem precisar fazer treinamento, embora os guias passem algumas orientações.

Antes mesmo de entrar na trilha, tanto máscara e snorkel como roupa e bota de neoprene são usados pelo turista e estão inclusos nos pacotes. Mas quem tem uma máscara em casa deve levar, pois as oferecidas no passeio podem não se ajustar perfeitamente ao rosto. Uma deliciosa comida típica sul-mato-grossense, servida na sede da fazenda, aguarda o turista para o almoço.

Outro dos pontos turísticos "leves" e interessantes é o balneário municipal, uma praia exótica localizada a dois quilômetros do centro. O lugar é mais freqüentado pelos moradores da região. Ali, nada-se com as piraputangas voadoras, um dos peixes da região mais conhecidos pelos enormes saltos dados para fora da água atrás de alimentos.

Para os dias em que o viajante tem mais disposição, escolha a estância Mimosa. O roteiro tem início a 22 km de carro da região central. Chega-se à casa-sede da fazenda. O passeio é uma caminhada por trilha pela mata preservada na qual se passa por oito cachoeiras cristalinas e de várias quedas. Há pontos de banho em piscinas naturais. Não há como não ver animais silvestres. Eles estão por todos os lados. Divirta-se com um jacaré que vive em um lago próximo ao receptivo ser alimentado com pedaços de fígado em bife e corajosas galinhas arriscarem suas vidas tentando roubar-lhe o alimento.

Outro tour para iniciados é a Boca da Onça. A mais alta das cachoeiras do Estado, com 156 m de altura, fica a 55 km do centro e é ideal para praticantes e apreciadores de esportes radicais: o rapel de 90 metros de altura é pura aventura. Uma plataforma de 34 metros de comprimento projeta-se no abismo, proporcionando uma descida repleta de adrenalina pelo paredão com inúmeras grutas e um magnífico visual sobre o cânion do rio Salobra.

Se quiser aumentar a adrenalina, não deixe de ir ao abismo Anhumas, uma cavidade no chão com profundidade de 72 metros, onde o turista desce e sobe de rapel, fazendo uma verdadeira viagem a outro planeta. Há magníficas formações geológicas na parte seca (espeleotemas), que são como esculturas produzidas pela natureza. Junto, há um lago de água cristalina do tamanho de um campo de futebol. Abaixo de sua superfície, os praticantes de mergulho livre se deparam com enormes estruturas em formas de cones, com até 16 metros de altura.

A única entrada de luz, nesse passeio, é por uma fenda entre duas rochas. A enorme caverna é escura e fria, mas, sem dúvida, é um dos atrativos mais belos da região. O passeio requer um treinamento obrigatório antes da descida. Para o mergulho autônomo é necessário uma credencial. O abismo fica a 22 km do centro da cidade, e o acesso só é possível por uma estrada de terra.

(FERNANDO DONASCI)

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Churrasco, jacaré e pratos sul-mato-grossenses também integram menu regional, mas também há pizzaria

Peixes de rio roubam a cena sobre a mesa

DO ENVIADO ESPECIAL A BONITO (MS)

Peixe, jacaré e churrasco são algumas das figuras mais presentes nos fornos e fogões de Bonito. O pintado ao molho de urucum do Cantinho do Peixe é uma boa maneira de começar a explorar o mundo dos peixes de rio servidos na cidade. A porção é farta e custa R$ 35 para duas pessoas.Quem não dispensa doces deve dar um pulo na confeitaria Vício da Gula.Já os amantes de um cafezinho expresso devem fazer sua parada no Espaço43, onde também funciona uma galeria de arte.

Aqueles que têm ganas de provar pratos exóticos não devem perder a chance de experimentar a carne de jacaré. Ela é a especialidade do restaurante Castelabatte(0/xx/67/255-1713). Além dos pratos típicos, a cidade tem pizzarias e culinária árabe. A culinária japonesa é representada pelo restaurante Sale e Pepe (0/xx/67/255-1822). A italiana fica por conta da Spagheteria Santa Esmeralda (0/xx/67/255-1943). Há vários restaurantes no estilo self-service. Os preços variam de R$ 10,90 a R$ 12 o quilo,como no restaurante Tapera, que entre os três tipos de carne servidos por dia, mantém sempre uma opção de peixe.

O restaurante Casarão, além do self-service, tem rodízio de peixe. Os pratos sul-mato-grossensessão indispensáveis para quem vai à região. Eles podem ser degustados nas sedes das fazendas nas quais acontecem visitas turísticas. Basta pedir, na reserva, que o almoço esteja incluído. Eles custam de R$ 12 aR$ 16 por pessoa. Há ainda os restaurantes de categoria superior dos hotéis que funcionam somente com reservas, como o do Zagaia Eco - Resort o do Wetega Hotel.

Caninha
Para os amantes da cachaça, o bar Taboa é obrigatório. Lá há um exemplar de cana curtida em canela, guaraná em pó, mel e outros segredos. (FERNANDO DONASCI)

Esta tranquila cidade do interior localizada no Estado de Mato Grosso do Sul, além de possuir muitas velezas naturais, ainda tem uma população acolhedora, o local possui ótima infra-estrutura, para atender o turista.

Bonito, contém inúmeras atrações, para o turista conseguir desfrutar melhor delas, o ideal é que reserve no mínimo quatro dias, sem contar que cada passeio tem um limite máximo de visitantes, em alta temporada, é preciso fazer reserva com antecedência. Todos os paseios são pagos, sendo que o rapel e mergulho autônomo têm preços maiores.

Para a realização da maioria dos passeios, o calçado ideal é o tênis ou a papete (uma sendália de dado, feita de borracha).

Na maioria dos passeios, o protetor solar e o repelente, não poderão ser usados, para conservar as águas e os peixes.

Quase todas as estradas que dão acesso aos passeios são de terra e a velocidade máxima recomendada fica em torno de 30 a 40 Km/h.

As condições climáticas podem impedir ou dificultar a realização de alguns passeios. As águas possuem uma grande quantidade de calcário e magnésio, isto as tornam límpidas e transparentes, e se ingeridas podem fazer mal ao estômago.

Pontos de Mergulho

Gruta do Mimoso

Fica a 35 km do centro, uma das cavernas mais bonitas do mundo para o mergulho. É possível entrar quase 70 metros, atingindo uma profundidade máxima em torno de 20 metros, além de várias formações de estalactites no teto e nas paredes. O mergulhador poderá ver o salão dos cones, um salão imenso com formações calcáreas de quase 8 metros de altura.

Obs: Para entrar no salão dos cones e outras áreas fora do circuito turístico, é preciso treinamento de mergulho em cavernas de nível "intro to cave" ou equivalente.

Lagoa Misteriosa

A 40 km de Bonito no município de Jardim, a Lagoa, impressiona por sua profundidade e transparência. Nos meses de inverno, a visibilidade ultrapassa os 40 metros. O acesso é bastante difícil.

Discovery Dive

Para quem não tem treinamento e quer experimentar a sensação de mergulhar com equipamento. É possível mergulhar por aproximadamente 30 minutos, após ter recebido toda a orientação de segurança.

Serra da Bodoquena

Localizada na porção centro-sul do Estado de Mato Grosso do Sul e abrange os municípios de Jardim, Bonito, Bodoquena e Porto Murtinho.

Pontos Turísticos

Abismo Anhumas: Uma abertura no chão despenca como um abismo vertical.

Alto Formoso: Passeio de flutuação nas águas límpidas do rio.

Reserva Ecológica Baía Bonita: Snorkeling nas águas mais transparentes do mundo.

Estas e muitas outras atrações, o turista que for a Bonito poderá comprovar.

O Abismo Anhumas desafia os aventureiros a um rappel negativo com 72 metros de altura, o equivalente a um prédio de 30 andares

São Paulo - Atrativo turístico mais radical de Bonito (MS), o Abismo Anhumas desafia os aventureiros a um rappel negativo (quando o praticante não tem contato com a superfície) com 72 metros de altura, o equivalente a um prédio de 30 andares.

A descida abissal, realizada em meio a um cenário cavernoso e fantasmagórico, tem por objetivo alcançar o Lago Anhumas, um poço de águas geladas e cristalinas situado no fundo da caverna. Faz frio lá embaixo. Ali, pode-se optar entre fazer a flutuação com snorkel e pés-de-pato ou o mergulho autônomo, para o qual é necessário o certificado básico - qualquer pessoa que tenha o Open Water Diver está habilitada a fazê-lo. Isso porque, apesar de ser uma caverna, o mergulho é considerado em águas abertas por conta da extensão do lago, que chega a 80 metros de profundidade! Os mergulhadores, no entanto, podem alcançar de 18 a 20 metros.

Mas vale observar que, por medida de prevenção contra impactos ambientais, o passeio exige grupos pequenos - no máximo 16 pessoas visitam o local por dia. A idade mínima é de 13 anos. E mais: na véspera da expedição, a equipe do Abismo Anhumas realiza um treinamento específico sobre as técnicas de descida e de ascensão e sobre os procedimentos de segurança que envolvem a aventura. Força física não é pré-requisito. A técnica é o mais importante.

Além do mais, cerca de 90% dos visitantes do Anhumas declaram nunca terem tido contato com rappel ou outra atividade ligada a técnicas verticais. A expedição, no entanto, não é recomendada para gestantes. Aos fotógrafos amadores ou profissionais uma dica: a caverna é muito grande e escura. Tirar instantâneos é permitido - e recomendado -, mas tenham à mão filmes com ASA 400 ou mais sensíveis à luz. Para o uso de tripé é preciso uma autorização prévia.

De dezembro a março, raios solares iluminam o lago e dão um realce todo especial à aventura. Preço por pessoa: R$ 315 para o rappel com flutuação e R$ 480 para o rappel com mergulho autônomo (com a Igarapé Dive, 0--67-255-3879). Contatos e reservas pelo (0--67) 255-3313; www.abismoanhumas.com.br.

Empreendedores comprometidos com a preservação do meio ambiente e orientados pelo poder público fazem de Bonito um modelo de desenvolvimento sustentável, com a criação de negócios e novos postos de trabalho

Modelo de desenvolvimento sustentável, com incentivo à criação de empresas em harmonia com o meio ambiente, a cidade de Bonito tem esse nome com justa razão. Fica na Serra da Bodoquena, em Mato Grosso do Sul, a 330 quilômetros da capital, Campo Grande. A abundância de lindas paisagens, onde se pode praticar esportes além da simples contemplação, faz dela um centro turístico que recebe cerca de 150 mil visitantes ao ano. Há muito que escolher, entre cachoeiras, lagos, rios, cavernas e paredões.

De seus 17 mil habitantes, quase 40% trabalham no setor, 2,5 mil diretamente (um aumento de 1.000% em relação aos 180 existentes em 1993) e 4 mil, em ocupações indiretas. Essas oportunidades de trabalho começaram a se abrir na década de 90, de maneira muito organizada, com união de esforços e competências. Até o fim do ano passado, mais de 1,6 mil pessoas haviam sido capacitadas, graças a parcerias entre a prefeitura, a Embratur e o Sebrae do Estado.

Ao mesmo tempo foram fundadas associações por segmento de serviço, como agências de viagens, hotéis, transportadoras e comércio. Essas entidades estão ligadas ao Conselho Municipal de Turismo de Bonito, criado em 1995. Nos sete anos seguintes, de acordo com o órgão, o número de agências de turismo subiu de seis para 28 e o de hotéis, de seis para 67, de maneira que a oferta de leitos, antes limitada a 300, é de 3,2 mil.

Até mesmo a quantidade de atrações turísticas foi ampliada, de menos de uma dezena para 32 pontos, a maioria deles situada em propriedades particulares. Para visitá-los, obrigatoriamente os turistas têm de estar acompanhados de um guia credenciado pela Embratur. Essa exigência consta de um decreto municipal criado para garantir a preservação da natureza. Entre os cuidados básicos há itens como a proibição de fumar em trilhas e de caminhar sobre o leito raso de certos rios, para evitar danos à vegetação submersa.

Ao mesmo tempo, as empresas procuram facilitar a vida dos turistas. Um dos instrumentos mais importantes para garantir a qualidade do atendimento, com o mínimo de movimentos para a clientela, é o voucher único, de acesso a vários locais mediante apenas um pedido e onde são centralizados os pagamentos dos passeios escolhidos. Como tudo fica registrado, é um serviço fundamental para o mapeamento do vigor da demanda. Indica, por exemplo, que a média de dispêndio diário por pessoa está na faixa dos R$ 100. Ele permite também o controle dos deslocamentos, de maneira a garantir o limite de visitas por local.

AS MAIORES ATRAÇÕES
 
A gruta da Lagoa Azul, tombada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), é um dos principais pontos turísticos de Bonito. Muito procurados, também, são o Abismo Anhumas, 72 metros de profundidade e um lago transparente, o Buraco das Araras, com 126 metros, e um enorme aquário natural, onde os nadadores convivem com peixes como piraputangas e dourados. O rio Formoso é outra opção muito interessante, para quem gosta de passear de bote ou fazer rafting (descida de corredeiras em barcos infláveis), pela existência de pequenas cachoeiras. Muitos turistas optam por esportes como o rapel (descem suspensos por cordas em paredões, cachoeiras ou abismos), trekking (caminhadas pela mata) e motocross (corridas de moto em caminhos
cheios de obstáculos naturais).

Os mergulhos, porém, são os campeões de preferência, tanto os livres até onde a capacidade respiratória pode suportar, como com os de maior profundidade, com equipamentos, para entrar em cavernas ou conhecer outras maravilhas do mundo subaquático.

Os empresários estão satisfeitos com suas conquistas, a julgar pela experiência de pioneiros como Valdemir Martins, que chegou à cidade há dez anos disposto a abrir uma mercearia. Em vez disso, fez um curso de turismo promovido pelo Sebrae e mergulhou no segmento a ponto de assumir a secretaria municipal dessa atividade, um cargo eletivo, cuja decisão depende da própria coletividade empresarial, a partir de uma listra tríplice. Uma de suas metas é incluir os produtores rurais na cadeira turística, com a realização de uma feira própria. Martins também pretende dar maior atenção a eventos típicos, característicos da cultura local, como a Festa da Guavira.

A carioca Vanda Lúcia Perdigão, há oito anos radicada em Bonito, também está realizada. Para ela, o segmento é instigante, um aprendizado cotidiano, porque não se trabalha com produtos acabados, mas com sonhos. É isso o que buscam os visitantes, além de conforto e acolhimento. Ao chegar, eles esperam sentir-se como se estivessem em uma segunda casa , diz, certa de que, tal como seus colegas, concorre para o progresso do município.

Essa certeza está fundamentada na evolução de resultados positivos na história recente de Bonito, que assim permanece apesar da grande movimentação de visitantes. Prova de que é possível, sim, fazer com a natureza uma parceria de respeito e ao mesmo tempo ter uma boa lucratividade.

ENDEREÇOS:
PREFEITURA DE BONITO/MS: Rua Cel. Pilad Rebuá, 1780 - CEP: 79290-000- (67) 255-1351;
SEBRAE/MS: Av. Mato Grosso, 1661, Centro - CEP: 79002-950 - (67) 389-5468 - www.ms.sebrae.com.br;
VANDA PERDIGÃO: (67) 255-1544 / 9986 4928;
ASSOCIAÇÃO DOS PROPRIETÁRIOS DE ATRATIVOS TURÍSTICOS DE BONITO E REGIÃO: www.atratur.com.br;
PORTAL BONITO: www.portalbonito.com.br;
EMBRATUR: www.embratur.gov.br

Ecoturismo na maior planície alagável do planeta
 
A exuberância natural da região abrange 12 municípios dos estados de Mato Grosso (Pantanal Norte) e Mato Grosso do Sul (Pantanal Sul). De meados de novembro ao começo de abril, chuvas alargam o leito do rio Paraguai e de seus afluentes, que transbordam cobrindo uma área de cerca de 230 mil quilômetros quadrados. De maio a outubro, a seca e o sol forte fazem os animais saírem de suas tocas e aproveitarem as campinas para se reproduzirem. Esses dois cenários absolutamente contrários ocorrem em um mesmo lugar, um verdadeiro santuário ecológico que fica logo ali, encravado no Centro-Oeste brasileiro, entre os estados do Mato Grosso e do Mato Grosso do Sul.

A esta altura, o leitor já percebeu que estamos falando do Pantanal, a maior planície alagável do mundo, um território equivalente a três estados do Rio de Janeiro ou a um Uruguai inteiro. Considerando a extensão norte-sul, a área do Pantanal tem 770 quilômetros, sendo que 83% deste território pertencem ao Brasil. Outros 15% ficam na Bolívia e uma pequena parte no Paraguai, onde recebe o nome de Chaco.


O Lago de Manso é uma das grandes atrações do local

Justamente por estar em uma zona de transição entre os ecossistemas da Floresta Amazônica, Cerrado e os campos abertos do sul, com grande ocorrência de rios, a fauna e a flora da região são extremamente ricas. Esta surpreendente variedade de ecossistemas acabou levando o Pantanal a ser declarado reserva da biosfera pela Unesco, passando a integrar o acervo dos patrimônios da humanidade. Tudo isso só confirma o seu caráter de tesouro ecológico.


O João-de-Barro no seu habitat

Realmente, não há quem não fique paralisado ao entrar em contato com tantos animais, de tão variadas espécies. Se a viagem estiver marcada para este mês, época perfeita para a observação da fauna, é possível que o turista veja mais bichos do que veria em um safári na África. Lógico que aqui não podem ser avistados leões ou elefantes, mas os jacarés e as onças-pintadas, que, com sorte podem ser vistas, já garantem momentos plenos de adrenalina. Tente não ficar hipnotizado para poder fazer as fotografias. Afinal, não é todo dia que 280 tipos de peixes, 90 de mamíferos, 600 de aves e 50 de répteis desfilam a nossa frente.


Tuiuiu é a ave-símbolo do Pantanal

A exuberância natural da região abrange 12 municípios dos estados de Mato Grosso (Pantanal Norte) e Mato Grosso do Sul (Pantanal Sul). De alguns anos para cá, a infra-estrutura, tanto no Pantanal Norte quanto no Sul, tornou-se bastante confortável, satisfazendo aqueles que querem aventura sim, mas não abrem mão de conforto. Antigas fazendas viraram hotéis-fazenda, cujo maior expoente é o Refúgio Ecológico Caiman, no município de Miranda, no Pantanal Sul. Assim, ficou mais fácil, por exemplo, programar uma viagem com crianças.


A capivara é facilmente encontrada

A preocupação ambiental é outro ponto forte da estrutura da região. Os passeios devem sempre ser acompanhados de guias especializados, que informam o que pode e o que não pode ser feito, e o acesso a determinadas atrações tem um número máximo de visitantes por dia. Por isso, a dica é reservar os pacotes com antecedência, de preferência ainda na cidade de origem e através de uma agência de viagens.
Para se chegar até as principais atrações do Pantanal, o ideal é partir ou de Campo Grande, capital do Mato Grosso do Sul, ou de Cuiabá, capital do Mato Grosso.

Saindo da primeira, o caminho é a BR-262, trecho asfaltado que vai de Campo Grande a Corumbá, cidade sul mato-grossense considerada a ?Capital do Pantanal Sul?. Partindo de Cuiabá, o caminho é a estrada Transpantaneira. São 147 quilômetros de terra ligando as cidades de Cuiabá e Porto Jofre. A recompensa é o visual: a Transpantaneira corta uma região de lagoas e suas 126 pontes funcionam como mirantes para a natureza que se descortina em um imenso zoológico. O tempo médio para percorrê-la é de seis horas. Durante o período da cheia, a utilização de um veículo 4x4 é indispensável.

Um lugar que faz jus ao nome - Entre as surpresas encontradas na região do Pantanal, está Bonito, um imenso aquário natural localizado na Serra da Bodoquena, no Mato Grosso do Sul. Ali, as opções de diversão são muitas, indo do trekking a banhos refrescantes em belas cachoeiras e visita a cavernas de águas cristalinas, como a famosíssima Gruta do Lago Azul. É a flutuação nas correntezas dos rios, no entanto, o programa mais concorrido. A explicação é simples: a visibilidade das águas da região é espantadora devido à alta concentração de calcário, que funciona como agente purificador. Assim, toda a riqueza que habita o fundo de rios e lagoas está ao alcance dos olhos dos turistas. Mas quem quer associar ecoturismo a altas doses de aventura também encontra o cenário ideal, com possibilidades de fazer rapel no impressionante Abismo Anhumas e rafting no rio Formosinho.

Mergulho e flutuação em águas cristalinas
 
Cachoeiras, grutas com lagos, rios. A água - de coloração azul-turquesa, diga-se de passagem - é o que faz a diferença na cidade do interior do Mato Grosso do Sul que atende pelo sugestivo nome de Bonito. Localizado entre a Serra da Bodoquena e a planície pantaneira, o lugar entrou no mapa do ecoturismo no Brasil em meados dos anos 90. A grande oferta de atrações rapidamente alavancou a cidade para a condição de referência nacional, com cada vez mais turistas descobrindo os seus encantos.


Além das belezas naturais, o mais interessante a ser observado em Bonito é que o lugar está consciente da necessidade de preservação do meio ambiente

Ali há opções tanto para quem quer apenas relaxar e contemplar a natureza como para os adeptos de esportes para lá de radicais. Trekkings, banhos em cachoeiras, grutas e cavernas, flutuação pela correnteza de rios como o Sucuri, da Prata e Formoso, rafting, rapel, mergulho autônomo, trilhas de bicicleta, parapente e até ultra-leve. Tudo isso pode ser feito em meio ao cenário estonteante da Serra da Bodoquena, que abriga a maior extensão de florestas preservadas do Mato Grosso do Sul.

Além da preservação do verde, Bonito destaca-se por apresentar uma das mais completas áreas de lazer aquático do mundo. Um dos atrativos que confirma esta vocação de "aquário natural" é a Gruta do Lago Azul. Esta não é apenas mais uma das 80 cavernas (secas ou inundadas) existentes em Bonito. Seu diferencial é um lago de tonalidade azul-profundo ladeado por estalactites e estalagmites que dão origem a curiosas figuras de pedra.


O rafting nos rios da região garante adrenalina e emoção para os turistas

O Lago Azul está escondido no interior dos 70 metros de altura da gruta. Para encontrá-lo, é preciso enfrentar, primeiro, uma escadaria de pedra em desnível de 75 metros e alguns degraus escorregadios. Como o trajeto é puxado (no total, percorre-se 360 metros), existem cinco plataformas para se recuperar o fôlego até atingir o objetivo final. A primeira visão do lago é impactante e a primeira coisa que vem à cabeça é "quero entrar ali". O mergulho, no entanto, é proibido. Dedique-se, então, a observar as diversas tonalidades de azul que aparecem devido aos raios de luz que entram na caverna e iluminam o lago de forma descontínua. Entre as estalagmites submersas repousam ainda ossadas pré-históricas de animais, como a preguiça-gigante e o tigre-dente-de-sabre. Por motivos de preservação, a entrada de visitantes é extremamente controlada, sendo permitidas apenas 225 pessoas por dia em horários espaçados para não haver concentração de turistas no interior da caverna. Também não é autorizada a participação de menores de cinco anos no passeio.


Vitórias-régias gigantes

Se o visitante não pôde mergulhar na Gruta Azul, ainda terá uma série de oportunidades pela frente para satisfazer essa vontade. Uma delas é a flutuação (snorkeling) no rio Sucuri, de 1500 metros de extensão, e que, ao contrário do que o nome sugere, não é infestado de cobras. Pelo menos, é o que afirmam os guias locais. Munidos de coletes salva-vidas, snorkel e uma espécie de sapatilha, os turistas vão descendo o rio ao sabor de sua correnteza. A orientação é não bater as pernas (não é permitido o uso de pés-de-pato) nem ficar de pé. Assim, a transparência da água é garantida, já que andando ou nadando as partículas do fundo do rio são trazidas à sua superfície, além de espantar os peixes. O passeio dura em média uma hora e acaba quando o Sucuri deságua no rio Formoso.

O Formoso é outro dos rios troncais da região. Ali também são realizados passeios de bote num rafting leve de oito quilômetros. O percurso tem apenas uma corredeira, ideal para principiantes no esporte. Ao longo do trajeto, três cachoeiras surgem enfeitando a paisagem. Em um dos afluentes do Formoso, o Formosinho, quem preferir poderá dedicar-se a uma aventura com uma dose de adrenalina um pouco mais generosa. A dificuldade deste rafting é maior que a do anterior, com um total de sete corredeiras.

A diferença é que, ao invés de botes coletivos, a descida é feita em bóias individuais, que dão origem ao inusitado esporte chamado bóia-cross. Cada aventureiro acomoda-se em uma bóia de um metro de diâmetro, de preferência de bruços, para poder observar os ecossistemas subaquáticos. Feito isso, resta deixar-se levar pela correnteza. A volta é por uma trilha que beira o rio, permitindo paradas para banhos refrescantes.

Na Fazenda Boca da Onça, é possível fazer mais trilhas na mata, onde surgem simplesmente 12 cachoeiras. A maior do estado, a Cachoeira da Onça, está entre elas. Trata-se de uma queda de 156 metros. Após a caminhada, recupere as energias nas duas piscinas da fazenda nadando ao lado de dourados, piraputangas, cacharas e outros peixes. Outra opção irresistível é a Reserva Ecológica Baía Bonita, um grande aquário natural de água doce, sem correnteza, que permite o snorkeling em águas transparentes. Outra atração da Reserva é a Trilha dos Animais, um parque onde podem ser observados jacarés, cervos-do-pantanal, lobos-guarás e sucuris.

Além das belezas naturais, o mais interessante a ser observado em Bonito é que o lugar está consciente da necessidade de preservação do meio ambiente, através de um turismo sustentável. Para se ter uma idéia, qualquer passeio nesse santuário ecológico é acompanhado por um guia local registrado, que trabalha para que os visitantes respeitem as normas locais. Muitas atrações também têm um número máximo de visitantes por dia, que não pode de maneira alguma ser ultrapassado. 

Aventura e adrenalina no Abismo Anhumas 
 
As belezas naturais de Bonito constituem o ce-
nário perfeito para a prática de esportes radi-
cais. Neste quesito, aliás, a região é generosa. Com vários rios, entre os quais se destacam o Sucuri e o Formoso (além de seus afluentes), o rafting é uma das principais atrações. Há corredeiras bem leves, ideais para iniciantes, e outras mais instigantes, para quem já tem alguma experiência no esporte.


Bonito tem esportes imperdíveis com a natureza: bóia-cross no rio Sucuri, e rapel no Abismo Anhumas

O rafting é bastante concorrido, mas a atração principal no roteiro da aventura é, sem dúvida, o rapel no impressionante Abismo Anhumas, que é combinado com o mergulho no lago que se forma dentro da caverna. O lago do Anhumas, na verdade, é uma gigantesca piscina natural do tamanho de um campo de futebol, ideal para a prática do mergulho autônomo. O interessante é que o acesso é feito por uma pequena fenda no solo, que esconde esse imenso lago cristalino. Durante o mergulho, o turista poderá ver um verdadeiro ?vale de cones? embaixo d?água, alguns chegando a medir 20 metros. As margens também seguem o padrão conífero, com estalagmites de diversas formas e tamanhos.

Mas para ter direito a um banho neste lago, é preciso antes vencer o medo: uma descida de 72 metros por rapel, altura equivalente a um prédio de 21 andares. Pela visível dificuldade da tarefa, antes de fazer a descida para valer os guias realizam um treinamento no dia anterior com o objetivo de familiarizar os turistas com o equipamento. Qualquer pessoa está apta à atividade, com exceção de cardíacos, diabéticos e portadores de problemas nervosos ou psíquicos, assim como, pessoas obesas.


Depois de passar pela garganta chega-se a um lago límpido

Os primeiros oito metros da descida são os mais estreitos. Nesta parte, que parece uma garganta com rochas pontudas, é preciso ter atenção para não balançar muito e com isso esbarrar nas paredes. Depois, as rochas vão se abrindo, fazendo surgir o lago e o salão do Abismo, um vão livre com mais de 60 metros. Como a caverna é iluminada apenas pelo feixe de luz que entra pela sua estreita abertura na superfície, o salão não é inteiramente revelado, o que torna a descida intrigante e assustadora, uma vez que ainda não se sabe ao certo o que nos espera lá embaixo.

O visitante "desembarca" da corda do rapel em um deque flutuante, onde a roupa de borracha e o equipamento para o mergulho já estão separados. Quem for profissional pode mergulhar com cilindro, mas não é possível chegar até o fundo em virtude da profundidade de cerca de 80 metros. Porém, como a água é absolutamente transparente, basta iluminar o fundo com a lanterna para apreciar o espetáculo. Mesmo quem ficar apenas boiando na superfície deve usar a roupa de neoprene. A água é muito fria, em torno dos 14ºC.

Nadar no "mar de cones"é ao mesmo tempo assustador e fascinante, uma paisagem daquelas que não se vê todos os dias. O entorno da caverna também merece ser observado nos mínimos detalhes. Um bote de apoio leva os visitantes mais próximo das paredes, na parte seca da gruta. Entretanto, não é permitido descer. Os estalactites formam cortinas e esculturas curiosas, fazendo com que o interior do Abismo lembre uma catedral gótica, escura, fria e imponente.

Chega a hora de voltar para o "mundo real". A subida é feita pela mesma corda pela qual os turistas desceram. As pernas apóiam-se em uma corda auxiliar que vai presa na trava das mãos. Num movimento sincronizado, empurra-se a trava com as duas mãos e encolhe-se as pernas, impulsionando o corpo para cima só com a própria força. A malhação continua até que o topo seja alcançado. Quem passou por essa experiência afirma que o esforço compensa. Na verdade, muitos nem reparam no cansaço porque ainda estão extasiados com a experiência pela qual acabaram de passar.

Bonito - Dicas de Viagem

* Os passeios em Bonito são ecologicamente controlados. Isso significa que o número de turistas por dia é limitado pelo Ibama por razões ecológicas. Na Gruta Azul, por exemplo, só são permitidas 225 pessoas por dia, enquanto no Abismo Anhumas apenas 12 aventureiros fazem o rapel por dia.

* Por esse motivo é imprescindível reservar com antecedência os passeios, principalmente se estiver viajando na alta temporada (de dezembro a fevereiro, julho e feriados). As reservas podem ser feitas por meio de agências locais, credenciadas pela prefeitura (www. portal_bonito.com.br) ou por sua agência de viagem.

* Conforme lei municipal, para visitação dos atrativos turísticos é obrigatório estar acompanhado de guia de turismo local credenciado pela Embratur e cadastrado na prefeitura.

* Para a realização dos mergulhos autônomos é obrigatório ter curso de mergulho.

* Na hora de fazer as malas, lembre-se que seu destino é um lugar ecoturístico e o que mais você vai fazer é caminhar. Portanto, traga roupas leves, chapéu, protetor solar e um bom tênis.

* Estamos entrando na melhor época para se visitar Bonito. O lugar é aprazível em todos os meses do ano, mas de dezembro a março, período das chuvas, a vegetação está mais verde, as cachoeiras caudalosas e os animais aparecem mais facilmente.

* O fuso horário do Mato Grosso do Sul é uma hora a menos que Brasília. Ajustar o relógio é essencial para não perder os passeios com hora marcada.

Pantanal mostra aos turistas a incrível dança das águas
 
O regime das águas é que dita o ritmo da vida no Pantanal. Na cheia do rio Paraguai e seus afluentes - entre dezembro e o começo de abril - a região fica alagada e os animais migram em direção às áreas mais elevadas, chamadas de ?cordilheiras?. O ?alagamento? acontece por causa do relevo pantaneiro, que é muito baixo. Para se ter uma idéia, os ?picos? da região não passam de 200 metros de altura. Nesta época, portanto, a melhor forma de avistar os bichos é através de passeios de barco, que se tornam o único meio de transporte disponível na região, já que as estradas ficam submersas.


São muitas opções de esportes e lazer

A vazante, período em que os rios começam a voltar ao ser curso normal, a partir de junho, completa o ciclo reprodutivo da fauna. Neste momento, surgem lagoas na paisagem e os animais ficam mais em evidência. Trata-se da época perfeita para realizar os chamados safáris fotográficos. É que com a seca se acentuando, os bichos ficam ilhados nas lagoas e, por isso, tornam-se presas fáceis para as fotografias dos turistas. O Pantanal Sul é onde está a fauna mais abundante e diversificada, porque ali as lagoas surgem em maior número em meio às campinas. Um dos maiores espetáculos é protagonizado pelos pássaros, que fazem revoadas que mais parecem danças coreografadas em busca de peixes.


Campos alagados e cavalos livres nos pastos

Falando em aves, vale citar que a região do Pantanal é considerada uma das mais importantes do continente americano para as aves aquáticas, com destaque para as populações de tuiuius, biguás, garças, colhereiros e patos de diversas espécies. Fazem também parte da exuberante fauna os cervos do pantanal, veados campeiros e mateiros, queixadas, lobinhos, tamanduás, tatus e jacarés, que são encontrados facilmente, e outros mais difíceis de serem avistados, como a onça-pintada (considerada o maior felino das Américas), a lontra e a ararinha, todos ameaçados de extinção.


Gastronomia a base de peixe é o forte da região

Para qualquer roteiro, a dica é acordar cedinho para ver o sol nascer. O amanhecer também é o horário mais indicado para a observação dos bichos, que costumam visitar a beira dos rios por volta das 5h. Outra opção é fazer os safáris no final da tarde, quando os turistas também são recompensados pelo céu alaranjado do pôr-do-sol. Não deixe de fazer as tradicionais cavalgadas por terrenos alagados, com água pelos joelhos. Outro programa imperdível são os passeios de barco por manguezais e florestas ciliares, que rendem ótimas fotos. Quando anoitecer, não pense duas vezes em fazer a focagem de jacarés. O passeio pode ser feito de barco ou de carro, em veículos 4x4. Munidos de lanternas, os turistas iluminam a mata e observam os olhos das feras brilharem no escuro.

Nos meses de maio a julho, é possível ainda fazer um snorkeling no rio Touro Morto (próximo à cidade de Aquidauana) ao lado de piranhas, arraias e até mesmo jacarés. Passeios de caiaque ou barco a motor pelo rio Negro é outra excelente alternativa para observar a vida animal. Os adeptos da pesca esportiva também encontram o cenário ideal para a atividade, no sistema pesque e solte. Quem gosta de caminhadas, irá encontrar trilhas de todos os jeitos e dificuldades.


O Pantanal é um dos melhores lugares do mundo para pesca

Portões de entrada - As capitais de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, as cidades de Cuiabá e Campo Grande, respectivamente, são as portas de entrada para se descobrir o Pantanal, apesar de ambas estarem geograficamente fora da região pantaneira. Ali chegam vôos de diversas capitais do país e internacionais. A partir de Cuiabá, o turista poderá explorar a região norte-pantaneira, indo até Poconé, Barão de Melgaço, Cáceres e Porto Jofre, localizada no final da rodovia Transpantaneira. Já Campo Grande é a cidade de partida para o Pantanal Sul, passando por Aquidauana, Corumbá, Miranda e Porto Murtinho.

Essas regiões dão origem a oito "pantanais", diferentes entre si. O Pantanal Sul é considerado o mais bem conservado e intocado ecossistema do planeta. Ali vivem aproximadamente 650 espécies de aves, 240 espécies de peixes, 50 de répteis, 80 de mamíferos, além de uma diversidade de flora: palmeiras, orquídeas, fafeno, taboa e centenas de outras espécies.

Em Barão de Melgaço, uma enorme área alagável com campos e matas que ficam submersos boa parte do ano, o turista poderá conhecer grandes baías, como a de Chacororé e Siá Mariana. Passeios de barco levam os visitantes para junto dos animais, com direito à visita a ninhos de pássaros e à focagem noturna de jacarés. A prática de esportes de aventura, como rapel e rafting, também está no roteiro, assim como o passeio a mais de 26 sítios arqueológicos na região de Rondonópolis, com registro de civilizações que viveram por ali há nove mil anos.

Cáceres, por sua vez, está próxima da fronteira com a Bolívia e destaca-se por seus enormes paredões rochosos que formam a Serra das Araras e dão origem a cachoeiras irresistíveis. Um diferencial do lugar é que ali há um aeroporto com capacidade para aviões de grande porte. Outro destaque é o Festival Internacional de Pesca, que movimenta a cidade no mês de setembro. O evento é considerado o maior do gênero do mundo. Na pequena Porto Jofre, última cidade da Transpantaneira, a tônica também é a observação das belezas naturais, sendo que o lugar fica às margens do rio Cuiabá e junto aos rios São Lourenço, Piquiri, Negro e Negrinho, os principais afluentes do Pantanal.

No Pantanal Sul, as maiores referências são mesmo Corumbá (considerada a capital da região) e Aquidauana. Esta última é uma simpática localidade e hospitaleira, que tem 70% de sua área total dentro do Pantanal. Ali, a pesca teve fundamental importância no desenvolvimento do turismo, atraindo grande quantidade de pescadores nas temporadas e finais de semana.
Corumbá, situada às margens do rio Paraguai, abrange 60% do Pantanal Sul (ou 37% do Pantanal inteiro). Trata-se da principal cidade comercial da região pantaneira, onde pode ser percebida uma grande influência européia e platina. Durante a Guerra do Paraguai (de 1864 a 1870), o lugar foi dominado pelas tropas de Solano Lopes, o que resultou na destruição de boa parte da cidade. Após a retomada pelo exército brasileiro, o porto foi reaberto e iniciou-se a reconstrução da cidade. Hoje, o Turismo é a principal atividade econômica local ao lado da pecuária. Além disso, por estar localizada na fronteira com a Bolívia,

Corumbá tem uma Zona Franca, o que torna a compra de produtos bolivianos nas cidades de Puerto Suarez e Puerto Quijarro uma atividade bastante convidativa.

Pescaria liberada até novembro

A maior planície alagada do mundo, como não poderia ser diferente, guarda uma incrível variedade de peixes, que atrai os amantes da pesca esportiva. Entre as cerca de 263 espécies da região, as mais cobiçadas são os pintados, cacharas, pacus e dourados. A temporada de pesca no Pantanal vai de março a novembro. Nos demais meses, a atividade é proibida, já que é o período da piracema, época em que os peixes sobem os rios em direção às nascentes para desova.

No Pantanal Sul, os principais destinos são Corumbá e Aquidauana, onde existe uma série de hotéis-fazenda situados à beira dos rios Negro, Miranda, Vermelho e Touro Morto especializados em atender turistas com este objetivo de viagem. Como está às margens do rio Paraguai, a cidade de Corumbá também oferece condições favoráveis a boas pescarias. De lá partem embarcações rio acima ou rio abaixo, buscando os melhores pontos para soltar o anzol. Há inclusive muitos barcos-hotéis que passam dias navegando pelos rios. Quem fizer questão de conforto, no entanto, pode optar pela hospedagem na própria capital.

Dicas para se explorar a região

* Cruzar parte do Pantanal de barco. Existem diversas operadoras que oferecem este serviço. Para quem gosta de pesca, existem excursões especializadas.

* Fazer uma excursão de jipe, acampando em meio à selva. Existem diversas operadoras que fazem este tipo de tour, que geralmente dura cinco dias. Estas excursões também podem ser feitas a cavalo.

* Hospedar-se em uma fazenda, e, a partir desta, fazer passeios de barco, jipe, cavalo e a pé. Algumas delas estão em regiões bem remotas do Pantanal, e o traslado é feito em avião mono-motor.

* Alugar um jipe e cruzar o Pantanal por conta própria. Esta opção, no entanto, é aconselhável apenas na época da seca e para jipeiros experientes.