Notícias de Bonito MS
Mato Grosso do Sul pode receber mais nove pontos de cultura, abrangendo cidades como Campo Grande, Bonito e Amambai, com o objetivo de democratizar a cultura, seguindo os parâmetros estabelecidos pelo Ministério da Cultura (MinC). A publicação dos projetos habilidados no Diário Oficial de ontem diz respeito à primeira etapa do processo, que promoveu a análise dos documentos enviados para a seleção. Segundo a assessoria da Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul (FCMS), as próximas etapas acontecerão até o fim do ano.
As instituições selecionadas foram a Associação Colônia Paraguaia, o Instituto Seiva Brasil de Desenvolvimento Tecnológico e Sustentável, a Associação Amigos do Brazil Bonito, a Associação Esportiva e Cultural Nipo-Brasileira de Campo Grande, a Fundação Nelito Camara, o Ginga Cia. de Dança, a Associação Cultural Amambaiense, a Associação Planeta Pantanal e a Sociedade Comunitária Gibiteca. Por meio delas, ações culturais em áreas como culturas populares, patrimônio material, audiovisual e radiodifução, culturas digitais, gestão e formação cultural, pensamento e memória, entre outras, serão desenvolvidas com apoio do MinC e da FCMS.
Cinema
Iniciou-se ontem o módulo de "Direção de atores", do Projeto Mídias Contemporâneas Narrativas Populares, do Pontão de Cultura Guaicuru. Ministrada pelo ator, roteirista e diretor baiano Gilherme Marback. O projeto que vem sendo realizado desde junho, com oficinas que visam demonstar ao grupo selecionado pelo Pontão, formado por agentes culturais de diversas áreas, tem o objetivo de abrir as portas da produção cinematográfica e criar um coletivo ativo na arte sul-mato-grossense.
Neste módulo, assim como no anterior, os alunos já preparam o material para duas produções: o curta-metragem de ficção "Enterros", sobre as lendas envolvendo tesouros enterrados por Solano Lopes durante a Guerra do Paraguai, e "Fim da linha", documentário que interroga a retirada dos trilhos das regiões centrais de Campo Grande. Equilibrando teoria e prática, Gilherme trabalhará com os alunos teorias sobre o papel do ator na cena, partindo de autores Stanislávski e Brecht, e discutindo o papel do diretor.
Com cerca de 90% de seu território dividido em fazendas, o Pantanal acaba de ganhar uma ferramenta para avaliar a sustentabilidade dessas propriedades.
A Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária) Pantanal, após oito anos de estudo, desenvolveu um software que mede o desempenho das fazendas em três frentes: ambiental, econômica e social.
O programa - que será lançado em novembro no Simpan (Simpósio sobre Recursos Naturais e Socioeconômicos do Pantanal)- junta essas informações e chega a uma nota que diz se a fazenda é ou não sustentável.
"O Pantanal tem características muito particulares, que fazem com que os conceitos aplicados em outros ecossistemas não sirvam como parâmetro", afirma Walfrido Tomás, responsável pelos indicadores ambientais.
Segundo a Embrapa, a inclusão dos fazendeiros no processo de conservação é essencial, porque a maior parte das terras pantaneiras não pertencem ao Estado, diferentemente de outros ecossistemas, como a Amazônia.
A ideia do projeto é, em breve, funcionar como subsídio para avaliações mais profundas, como as feitas por certificadoras ambientais, que conferem selos à produção sustentável.
Após o lançamento, o programa será distribuído para alguns produtores e também estará disponível na internet gratuitamente.
"O software auxilia a tomada de decisões e mostra de forma detalhada praticamente todos os aspectos da fazenda. Fica mais fácil saber o que está dando certo e o que está indo mal", disse o coordenador da parte econômica, Urbano de Abreu.
Os pesquisadores tentaram simplificar ao máximo o preenchimento dos dados, mas, em alguns casos, o produtor pode precisar do auxílio de um especialista, como um técnico agrícola.
A Embrapa afirma que vai investir em cursos de capacitação para os produtores e seus funcionários. O objetivo, de acordo com o órgão, é que a avaliação seja cada vez mais simples para o fazendeiro. Quase intuitiva.
INDICADORES
"Como a diversidade biológica é imensa e a gente não consegue medir tudo, nós usamos indicadores que são capazes de mostrar todo o contexto da fazenda", afirma Walfrido Tomás.
De acordo com os pesquisadores, o mesmo conceito também foi usado para chegar ao indicadores econômicos e sociais.
"Nós fomos às fazendas, entrevistamos patrões e funcionários e ouvimos o que eles tinham a dizer. A opinião do pantaneiro, seu modo de vida, conta muito", disse Sandra Santos, coordenadora dos indicadores sociais.
Segundo ela, a qualidade de vida dos funcionários da fazenda depende diretamente do que é fornecido pelos patrões. Por isso, acesso à água e transporte, por exemplo, tem grande peso na hora da avaliação.
"Carteira assinada, por outro lado, é uma obrigação. O produtor que tem não ganha pontos, mas o que não tem é duramente penalizado."
A plataforma foi pensada para levar em consideração a imprevisibilidade do ambiente e também a interação entre os indicadores.
"Não adianta ir bem só em um aspecto. Para receber o grau de sustentabilidade, é preciso estar bem em todos os índices", afirma o pesquisador Urbano de Abreu.
Cidades que possuem parques naturais e investem na infra-estrutura de localidades verdes são beneficiadas com o ICMS Ecológico. Isto significa que dos 25% do tributo 5% é ecológico e 7% igualitário. O restante é dividido entre o número de eleitores (5%), área territorial (5%), receita própria (3%). Municípios como Alcinópolis, Jateí, Bodoquena, Bonito,por exemplo, temem que o índice diminua, conforme proposta do Governo Estadual, e a receita caia mais do que a metade.
A nova tabela provisória com os índices foi divulgada pelo Governo nesta sexta-feira. Os municípios com maior índice de ICMS Ecológico são: Alcinópolis, Jateí, Bodoquena, Bonito, e Porto Murtinho. Ao mesmo tempo em que comemoram, as cidades temem perder receita, pois há uma proposta governamental para redução do repasse neste quesito, ou seja, quem investiu na infra-estrutura além de perder receita vai continuar com a proibição para cultivo de lavouras ou criação de animais nestas localidades.
A tábua anual avalia o que é feito de investimento nas Unidades de Conservação Ambiental, o que dá uma avaliação qualitativa como, por exemplo, construção de guaritas e regularização fundiária. A área também é um fator levado em conta na hora da partilha do bolo do ICMS Ecológico. No município de Alcinópolis, o índice saltou de 8,6 em 2008 para 12,95, sendo atualmente, o maior índice de ICMS Ecológico no Estado.
O ICMS Ecológico é uma compensação para os municípios que preservam o meio ambiente, onde 90% é repassado conforme a avaliação qualitativa e quantitativa e os outros 10% são avaliados por meio de outros investimentos aplicados na cidade como, por exemplo, coleta seletiva de lixo, rede de esgoto, rede de água, plano diretor, entre outros.
Além de representar boa parte de receita para municípios, o ICMS Ecológico também tem a vantagem de atrair maior montante em outros repasses como o Fundersul (Fundo de Desenvolvimento do Sistema Rodoviário de Mato Grosso do Sul) e FIS (Fundo de Investimento Social).
A abertura da terceira edição do Rodeio Internacional de Bonito, na última sexta-feira à noite, teve público de aproximadamente 10 mil pessoas na arena montada no Parque de Exposição Leôncio de Souza Brito, no Sindicato Rural. Como já é tradição no evento, no primeiro dia o ingresso é um quilo de alimento não perecível destinado a entidades filantrópicas de Bonito e este ano a campanha arrecadou 8 toneladas, segundo balanço anunciado neste sábado pelo presidente da Comissão Organizadora, Arlindo Vasques.
A festa começou com a chegada do locutor Anderson de Oliveira trazido de helicóptero até o centro da pista da arena do rodeio. Sob os aplausos do público, ele começou a fazer a narração em pleno ar. Na seqüência, um show pirotécnico que lembrou as passagens de ano marcou a abertura do Rodeio Internacional de Bonito 2010, realizado com a parceria da IPR (International Pro Rodeo), entidade norte-americana organizadora de rodeios.
A primeira noite teve 50 montarias. No sábado, entraram em cena os peões vindos dos Estados, Unidos, Canadá e Austrália, comandados pela narração do locutor Márcio Alexandre. Uma das principais atrações é o peão norte-americano Cody Hancock, que sexta à noite assistiu a festa de abertura no camarote das autoridades. "Estou muito feliz por estar aqui e espero fazer boas apresentações. Estou preparado", disse ele. Profissional de rodeio desde 1998, já ganhou dois títulos mundiais e mais de US 1 milhão em prêmios.
O Rodeio Internacional de Bonito 2010 começou sexta-feira à noite e terminou ontem, com a disputa da fase final IPR Brasil temporada 2009/2010 e de uma etapa do Campeonato IPR SUPER BULLS (Primeira Divisão), que premiou o campeão com um carro zero Km.
Durante a abertura do ABETA Summit, no dia 20 de setembro, 32 empresas brasileiras receberam os certificados do seus Sistemas de Gestão de Segurança. Entre essas empresas, cinco estão localizadas na região de Bonito - Serra da Bodoquena. São elas: Abismo Anhumas, Buraco das Araras, Estância Mimosa Ecoturismo, Hotel Cabanas e Recanto Ecológico Rio da Prata.
Executado pela Associação Brasileira das Empresas de Ecoturismo e Turismo de Aventura (Abeta) em parceria com o Sebrae e o Ministério do Turismo, o Programa Aventura Segura tem por objetivo a capacitação para a adoção de práticas consagradas de segurança no segmento de ecoturismo e turismo de aventura no Brasil. Os atrativos que participaram do programa implantaram Sistemas de Gestão de Segurança conforme a Norma ABNT NBR 15331 de 2005 (Turismo de aventura - Sistema de gestão da segurança - Requisitos) e normas relacionadas.
Segmento é responsável por 26% de toda receita gerada com o turismo no mundo.
Para posicionar o Brasil como um destino de ecoturismo e turismo de aventura no cenário mundial, a Embratur (Instituto Brasileiro de Turismo) e a Associação Brasileira das Empresas de Ecoturismo e Turismo de Aventura (Abeta) promoveram um evento, na última terça-feira (05), durante a ATWS - Adventure Travel World Summit, na Escócia, Reino Unido.
O objetivo principal foi apresentar informações comerciais sobre destinos e produtos brasileiros de ecoturismo e turismo de aventura aos representantes de diversos mercados internacionais. "Para o Brasil, estreitar relações com o público-alvo do evento, composto por executivos de empresas de ecoturismo, turismo de aventura e mídias especializadas, é fundamental" afirmou o presidente da Embratur, Mário Moysés.
A estratégia da Embratur nesta edição da ATWS foi dar continuidade às ações promocionais de destinos e produtos de ecoturismo e de aventura nos mercados internacionais, atingindo assim novos agentes de viagem e operadores de turismo dos maiores centros emissores de turistas para o Brasil.
A ATWS é um evento técnico e comercial, no qual são realizadas palestras e rodadas de negócios com executivos das maiores empresas de ecoturismo e turismo de aventura do mundo, contando com aproximadamente 600 participantes de 26 nacionalidades. São empresas e executivos formadores de opinião discutindo tendências, ameaças e oportunidades dos segmentos. É um importante momento de interação entre as empresas e uma oportunidade de apresentar novos destinos, para posicionar o Brasil como um destino de ecoturismo e turismo de aventura no cenário mundial.
Cooperação Técnica - A Embratur assinou um Termo de Cooperação Técnica com a Associação Brasileira das Empresas de Ecoturismo e Turismo de Aventura (Abeta). O objetivo é aumentar a divulgação internacional dos destinos brasileiros que oferecem produtos turísticos de aventura e ecoturismo. A assinatura aconteceu durante o Abeta Summit 2010 - 7º Encontro Brasileiro de Ecoturismo e Turismo de Aventura, que aconteceu em setembro, em São Paulo.
A missão de benchmarking realizada em Miranda (MS), no Pantanal, identificou mais de 90 boas práticas em turismo, nos meios de hospedagem locais. O tratamento familiar dedicado ao hóspede e a gestão de resíduos sólidos são exemplos que poderão ser aplicados em outros pólos de ecoturismo do Brasil. O Pantanal integra o roteiro de viagens técnicas do programa "Benchmarking em Turismo 2010 - Vivências Brasil", iniciativa do Ministério do Turismo (MTur) em parceria com o Sebrae e que tem a Associação Brasileira das Agências de Viagem (Abav) como executora. O objetivo é qualificar o empresariado e aprimorar os segmentos do turismo com base na observação e reprodução de boas práticas identificadas em destinos-referência.
Os empresários fizeram visitas técnicas em pousadas e vivenciaram atividades como safári fotográfico, observação de aves e focagem noturna. "Pudemos observar como os meios de hospedagem conciliam, com harmonia, a rotina de trabalho da fazenda com o ecoturismo, oferecendo atendimento familiar aos hóspedes, sem descuidar dos impactos ambientais", disse o representante do Sebrae Nacional, Ricardo Villela.
O representante da Fundação de Turismo do Mato Grosso do Sul, Geancarlo Merigue, falou aos participantes do programa sobre um projeto que prevê o aproveitamento das linhas de trem que ligam Campo Grande a Miranda, com paradas em Piraputanga, Aquidauana. "O objetivo é valorizar a cultura pantaneira."
"O benchmarking, além de promover o desenvolvimento do turismo no Brasil, difunde diferentes culturas e valores, integrando o mercado e às diversas regiões do país", avaliou o representante da Abav, Ney Gonçalves.
O programa - Neste ano o programa "Benchmarking em Turismo 2010 - Vivências Brasil" já visitou o Recife e Olinda (turismo cultural); São Paulo (turismo de eventos e negócios); Brotas e Socorro (turismo de aventura); Gramado e Canela (eventos como alternativa para combater a sazonalidade) e Búzios (turismo de sol e praia). O benchmarking também já esteve em três destinos internacionais, República Tcheca (operação em países emergentes), Itália (termalismo e saúde) e Peru (turismo de selva e de base comunitária). No final de novembro acontece a última viagem do benchmarking 2010. Será para o México, com foco de observação na diversificação da oferta de produtos turísticos.
Após as viagens os empresários selecionados, em sua maioria, agentes de viagens, operadores, donos de pousadas e restaurantes, têm o desafio de multiplicar o conhecimento obtido para outros empresários em seus destinos de origem, com apoio dos Sebraes estaduais.