Notícias de Bonito MS
O mês de março chegou a Curitiba apresentando a melhor qualidade estético-artística em várias das exposições recentemente abertas ao público.
Entre elas, a mostra intitulada "Arte e Colecionismo - Fotografia" que, como diz o nome, apresenta seleções de cinco dos maiores e melhores fotógrafos do Brasil. São eles: Ana Regina Nogueira, Bob Wolfenson, Cristiano Mascaro, Luciano Candisani e o nosso Orlando Azevedo, que escolheu viver em Curitiba décadas atrás.
Patrocinada pela Schoeler Editions, empresa que trabalha com edições limitadas e primorosas de portfólios, livros artesanais e prints fine art, a exposição na Casa Andrade Muricy dá aos interessados na fotografia a oportunidade de constatar as diferentes linguagens destes fotógrafos de expressão internacional. (Alameda Dr. Muricy, 915 Fones: 41 3321-4798 e 3321-4786).
Agora, para a curadoria da série de portfólios chamada "Projeto Croix du Sud" os editores da Schoeler Editions Christian Maldonado e Marcelo Greco convidaram o diretor artístico Pierre Devin.
Dos cinco fotógrafos, o Museu da Fotografia Cidade de Curitiba - concebido e instituído por Orlando Azevedo quando Diretor de Artes Visuais da Fundação Cultural de Curitiba - possui em seu acervo excelentes trabalhos de Ana Regina Nogueira, Bob Wolfenson, Cristiano Mascaro e do próprio Orlando. Aliás, algumas das fotografias apresentadas agora já foram ali expostas nas diversas exposições que realizo com as obras do acervo.
Ana Regina Nogueira expõe "uma série autobiográfica que será o lugar de uma reconstrução pessoal após uma crise existencial, que chama de inferno. A Noite Escura da Alma revela este período de sofrimento e de loucura", segundo o curador.
A série inédita "Cinépolis" de Bob Wolfenson segue um caminho equivalente a "uma trama policial, uma investigação numa cidade global... A aventura começa à noite, continua na cidade esquadrinhada pelos dispositivos de segurança e de vigilância, prossegue em uma bela figa em direção à luz, ao mar, à infancia. Alice nas Cidades, Paris-Texas nos vêm à mente", nas palavras de Pierre Devin.
As fotografias de Cristiano Mascaro possuem uma característica cenográfica de quietude, ora enfatizando os eixos diagonais, reconhecidamente linhas de tensão e instabilidade - como na foto "Ouro Preto de 1991", ora destacando perspectivas que aprofundam o olhar do observador, tal qual se mostra na fotografia do Jardim Botânico, tirada em 2007. No seu portfólio, a imagem de uma fábrica intitulada "Rua Mauá, 1983" é tratada quase de uma maneira concretista, aproximando-se da pintura por este lado e sob outro aspecto, a foto possui ligações com os trabalhos dos alemães Bernd e Hilla Becher.
Sobre as fotografias de Orlando Azevedo, Maria do Carmo Serén escreve: "É evidente que Orlando Azevedo sabe do mundo e sabe da fotografia: sente a arte e a consciência da arte nesta era da mediação pela imagem, porque é mediador da escrita, da imagem e da ação... Estas são imagens envolvidas de signos, no preto e branco agressivamente histórico que declara o seu, um universo paralelo, onde a paisagem não é a realidade mas um portal que a ela nos conduz".
Confesso que não conhecia a obra de Luciano Candisani, o que me causou uma ótima surpresa. Seu trabalho no registro de animais - cada qual flagrado em seu habitat natural e nos locais mais remotos possíveis - corresponde a um grito pela natureza, hoje em dia tão ameaçada. Suas fotos têm uma qualidade de "stillness" quando os animais são flagrados e imobilizados em imagens poderosas no exato momento em que atingem sua mais instigante visualização, o que não é nada fácil de fazer devido ao constante movimento dos animais. Desta maneira, ora a tartaruguinha parece estar voando, os peixes se assemelham a um cenário de filme, a foca estendida pode ser comparada a uma modelo ou estrela de cinema posando para a foto.
Entretanto, estas são fotografias tomadas nos mais remotos lugares do planeta, como no Atol das Rocas, em Bonito no Mato Grosso do Sul e no Arquipélago das Shetland na Antártica, para citar apenas algumas.
Na luta pela sobrevivência da natureza, as fotos de Candisani complementam as fotos expostas no Museu da Fotografia Cidade de Curitiba, onde a mostra "Preservação da Natureza - O Desafio Contemporâneo" apresenta trabalhos de Araquém Alcântara, Claus Meyer e Manuel da Costa, com a mesma intenção do registro ecológico da beleza captada na plenitude das vidas dos animais. Ali também estão expostas fotos de Orlando Azevedo, Améris Paolini, João Urban, Luiz Humberto e Vilma Slomp na mostra "Formas e Arquitetura". (Rua Pres. Carlos Cavalcanti, 533 fone 41-321-3334).
A Associação dos Atrativos Turísticos de Bonito e Região - ATRATUR e o Instituto das Águas da Serra da Bodoquena - IASB, juntas, contribuem para a manutenção da biodiversidade e conservação dos recursos hídricos da região.
As emissões de gás carbônico (CO2) geradas durante a edição do Guia Ecoturístico Bonito - Serra da Bodoquena foram compensadas pelo plantio de 150 árvores nativas em uma Área de Preservação Permanente, dentro do Programa Plante Bonito da ONG. O Guia Ecoturístico é a primeira publicação local a contribuir com a redução de uma das principais causas do efeito estufa.
No Pantanal, onde a dinâmica da água dita o ritmo de vida de milhares de pessoas, a pesca, a agricultura familiar, a criação de gado e até o turismo pesqueiro estão ameaçados pela instalação de 116 pequenas centrais hidrelétricas (PCHs) na Bacia do Alto Paraguai - principal responsável pelo regime de inundações periódicas que fazem da região um Patrimônio da Humanidade.
O alerta é da bióloga Débora Calheiros, pesquisadora da Embrapa Pantanal. "Desmatamento e criação de gado de forma equivocada são problemas possíveis de minimizar. Os impactos das pequenas centrais não são."
Por trás da construção dessas PCHs está o interesse de grupos empresariais de segmentos como a agricultura mecanizada. As barragens impedem que os peixes subam os rios e que os nutrientes da água fluam de um local para outro. Ou seja: prejudicam tanto a desova quanto a alimentação dos peixes. Além disso, a liberação de sedimentos das barragens pode assorear os rios.
Segundo Débora, outro agravante é o fato de 70% das PCHs estarem previstas para o mesmo local: a região norte da Bacia do Alto Paraguai.
Das 116 previstas, já existem 29 em operação. O restante está em fase de construção, licenciamento ou estudo. "Os projetos estão sendo licenciados separadamente, ao invés de se realizar uma avaliação ambiental integrada, que dá conta dos impactos das obras para toda a bacia", afirma a bióloga, ressaltando que o excesso de PCHs pode modificar o pulso de inundação natural da região.
A Empresa de Pesquisa Energética (EPE), ligada ao Ministério de Minas e Energia, é a responsável pela realização da avaliação integrada. No entanto, o estudo ainda não foi realizado mesmo com as obras em andamento. O presidente da EPE, Maurício Tolmasquim, afirmou que a empresa iniciará este ano o levantamento.
"Às vezes, no mesmo rio, há duas, três PCHs projetadas", explica Débora. Um bom exemplo é o Rio Coxim, que banha a cidade de mesmo nome, no Mato Grosso do Sul, a um passo da planície pantaneira. Só ali estão previstas três barragens. Já no município de São Gabriel do Oeste, a poucos quilômetros de Coxim, já existe uma em operação: a PCH Ponte Alta.
"No ano passado, a liberação dos sedimentos de Ponte Alta provocou a morte de milhares de peixes. Os ribeirinhos ficaram muito preocupados", diz Nilo Peçanha Coelho Filho, do Consórcio Intermunicipal para o Desenvolvimento Sustentável da Bacia do Rio Taquari (Cointa).
Segundo ele, cerca de 5 mil pessoas vivem do turismo ligado à pesca em Coxim. "Todo mundo vai sofrer as consequências das barragens", prevê.
Pesadelo
O impasse que cerca a instalação de PCHs no Pantanal não é privilégio daquela região. Em Roraima, índios que habitam a polêmica reserva Raposa Serra do Sol protestaram recentemente contra a instalação de pequenas centrais hidrelétricas em suas terras. Em São Paulo, na bacia Sorocaba-Médio Tietê, há previsão de instalação de duas PCHs, nos municípios de Itu e Cabreúva. O projeto está tirando o sono de ambientalistas e até de políticos locais.
"É uma questão de escolha: se quisermos preservar a o potencial pesqueiro e paisagístico do Pantanal, não podemos instalar 116 hidrelétricas indiscriminadamente. Agora, se a escolha for pelo fornecimento de energia, a sociedade deve saber o preço dessa opção", conclui Débora, acrescentando que a mesma lógica se aplica também a outras regiões ameaçadas por essas barragens.
Pelé
O temor da pesquisadora sobre a situação que se desenha no Pantanal também está presente no depoimento de Osmar Nunes de Souza, de 49 anos, pescador desde os nove. Conhecido como Pelé, ele é morador dos arredores de Coxim. "O rio tem vida igual a gente. Se você mexe de um lado, ele corre pro outro. Ele não vai mais andar solto como anda hoje, vai ter muita água presa, e a gente tem medo de assorear muito e não ter mais como transitar, nem pescar."
O problema é que o assoreamento já é uma ameaça para a região, sobretudo para a planície. "A planície pantaneira é um 'fundo de prato'. Nas beiradas - o planalto - estão os rios que nascem e desembocam na região", explica didaticamente a pesquisadora Emiko Rezende, da Embrapa Pantanal.
Ela trabalha há anos com a bacia do rio Taquari, também um afluente do Paraguai. "O assoreamento do Taquari é um processo antigo e, até certo ponto, natural. Mas a intervenção humana está acelerando o processo, e algo que aconteceria em 30 anos agora acontece em cinco."
Resultado: o leito do rio subiu muito e algumas áreas da planície pantaneira não secam mais. "Isso impossibilita culturas como banana, laranja e arroz", afirma Emiko. Ela explica ainda que o assoreamento reduz os estoques pesqueiros.
"Se a área não seca, não cresce a vegetação terrestre que, na época da inundação, vira comida para os peixes".
Caseira de um rancho à beira do rio Coxim, Maria Aparecida de Moraes, de 62 anos, critica a construção de hidrelétricas. "Isso aqui é a nossa história. É o rio que a gente vive." Para ela, represar o rio significa perder seu emprego e impedir que seus filhos continuem vivendo da pesca.
"O pior é que a maioria das pessoas só vai sentir e perceber o impacto daqui uns 10 anos e aí já vai ser tarde demais", diz Nilo Peçanha, do Cointa.
O Jornal Correio do Estado trouxe na edição do dia 23, um caderno especial sobre Ecologia para comemorar o Dia Mundial da Água (22 de março). A capa trouxe uma bela imagem das águas cristalinas de um dos destinos mais procurados no Mato Grosso do Sul - Bonito, considerado modelo de sustentabilidade e turismo consciente.
A prática de mergulho subaquático na região, bem como o batismo, foram um dos destaques na publicação. Veja abaixo:
"Quer ser batizado embaixo d`água? Mergulhe em Bonito. O mergulho subaquático com cilindro, que à primeira vista parece ser algo difícil e inacessível, torna-se um exercício de superação nas águas transparentes do Rio Formoso...
Turistas sem qualquer noção de mergulho recebem um rápido treinamento de meia hora. Quando menos esperam, recebem a permissão do guia especializado para afundar. A visibilidade é desconcertante. Em alguns pontos, chega a 20 metros.
Até os mais resistentes a encarar o desafio do mergulho acabam calmos e convencidos durante o treinamento. Aprender a mergulhar em Bonito, um dos lugares com as águas mais claras do mundo é sensacional. Crianças aventureiras podem mergulhar a partir de 10 anos... A paisagem acalma e inspira o novo mergulhador a tocar nos troncos cobertos por calcário que mais parecem esculturas."
Atividades como pesca, agricultura e turismo pesqueiro estão ameaçadas por 116 pequenas hidrelétricas.
No Pantanal, onde a dinâmica da água dita o ritmo de vida de milhares de pessoas, a pesca, a agricultura familiar, a criação de gado e até o turismo pesqueiro estão ameaçados pela instalação de 116 pequenas centrais hidrelétricas (PCHs) na Bacia do Alto Paraguai - principal responsável pelo regime de inundações periódicas que fazem da região um Patrimônio da Humanidade.
Rio Paraguai: o regime de cheias e secas típico da região pode ser modificado.
O alerta é da bióloga Débora Calheiros, pesquisadora da Embrapa Pantanal. "Desmatamento e criação de gado de forma equivocada são problemas possíveis de minimizar. Os impactos das pequenas centrais não são."
Por trás da construção dessas PCHs está o interesse de grupos empresariais de segmentos como a agricultura mecanizada. As barragens impedem que os peixes subam os rios e que os nutrientes da água fluam de um local para outro. Ou seja: prejudicam tanto a desova quanto a alimentação dos peixes. Além disso, a liberação de sedimentos das barragens pode assorear os rios.
Segundo Débora, outro agravante é o fato de 70% das PCHs estarem previstas para o mesmo local: a região norte da Bacia do Alto Paraguai.
Das 116 previstas, já existem 29 em operação. O restante está em fase de construção, licenciamento ou estudo. "Os projetos estão sendo licenciados separadamente, ao invés de se realizar uma avaliação ambiental integrada, que dá conta dos impactos das obras para toda a bacia", afirma a bióloga, ressaltando que o excesso de PCHs pode modificar o pulso de inundação natural da região.
A Empresa de Pesquisa Energética (EPE), ligada ao Ministério de Minas e Energia, é a responsável pela realização da avaliação integrada. No entanto, o estudo ainda não foi realizado mesmo com as obras em andamento. O presidente da EPE, Maurício Tolmasquim, afirmou que a empresa iniciará este ano o levantamento.
"Às vezes, no mesmo rio, há duas, três PCHs projetadas", explica Débora. Um bom exemplo é o Rio Coxim, que banha a cidade de mesmo nome, no Mato Grosso do Sul, a um passo da planície pantaneira. Só ali estão previstas três barragens. Já no município de São Gabriel do Oeste, a poucos quilômetros de Coxim, já existe uma em operação: a PCH Ponte Alta.
"No ano passado, a liberação dos sedimentos de Ponte Alta provocou a morte de milhares de peixes. Os ribeirinhos ficaram muito preocupados", diz Nilo Peçanha Coelho Filho, do Consórcio Intermunicipal para o Desenvolvimento Sustentável da Bacia do Rio Taquari (Cointa).
Segundo ele, cerca de 5 mil pessoas vivem do turismo ligado à pesca em Coxim. "Todo mundo vai sofrer as consequências das barragens", prevê.
Pesadelo
O impasse que cerca a instalação de PCHs no Pantanal não é privilégio daquela região. Em Roraima, índios que habitam a polêmica reserva Raposa Serra do Sol protestaram recentemente contra a instalação de pequenas centrais hidrelétricas em suas terras. Em São Paulo, na bacia Sorocaba-Médio Tietê, há previsão de instalação de duas PCHs, nos municípios de Itu e Cabreúva. O projeto está tirando o sono de ambientalistas e até de políticos locais.
"É uma questão de escolha: se quisermos preservar a o potencial pesqueiro e paisagístico do Pantanal, não podemos instalar 116 hidrelétricas indiscriminadamente. Agora, se a escolha for pelo fornecimento de energia, a sociedade deve saber o preço dessa opção", conclui Débora, acrescentando que a mesma lógica se aplica também a outras regiões ameaçadas por essas barragens.
Pelé
O temor da pesquisadora sobre a situação que se desenha no Pantanal também está presente no depoimento de Osmar Nunes de Souza, de 49 anos, pescador desde os nove. Conhecido como Pelé, ele é morador dos arredores de Coxim. "O rio tem vida igual a gente. Se você mexe de um lado, ele corre pro outro. Ele não vai mais andar solto como anda hoje, vai ter muita água presa, e a gente tem medo de assorear muito e não ter mais como transitar, nem pescar."
O problema é que o assoreamento já é uma ameaça para a região, sobretudo para a planície. "A planície pantaneira é um 'fundo de prato'. Nas beiradas - o planalto - estão os rios que nascem e desembocam na região", explica didaticamente a pesquisadora Emiko Rezende, da Embrapa Pantanal.
Ela trabalha há anos com a bacia do rio Taquari, também um afluente do Paraguai. "O assoreamento do Taquari é um processo antigo e, até certo ponto, natural. Mas a intervenção humana está acelerando o processo, e algo que aconteceria em 30 anos agora acontece em cinco."
Resultado: o leito do rio subiu muito e algumas áreas da planície pantaneira não secam mais. "Isso impossibilita culturas como banana, laranja e arroz", afirma Emiko. Ela explica ainda que o assoreamento reduz os estoques pesqueiros.
"Se a área não seca, não cresce a vegetação terrestre que, na época da inundação, vira comida para os peixes".
Caseira de um rancho à beira do rio Coxim, Maria Aparecida de Moraes, de 62 anos, critica a construção de hidrelétricas. "Isso aqui é a nossa história. É o rio que a gente vive." Para ela, represar o rio significa perder seu emprego e impedir que seus filhos continuem vivendo da pesca.
"O pior é que a maioria das pessoas só vai sentir e perceber o impacto daqui uns 10 anos e aí já vai ser tarde demais", diz Nilo Peçanha, do Cointa.
A participação de Mato Grosso do Sul na Feira Internacional de Turismo de Berlim, que aconteceu entre os dias 10 e 14 de março, rendeu importantes parcerias para divulgar o turismo do Estado.
A Fundação Estadual de Turismo (Fundtur) divulgou a Rota Pantanal Bonito durante o evento e através de uma parceria com a empresa TAM Linhas Aéreas, trará 55 empresários europeus para conhecer a rota turística sul-mato-grossense entre os meses de agosto e setembro.
De acordo com o gerente de promoção e divulgação da Fundtur, Matheus Dauzacker os empresários escandinavos conhecerão toda a Rota Pantanal Bonito, desde a partida, que é em Campo Grande, até detalhes da estrutura hoteleira e comidas típicas de Mato Grosso do Sul.
Dados da Fundtur comprovam que a visitação de turistas à Bonito está em expansão, registrando crescimento de 62% entre 2008 e 2009. Há dois anos, o município contabilizou 90 mil turistas. No ano passado foram 170 mil. O índice também representa crescimento no destino Pantanal, porque a estimativa é que 80% de quem vai a Bonito passa pela região pantaneira, especialmente em Miranda e Bodoquena.
O Plano Nacional do Livro e Leitura (PNLL) é um conjunto de projetos, programas, atividades e eventos na área do livro, leitura, literatura e bibliotecas em desenvolvimento no país, empreendidos pelo Estado, em âmbito federal, estadual e municipal e da sociedade. A partir dessa iniciativa, o Ministério da Cultura, o Ministério da Educação e o Plano Nacional do Livro e Leitura, em parceria com o Instituto Pró-Livro, lançaram o programa "O livro e a leitura nos estados e municípios", a fim de mobilizar, capacitar e assessorar Prefeituras e Secretarias de Educação e de Cultura para o desenvolvimento e implantação de planos.
Em Mato Grosso do Sul, o Governo do Estado trabalha para criar, no primeiro semestre de 2010, o Plano Estadual do Livro e Leitura (PELL) e, ao mesmo tempo, fomentar a criação de Planos Municipais do Livro e Leitura (PMLLs).
A Secretaria de Estado de Educação (Sed), em parceria com a Fundação de Cultura (FCMS), e com apoio da Abril Educação, realizará entre os dias 7 e 9 de abril, em Bonito, o "MS em Letras - I Encontro Estadual do Livro e Leitura", com objetivo de investir tanto na formação nos agentes de leitura - professores, diretores, coordenadores, técnicos da Secretaria de Estado de Educação e funcionários de bibliotecas públicas - como em ações necessárias para conversão de projetos e programas já existentes em políticas de estado.
O encontro terá dois grandes eixos temáticos.
No Eixo 1, Galeno Amorin, consultor de políticas públicas do livro e leitura da Organização dos Estados Ibero-Amaricanos (OEI), subsidiará secretários de Educação e de Cultura - estaduais e municipais - com foco no diagnóstico, discussão e elaboração dos Planos Municipais e Estadual de Livro e Leitura.
No Eixo 2, Marisa Lajolo, doutora pela Brown University, USA, atuante nas áreas da leitura, literatura infantil e juvenil, subsidiará diretores e coordenadores pedagógicos das escolas públicas estaduais com foco na capacitação a respeito de projetos de incentivo à leitura.