quarta, 20 de maio de 2009
EPTV - Terra da Gente
Leis ambientais e fiscalização conciliam lucro e conservação de um paraíso natural no MS
Terra da Gente
Programa 561
Mergulho na natureza e aventura de pesca esportiva no Mato Grosso do Sul. Este é o destino dos repórteres Eduardo Sozo (texto), Carlos Alberto Coutinho (imagens) e do auxiliar técnico Ilydio Pereira. A viagem é para um lugar de beleza a perder de vista, mas que está ao alcance de todos nós. Nossos repórteres mergulham na natureza e participam de uma boa aventura de pesca esportiva no rio Miranda, a região da Serra da Bodoquena. Em Bonito, a equipe do Terra da Gente toma um banho de vida, tem natureza preservada e ecoturismo com conservação. Graças à proteção ao meio ambiente, a região de Bonito virou referência em turismo ambiental no Brasil e no Exterior. E é só conhecendo este pedaço do nosso País que a gente entende porque ele é tão fascinante. As águas transparentes dos rios formam grandes aquários naturais. Durante o mergulho podemos ter contato com a biodiversidade e flutuar no meio dos cardumes. Manter o equilíbrio ambiental na região de Bonito é desafio de todos. A proteção da natureza se faz com leis rigorosas e muita pesquisa científica. Os biólogos já descobriram que os peixes sofrem do mal da obesidade. As piraputangas ficam bem acima do peso quando são alimentadas pelos turistas. A saída está no monitoramento e educação ambiental. Os exemplos de preservação na região de Bonito se multiplicam. Depois de ser explorado sem nenhum critério nos últimos anos, o rio Miranda renasce para a pesca esportiva. Os nossos repórteres foram lá conferir esta nova fase do Miranda. E olha que eles não têm do que reclamar! Os peixes gigantes, é claro, ainda não voltaram, mas a nossa equipe fez uma boa pesca de pacu e grandes piauçus. Pescaria que há muito tempo não se via naquele trecho do rio. O repórter Eduardo Sozo conta como foi participar desta experiência.
A descoberta de um lugar incomum
A grande missão da nossa aventura é fazer contato com a natureza e mergulhar numa das regiões mais conservadas do Brasil. O primeiro compromisso desafia a nossa observação. Os cenários são de Bonito, na Serra da Bodoquena, no Mato Grosso do Sul, mas extrapolam em beleza o nome do principal município da região. Por falar em modéstia, há 15 anos Bonito era só uma cidade perto do pantanal sulmatogrossense e fora da rota turística.
Até que o restante do Brasil, e o mundo, abriram os olhos e deram conta de que não estavam diante de um lugar comum, mas sim de um pedaço de terra privilegiado por natureza. Lugar onde é preciso mergulhar ou caminhar para descobrir o que há de tão especial. Só em 2008, quase 90 mil turistas estiveram em Bonito. O fluxo deve aumentar ainda mais, já que o aeroporto da cidade passou a receber voos regulares.
Quem desembarca tem um desejo em comum. E ele se encontra debaixo dágua. Os rios da região de Bonito guardam um tesouro submerso bem visível e ao alcance de todos. Uma biodiversidade riquíssima realçada pela transparência das águas. É isso o que mais encanta os ecoturistas que vêm pra cá. Mergulhar aqui é entrar num mundo fascinantes.
Segredos entre rochas
Entre rochas calcárias, encontramos um mundo multicolorido de vida abundante e de contrastes. Enquanto o corpo flutua, a mente se perde em meio a tantas belezas. A sensação é de estar num aquário gigante com peixes da mesma proporção.
Fica até difícil saber para onde olhar, tamanha é a quantidade de peixes. Os cardumes passeiam diante dos nossos olhos. Piraputangas, pacus, curimbatás, piaus e piavas vistas normalmente no fundo dos rios, que é rico em nutrientes. Neste lugar, peixes como o piau e o curimbatá garantem a refeição e também é onde está o segredo para a água cristalina dos rios da Serra da Bodoquena: os sedimentos de rocha calcária, dissolvidos na água. O calcário absorve e decanta as impurezas, permitindo a existência de cenários incríveis.
Nos trechos mais rasos, um visual sensacional. A luz, refletida na superfície da água, produz um espelho natural. Em pouquíssimos lugares do Brasil é possível ver peixes de água doce tão de perto e ainda interagir com eles. A maioria não se incomoda com a presença dos turistas e segue sua rotina dentro dágua. O dourado chama a atenção pela cor e também pela imponência, é o soberano dessas águas.
Existem cerca de 90 espécies de peixes nos rios da Serra da Bodoquena, mas pouco ainda se sabe sobre o comportamento deles. O cardume de piraputangas, o peixe mais encontrado nesta região, parece disperso, mas, de repente, se alinha num único pelotão como se todos obedecessem a uma ordem superior.
O cotidiano dos moradores
Estudar a rotina e o comportamento desses animais é um dos desafios de pesquisadores como José Sabino, da Universidade para o Desenvolvimento do Estado e da Região do Pantanal (Uniderp). Ele e o biólogo Ivan Sazima ? da Universidade de Campinas, a Unicamp ? descobriram uma curiosa interação que ocorre nas margens dos rios, locais muito visitados por bandos de macacos-pregos.
Na água, os bichos matam a sede e nas árvores encontram comida farta. Eles pulam de galho em galho atrás de frutas, refeição que sem querer acaba dividida com quem está lá embaixo, mais exatamente dentro d?água. As piraputangas agradecem a cordialidade dos mamíferos e chegam a segui-los para aguardar o tão esperado momento. Como os macacos não são nem um pouco discretos, para cada fruta que comem, costumam derrubar muitas outras. É nessa hora que os peixes fazem a festa. Caiu na água, eles não perdem tempo! Alguns chegam a projetar o corpo fora da água para pegar a comida.
De acordo com o pesquisador, essa interação tem um papel ecológico muito importante, já que esses frutos, quando as piraputangas deles se alimentam, podem ajudar na recuperação da mata ciliar dos rios. Essa é, ainda, do ponto de vista da literatura científica, uma descrição única no Brasil. No mundo, a interação entre peixes e mamíferos se dá entre hipopótamos e peixes em algumas nascentes do Quênia.
Águas cristalinas
Quanto mais transparentes as águas, mais reveladoras elas são. Embaixo dágua, labirintos e ecossistemas curiosos. A variedade de plantas que formam verdadeiros jardins subaquáticos chama a atenção. Um toque de charme até debaixo dágua.
Na medida em que avançamos, somos surpreendidos por mais curiosidades. Água que brota do chão são as ressurgências, nascentes que formam pequenos e grandes vulcões. Um deles, a três metros de profundidade, fica no Rio da Prata, município de Jardim, e é um dos maiores atrativos.
Mergulho em direção ao fundo do rio. A vontade é de ficar lá em baixo pra curtir a hidromassagem natural, mas a força da água não deixa. Ela empurra o corpo para cima e expulsa o intruso. Sinal de que a natureza é quem manda e domina por aqui. Cabe ao homem apenas admirar e se curvar diante de um espetáculo tão deslumbrante.
Impactos ambientais
Quem não gosta de apreciar obras-primas? Há muitas delas espalhadas pela Serra da Bodoquena, na região Centro-Sul do estado do Mato Grosso do Sul. Nesta maravilha de quase 300 quilômetros de comprimento, é possível escolher entre cenários de por-do-sol dentro ou fora dágua. A natureza se revela um esplendor e desafia o homem com ambientes tão preciosos. A missão é buscar o equilíbrio e conciliar exploração turística com conservação, onde tudo se vê, mas nada se leva daqui.
Uma tarefa árdua que envolve muita gente e segue regras rígidas. Nenhuma atração natural pode ser visitada sem a presença de um guia. A entrada é controlada e os grupos limitados de acordo com o tipo de ambiente. A capacidade de carga dos atrativos é determinada pelos monitoramentos ambientais. Mensalmente são elaborados relatórios e feito um estudo nos rios, nas matas e nas trilhas onde ocorrem essas atividades turísticas pra minimizar e prevenir impactos ambientais.
Quase todas as atrações na região de bonito ficam em Reservas Particulares do Patrimônio Natural (RPPNS), o que facilita o controle do fluxo de visitantes. Nos rios, os cuidados têm que ser ainda maiores, já que são ecossistemas muito frágeis, que precisam de uma atenção especial. Isso é lembrado para os turistas a todo instante. Na flutuação, principal atrativo de Bonito, são permitidas apenas nove pessoas por grupo. Todas elas têm que usar roupa de neoprene e colete salva-vidas, garantias de que vão se afundar.
É no começo dos passeios que está a maior preocupação dos guias: as nascentes. Estes lugares são muito sensíveis e frágeis. Se os visitantes começarem a abusar, isso vai atrapalhar a ressurgência de água, na vegetação. Esses cuidados fizeram de Bonito uma referência em termos de conservação ambiental no Brasil. O treinamento turístico de Fernando de Noronha veio aqui aprender com esse modelo. Inúmeros destinos turísticos do Brasil visitam o lugar para entender o funcionamento.
Mergulho
O biólogo José Sabino acompanhou todo esse processo de transformação para que Bonito se tornasse um destino ecologicamente correto. Ele foi gerente ambiental de um dos atrativos e, hoje, a contribuição do biólogo é feita de outra forma. Nos preparamos com ele para conhecer mais de perto detalhes desse trabalho.
Pesquisas científicas têm dado uma contribuição importante para o desenvolvimento sustentável do ecoturismo em Bonito e nos municípios vizinhos. Foi o professor José Sabino quem chamou a atenção para essa necessidade no fim dos anos 90. Desde 2000, ele coordena o projeto Peixes de Bonito, que envolve seis instituições do Brasil e do Exterior na busca por mais conhecimento da biodiversidade dos rios dessa região.
Nosso mergulho é no Balneário Municipal, um lugar muito frequentado por turistas em Bonito. Paraíso das piraputangas, não é preciso ir muito fundo para ficar impressionado com o que os olhos veem. São cardumes imensos, centenas de peixes a poucos centímetros da gente. Sabino tem em mãos um guia subaquático criado por um aluno de mestrado da Uniderp, de Campo Grande. O guia ajuda a identificar as principais espécies de peixes encontrados nos rios dessa região. Normalmente, quando as pessoas visualizam os peixes durante o mergulho e a flutuação, elas observam os peixes de porte grande como dourado, piraputanga e curimbatá. Estes são os peixes mais fáceis de serem visualizados.
Peixes obesos
Uma riqueza que esconde muitos mistérios. Vinte por cento das espécies de peixes da Serra da Bodoquena ainda não foram descritas pelos biólogos, o que significa dizer que não possuem uma ?certidão de nascimento científica?. O maior desconhecimento é em relação aos pequenos peixes, como lambaris e bagres. O mesmo não acontece com as piraputangas. A espécie mais encontrada nos rios dessa região é também uma das mais estudadas.
Em uma das pesquisas, José Sabino e outros dois biólogos descobriram algo inusitado: os peixes estavam gordos. O comportamento dos turistas tinha influência direta na dieta deles. A alimentação das piraputangas é à base de frutas, mas devido à grande oferta de salgadinhos de milho, cortesias dos turistas, elas passaram a comer além do necessário.
O alerta teve um papel educativo importante e serviu para promover uma mudança de hábitos. Já não é mais permitido alimentar os peixes com salgadinhos. No lugar deles, foi introduzida no Balneário de Bonito uma ração balanceada, com proteínas em vez de amido. A medida deu certo. Os turistas ficaram mais conscientes sem que os peixes deixassem de saborear as cortesias dos visitantes. Quando alguém aparece com um desses saquinhos, é uma festa dentro dágua.
O verde de Bonito
Pequenas iniciativas juntas podem trazer grandes resultados. Esse mesmo raciocínio vale para mudas de árvores nativas. Sozinhas, elas não teriam o poder de mudar a paisagem. Unidas, estão ajudando a recuperar áreas degradadas dessa região. As mudas são produzidas em viveiro da Reserva Ecológica Rio da Prata, no município de Jardim, a 50 quilômetros de Bonito. São 25 espécies ao todo. Tem jacarandá, embaúba, ipê-amarelo e jaracatiás.
Quem toma conta deste berçário verde é o biólogo Samuel Duleba. É uma tarefa de formiguinha e requer muito esforço e paciência, mas traz resultados. Ele sai a campo e seleciona as árvores-mães, as matrizes, que devem ser sadias. A partir delas, coleta sementes. Das mudas produzidas, parte para o reflorestamento das áreas em recuperação a partir do plantio das mudas na área a ser recuperada.
Apesar de ser um exemplo de conservação, Bonito ainda tem muitas áreas de mata ciliar que precisam ser reflorestadas. Até o início dos anos 90, a criação de gado era a principal atividade econômica de Bonito e região, o que promoveu um avanço sobre as áreas verdes. Recuperá-las é uma das missões do IASB ? Instituto das Águas da Serra da Bodoquena, uma das organizações não-governamentais engajadas na luta ambiental.
A ONG criou o projeto Plante Bonito. As mudas viajam até um lugar onde serão acolhidas definitivamente, neste caso, o sítio do seu João. O plantio é feito em áreas de preservação permanente, próximas a córregos e rios. Patrocinadas por empresas, as mudas são doadas pelo IASB a produtores rurais. Em troca, o instituto exige deles a manutenção das árvores. Só neste sítio de 20 hectares, já foram plantadas 80 mudas. Agora o objetivo do IASB é convencer outros produtores a ir pelo mesmo caminho.
Os peixes no Rio Miranda
O sol forte é um convite para uma pescaria no rio Miranda, um dos mais conhecidos do Mato Grosso do Sul. Tralha nas mãos, deixamos a pousada no começo da manhã em direção aos barcos. Na nossa companhia, o pescador esportivo Marcelo Gomes. A paisagem mudou e as águas não são mais transparentes, mas ainda estamos no município de Bonito, só que a 80 quilômetros da cidade.
Rio acima são 30 minutos de deslocamento para chegar ao primeiro ponto de pesca. Encontramos o Miranda numa situação atípica para esta época do ano, um pouco mais seco do que o normal. A alta temporada de pesca ainda não começou. Mesmo assim, já é possível ver muita gente nos barrancos. A nossa já está na hora de começar e a intenção agora é pescar o piauçu. No ponto onde paramos, tem saído muito esse tipo de peixe.
Nós estamos seguindo a dica do Nenê, que é o piloteiro do barco. Mas os primeiros arremessos não são animadores. A isca se vai, mas o peixe não vem. O piauçu é o peixe mais manhoso de se pegar. Ficam mamando na isca, tem que dar o tempo certo. Por isso que se torna um dos peixes mais esportivos. O estímulo vem de outros pescadores que não usam vara. A refeição do biguá e do Martim-pescador já está garantida. Não é só isso que nos empolga. A linha diz muito o que vai ser a pescaria. O primeiro peixe fisgado é uma surpresa: um pacu típico da região, o amarelinho. Geralmente ele migra e, no Pantanal, ele é mais escurro.
Recompensa para a paciência
Já que a pesca está mais para o pacu, arriscamos uma isca maior. Em vez de pedaços, caranguejo inteiro. Muitos arremessos... e nada de peixe. Quando finalmente consigo fisgar um, a alegria logo vira decepção. O otimismo de Nenê é um incentivo e tanto, até mesmo na hora de desfazer as cabeleiras. Quando a isca já não atrai tanto o peixe, o melhor a fazer é trocar de lugar.
Partimos para outro ponto e desta vez ancoramos mais no meio do rio, só que a rotina se repete. Os peixes teimam em escapar. É um teste de paciência. Novas tentativas, e o peixe leva a melhor na maioria das vezes. Quando finalmente parece que ele está fisgado, não é uma boa comemorar antes da hora. O segredo é não desistir. E enfim, nossa persistência é premiada. Cada vez que os companheiros de barco tiram um peixe da água, só aumenta a minha vontade de fisgar um.
Uma pescaria é sempre cheia de surpresas e elas nem sempre vêm de dentro dágua. O gavião carcará sobrevoa nosso barco mais de uma vez e chama a atenção de quem está embaixo. O gavião-preto também marca presença. O maguari e o biguá, mais discretos, estão sempre de prontidão. As aves dão mais cor ao rio Miranda. Durante a pescaria, não dá para admirá-las durante muito tempo. Um descuido, e a isca desaparece. O primeiro peixe tarda, mas não falha. A tarde se mostra mais produtiva do que a manhã. O rio Miranda começa a dar sinais de recuperação após anos de pesca predatória. A falta de controle fez a situação ficar precária.
Despedida
O Terra da Gente tinha estado aqui pela última vez em 2001. Na época, a repórter Maraísa Ribeiro constatou a degradação do rio. A situação do rio Miranda chegou ao ponto mais crítico há 8, 9 anos atrás, de acordo com o Marcelo, que costuma pescar com frequencia aqui. Devido à escassez de peixe, os órgãos ambientais tiveram que restringir a quantidade retirada por pescador. Esse limite foi diminuindo ao longo dos últimos anos até chegar a dez quilos atualmente.
O fim de tarde se aproxima e chega a hora dos últimos arremessos. Deixamos o Miranda com essa imagem na memória. Quando se trata do rio, a alegria dos ribeirinhos é a mesma dos pescadores esportivos: a de vê-lo em recuperação. Quanto maiores forem a conscientização e o respeito aos recursos naturais, mais chances eles terão de voltar para cá e desfrutar boas pescarias.
Agradecimento
Associação dos Atrativos Turísticos de Bonito e Região
http://www.atrativosbonito.com.br
Como chegar
BONITO, MS
Hotel Piramiúna
Tel. (67) 3255-1058
http://www.piramiunahotel.com.br
RIO MIRANDA, MS
Cabana do Pescador
Tel. (67) 3245-3697
http://www.cabanadopescador.com.br
Programa Terra da Gente:
Rua Regina Nogueira, 120
Jardim São Gabriel - Campinas, SP
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Telefones:
(19) 3776.6488
3776.6460
3776.6593
*O programa Terra da Gente é exibido pelas seguintes emissoras: EPTV (Campinas, Ribeirão Preto, São Carlos e Varginha-MG); TV TEM (São José do Rio Preto, SP; Sorocaba, SP; Bauru, SP e Itapetininga, SP); TV Fronteira (Presidente Prudente); TV Diário (Mogi das Cruzes, SP); TV Centro América (Cuiabá, MT); TV Centro América Sul (Rondonópolis, MT); TV Centro América Norte (Sinop, MT); TV Terra (Tangará da Serra, MT); TV Morena (Campo Grande, MS); TV Sul América (Ponta Porã, MS); TV Cidade Branca (Corumbá, MS); TV Grande Rio (Petrolina, PE); TV Asa Branca (Caruaru, PE) e TV Tapajós (Santarém, PA). Sobre dias e horários, consultar a programação da emissora local.
O Terra da Gente é exibido também para todo o Brasil, aos domingos, às 7:00h, via antena parabólica (o canal Superstation da Globo) e para 116 países dos 5 continentes pelo Canal Internacional da Globo.
30/08/2023 - 00:00