Notícias de Bonito MS
O município de Bonito foi contemplado na quinta-feira, dia 21 de outubro de 2010 no Museu Histórico Nacional, no Rio de Janeiro - pela 9ª vez consecutiva - com o Prêmio de Melhor Destino de Ecoturismo do Brasil.
A premiação se deu durante a décima edição do Prêmio Viagem e Turismo - A Escolha do Leitor, da Revista Viagem e Turismo (Abril) e Bonito foi representado na cerimônia de entrega pelo secretário municipal de Turismo, Indústria e Comércio, Augusto Barbosa Mariano.
Na edição deste ano Bonito disputou novamente com concorrentes de peso como Brotas, SP (2º), Fernando de Noronha, PE (3º), Pantanal, MT e MS (4º), Chapada Diamantina, BA (5º), Amazônia (6º), Foz do Iguaçu, PR (7º), Itacaré, BA, (8º), Chapada dos Veadeiros, GO (9º) e Lençóis Maranhenses, MA (10º). Os vencedores foram escolhidos pelos leitores, em 25 categorias. Eles também elegem as melhores opções do exterior.
Para o secretário Augusto Mariano a premiação reflete a continuidade do empenho da administração municipal em investir no Desenvolvimento Sustentável, dotando o município da infra-estrutura necessária para a realização do ecoturismo, em harmonia com a natureza.
De acordo com o prefeito de Bonito, José Arthur (PMDB), o prêmio é importante para o município, para a região e o Estado. "Além da infra-estrutura, continuaremos a formar mão de obra qualificada para receber bem o turista, sempre primando pela conservação ambiental", afirma.
Serviço:
Outras informações podem ser obtidas pelo telefone (67) 9986-4360 (secretário Augusto Mariano), ou (67) 3255-1351 (ramal 203), ou 3255-1578, prefeito José Arthur (telefone do gabinete).
Entre os 24 e 27 deste mês, acontece em Bonito o 1º Congresso de Natureza, Turismo e Sustentabilidade (Conatus), organizado pela ONG Fundação Neotropica do Brasil (www.fundacaonetropica.org.br), em parceria com o Instituto Homem Pantaneiro e a UFMS - Campus de Bonito.
A programação gira em torno dos três eixos básicos que definem o nome do evento. Em resumo, a natureza como capital para o turismo, o turismo para promover a conservação da natureza e regras de sustentabilidade para que isso aconteça de forma adequada e com perspectivas de longo prazo.
A intenção é realizar um evento técnico-científico, onde especialistas nacionais e internacionais possam debater as questões de turismo como promotor da conservação ambiental e a natureza como capital de base para o turismo no Brasil.
O site do 1º Conatus é www.conatus.org.br. No endereço é possível conferir a programação completa do evento e fazer a inscrição.
Sucesso sem precedentes na história de Mato Grosso do Sul em 2009, o Festival Pantaneiro de Aquidauana, idealizado pelo prefeito Fauzi Suleiman (PMDB), promete também muito sabor na edição deste ano. No ano passado o Parque de Exposição Manoel Antonio Paes de Barros recebeu milhares de pessoas e propiciou uma ampla divulgação de Aquidauana em todas as regiões do Brasil.
Registrado em vídeo, o 1º Festival Pantaneiro de Aquidauana faz sucesso em eventos de cultura, de turismo e outros. Este ano a definição das atrações e a estrutura a ser montada antecipam a certeza do sucesso.
Para este ano, o Festival Pantaneiro vai trazer para o público atrações musicais bem ao gosto regional. Na abertura, dia 12, o show principal será comandado por Renato Teixeira, ícone da música de raiz regional. No dia 13, sobe ao palco nada menos que Sérgio Reis, músico, compositor e um dos maiores incentivadores da música regional do Estado. Para o encerramento no dia 14 - véspera do feriado nacional do dia 15 de novembro - o público vai cantar as músicas de fronteira, de raiz paraguaia com a sempre cativante Perla e banda.
Em relação a gastronomia um dos restaurantes mais tradicionais de Aquidauana "o Casarão" estará atendendo sua clientela no Espaço Vitória durante o evento.
O empresário Eci Ribas Alves preparou um cardápio diferenciado para atrair turistas e visitantes. Confira os pratos a base de peixe: Pintado à Urucum - pintado à Dorê, Leite de coco, Azeite de Dendê, creme de leite, tomate, Cebola, pimentão, Gratinado, Arroz e pirão. Pintado a Milanesa - com Batata Frita, Arroz e pirão. Pacu Frito - costelas de Pacu frita, Batata Frita, Arroz e pirão.
Pintado à Parmegiana - pintado a milanesa com mussarela, molho de tomate, arroz e pirão. Jacaré à Dorê com batata Frita, Arroz e pirão. Trio do Pantanal - pintado a Dorê, isca de jacaré, costela de pacu, mandioca frita, molho tártaro, arroz e pirão de peixe. Pratos a base de carne de jacaré será um atrativo a mais nesta edição do Festival Pantaneiro em Aquidauana.
Sugestão no Festival Pantaneiro - PICANHA NA PEDRA com arroz, mandioca frita, vinagrete e farofa. Porções: Pintado à Dorê - Costela de Pacu - Isca de Jacaré. Informações: 67 3241.2219.
Diferentes ambientes do Pantanal de Corumbá estão sendo pesquisados por um grupo de 20 biólogos recém-formados - sete da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) e os demais de outras instituições de ensino do país. Eles participam do curso de pós-graduação em Ecologia e Conservação, oferecido anualmente pela UFMS, e que, além da formação, estimula trabalhos científicos em um bioma ainda pouco conhecido.
Acompanhados de professores da UFMS e de outras universidades, como a Unicamp, e de pesquisadores da Embrapa Pantanal, os biólogos são submetidos a uma maratona de tarefas diárias. Coletam e analisam material no meio ambiente, realizam estudos rápidos, apresentados oralmente e por escrito, e aprendem a metodologia de projetos científicos. Muitos destes estudos são publicados em livro.
O grupo iniciou o curso na fazenda Nhumirim, da Embrapa Pantanal, na subregião da Nhecolândia, onde conheceu um ambiente castigado pela seca. Na semana passada, os levantamentos da biologia da planície ocorreram em uma das regiões de maior relevância em biodiversidade: a Serra do Amolar. Os alunos visitaram a Reserva Particular do Patrimônio Natural Eliezer Batista, da EBX, empresa do empresário Eike Batista.
Mais estudos
A unidade de conservação de 12 mil hectares (antiga fazenda Novos Dourados, distante 190 km por água ao norte de Corumbá), criada em 2008, foi aberta à pesquisa científica e pela primeira vez recebe o curso da UFMS. Foi uma das fases mais profícuas da capacitação, segundo o coordenador e professor Erich Fischer, pela riqueza biológica da região, onde ocorrem influências da Amazônia, Chaco e Cerrado.
"A Serra do Amolar é particular, é um cenário diferente, com diques marginais, morraria, floresta. Esse ambiente estimula a criatividade e compromisso dos alunos em aprofundar o conhecimento da biologia dos organismos do Pantanal e suas características ambientais", afirma Fischer.
Segundo ele, o curso contribui para ampliar o interesse científico sobre o bioma, em especial no campo da conservação e seus desafios.
O estado do Mato Grosso do Sul ganhou a primeira Unidade de Conservação de uso sustentável no Pantanal. Decreto da prefeitura de Ladário cria a Área de Proteção Ambiental (APA) da Baía Negra, que agrega preservação ambiental e sobrevivência das populações tradicionais. A área, localizada na Estrada Codrasa às margens do rio Paraguai, foi alvo de venda de terras da União e de ocupações irregulares denunciadas pelo Ministério Público Federal (MPF). Desde abril de 2009, ações do MPF buscavam a regularização do local e a recuperação das áreas afetadas pela construção ilegal de casas e pousadas turísticas.
A APA da Baía Negra é uma conquista do homem pantaneiro. Corrigindo erros do passado, alcançou-se um paradigma novo de preservação ambiental, que inclui a sobrevivência dos homens e mulheres que dependem dos recursos naturais do Pantanal. Com a criação da APA da Baía Negra, os poderes públicos firmaram um compromisso de desenvolvimento sustentável do qual não mais poderão se afastar - afirma o procurador da República em Corumbá, Wilson Rocha Assis.
A Unidade de Conservação criada em Ladário possui quase 6 mil hectares de extensão e uma vasta riqueza ecológica, arqueológica e paisagística. Com a criação da APA, busca-se ordenar a ocupação do solo e a exploração dos recursos naturais, reconhecendo e assegurando a dignidade das populações tradicionais e viabilizando atividades sustentáveis como o ecoturismo, capazes de incrementar a geração de riqueza e renda para a sociedade em geral.
A partir da implantação e funcionamento da Área de Proteção Ambiental, a região será dividida em zonas com delimitação das atividades permitidas, restringidas e proibidas em cada uma delas. Também serão utilizados instrumentos legais e incentivos financeiros e governamentais para assegurar a proteção e o uso racional do meio ambiente.
A APA Baía Negra será gerida por Conselho Gestor próprio, composto de seis membros, que deliberará sobre sua administração, aprovação de projetos, controle e fiscalização dos investimentos.
A região da Codrasa abrigou, na década de 80, um projeto agrícola conhecido como polder experimental agropecuário de Ladário, implementado pela extinta Superintendência de Desenvolvimento do Centro-Oeste (Sudeco). Em 1976, foi iniciada a construção da estrada que margeia o Rio Paraguai para dar acesso à região, mas o projeto foi abandonado três anos depois quando faltavam apenas 900 metros para o término da estrada. A área foi, então, incorporada ao patrimônio da União, através da Lei 8.029/90.
Em abril de 2009, o MPF em Mato Grosso do Sul expediu quatro recomendações para solucionar as ocupações irregulares na região. As recomendações foram enviadas a todos os proprietários das construções, à Associação de Moradores, à Prefeitura de Ladário e à Gerência Regional do Patrimônio da União (GRPU). Na época, o MPF e a Polícia Federal (PF) iniciaram investigações envolvendo a prática de crimes ambientais e de ocupação de terras públicas.
Sete meses depois, foi desarticulada uma quadrilha que comercializava terras da União em Mato Grosso do Sul. Quatro pessoas foram acusadas de intermediar a negociação de terras entre 2002 e 2008 por valores que iam de R$ 1.200,00 até mais de R$ 30 mil. A quadrilha era liderada por uma servidora pública federal.
Em 2010, em Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), proposto pelo MPF e assinado por ocupante irregular, garantiu-se a desocupação de área na região, com cessão das benfeitorias à Polícia Militar Ambiental para promoção de atividades de fiscalização e educação ambientais. A assinatura do TAC foi uma medida de compensação por danos causados ao meio ambiente.
O resultado de um levantamento realizado por meio do Arranjo Produtivo Local da Apicultura do Pantanal com o objetivo de diagnosticar a realidade da apicultura na região pantaneira está sendo divulgado pela Agência de Desenvolvimento Agrário e Extensão Rural (Agraer) e será publicado em uma cartilha que será distribuída gratuitamente aos apicultores.
O levantamento consistiu na aplicação de um questionário com 65 questões a 141 apicultores dos 13 municípios de abrangência do APL. De acordo com o gestor de desenvolvimento rural da Agraer, Ricardo Dias Peruca, através do diagnóstico pode-se visualizar a campo a real situação do apicultor do Pantanal sul-mato-grossense, compreendendo as suas especificidades e demandas sócio-territoriais, bem como pontos de ação necessários para a modernização da produção na região com informações do manejo, aspectos sócio econômicos do apicultor e georreferenciamento dos apiários. "Este trabalho é um mapeamento estatístico do que é produzido, por quem é produzido e onde é produzido, imprescindível para iniciar uma coleta de dados mais precisa da realidade da apicultura pantaneira no Estado", acrescenta Peruca.
A área abrangida pelo levantamento corresponde a aproximadamente 17% do total de 78 municípios de Mato Grosso do Sul". De acordo com o gestor, a expectativa é de que o levantamento total da apicultura no Estado seja feito pela Agraer até o final de 2011.
As informações foram coletadas nos municípios de Anastácio, Aquidauana, Bela Vista Bodoquena, Bonito, Caracol, Porto Murtinho, Corumbá, Jardim, Nioaque, Guia Lopes da Laguna, Miranda e Ladário. Nos 13 municípios foram diagnosticados 385 apiários totalizando 7.499 colmeias. A maioria dos apicultores entrevistados já participou de algum curso ou treinamento em apicultura, com um índice de 86% de capacitados.
O levantamento mostrou ainda que a apicultura representa a segunda renda de 95% dos entrevistados e que a captura de enxames ainda é o processo mais utilizado para implantação, expansão e manutenção dos apiários, sendo utilizado por 80,85% dos entrevistados.
Em relação à mão de obra utilizada na atividade o diagnóstico mostrou que 49% das ações são realizadas por meio de uma ajuda mútua entre os apicultores; 28% com ajuda de familiares e 23% com ajuda de vizinhos.
Durante a realização dos diagnósticos a campo evidenciou-se que a apicultura na região do Pantanal sul-mato-grossense ainda carece de infra-estrutura e logística adequadas para implantar processos de aumento de produção e melhoria na qualidade dos produtos apícolas.
Verificou-se ainda que a falta de estrutura de extração e beneficiamento do mel é um dos pontos limitantes para a atividade na região.
O grupo Serra Verde Express, empresa responsável pela administração do Trem do Pantanal (Pantanal Express), protocolou junto ao Governo do Mato Grosso do Sul e à ALL (América Latina Logística), concessionária de cargas que atua no Estado, projeto Pantanal, de extensão das operações do transporte turístico ferroviário até a cidade de Corumbá (na data prevista e acordada no termo de cooperação entre as partes dia 30/12/2009), antiga reivindicação da população local.
Desde a inauguração, o trem opera no trecho Campo Grande, Aquidauana, Miranda. No documento entregue há relatórios sobre produção, adequação de velocidade e condições da operação existentes e também necessidades para a extensão do passeio.