Notícias de Bonito MS
Se o interesse é água, a cidade localizada na borda do Pantanal dá um banho. Seja em rios, lagos ou cachoeiras, o que não falta aos ecoturistas é aventura, emoção e muita adrenalina
No encontro com as águas cristalinas e calcárias dos rios de Bonito (MS), o importante é se deixar levar pela leve correnteza entre piraputangas avermelhadas e dourados gulosos, alguns dos peixes da região. Em um mergulho superficial com máscara e roupa de neoprene é possível até se sentir, ao menos por algumas horas, mais próximo da origem da vida. Para algumas ciências religiosas, a água é a essência de tudo.
Num planeta onde a água doce torna-se cada vez mais escassa, Bonito dá-se ao luxo de abrigar nascentes, ressurgências, riachos, lagoas e lagos. Muitos desses, aliás, localizados em grutas esculpidas pela natureza durante 600 milhões de anos.
É um colírio para os sentidos seguir o curso de alguns rios, como os do Peixe e da Prata. Neles, deve-se experimentar um inesquecível snorkelling desde as nascentes, em trechos contornados por densa mata ciliar onde se movimentam macacos, araras e tucanos. São momentos, certamente, únicos.
As florestas submersas de vegetação espelham a pureza das águas. De tão transparente, a fotossíntese e o crescimento das formas verdes ocorrem mesmo sob esse reino líquido. Parecem algas, mas são vegetação terrestre submersa.
Um mergulho em Bonito é um espetáculo relaxante. Este é, por sinal, o grande trunfo do turismo ambiental nas terras dos velhos coronéis. A 330 quilômetros de Campo Grande, na borda do Pantanal e em plena Serra do Bodoquena, atrai viajantes de todo o mundo.
Preservação
Mas como não ficar boquiaberto com as maravilhas de Bonito?! Uma síntese perfeita de equilíbrio da natureza, a região - sacudida pela onda de ecoturismo - enfrenta o desafio de preservar seus encantos naturais para o olhar das futuras gerações.
Se a grandiosidade de maravilhas cênicas em Bonito é um luxo, o grande desafio a ser vencido é o lixo. Todas as nascentes são como pérolas frágeis em taças de cristal. O impacto da presença humana, na forma de detritos e outros vestígios, pode ser o fim de tudo. Por esta razão, para viajar até lá é preciso preparar a consciência e fazer reserva antecipada, principalmente nos períodos de pico, como feriados e alta temporada.
Os diversos atrativos só podem ser visitados com guias habilitados pelo Instituto Brasileiro de Turismo, a Embratur. Lá, até mesmo o princípio básico de ecoturismo (não deixe nada a não ser pegadas e não tire nada a não ser fotos) deve ser revisto. Em algumas nascentes, nem mesmo pegadas devem ficar no solo. Snorkelling só é permitido com roupa de neoprene e colete salva-vidas, para que os pés não toquem o fundo, evitando turbulências. Os grupos de visitantes devem ter no máximo 15 pessoas. Cada uma das muitas atrações só pode receber o limite de 100 pessoas por dia. Preservar o paraíso requer vigilância constante.
A maioria das agências que oferecem viagem para Bonito dispõem de pacotes de cinco dias. Nesse caso, tirando os dois dias gastos na ida e na volta, desde São Paulo, sobram apenas três dias para conhecer o local. É pouco, mas o suficiente para um vislumbre. O roteiro clássico inclui uma passagem pela Gruta do Lago Azul, pelo Aquário Natural, na Baía Bonita, e pelo Rio da Prata. Mas há muito mais para ser visto.
A Gruta do Lago Azul atrai pela constituição de estalactites que contornam um espelho dágua claríssimo, de profundidade até hoje misteriosa. Um robô mergulhador chegou a 70 metros. Há lagoas, porém, com profundidade superior a 380 metros.
O Aquário Natural, outra parada obrigatória, abriga uma ressurgência. Nessa piscina de água calcária, peixes de diversos tamanhos dão um colorido especial. São cardumes de mansos lambaris, piaus, piraputangas, dourados e pintados, só para citar alguns, que dão vida a esse local de extremas beleza e delicadeza. O excesso de visitantes - ou qualquer outra intervenção - pode afastar de lá toda essa variedade de vida.
O Rio da Prata é outro passeio que se tornou um clássico. Inclui caminhada por trilha de mata primária e termina com um mergulho desde as nascentes do Rio Olho DÁgua até a barra, no Rio da Prata.
Adrenalina
Os mais corajosos podem incluir no roteiro um item a mais: doses generosas de adrenalina durante um mergulho autônomo em caverna. Trata-se do cave diving, uma experiência que pode ser realizada com instrutor e equipamentos de segurança. Dois dos points mais procurados são a Lagoa Misteriosa, próxima do Rio da Prata, e a Gruta do Mimoso, logo após o Rio do Peixe.
Para os mais radicais, os que vivem com sede de aventura, as operadoras de ecoturismo reservam uma atração extra. É uma atividade que alia o esforço do rapel com um mergulho no Abismo Anhumas. Lá, ecoturistas de verdade vivem a experiência de despencar pouco a pouco por uma parede de rocha - com mais de 80 metros de altura - até desabar em um lago refrescante. Pura magia.
Antônio Paulo Pavone
Mergulho em cavernas, considerado de alto risco, ganha infra-estrutura e atrai turistas
Rosana Zakabi
O Brasil é um lugar privilegiado para um tipo especial de mergulho ? aquele feito em águas subterrâneas. São mais de 3.000 cavernas catalogadas, muitas delas com lagos e rios. O que atrapalhava era a falta de infra-estrutura de apoio. Feito de modo selvagem, o mergulho em cavernas é arriscado. Devido à pouca luminosidade em alguns trechos, o mergulhador pode se perder e não encontrar a saída. Essa situação está mudando. Neste ano, o Ibama abriu aos mergulhadores três cavernas em Bonito, em Mato Grosso do Sul. São a Gruta do Mimoso, a Abismo Anhumas e a Lagoa Misteriosa, que estão entre as mais espetaculares do país. Outras três devem ser liberadas em breve na mesma região. Os cuidados com a segurança são severos. O turista é obrigado a fazer um curso específico de mergulho em caverna, que dura cerca de uma semana e custa 600 reais. Para se aventurar em certos trechos, exige-se experiência com mergulho a céu aberto. Ainda assim, só é permitido entrar na água em pequenos grupos acompanhados de guias licenciados pelo Ibama.
O esforço vale a pena. A Gruta do Mimoso fica a 35 quilômetros do centro de Bonito e é uma das mais populares. O visitante consegue mergulhar a uma profundidade de 18 metros e, lá no fundo, nadar entre formações calcárias de 8 metros de altura. O único acesso para a Abismo Anhumas, a 23 quilômetros de Bonito, é por meio do rappel ? ou seja, é preciso descer paredões pendurado em uma corda. A descida até a superfície do lago é de 72 metros. O acesso para a Lagoa Misteriosa é feito por uma escadaria de 100 metros de altura. "O mergulho não é difícil, mas requer autocontrole e tranqüilidade, principalmente porque há alguns trechos sem luz", diz Alexandre Glauco Selhorst, engenheiro paranaense que mergulhou em Bonito neste ano. As visitas às cavernas de Bonito estiveram proibidas durante dois anos. "Além do problema da segurança no mergulho, havia a questão das pichações, do lixo e da depredação das formações rochosas", explica Ricardo Marra, chefe do Centro Nacional de Estudo, Proteção e Manejo de Cavernas do Ibama.
O mergulho na Gruta da Pratinha, na Chapada Diamantina, não exige preparo nem autorização prévia. Usam-se apenas snorkel, máscara, colete salva-vidas e lanterna. Dos 3.000 visitantes que a gruta recebe todo mês, 300 mergulham, entre eles crianças e adolescentes. O mergulho custa 15 reais por pessoa e os equipamentos podem ser alugados no próprio local.
Em Minas Gerais, os mergulhos acontecem na Represa de Furnas, na cidade de Passos, a cerca de 30 quilômetros da barragem. Existem mais de dez cavernas submersas no local, a até 20 metros de profundidade. Na entrada de uma delas há um barco naufragado. Os mergulhadores nadam dentro delas e podem ver tipos de peixes que vivem nas grutas.
Ainda há vagas no Curso de Comercialização do Destino Bonito e Região, no período matutino (08:00h às 12:00h) e no período vespertino (14:00h às 18:00h).
O curso tem objetivo de trazer ferramentas de trabalho que possibilite melhorar e facilitar a prestação de serviços e, consequentemente, possibilitar a venda de serviços e produtos turísticos aos visitantes com maior eficiência.
O curso está aberto para todos profissionais do turismo, ou seja, agentes de turismo, recepcionistas de meios de hospedagem, atendentes de atrativos turísticos, guias de turismo, atendentes de bares e restaurantes, além dos acadêmicos e pessoas da comunidade que tenham interesse na área e deseja qualificar-se para tal.
As inscrições se encerram hoje (27).
Maiores informações através dos telefones (67) 3255-2245 ou (67) 8405-6451.
A Ecoa - Ecologia e Ação vêm trabalhando desde o ano de 2000 com os coletores de iscas vivas, mais conhecidos como isqueiros, na região do Pantanal no Mato Grosso do Sul. Como resultado desse trabalho a atividade de coleta de iscas tornou-se ambientalmente sustentável e promotora de inclusão social. No início dos trabalhos vários diagnósticos foram realizados para desenvolver novas técnicas e instrumentos de coleta, equipamentos de segurança e estimular formas associativas entre os grupos de isqueiros que atuam no Porto da Manga, Barra do São Lourenço (Comunidades de isqueiros no Município de Corumbá/MS) e Miranda/MS.
Várias pesquisas de campo foram realizadas, e foram firmadas parcerias com diversas instituições.
O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA‐Corumbá), a Embrapa Pantanal, a Embrapa Agropecuária Oeste e a Universidade Federal do Mato Grosso do Sul foram parceiros-chave neste processo de busca de informações junto aos isqueiros, tais como: levantamentos socioeconômicos percepção ambiental dos pescadores e aplicação do Sistema de Controle de Iscas ‐ SCIscas (na região da Estrada Parque Pantanal).
Vale ressaltar, que todo o trabalho foi elaborado de forma participativa envolvendo isqueiros, pesquisadores e técnicos ambientais da região, o que resultou em uma conclusão crucial a de que o conhecimento tradicional e científico devem ser trabalhados conjuntamente, buscando atingir os mesmos objetivos, compartilhando e inovando as estratégias, testando metodologias e valorizando o conhecimento local, principalmente em um tema tão complexo e delicado como a pesca das iscas vivas no Pantanal/MS.
Ao longo de uma série de reuniões, encontros e trocas de experiências, foram propostas ações estratégicas na busca do desenvolvimento sustentável para a região do Pantanal/MS, sendo que os resultados conquistados, nas regiões trabalhadas, se traduziram em práticas de manejo adequado das iscas vivas, priorizando as tuviras, principais iscas da região. Tais resultados contribuíram para a redução da taxa de mortalidade das iscas e do esforço de captura, assim como para a melhoria da qualidade de vida dos isqueiros, já que a coleta de iscas é uma importante alternativa de geração de renda.
As informações disponibilizadas nesta publicação foram oriundas de um trabalho fundamental para planejar ações para conservação dos recursos pesqueiros no Pantanal, definindo boas práticas de manejo para a coleta das tuviras. Assim, estas informações fazem deste trabalho um guia prático e útil para todos os interessados no assunto, sendo, portanto, uma valiosa contribuição do Programa Natureza e Pobreza, coordenada pela Ecoa e financiado pelo Comitê Holandês da União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN NL), na geração de conhecimento sobre a coleta de iscas vivas no Pantanal de Mato Grosso do Sul.
De acordo com o doutor Joe Woodman, da Patient Beyond Borders, nos próximos três ou cinco anos o "centro asiático" do turismo médico serão representados na América Latina por países como Brasil, Colômbia, México e Costa Rica. "Se abordarmos, além da infraestrutura, o Brasil possui uma geografia muito privilegiada e é melhor do que o Canadá, por exemplo. Outro ponto que torna o Brasil especial é possuir o maior hospital da América Latina: o Albert Einstein. O turismo médico ainda está começando no Brasil", analisou.
Embora o Brasil seja uma potencia, o executivo salienta que é preciso mais conhecimento sobre cirurgias cosméticas, perfil do viajante de luxo e saber utilizar a imprensa e ferramentas de marketing para se divulgar. Ele também reforçou que o Brasil deve pensar em vistos específicos para turistas médicos.
Setor terá sete tipos de meios de hospedagem; matrizes foram construídas de forma participativa, após estudo de experiência em 24 países.
Em outubro, o Brasil vai conhecer seu novo sistema oficial de classificação de meios de hospedagem. O anúncio foi feito pelo diretor de Estruturação, Articulação e Ordenamento Turístico do Ministério do Turismo (MTur), no Rio de Janeiro (RJ), durante o Congresso Nacional de Hotéis (Conotel 2010).
A nova classificação prevê sete tipos de meios de hospedagem - hotel, pousada, hotel-fazenda, hotel Histórico, cama & café, flat e resort. O sistema foi construído após uma análise da experiência de 24 países e de forma participativa, durante oficinas que contaram com a participação de empresários, acadêmicos e sociedade civil.
"Entre os dias 18 de março e 23 de maio deste ano, o link da classificação hoteleira no Portal do Turismo teve 6,4 mil acessos. Além disso, mais de 300 especialistas participaram das oficinas de construção das matrizes. Isso mostra que o sistema foi elaborado da forma mais democrática possível", afirmou o diretor.
A adoção do sistema, segundo Moesch, terá caráter voluntário. No entanto, o registro no cadastro oficial de prestadores de serviços turísticos do MTur (Cadastur) é um requisito obrigatório para a classificação. "A base das matrizes são infraestrutura, serviços e sustentabilidade. Será um instrumento de comunicação com o turista e o mercado", acrescenta.
A validade será de três anos, diferente do sistema anterior, de 1990, que previa a renovação anual. O sistema também não prevê pontuação. Os meios de hospedagem classificados serão identificados por estrelas e deverão atender a itens mandatários (obrigatórios) ou eletivos (flexíveis). Para receber a classificação, o equipamento deverá cumprir 70% dos requisitos.
Próximos passos
De acordo com o Ricardo Moesch, nos próximos meses serão realizadas ações de disseminação, mobilização e sensibilização, além de cursos de formação de inspetores.
"A qualidade é uma das preocupações do MTur. Não basta ter infraestrutura e aeroportos, é necessário também oferecer um bom atendimento. Incentivar a qualificação é incentivar a qualidade dos serviços", afirmou o diretor.
O projeto de classificação hoteleira é uma parceria do MTur com o Instituto Nacional de Metrologia (Inmetro) e a Sociedade Brasileira de Metrologia (SBM).
O "Águia Verde" representa mais um avanço para a contribuição ambiental e o seu lançamento durante a Copa 2010 teve excelente repercussão. Para cada passageiro com adesão ao projeto e sua compensão, o grupo pagaria a compensão referente ao trecho de ida para a África do Sul.
Isto evoluiu para mais e o grupo Grupo resolveu arcar com o restauro ambiental correspondente ao carbono emitido, no trecho de ida, por todos os torcedores que compraram seus pacotes em agências de viagens - independentemente das iniciativas individuais.
De acordo com dados fornecidos por coordenadores do projeto, para estes deslocamentos, foram emitidas 1.710 toneladas de gás carbônico. Para compensar esse dispêndio, o Projeto Águia Verde vai plantar, a partir deste ano, 4.5 mil árvores. O plantio será feito entre os meses de novembro de 2010 a março de 2011, período de melhores condições climáticas. As áreas exatas onde árvores serão plantadas serão definidas pela Equipe de Florestas da Iniciativa Verde, parceira do Grupo Águia no projeto.
Este é apenas o primeiro passo do projeto, que tem planos ambiciosos para a sua evolução. O objetivo é que em todos os produtos, de to das as empresas do grupo, exista a possibilidade de clientes e parceiros compensarem os carbonos emitidos nas viagens realizadas através do Grupo Águia.