Notícias de Bonito MS
Leis ambientais e fiscalização conciliam lucro e conservação de um paraíso natural no MS
Terra da Gente
Programa 561
Mergulho na natureza e aventura de pesca esportiva no Mato Grosso do Sul. Este é o destino dos repórteres Eduardo Sozo (texto), Carlos Alberto Coutinho (imagens) e do auxiliar técnico Ilydio Pereira. A viagem é para um lugar de beleza a perder de vista, mas que está ao alcance de todos nós. Nossos repórteres mergulham na natureza e participam de uma boa aventura de pesca esportiva no rio Miranda, a região da Serra da Bodoquena. Em Bonito, a equipe do Terra da Gente toma um banho de vida, tem natureza preservada e ecoturismo com conservação. Graças à proteção ao meio ambiente, a região de Bonito virou referência em turismo ambiental no Brasil e no Exterior. E é só conhecendo este pedaço do nosso País que a gente entende porque ele é tão fascinante. As águas transparentes dos rios formam grandes aquários naturais. Durante o mergulho podemos ter contato com a biodiversidade e flutuar no meio dos cardumes. Manter o equilíbrio ambiental na região de Bonito é desafio de todos. A proteção da natureza se faz com leis rigorosas e muita pesquisa científica. Os biólogos já descobriram que os peixes sofrem do mal da obesidade. As piraputangas ficam bem acima do peso quando são alimentadas pelos turistas. A saída está no monitoramento e educação ambiental. Os exemplos de preservação na região de Bonito se multiplicam. Depois de ser explorado sem nenhum critério nos últimos anos, o rio Miranda renasce para a pesca esportiva. Os nossos repórteres foram lá conferir esta nova fase do Miranda. E olha que eles não têm do que reclamar! Os peixes gigantes, é claro, ainda não voltaram, mas a nossa equipe fez uma boa pesca de pacu e grandes piauçus. Pescaria que há muito tempo não se via naquele trecho do rio. O repórter Eduardo Sozo conta como foi participar desta experiência.
A descoberta de um lugar incomum
A grande missão da nossa aventura é fazer contato com a natureza e mergulhar numa das regiões mais conservadas do Brasil. O primeiro compromisso desafia a nossa observação. Os cenários são de Bonito, na Serra da Bodoquena, no Mato Grosso do Sul, mas extrapolam em beleza o nome do principal município da região. Por falar em modéstia, há 15 anos Bonito era só uma cidade perto do pantanal sulmatogrossense e fora da rota turística.
Até que o restante do Brasil, e o mundo, abriram os olhos e deram conta de que não estavam diante de um lugar comum, mas sim de um pedaço de terra privilegiado por natureza. Lugar onde é preciso mergulhar ou caminhar para descobrir o que há de tão especial. Só em 2008, quase 90 mil turistas estiveram em Bonito. O fluxo deve aumentar ainda mais, já que o aeroporto da cidade passou a receber voos regulares.
Quem desembarca tem um desejo em comum. E ele se encontra debaixo dágua. Os rios da região de Bonito guardam um tesouro submerso bem visível e ao alcance de todos. Uma biodiversidade riquíssima realçada pela transparência das águas. É isso o que mais encanta os ecoturistas que vêm pra cá. Mergulhar aqui é entrar num mundo fascinantes.
Segredos entre rochas
Entre rochas calcárias, encontramos um mundo multicolorido de vida abundante e de contrastes. Enquanto o corpo flutua, a mente se perde em meio a tantas belezas. A sensação é de estar num aquário gigante com peixes da mesma proporção.
Fica até difícil saber para onde olhar, tamanha é a quantidade de peixes. Os cardumes passeiam diante dos nossos olhos. Piraputangas, pacus, curimbatás, piaus e piavas vistas normalmente no fundo dos rios, que é rico em nutrientes. Neste lugar, peixes como o piau e o curimbatá garantem a refeição e também é onde está o segredo para a água cristalina dos rios da Serra da Bodoquena: os sedimentos de rocha calcária, dissolvidos na água. O calcário absorve e decanta as impurezas, permitindo a existência de cenários incríveis.
Nos trechos mais rasos, um visual sensacional. A luz, refletida na superfície da água, produz um espelho natural. Em pouquíssimos lugares do Brasil é possível ver peixes de água doce tão de perto e ainda interagir com eles. A maioria não se incomoda com a presença dos turistas e segue sua rotina dentro dágua. O dourado chama a atenção pela cor e também pela imponência, é o soberano dessas águas.
Existem cerca de 90 espécies de peixes nos rios da Serra da Bodoquena, mas pouco ainda se sabe sobre o comportamento deles. O cardume de piraputangas, o peixe mais encontrado nesta região, parece disperso, mas, de repente, se alinha num único pelotão como se todos obedecessem a uma ordem superior.
O cotidiano dos moradores
Estudar a rotina e o comportamento desses animais é um dos desafios de pesquisadores como José Sabino, da Universidade para o Desenvolvimento do Estado e da Região do Pantanal (Uniderp). Ele e o biólogo Ivan Sazima ? da Universidade de Campinas, a Unicamp ? descobriram uma curiosa interação que ocorre nas margens dos rios, locais muito visitados por bandos de macacos-pregos.
Na água, os bichos matam a sede e nas árvores encontram comida farta. Eles pulam de galho em galho atrás de frutas, refeição que sem querer acaba dividida com quem está lá embaixo, mais exatamente dentro d?água. As piraputangas agradecem a cordialidade dos mamíferos e chegam a segui-los para aguardar o tão esperado momento. Como os macacos não são nem um pouco discretos, para cada fruta que comem, costumam derrubar muitas outras. É nessa hora que os peixes fazem a festa. Caiu na água, eles não perdem tempo! Alguns chegam a projetar o corpo fora da água para pegar a comida.
De acordo com o pesquisador, essa interação tem um papel ecológico muito importante, já que esses frutos, quando as piraputangas deles se alimentam, podem ajudar na recuperação da mata ciliar dos rios. Essa é, ainda, do ponto de vista da literatura científica, uma descrição única no Brasil. No mundo, a interação entre peixes e mamíferos se dá entre hipopótamos e peixes em algumas nascentes do Quênia.
Águas cristalinas
Quanto mais transparentes as águas, mais reveladoras elas são. Embaixo dágua, labirintos e ecossistemas curiosos. A variedade de plantas que formam verdadeiros jardins subaquáticos chama a atenção. Um toque de charme até debaixo dágua.
Na medida em que avançamos, somos surpreendidos por mais curiosidades. Água que brota do chão são as ressurgências, nascentes que formam pequenos e grandes vulcões. Um deles, a três metros de profundidade, fica no Rio da Prata, município de Jardim, e é um dos maiores atrativos.
Mergulho em direção ao fundo do rio. A vontade é de ficar lá em baixo pra curtir a hidromassagem natural, mas a força da água não deixa. Ela empurra o corpo para cima e expulsa o intruso. Sinal de que a natureza é quem manda e domina por aqui. Cabe ao homem apenas admirar e se curvar diante de um espetáculo tão deslumbrante.
Impactos ambientais
Quem não gosta de apreciar obras-primas? Há muitas delas espalhadas pela Serra da Bodoquena, na região Centro-Sul do estado do Mato Grosso do Sul. Nesta maravilha de quase 300 quilômetros de comprimento, é possível escolher entre cenários de por-do-sol dentro ou fora dágua. A natureza se revela um esplendor e desafia o homem com ambientes tão preciosos. A missão é buscar o equilíbrio e conciliar exploração turística com conservação, onde tudo se vê, mas nada se leva daqui.
Uma tarefa árdua que envolve muita gente e segue regras rígidas. Nenhuma atração natural pode ser visitada sem a presença de um guia. A entrada é controlada e os grupos limitados de acordo com o tipo de ambiente. A capacidade de carga dos atrativos é determinada pelos monitoramentos ambientais. Mensalmente são elaborados relatórios e feito um estudo nos rios, nas matas e nas trilhas onde ocorrem essas atividades turísticas pra minimizar e prevenir impactos ambientais.
Quase todas as atrações na região de bonito ficam em Reservas Particulares do Patrimônio Natural (RPPNS), o que facilita o controle do fluxo de visitantes. Nos rios, os cuidados têm que ser ainda maiores, já que são ecossistemas muito frágeis, que precisam de uma atenção especial. Isso é lembrado para os turistas a todo instante. Na flutuação, principal atrativo de Bonito, são permitidas apenas nove pessoas por grupo. Todas elas têm que usar roupa de neoprene e colete salva-vidas, garantias de que vão se afundar.
É no começo dos passeios que está a maior preocupação dos guias: as nascentes. Estes lugares são muito sensíveis e frágeis. Se os visitantes começarem a abusar, isso vai atrapalhar a ressurgência de água, na vegetação. Esses cuidados fizeram de Bonito uma referência em termos de conservação ambiental no Brasil. O treinamento turístico de Fernando de Noronha veio aqui aprender com esse modelo. Inúmeros destinos turísticos do Brasil visitam o lugar para entender o funcionamento.
Mergulho
O biólogo José Sabino acompanhou todo esse processo de transformação para que Bonito se tornasse um destino ecologicamente correto. Ele foi gerente ambiental de um dos atrativos e, hoje, a contribuição do biólogo é feita de outra forma. Nos preparamos com ele para conhecer mais de perto detalhes desse trabalho.
Pesquisas científicas têm dado uma contribuição importante para o desenvolvimento sustentável do ecoturismo em Bonito e nos municípios vizinhos. Foi o professor José Sabino quem chamou a atenção para essa necessidade no fim dos anos 90. Desde 2000, ele coordena o projeto Peixes de Bonito, que envolve seis instituições do Brasil e do Exterior na busca por mais conhecimento da biodiversidade dos rios dessa região.
Nosso mergulho é no Balneário Municipal, um lugar muito frequentado por turistas em Bonito. Paraíso das piraputangas, não é preciso ir muito fundo para ficar impressionado com o que os olhos veem. São cardumes imensos, centenas de peixes a poucos centímetros da gente. Sabino tem em mãos um guia subaquático criado por um aluno de mestrado da Uniderp, de Campo Grande. O guia ajuda a identificar as principais espécies de peixes encontrados nos rios dessa região. Normalmente, quando as pessoas visualizam os peixes durante o mergulho e a flutuação, elas observam os peixes de porte grande como dourado, piraputanga e curimbatá. Estes são os peixes mais fáceis de serem visualizados.
Peixes obesos
Uma riqueza que esconde muitos mistérios. Vinte por cento das espécies de peixes da Serra da Bodoquena ainda não foram descritas pelos biólogos, o que significa dizer que não possuem uma ?certidão de nascimento científica?. O maior desconhecimento é em relação aos pequenos peixes, como lambaris e bagres. O mesmo não acontece com as piraputangas. A espécie mais encontrada nos rios dessa região é também uma das mais estudadas.
Em uma das pesquisas, José Sabino e outros dois biólogos descobriram algo inusitado: os peixes estavam gordos. O comportamento dos turistas tinha influência direta na dieta deles. A alimentação das piraputangas é à base de frutas, mas devido à grande oferta de salgadinhos de milho, cortesias dos turistas, elas passaram a comer além do necessário.
O alerta teve um papel educativo importante e serviu para promover uma mudança de hábitos. Já não é mais permitido alimentar os peixes com salgadinhos. No lugar deles, foi introduzida no Balneário de Bonito uma ração balanceada, com proteínas em vez de amido. A medida deu certo. Os turistas ficaram mais conscientes sem que os peixes deixassem de saborear as cortesias dos visitantes. Quando alguém aparece com um desses saquinhos, é uma festa dentro dágua.
O verde de Bonito
Pequenas iniciativas juntas podem trazer grandes resultados. Esse mesmo raciocínio vale para mudas de árvores nativas. Sozinhas, elas não teriam o poder de mudar a paisagem. Unidas, estão ajudando a recuperar áreas degradadas dessa região. As mudas são produzidas em viveiro da Reserva Ecológica Rio da Prata, no município de Jardim, a 50 quilômetros de Bonito. São 25 espécies ao todo. Tem jacarandá, embaúba, ipê-amarelo e jaracatiás.
Quem toma conta deste berçário verde é o biólogo Samuel Duleba. É uma tarefa de formiguinha e requer muito esforço e paciência, mas traz resultados. Ele sai a campo e seleciona as árvores-mães, as matrizes, que devem ser sadias. A partir delas, coleta sementes. Das mudas produzidas, parte para o reflorestamento das áreas em recuperação a partir do plantio das mudas na área a ser recuperada.
Apesar de ser um exemplo de conservação, Bonito ainda tem muitas áreas de mata ciliar que precisam ser reflorestadas. Até o início dos anos 90, a criação de gado era a principal atividade econômica de Bonito e região, o que promoveu um avanço sobre as áreas verdes. Recuperá-las é uma das missões do IASB ? Instituto das Águas da Serra da Bodoquena, uma das organizações não-governamentais engajadas na luta ambiental.
A ONG criou o projeto Plante Bonito. As mudas viajam até um lugar onde serão acolhidas definitivamente, neste caso, o sítio do seu João. O plantio é feito em áreas de preservação permanente, próximas a córregos e rios. Patrocinadas por empresas, as mudas são doadas pelo IASB a produtores rurais. Em troca, o instituto exige deles a manutenção das árvores. Só neste sítio de 20 hectares, já foram plantadas 80 mudas. Agora o objetivo do IASB é convencer outros produtores a ir pelo mesmo caminho.
Os peixes no Rio Miranda
O sol forte é um convite para uma pescaria no rio Miranda, um dos mais conhecidos do Mato Grosso do Sul. Tralha nas mãos, deixamos a pousada no começo da manhã em direção aos barcos. Na nossa companhia, o pescador esportivo Marcelo Gomes. A paisagem mudou e as águas não são mais transparentes, mas ainda estamos no município de Bonito, só que a 80 quilômetros da cidade.
Rio acima são 30 minutos de deslocamento para chegar ao primeiro ponto de pesca. Encontramos o Miranda numa situação atípica para esta época do ano, um pouco mais seco do que o normal. A alta temporada de pesca ainda não começou. Mesmo assim, já é possível ver muita gente nos barrancos. A nossa já está na hora de começar e a intenção agora é pescar o piauçu. No ponto onde paramos, tem saído muito esse tipo de peixe.
Nós estamos seguindo a dica do Nenê, que é o piloteiro do barco. Mas os primeiros arremessos não são animadores. A isca se vai, mas o peixe não vem. O piauçu é o peixe mais manhoso de se pegar. Ficam mamando na isca, tem que dar o tempo certo. Por isso que se torna um dos peixes mais esportivos. O estímulo vem de outros pescadores que não usam vara. A refeição do biguá e do Martim-pescador já está garantida. Não é só isso que nos empolga. A linha diz muito o que vai ser a pescaria. O primeiro peixe fisgado é uma surpresa: um pacu típico da região, o amarelinho. Geralmente ele migra e, no Pantanal, ele é mais escurro.
Recompensa para a paciência
Já que a pesca está mais para o pacu, arriscamos uma isca maior. Em vez de pedaços, caranguejo inteiro. Muitos arremessos... e nada de peixe. Quando finalmente consigo fisgar um, a alegria logo vira decepção. O otimismo de Nenê é um incentivo e tanto, até mesmo na hora de desfazer as cabeleiras. Quando a isca já não atrai tanto o peixe, o melhor a fazer é trocar de lugar.
Partimos para outro ponto e desta vez ancoramos mais no meio do rio, só que a rotina se repete. Os peixes teimam em escapar. É um teste de paciência. Novas tentativas, e o peixe leva a melhor na maioria das vezes. Quando finalmente parece que ele está fisgado, não é uma boa comemorar antes da hora. O segredo é não desistir. E enfim, nossa persistência é premiada. Cada vez que os companheiros de barco tiram um peixe da água, só aumenta a minha vontade de fisgar um.
Uma pescaria é sempre cheia de surpresas e elas nem sempre vêm de dentro dágua. O gavião carcará sobrevoa nosso barco mais de uma vez e chama a atenção de quem está embaixo. O gavião-preto também marca presença. O maguari e o biguá, mais discretos, estão sempre de prontidão. As aves dão mais cor ao rio Miranda. Durante a pescaria, não dá para admirá-las durante muito tempo. Um descuido, e a isca desaparece. O primeiro peixe tarda, mas não falha. A tarde se mostra mais produtiva do que a manhã. O rio Miranda começa a dar sinais de recuperação após anos de pesca predatória. A falta de controle fez a situação ficar precária.
Despedida
O Terra da Gente tinha estado aqui pela última vez em 2001. Na época, a repórter Maraísa Ribeiro constatou a degradação do rio. A situação do rio Miranda chegou ao ponto mais crítico há 8, 9 anos atrás, de acordo com o Marcelo, que costuma pescar com frequencia aqui. Devido à escassez de peixe, os órgãos ambientais tiveram que restringir a quantidade retirada por pescador. Esse limite foi diminuindo ao longo dos últimos anos até chegar a dez quilos atualmente.
O fim de tarde se aproxima e chega a hora dos últimos arremessos. Deixamos o Miranda com essa imagem na memória. Quando se trata do rio, a alegria dos ribeirinhos é a mesma dos pescadores esportivos: a de vê-lo em recuperação. Quanto maiores forem a conscientização e o respeito aos recursos naturais, mais chances eles terão de voltar para cá e desfrutar boas pescarias.
Agradecimento
Associação dos Atrativos Turísticos de Bonito e Região
http://www.atrativosbonito.com.br
Como chegar
BONITO, MS
Hotel Piramiúna
Tel. (67) 3255-1058
http://www.piramiunahotel.com.br
RIO MIRANDA, MS
Cabana do Pescador
Tel. (67) 3245-3697
http://www.cabanadopescador.com.br
Programa Terra da Gente:
Rua Regina Nogueira, 120
Jardim São Gabriel - Campinas, SP
cep 13045-900
Telefones:
(19) 3776.6488
3776.6460
3776.6593
*O programa Terra da Gente é exibido pelas seguintes emissoras: EPTV (Campinas, Ribeirão Preto, São Carlos e Varginha-MG); TV TEM (São José do Rio Preto, SP; Sorocaba, SP; Bauru, SP e Itapetininga, SP); TV Fronteira (Presidente Prudente); TV Diário (Mogi das Cruzes, SP); TV Centro América (Cuiabá, MT); TV Centro América Sul (Rondonópolis, MT); TV Centro América Norte (Sinop, MT); TV Terra (Tangará da Serra, MT); TV Morena (Campo Grande, MS); TV Sul América (Ponta Porã, MS); TV Cidade Branca (Corumbá, MS); TV Grande Rio (Petrolina, PE); TV Asa Branca (Caruaru, PE) e TV Tapajós (Santarém, PA). Sobre dias e horários, consultar a programação da emissora local.
O Terra da Gente é exibido também para todo o Brasil, aos domingos, às 7:00h, via antena parabólica (o canal Superstation da Globo) e para 116 países dos 5 continentes pelo Canal Internacional da Globo.
Oi, pessoal! A musse de pipoca me deixou com uma sede daquelas.
Precisava de água, muita água. Usei o pozinho mágico ?Mil Aventuras? e fui parar num rio de águas brilhantes e cristalinas.
- Você está em Bonito! - disse uma garça branca.
- Parece mesmo um lugar bonito ?
- Você está no rio da Prata, na cidade de Bonito, Mato Grosso do Sul. ? explicou ela.
Descobri, então, que ali era o Pantanal, uma das regiões mais incríveis do planeta.
Depois de matar a sede, coloquei meus óculos de mergulho e o snorkel e acompanhei uns turistas num passeio muito legal: flutuação nas águas do rio. Foi como mergulhar num aquário. Vi um montão de peixes de todas as cores e tamanhos! Dourados, pintados, pacus, piaus, matogrossinhos, piraputangas. Também tinha muita planta por lá, planta aquática, que gosta de ficar molhada e se mexe como se estivesse dançando balé. Uma delas me fez cócegas. Eu quase não conseguia parar de rir!
Durante a descida de dois quilômetros no rio ninguém pode pegar nem uma pedrinha que seja. Se cada um quisesse levar uma lembrança para casa não ia dar certo, né? Os peixes precisam das plantas, que precisam da água, que precisa do ar e assim por diante.
Na floresta, a gente sempre respeita a natureza. Tem pedra que não sai do lugar há mais de mil anos. São ótimas para tirar uma soneca? Falando nisso, acho que vou tirar um cochilo antes da minha próxima aventura.
Hoje aqui, amanhã ali e viva a carapuça do saci!
Por: Aventuras de Fadas
O lugar parece ser um destino-modelo para o novo ecoturismo voltado a turistas convencionais. Além da relativa dificuldade de acesso, Bonito se beneficia do fato de suas maiores atrações os rios transparentes onde se faz flutuação para ver peixinhos estarem dentro de propriedades particulares. Tudo é muito organizado e fiscalizado; há limites de visitantes por dia em cada atração, o que ajuda a evitar a degradação excessiva.
- Visitável o ano inteiro. Na época das chuvas (outubro/março), os rios ficam mais cheios; na seca (abril/setembro), um pouco mais claros mas a água fica mais fria
- Avião até Campo Grande, então 330 km de ônibus ou transfer
- portalbonito.com.br (site oficial);
- aturistaacidental.wordpress.com (blog com um capítulo sobre Bonito)
Um lugar onde o turista vai redescobrir a doce convivência com o mato, a água, as belezas naturais
A cidade de Bonito, no Mato Grosso do Sul, é um desses paraísos que os turistas devem incluir em seus roteiros de viagem. Cachoeiras, trilhas, grutas profundas e corredeiras de rios cristalinos esperam o viajante. As atrações podem ser visitadas com guias especializados e autorizados.
Em Bonito não há uma época certa para visitação. A primavera e o verão são quentes e úmidos, com chuvas esparsas que enchem os leitos dos rios. Já no outono e no inverno chove uma vez ou outra, o céu está sempre azul e as noites são estreladas e geladas. A temperatura média é de 22°.
Para os turistas que querem curtir a natureza há variadas opções tanto de dia quanto à noite. Em alta temporada, diversas festas são organizadas. Existe uma grande boate chamada Pirata e um conhecido bar, chamado Taboa, que oferecem shows com banda ao vivo. Há também passeios noturnos como o do Rio Sucuri e do Rio Formoso. Este último, entretanto, só pode ser realizado em noite de lua cheia.
Em Bonito, o turista vai descobrir um mundo totalmente diferente daquele que as pessoas estão acostumadas. É preciso ter curiosidade, espírito aventureiro e um certo preparo físico se desejar fazer os passeios que existem por lá.
Para você fazer bonito
E já que você chegou à cidade, é hora de aproveitar para conhecer as maravilhas do lugar. O Magazine Anastra selecionou alguns deles. Anote aí.
Cachoeiras do Rio Peixe
É imperdível e obrigatório para quem se abalou de sua cidade para conhecer a região. O passeio consutma durar, em média, umas duas horas de trechos com cachoeiras lindas e piscinas naturais. A Cachoeira pertence à Fazenda Água Viva. Para chegar ao local você percorre 35 km pela estrada para Bodoquena.
Snorkelling no Rio Sucuri
Prepare as nadadeiras e a máscara para permanecer na linha da água observando o fundo e respirando pelo snorkel (tubo ou canudo). Você irá mergulhar, literalmente, em um mundo de águas cristalinas com incrível vegetação aquática e peixes coloridos. O acesso é pela estrada para São Geraldo (20 km).
Rafting do Rio Formoso
Passeio feito em botes de borracha por um percurso de sete quilômetros com três corredeiras. O passeio termina na Fazenda Porto Belo. Mas se você é daqueles aventureiros mesmo, aproveite para fazer o rafting noturno, claro, acompanhado de guias. O acesso é pela estrada para Ilha do Padre (12 km), em um percurso de 8 km até a Ilha do Padre, passando por três cachoeiras e duas corredeiras. Distância: 10 km. Os passeios duram, em média, meio dia.
Snorkelling no Aquário do Rio Baía Bonita
Ops, tire da mochila novamente as nadadeiras e a máscara. É hora de cair em outro rio cristalino que forma um lago. E haja perna. A flutuação é feita por 900 metros, mas com tanta beleza você nem vai perceber o tempo passar. O acesso é pela BR-267 em direção à cidade de Jardim.
Recanto Ecológico do Rio da Prata
E por falar em pernas, quem gosta de caminhar encontrou o lugar perfeito. As trilhas no Recanto levam até a nascente do Rio Olho D Água, com águas incrivelmente cristalinas. O recanto localiza-se na Fazenda Cabeceira da Prata. Para chegar ao local pegue a BR-267 e chegue à cidade de Jardim, onde deverá percorrer mais 33 km até a fazenda.
Caminhada no Rio Aquibadan
O passeio começa na sede da fazenda Baía das Garças. Lá se vai uma boa caminhada por uma trilha rústica e de muita aventura, com trechos tortuosos. Você verá no ponto mais alto, uma cachoeira com desnível de 120 m, uma das mais altas da região, onde se avista a Serra da Bodoquena,
Cansado? Tudo bem, depois de tantas aventuras, que duram em média 5h, você poderá voltar à fazenda que oferece almoço sob encomenda. Nada como um bom banho e um almoço gostoso após o contato intenso com a natureza.
Gruta do Mimoso
Localizada a 35 quilômetros do centro de Bonito, é considerada uma das cavernas mais bonitas do mundo para o mergulho. Ao turista, com curso de mergulho, é permitido entrar em linha horizontal a quase 70 metros no interior da caverna e atingir uma profundidade máxima de 20m. Além de várias formações no teto e nas paredes, o mergulhador poderá ver o Salão dos Cones, um salão imenso com formações calcáreas de quase oito metros de altura.
Abismo de Anhumas
Essa é mesmo para quem curte aventura e está preparado para isso. O rapel de 72 metros por uma fenda na rocha leva a uma caverna com magníficas formações e um lago de águas cristalinas, onde a flutuação revela a beleza subaquática do lugar. É obrigatório um treinamento antes da descida para quem quer fazer rapel. Para quem quiser fazer mergulho autônomo é necessário credencial. O rapel negativo (feito sem o contato dos membros inferiores com qualquer tipo de "meio" como pedra, parede etc) termina em um lago gelado. O acesso é pela estrada para Campos dos Índios (22 km) na Fazenda Jaraguá.
Bike Tour no Rio Sucuri
Localizado na Fazenda São Geraldo, o passeio de bike do Rio Sucuri dura cerca de duas horas. O turista observa animais e a mata da região. No final pode-se cair em uma deliciosa cachoeira.
Circuito Arvorismo
É preciso ter um perfil acrobático para praticar essa modalidade. É feito um percurso aéreo de 350 metros sempre na copa das árvores, com montagem de 12 obstáculos tais como: tirolesa, passarelas, pontes e diferentes atividades suspensas, através de cordas, colocadas de maneira estratégica para proporcionar a cada participante uma boa dose de emoção e desafio. Tudo com muita segurança.
Rapel na Boca da Onça
Sabe quando dizem, nunca faça isso na sua casa?? Se você tem coragem e treinamento, tudo bem, mas para você que estiver, digamos, indisposto na hora, não se preocupe, sentirá adrenalina só de pensar na descida de 90 m em paredão vertical. O ponto de partida é uma ponte de 34 metros de comprimento que se projeta no abismo, proporcionando uma vista deslumbrante sobre o canyon do Rio Salobra.
Mergulhos
- Rio Formoso - Profundidade aproximada de 5 metros, formação calcária e milhões de bolhas de uma cachoeira. E peixes, muitos peixes para você admirar. Um passeio com duração aproximada de 45 minutos.
- Rio da Prata - Profundidade aproximada de oito metros, maior quantidade de vida marinha, água transparente. Agrada até os mais experientes mergulhadores. Duração do passei: aproximadamente 1h.
- Praia da Figueira - Lago formado por antigo ambiente de praia artificial. Lá estão um barco e um avião submersos. Existe ótima infra-estrutura que permite total segurança. Profundidade média de seis metros.
Rota Boiadeira - Passeio de Quadriciclo
O passeio é feito em quadriciclos de 100 cilindradas, que possuem acelerador e freio, com modelos que possuem marchas e outros automáticos. Um instrutor experiente treina e acompanha o turista no passeio. A trilha é realizada em torno de uma fazenda, passando por trajetos íngremes, com pedras e buracos, no meio da mata, totalizando sete quilômetros. Duran, aproximadamente, 1h30.
Bóia e Caiaque Cross
Primeiro você faz uma caminhada pela mata ciliar, depois vem a aventura nas corredeiras do Rio Formosinho em bóias individuais. A água cristalina permite que você veja os peixes e o leito do rio com a mesma facilidade com a qual vê a fauna e a flora da mata ciliar.
Gruta do Lago Azul
Descida de 100 metros depara-se com um lago de águas intensamente azuladas, cuja profundidade estima-se ser de 90 metros. Desperta a atenção dos turistas e pesquisadores do mundo inteiro. Ninguém sabe ao certo de onde vêm suas águas, acredita-se na existência de um rio subterrâneo, que alimenta o lago. O passeio dura cerca de 3 horas.
Como chegar
Quem sai de São Paulo deve pegar a Rodovia Castelo Branco até a cidade de Ourinhos. A partir daí, segue pela Rodovia Raposo Tavares até Bataguassu, já no Mato Grosso do Sul. Aqui, vá BR-267 até Guia Lopes da Laguna. O último trecho (cerca de 28 km) já está asfaltado. Ao todo, sem paradas longas, são 16 horas de viagem. Quem sai do Rio de Janeiro, deve ir pela Via Dutra até São Paulo. A partir daí o caminho é o mesmo descrito acima.
De avião, vá até Campo Grande. Depois disso, só de carro ou táxi-aéreo. A cidade fica distante 330 km da capital.
Informações:
Turismo em Bonito: (67) 3255-1850
O que levar
- Boné
- Cantil
- Malha
- Máquina fotográfica
- Máscara e snorkel
- Mochila
- Roupa de neoprene (fundamental para atravessar as águas frias e manter o corpo flutuando nos rios)
- Tênis para trekking
- Repelente
- Protetor solar
Para não fazer feio em Bonito
Você está imerso na natureza. Veja as dicas do Magazine Anastra.
- Cuidado com a perigosa aranha armadeira. Se você vir alguma aranha, comunique o guia e se afaste do local;
- Cuidado também com as sucuris;
- Não beba água dos rios locais, que por serem ricas em magnésio e calcário, podem causar desarranjos intestinais;
- O fuso horário da região é uma hora a menos que em Brasília;
- É proibido mergulhar com protetor solar ou qualquer tipo de loção protetora;
- Para não errar na comida, peça o pacu assado recheado com farofa, é uma das maiores atrações gastronômicas da região;
- Os sanduíches naturais também são bem comentados entre aqueles que vão praticar rapel no Abismo de Anhumas;
- A cidade tem várias opções de hospedagem. Acesse o site http://www.veredasbrasil.com.br e escolha uma delas. A maioria das pousadas possui ar-condicionado nos quartos. Um detalhe: as pousadas não vendem cigarros.
- Os passeios têm limite no número de pessoas, então o turista precisa se programar com antecedência. Além disso, é necessário levar dinheiro na carteira. Os preços dos passeios variam entre R$10,00 e R$65,00, sendo que o rapel e mergulho autônomo possuem maiores. Importante: o transporte até o passeio não está incluído nesses valores.
- Você vai precisar de carro para se locomover. Por isso, ou vá de carro ou vai ter que pagar táxi ou vans.
Para crianças
Qual criança não gosta de água? E qual não curte a brincadeira gostosa de poder flutuar e ver os peixinhos de todas as cores e espécies? Pode ter certeza que seu pimpolho se sentirá no paraíso. Há vários passeios permitidos e seguros. Rio da Prata, parques ecológicos e cachoeiras são boas pedidas para você levar seu filho. Prepare-se para ver o sorriso bonito das crianças. A diversão vai ser imperdível.
Fontes:
www.webventure.com.br
www.veredasbrasil.com.br
www.portalpublicobonitoms.com.br
http://www.portalbonito.com.br
http://www.bonitoonline.com
http://www.hotelinsite.com.br
www.taboa.com.br
O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) promoveu uma reunião no auditório da Governadoria na manhã de ontem (25) junto com a Fundação de Turismo, Fundação de Cultura, representantes dos municípios e outras entidades e órgãos para discutir a criação do Geopark Bodoquena-Pantanal.
O primeiro Geopark das Américas, o Geopark Araripe, fica localizado no sul de Ceará e abrange 6 municípios na região do Cariri. O objetivo do parque é preservar, conhecer e educar através das geociências, além de propiciar o engrandecimento da região e incentivar o seu desenvolvimento econômico. "O Geopark envolve toda a produção científica e cultural da região. A pessoa faz um turismo diferenciado e acaba ficando mais tempo no local", disse Alexandre Sales, professor da Universidade Regional do Cariri (Urca). A previsão de aumento de turistas estrangeiros no Geopark do Ceará é de 8 mil por ano.
Em Mato Grosso do Sul, a idéia é formar um Geopark abrangendo as cidades de Bela Vista, Jardim, Guia Lopes da Laguna, Bonito, Bodoquena, Miranda e Corumbá. O Iphan está realizando um dossiê que será apresentado em um congresso da Unesco na Alemanha para aprovação do projeto de Mato Grosso do Sul. "Será criado um plano de ação, mostrando onde o governo tem que atuar, a definição de seu papel e em seguida será mostrado ao governador para colocar o projeto em prática", explica a diretora-presidente da Fundação de Turismo, Nilde Brun. De acordo com o professor, o Estado tem potencial para formar um Geopark. "Os locais, a infra-estrutura está toda pronta", afirmou.
Rios de águas límpidas repletos de peixes multicoloridos, enormes cachoeiras, grutas, paredões rochosos e mata atlântica são apenas alguns dos encantos de Bonito. Localizada na região da Serra da Bodoquena, a menos de 3 horas de Campo Grande, a pequena cidade sul-mato-grossense oferece inúmeras opções de esportes radicais aos seus visitantes, por isso, prepare-se, por lá só não vale ficar parado.
Devido a inúmeros acidentes geológicos, a região ao redor de Bonito tem uma grande concentração de calcário no solo, motivo da supertransparência da água dos rios, as principais atrações turísticas da cidade. As atividades mais cobiçadas por quem visita o local são o mergulho em cavernas com observação da fauna subaquática e a flutuação. Usando roupa especial de neoprene, máscara e snorkel, o visitante se joga em rios como o Da Prata e o Formoso e deixa-se levar por águas calmas e cristalinas, observando peixes nadarem tranqüilamente abaixo de seu corpo.
Em terra, o destaque fica por conta das escaladas. O Abismo Anhumas, por exemplo, atrai os aventureiros mais corajosos, que descem 72 metros de rapel. As trilhas também fazem sucesso entre os turistas. Quase sempre em mata ciliar, proporcionam a observação de animais silvestres.
Outro passeio que faz sucesso entre os turistas é a visita às grutas ou cavernas de Bonito. Porém, fique atento, nesse caso é preciso mais do que vontade de conhecer, já que experiência e equipamento adequado são obrigatórios, por isso se informe em agências de turismo locais antes de tentar se aventurar.
Turismo Sustentável, um exemplo para todos
Bonito é um dos grandes destaques no cenário turístico nacional, especialmente quando o assunto é natureza. Desde meados da década de 90, quando adotou um sistema que conseguiu equilibrar visitas e conservação do meio ambiente, a cidade virou um exemplo de turismo sustentável. Por lá, a comunidade se envolve em todos os serviços oferecidos buscando a harmonia na utilização dos recursos naturais, e os turistas são obrigados por lei a pagar taxa de visita e contratar um guia credenciado para passear pelas atrações turísticas locais. Tudo visando a preservação.
Além das belezas naturais ao seu redor, a cidade conta com uma boa infra-estrutura com hotéis e pousadas para todos os gostos e bolsos, além de boas opções de restaurantes.
O período das chuvas, entre os meses de dezembro e março, é considerado o ideal para uma viagem a Bonito. A temporada, marcada pela abundância de água, eleva o nível dos rios e apresenta cachoeiras caudalosas como nunca. Além disso, a vegetação, ainda mais verde, atrai animais silvestres em busca de alimento, tornando as atrações locais ainda mais atraentes para quem curte natureza. Já entre maio e agosto, os campos ficam mais secos, causando queimadas e afastando a fauna.
É prudente checar na Anvisa (www.anvisa.gov.br) a necessidade de vacinação contra a febre amarela para visitar o local.
PORTAIS REGIONAIS
Prefeitura Municipal de Bonito
www.portalpublicobonitoms.com.br
Conselho Municipal de Turismo de Bonito
www.bonito-ms.com.br
Portal Bonito
www.portalbonito.com.br
A informação prestada pelo secretário de Estado de Obras Públicas e de Transportes, Edson Giroto, dá conta que o governador André Puccinelli esta se mobilizando para assegurar a aprovação do projeto considerado vital para atração de turistas aos municípios de Bonito e Bodoquena, duas regiões sul-mato-grossenses pródigas pelas belezas naturais tais como grutas, cachoeiras, rios de águas límpidas etc.
Giroto explicou que o projeto estimado em R$ 33,5 milhões prevê o asfaltamento de 70 quilômetros de rodovia com acostamento, construção de cinco pontes de concreto (131 metros de extensão ao todo) e completa sinalização.
Além de aumentar o trânsito de turistas ao Estado com maior segurança, o asfaltamento da rodovia, segundo o secretário de Obras Públicas e de Transportes, é muito importante para a integração das duas localidades sul-mato-grossenses.
Bonito, cuja população estimada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) é de 16.800 habitantes, e Bodoquena com 8.400, vem aumentando o fluxo de turistas por conta da melhoria do acesso asfaltado, passarão a viver uma nova realidade econômica.
Pacote de obras - Quando da visita da ministra do Turismo Marta Suplicy a Mato Grosso do Sul, o governador André Puccinelli entregou a ela uma carta demonstrando o interesse do Estado em contratar financiamento junto ao Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), no valor de R$ 85 milhões, especialmente para investimento na Serra da Bodoquena, beneficiando assim os municípios de Bonito, Bodoquena e Jardim.
As ações do Programa de Desenvolvimento do Turismo na Região Sul do Estado (Prodetur Sul), conforme o teor do documento entregue a Ministra, são na área de saneamento básico, tratamento de água e esgoto, estradas vicinais, drenagem urbana, além do fortalecimento da gestão municipal e institucional, além da pavimentação da MS-178, que liga Bonito a Bodoquena, cerca de 70 quilômetros.