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Notícias de Bonito MS

As águas cristalinas do rio da prata atraem milhares de turistas todos os anos a Jardim - cidade cercada de verde na região da Serra da Bodoquena - Sudoeste de Mato Grosso do Sul. De Campo Grande até a cidade são 265 quilômetros, pela MS 060.

A cidade oferece pelo menos 10 opções de hospedagem em hotéis - com diárias que variam de 60 a 100 reais por casal.

Nos restaurantes, a 15 reais por pessoa, tem comidinha caseira feita no fogão a lenha:

guisado de mandioca, carne assada e um prato que só se come por lá: a lasanha de pintado.

Jardim tem seis balneários. Um dos mais procurados é o "municipal": A entrada custa 5 reais. Aqui, o turista nada no rio, junto com pintados e piraputangas - peixes típicos da região.

"É primeira vez que eu venho, o balneário é fantástico, eu recomendo todo mundo vir aqui e dar um mergulho, a água está ótima", conta Renê Luis Coimbra, engenheiro agrônomo.

E tem mais atrações: As nascentes formadas por rochas calcárias do subsolo e o conjunto de rios com águas transparentes perfeitas para o ecoturismo.

Quem preferir pode alugar óculos e pé de pato para mergulhar. Por 10 reais é possível ficar com o kit o dia todo. Bem pertinho, mais um passeio: o buraco das araras.

São 25 reais por pessoa para seguir a trilha que leva a casa das araras, chamada de dolinas.

São 10 minutos de caminhada até chegarmos a este primeiro mirante. Encontramos então a maior dolina da América com Sul, a segunda maior do mundo com 100 metros de profundidade e 500 de circunferência. Um espaço perfeito para contemplar a natureza.

Dolina é o nome que se dá para este buraco no chão, geralmente de forma arredondada.

As rochas de arenito têm fendas usadas como abrigo para as aves. Nos paredões, inacessíveis para o homem, as araras vermelhas encontram segurança para fazer os ninhos. Seguindo pela BR 267, cinco quilômetros a frente, chegamos ao recanto ecológico do rio da prata, um modelo na exploração do ecoturismo sustentável. O número de turistas é limitado: são nove pessoas por viagem e no máximo 150 visitantes por dia. O passeio custa 140 reais e só pode ser feito com um guia.

Nessas águas é proibido tocar os pés no chão. O turista recebe uma roupa de borracha especial para flutuar. "O leito do rio é muito sensível ao toque, ou seja, se você encostar ou pisar no fundo do rio vai levantar todo o sedimento que está no fundo, e além de sujar a água e comprometer a visibilidade do visitante, você estará destruindo toda essa vida aquática que existe dentro dele." afirma o biólogo Samuel Duleba.

São quatro horas de mergulho, desde a nascente do rio "olho d´agua" até o "rio da prata". O estudante Lucas Eduardo Alencar conta: "deu pra cansar demais. Mas é bonito demais, uma sensação única".

A Fundação de Turismo do Estado (Fundtur) participa nesta semana - nos dias 25 e 26 - do 33º Encontro Comercial da Associação Brasileira das Operadoras de Turismo (Braztoa). O evento tem o objetivo de divulgar e fomentar o turismo em Mato Grosso do Sul, mostrando as potencialidades e atrativos naturais que o Estado oferece para os visitantes que vêm conhecer principalmente as regiões da Serra da Bodoquena, Bonito e Pantanal.

De acordo com a Fundação de Turismo, o Estado terá um stand com 18 metros quadrados de área para fazer a divulgação dos roteiros sul-mato-grossenses. Mais de 15 empresários do ramo hoteleiro e operadores de turismo de Mato Grosso do Sul devem participar da feira da Braztoa que é voltado para um público formado por agentes de viagens de todo o Brasil, representantes das iniciativas pública e privada e imprensa especializada.

Além de oferecer a oportunidade de divulgação dos roteiros, o encontro disponibiliza ainda capacitações aos participantes e a chance de adquirir produtos, obter informações, conhecer novidades e tendências e efetivar negociações com os operadores de turismo Braztoa e seus parceiros comerciais e institucionais. O encontro também proporciona atividades para promover e fortalecer o relacionamento entre as principais empresas do setor.

Duas técnicas da Fundação de Turismo representam o governo do Estado no evento nacional, que acontece no Centro de Convenções Frei Caneca, na Capital paulista, onde devem se reunir mais de 150 expositores.

Estudos revelam que formação das lagoas é um fenômeno atual.

A antiga hipótese de que a formação dos lagos salinos do Pantanal de Nhecolândia, no centro-sul do Pantanal sul-matogrossense, teria ocorrido entre 126 mil e 10 mil anos atrás, no período Pleistoceno Tardio, caíram por terra.

Estudos recentes de cientistas da USP, da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), do Institut de Recherche pour le Dévelopement (IRD), da França, e da University of California-Riverside (UCR), EUA, revelam que as águas salgadas dessas lagoas são resultado de processos geoquímicos atuais.

Desde 1998 os cientistas estudam as águas e os solos deste complexo de cerca de 27 mil quilômetros quadrados, onde existem aproximadamente 1.500 lagoas salinas e cerca de 7.800 de água doce. No caso do Pantanal da Nhecolândia, que concentra as lagoas salinas, ele é delimitado pelos rios Negro e Taquari.

Segundo a geógrafa Sheila Furquim, que integrou a equipe de pesquisadores como aluna de doutorado do Departamento de Geografia da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) da USP, as lagoas de águas salgadas são facilmente reconhecidas. "Elas têm uma forma arredondada ou oval e possuem, em geral, uma faixa de praia que fica bem visível durante a época de seca."

Furquim conta que um dos estudos recentes, liderados pelo francês Laurent Barbiero (IRD) e pelo professor José Pereira de Queiroz Neto, do Departamento de Geografia da FFLCH, aponta que as águas dos dois tipos de lagos (doce e salgado) são quimicamente da mesma família, e que as diferenças poderiam estar ocorrendo atualmente pela precipitação de íons, devido à alta evapotranspiração que atinge o Pantanal (1.400 mm/ano).

Segundo os estudiosos, as águas salgadas teriam maior concentração de íons de magnésio, potássio e cálcio, em relação à água doce. Em outras palavras, a água salgada derivaria da evaporação da água doce em tempos atuais, mas por ligações subterrâneas.

Desta forma, a salinidade das águas do pantanal deve-se, ao menos em parte, à formação atual destes minerais, e não a processos ocorridos no passado. Ela lembra que as lagoas salinas podem atingir pH 10, extremamente alto, e que têm importância para o abastecimento da fauna e do gado local.

A polícia ambiental avisa que pesca continua proibida em três trechos de mato grosso do sul. Depois do final do período de piracema , que foi até 28 de fevereiro, a liberação da pesca amadora, desde 1º. de março em alguns rios de MS permanece proibida nas seguintes localidades:

-Rio Salobra, entre Miranda e Bodoquena; córrego Azul, em Bodoquena, rio Formoso, em Bonito, rio do Prata, entre Bonito e Jardim, rio Nioaque em Nioaque e Anastácio. É proibida a pesca nos trechos de 200 metros acima e abaixo de barragens corredeiras, cachoeiras, escadas de peixes e embocaduras de baias. Entre os rios, é permitida somente as modalidades pesque e solte no Rio Negro, córrego Lageado, próximo ao município de Rio Negro, até o limite oeste da Fazenda Fazendinha em Aquidauana, além de toda a extensão dos rios Perdido, Abobral e Vermelho.

A Polícia Ambiental lembra que é obrigatório que o pescador amador tenha sempre em mãos a licença de pesca e o documento de identidade. A licença pode ser adquirida na agencia do Banco do Brasil ou pela internet: www.imasul.ms.gov.br. A autorização ambiental é individual e tem validade trimestral ou anual, obrigatória para pesca embarcada ou desembarcada ou nos barrancos dos rios.

Em homenagem ao Dia Nacional das Águas, o deputado federal Antonio Carlos Biffi (PT-MS), protocolou pronunciamento ontem (23.03), salientando que o grande desafio dos cidadãos sul-mato-grossenses é de trabalhar pela recuperação do Rio Taquari, uma dívida histórica para com a região Norte e decisiva para a preservação do Pantanal, santuário ecológico da humanidade.

O parlamentar ressaltou que pela primeira vez as ações de mitigação para recuperação dos afluentes do Taquari estão saindo do papel com a liberação de R$ 5 milhões de reais pelo Ministério da Integração, resultado de uma ação do conjunta do seu mandato, em parceria com o senador Delcidio do Amaral, prefeituras da região Norte, Cointa (Consórcio Intermunicipal do Vale do Taquari) e a Agraer (Agência Estadual de Desenvolvimento Agrário e Extensão Rural). Foram destinados recursos para o Cointa para pavimentação asfáltica (R$ 1 milhão), aquisição de Caminhões (R$ 393.820,00) e aquisição de motoniveladora (R$ 440 mil). O projeto tambem prevê também alargamento de pontes e correção topográfica de estradas.

O programa de recuperação de Taquari estão subdivididos em várias ações articuladas: recuperação e conservação de bacias e matas ciliares sob responsabilidade da AGRAER; produção de mudas, gestão integrada de resíduos sólidos, programa de ações de mobilização social e capacitação - via SEMAC (Secretaria de Meio Ambiente) e fomento para criação do Comitê da Sub-bacia do Rio Taquari.

Biffi ressaltou que o Ministério do Meio Ambiente também já contratou uma empresa de consultoria que realizou um estudo técnico em toda a região e constatou a necessidade de um investimento de quase R$ 500 milhões para que possa ser feita uma intervenção entre 4 e 5 anos capaz de abrandar os impactos ambientais na bacia do Taquari.

Lembrou que em parceria com o senador Delcidio do Amaral, relator geral do orçamento da União, conseguiu incluir uma emenda nacional preliminar no valor de R$ 54 milhões destinada ao Cointa para ações de recuperação não só do alto como também do baixo Taquari. "Depois do insucesso na articulação do Programa Pantanal estamos optando em articular uma ação interministerial forte, com o apoio do Congresso para viabilizar o projeto", comentou Biffi.

Outra preocupação de Biffi é com o macrozoneamento ecológico do Peri Pantanal, estudo polêmico que poderá liberar a plantação de cana de açúcar e a instalação de usina álcool no entorno da bacia pantaneira, castigada pelo uso abusivo de agrotóxico. "Temos que discutir bem a questão, sob pena de reeditar erros como da devastação da bacia do Taquari", comentou.

A América Latina Logística - ALL e Serra Verde Express promovem uma Páscoa diferente neste ano.

O dia 30 de março será marcado pela "Páscoa no Trem do Pantanal", no qual 150 crianças carentes farão um passeio de trem, com saída prevista de Campo Grande às 7h30, e destino a Aquidauana, com direito a lanche, chocolate, almoço e entretenimento.

A Abav Nacional e o Ministério do Turismo criaram o "Programa de Indução de Negócios no Mercado Receptivo Brasileiro", com o objetivo de levantar informações mais precisas sobre o setor de agenciamento turístico. O presidente da entidade, Carlos Alberto Amorim Ferreira, o Kaká, adiantou a realização de uma pesquisa piloto que contemplou os 26 Estados e o Distrito Federal, onde a entidade procurou ouvir dos empresários do setor sugestões para a execução do programa.

"Agora vamos iniciar uma segunda pesquisa mais detalhada para aferirmos as carências do setor em cada uma das regiões. Com esse dados, vamos apontar soluções que possam melhorar a qualidade dos serviços prestados. Cada região tem uma peculiaridade e precisamos conhecê-las para que o turismo local possa ser desenvolvido de forma planejada e sustentável", explicou Kaká.