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Notícias de Bonito MS

Há 37 anos atuando como meteorologista, pesquisador do INPE (Instituto Nacional de Pesquisa Espaciais) e fonte recorrente dos jornais de Campo Grande, o especialista Natálio Abrahão recebeu a equipe do Midiamax para falar sobre o tempo seco, as queimadas, as enchentes e outros problemas ambientais que entraram para o rol de preocupações da população e na agenda das autoridades. Ele faz um raio-x de como as mudanças climáticas podem influenciar o dia-dia das pessoas e a economia do Estado. E faz um alerta: o aquecimento segue em ritmo acelerado e a palavra inverno pode se dissociar de frio.

Midiamax - Como é o clima de Mato Grosso do Sul e seus principais problemas? .

Natálio Abrahão - Nós temos duas características: o verão é quente e úmido e o inverno não é muito frio, mas é muito seco. O período de baixa umidade acontece a partir de maio a setembro. Há uma certa normalidade quando há muitos dias sem chuva, alternando com a noite amena e temperatura alta de tarde. O que temos hoje é a potencialização de fenômenos como o desmatamento e as queimadas. Nós fazemos o monitoramento de vários lugares e a região de Corumbá é a campeã em número de queimadas. E isso interfere muito quando você relaciona queimadas com danos na atmosfera.

Midiamax - Quais são os prejuízos trazidos pelas queimadas?

Natálio Abrahão - Não só o terreno que sofre com o fogo, assim como não só acontece isso em Mato Grosso do Sul, mas em muitos estados. Além do prejuízo causado no terreno, as pessoas, os vegetais e os animais têm os seus processos fisiológicos alterados. Os animais somem e as pessoas sofrem com questões pulmonares, irritação nos olhos, e outros problemas que são mais freqüentes nessa época.

Midiamax - Como isso pode prejudicar o clima do Estado em longo prazo?

Natálio Abrahão - As queimadas vão continuar ocorrendo, apesar da informação da população. As queimadas urbanas afetam muito o envolto, uma queimada em um terreno baldio afeta a quadra inteira, traz resíduos, as pessoas se sentem desconfortáveis. Em 1995, o Brasil apresentou o maior número de queimadas da sua história, desde então esse número vem decrescendo e Mato Grosso do Sul também vem seguindo essa linha, está havendo uma conscientização maior. Porém o clima continuará o mesmo: o inverno continuará seco e haverá elevação de temperatura, os estudos nos indicam que Campo Grande está com um 1,5 grau a mais do que a média dos últimos 40 anos, sendo que esta estatística deveria ser num prazo de 120 anos, é a mesma coisa que tivéssemos feito um estudo de 1800 a 1900. Desse modo, de 1960 para cá, Campo Grande já tem um aumento médio de um grau e meio, ou seja, em 40 anos subiu o que subiria em 120 anos. As temperaturas estão subindo. Ano passado, Campo Grande registrou o recorde de temperatura da história, quando chegou a 42,4 graus, em setembro e era próximo ao inverno, a umidade foi de 7,%, uma umidade dessas é perigo de vida.

Midiamax - Quais medidas que o governo pode fazer para conter esses problemas?

Natálio Abrahão - O governo pode não fazer nada e esperar o que vai acontecer ou pode fazer ações preventivas que tenham um processo de educação, atenção ao meio-ambiente e à sustentabilidade, ou seja, se você tirar uma árvore, tem de plantar outra. Dentro da cidade, tem de ser feito núcleos habitacionais compatíveis com as alterações de temperatura. Lógico que alguns municípios não estão atentos para isso, é possível notar que há cidades que não possuem reserva florestal urbana, o que hoje é uma necessidade, todo município deveria ter uma reserva florestal urbana. Assim como Campo Grande tem o Parque dos Poderes. Campo Grande tinha um local de ilhar de calor, de alta temperatura, que é a região da rua Rui Barbosa com a Barão do Rio Branco. Hoje, já tem outro, que é na Avenida Mato Grosso com aquela igreja nova que construíram. A cidade também apresenta diferenças de temperatura, por exemplo, aqui perto do Parque dos Poderes, que é a região mais fria da cidade, por causa da vegetação e por não ter muito prédio, nós registramos, hoje de manhã, uma temperatura de 13 graus, porém no mesmo horário no Jardim Imã, no Aeroporto, a temperatura estava quase 18 graus. Nós temos em Campo Grande diferenças que mostram que há regiões que precisam ser adensadas de vegetação.

Midiamax - O que as pessoas podem fazer no dia-dia? Que pequenas ações delas fariam a diferença?

Natálio Abrahão - Se você vir alguém queimando um terreno, é preciso fazer a denúncia, porque você que está morando do lado que vai ser prejudicado. Nós não tínhamos doenças sérias como a dengue. De repente, Mato Grosso do Sul foi para o cenário nacional por causa dessas doenças, que antes eram isoladas e, agora, viraram epidemias. Então as alterações climáticas também provocam mudanças, onde temos cerrado pode virar deserto, se você desmata, você não recupera. Então, é preciso fazer essa conscientização com as pessoas: não jogue lixo fora do local adequado, faça a seleção do seu lixo, use roupas leves, tome água, não faça exercícios físicos em horário quente. São cuidados básicos que fazem a diferença, para se ter uma cidade limpa e melhor.

Midiamax - Qual é o impacto das alterações climáticas na agricultura, um dos pilares da economia do Estado?

Natálio Abrahão - Nós temos a distribuição de chuvas que determina o período da cultura. No verão úmido, é a época da cultura principal e, no inverno, é das safrinhas. A preocupação do agricultor é em relação às geadas que trazem os maiores danos. Com relação aos índices de chuva, nós podemos ficar um período sem elas, como no ano passado que teve 96 dias sem chuva, aí é um dano irreparável, não tem como a agricultura ter um controle por um período tão grande, o que não deve acontecer esse ano. Se o agricultor fizer um planejamento da lavoura, o prejuízo vai ser mínimo ou nenhum.

Midiamax - Como está o pensamento do agricultor em relação ao clima, já há uma conscientização?

Natálio Abrahão - Em 2004 e 2005, Mato Grosso do Sul sentiu um prejuízo imenso acima de 400 milhões de dólares pela seca ocorrida em plena safra de verão. Dourados, Campo Grande, Norte do Chapadão, Cassilândia foram regiões que sofreram com uma das maiores estiagens da história. Aquilo ali, os agricultores e a Federação de Agricultura tomaram como base e tiraram lições. Hoje, nós temos vínculo com os sindicatos rurais e temos equipamentos nas áreas produtivas. Então, hoje o agricultor está muito mais preocupado do que há 5 ou 10 anos. Eles nos procuram para saber como serão os prognósticos para os próximos três meses, o que não acontecia anteriormente.

Midiamax - E o Pantanal que é outro potencial da economia?

Natálio Abrahão - É uma região de baixo teor de chuva, os índices vêm caindo gradualmente. Hoje, o Pantanal está com essa situação preocupante, não significa que vai ter menos chuva, pois o que regula é o fluxo de chuva na cabeceira, quando isso se altera pode ter mais chuva ou não, porém pode ser um ciclo. Com relação ao turismo, é a região mais interessante do Estado e deve ser olhada com atenção.

Midiamax - E a questão das usinas de álcool?

Natálio Abrahão - Eu não sou contra o progresso, hoje há uma grande consciência e Mato Grosso do Sul não tem que ficar atrás da história. As usinas estão alocadas dentro de um zoneamento racional, que nós pesquisadores cremos ser o mais correto. Da forma que está sendo feita, nós não vemos grandes prejuízos. A água será e está sendo usada racionalmente, a biomassa deve ser aproveitada como energia, o vinhoto como adubo. Pelo o que temos visto esta sendo feito de forma racional.

Midiamax - Que fenômenos meteorológicos diferentes podem acontecer em Mato Grosso do Sul?

Natálio Abrahão - Vocês se lembram em 2006? O hangar da base aérea teve a influência de um tornado. Isso pode acontecer em qualquer lugar do mundo, é comum no meio-oeste americano, mas pode acontecer em qualquer lugar do mundo. São eventos que vão de 300 a 700 metros de diâmetro, são coisas pequenas, mas que podem causar danos irreparáveis. Os outros fenômenos vocês já viram que são as enchentes e inundações. O homem altera o ambiente, porém um dia a natureza vai cobrar.

Midiamax - Sempre foi possível acontecer o tornado ou foi reflexo das alterações climáticas?

Natálio Abrahão - Sempre foi possível, desde que certos fatores se associem como a elevação da temperatura em 1,5 grau acima da média. Para você ter uma idéia, a temperatura mais baixa de Campo Grande foi em 16 de julho de 1975, nós tivemos 1,4 grau abaixo de zero, a geada atingiu seis milímetro de espessura e ficou um dia e meio pra derreter, depois disso nunca tivemos um dia com temperatura negativa.

Com foco na música, a 9ª edição do Festival de Inverno de Bonito terá os shows musicais de Maria Bethânia, Zé Ramalho, Ana Carolina e o prata da casa Almir Sater.

A programação musical terá abertura com apresentação de Sater no dia 30 de agosto, quando começa o Festival, e nos demais dias, sobem ao palco sucessivamente Bethânia (dia 31), Ana Carolina (dia 1°) e Zé Ramalho, dia 2.

Embora comece só no dia 30, o evento artístico foi lançado na última sexta-feira na Governadoria, pelo governador André Puccinelli (PMDB), o presidente da FCMS (Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul) Américo Calheiros e com a presença do secretário de Turismo e Indústria de Bonito, Augusto Mariano.

O município, cujo renome recai sobre suas belezas naturais, tem expectativa de público de 50 mil pessoas no decorrer dos cinco dias do evento, segundo Augusto Mariano.

Entretanto, a rede hoteleira do município conta com apenas 4,3 mil leitos. O secretário explicou que isso não é um problema, já que o público é flutuante e muitos turistas alugam até mesmo residências.

O secretário de Turismo comemora também os dividendos para a economia local, já que estima que durante o Festival haja uma movimentação de R$ 3 a R$ 5 milhões. Segundo ele, o evento promove ainda a geração de 300 empregos diretos e outros 500 indiretos, entre contratações temporárias da rede hoteleira e gastronômica, entre outros. Mariano especifica que somente o setor da segurança deve empregar uma centena de empregos.

O governador André lembrou que o evento promove a divulgação do município de Bonito.

Custo

O 9° Festival de Inverno de Bonito vai custar R$ 1,5 milhão, com patrocínio de seis empresas, além do Ministério do Turismo e governo federal: Banco do Brasil, Petrobras, Cruzeiro do Sul, Vivo, Sebrae e Enersul.

A Prefeitura de Bonito entra com R$ 100 mil de contrapartida, custeando a hospedagem de toda a equipe e artistas. Já o governo do Estado arca com o pagamento das diárias e servidores.

O Pantanal de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul é destaque em coleção do jornal Folha de São Paulo. O patrimônio natural será o tema da primeira imagem da coleção "Folha Paisagens Brasileiras" que será distribuída aos domingos para os leitores do jornal a partir do dia 20 de julho.

As imagens são de autoria do fotógrafo Araquém Alcântara e mostram a beleza de famosas paisagens naturais das cinco regiões do Brasil. Ilustra essa matéria foto de Araquém para a coleção.

Ao todo, serão distribuídas 12 fotografias, uma a cada domingo, até o dia 5 de outubro. Segundo o jornal, a promoção vale para os assinantes e as pessoas que compram o jornal nas bancas.

As fotografias medem 30 cm por 23 cm e são impressas em papel couché brilho 230. São todas coloridas. No verso de cada uma, há um texto descrevendo detalhadamente a paisagem retratada.

As fotos que virão encartadas no jornal paulista nos domingos seguintes mostrarão a Serra do Divisor, Fernando de Noronha, os Lençóis Maranhenses, a Chapada Diamantina, a Chapada dos Guimarães, o Lajedo do Pai Mateus, a Estação Ecológica Banhados do Taim, o Parque Nacional dos Aparados da Serra, Jericoacoara, o Parque Nacional do Iguaçu e a Juréia.

O fotógrafo

Autor das 12 imagens, Araquém Alcântara, 57, nasceu em Florianópolis (SC), viveu cerca de 35 anos em Santos (SP) e atualmente mora em São Paulo (SP).

Desde 1970, Alcântara se dedica à documentação e à defesa da natureza brasileira. No currículo, o fotógrafo tem 33 livros sobre temas ambientais e 22 outros em co-autoria.

30/07/2008

20h às 22h30 - Inauguração das exposições "Jardim Gramacho", "Caminhos do Papelão", "O Lixo e o Lúdico". Na Escola Sagrada Família.
20h às 22:30h - Abertura da Mostra "De natureza contemporânea" / Abertura da galeria exclusiva para os artistas de Bonito / Abertura da exposição e venda de artesanato. Na Galeria do Festival.
20h30 -Show Duo Carlos Alfeu e Marcos Assunção. Na Praça.
21h -Show Décio Rocha e Banda. Na Praça.
22h30 - Show Almir Sater. Na Grande Tenda.

31/07/2008

08h às 12:00h - Palestras técnicas Fundação Neotrópica do Brasil. Na Escola Sagrada Família.
10h às 22h - Mostra "De natureza contemporânea" / Exposição e venda de artesanato. Na Galeria do Festival.
14h - Workshop com Décio Rocha e Sérgio César. Na Escola Sagrada Família.
18h - Teatro: Espetáculo "Uma lenda Terena" - Trupe Teatral Brazil Bonito. Na Praça.
18h - Teatro: Espetáculo "No Gosto Doce e Amargo Das Coisas Que Somos Feitos" - Direção Nill Amaral. Na Escola Sagrada Família.
19h - O MAPIGUARI (Animação). No Palco Fala Bonito.
19h - Show Cézar & Rodrigo. Na Praça.
19h05 - ÁRVORE SAGRADA (Documentário). No Palco Fala Bonito.
19h30 - Thiago Perez e Banda. Na Praça.
19h30 - É LIXO? (Reportagem). No Palco Fala Bonito.
19h40 -HUNI MEKA - OS CANTOS DO CIPÓ (Documentário). No Palco Fala Bonito.
20h05 - QUANDO A MARÉ ENCHER (Documentário). No Palco Fala Bonito.
20h30 - Show Rodrigo Teixeira & Mandioca Loca. Na Praça.
20h35 - GANGARRAS DO BANDEIRA (Documentário). No Palco Fala Bonito.
22h30 - Show Maria Bethânia. Na Grande Tenda.

01/08/2008

20h - Show Tripé (Jerry Espíndola, Paulo Simões e Filho dos Livres). Na Praça.
21h - Show Mariana Aydar. Na Praça.
22h30 - Show Ana Carolina. Na Grande Tenda.
20h20 - O DIA EM QUE A LUA MENSTRUOU (Documentário). No Palco Fala Bonito.
10h às 22h - Mostra "De natureza contemporânea" / Exposição e venda de artesanato. Na Galeria do Festival.
17h - Dança: Espetáculo Corpomancia - Coletivo Corpomancia - Direção Paula Bueno. Na Praça.
19h40 - CHEIRO DE PEQUI (Documentário). No Palco Fala Bonito.
19h - Artes Cênicas - Espetáculo Picadeiro Aéreo - Escola de Circo Picadeiro. Na Praça.
19h - A GENTE LUTA MAS COME FRUTA (Documentário). Na Palco Fala Bonito.

02/08/2008

18h - Teatro: Espetáculo "Amor Sacro e Profano". Na Escola Sagrada Família.
22h30 - Show Zé Ramalho. Na Grande Tenda.
17h - Show Vander & Isaac. Na Praça.
19h - Show Santo de Casa. Na Praça.
18h - Show Banda Delay. Na Praça.
20h10 - PIRINOP - MEU PRIMEIRO CONTATO (Documentário). No Palco Fala Bonito.
10h às 22:00h - Mostra "De natureza contemporânea" / Exposição e venda de artesanato. No Galeria do Festival.
19h - CARVOEIROS (Documentário). No Palco Fala Bonito.
20:30 Artes Cênicas - Espetáculo Picadeiro Aéreo - Escola de Circo Picadeiro. Na Praça.

03/08/2008

20h30 - Show Planeta Música MS (Encerramento). Na Grande Tenda.
18h - Show Bêbados Habilidosos. Na Praça.
17h - Show Banda Grass. Na Praça.
10h às 20h - Mostra "De natureza contemporânea" / Exposição e venda de artesanato. Na Galeria do Festival.
16h - Dança: Espetáculo "Urbanóides" - Cia de dança Dançurbana. Na Praça.

Programação sujeita a alteração.

Rodrigo Teixeira & Mandioca Loca, grupo que tem na polca-rock uma de suas principais vertentes musicais, é um dos shows programados para a 9ª edição do Festival de Inverno de Bonito, realizado pela Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul (FCMS), que acontece de 30 de julho a 3 de agosto em Bonito/MS. A apresentação acontece no palco Fala Bonito que fica na Praça da Liberdade.

Rodrigo Teixeira começou percorrer as trilhas da música tocando com Carlos Colman e logo já havia acompanhado boa parte dos artistas de MS, como Maria Cláudia & Marcos Mendes, Paulo Simões, Geraldo Roca, Zeca do Trombone, Caio Ignácio, Zédu e Jerry Espíndola.

Nos sete anos que morou em São Paulo (entre 1988 e 1997) participou da banda Fenícios apresentando-se nas principais casa noturnas da cidade (Aeroanta, Café Columbia, Garage Rock e Victoria Pub). Nesta época também integrou o Power-Trio Via Crucis liderado pelo falecido Alex Batata. Em 1998, com recursos próprios, gravou o CD Sabone, no Rio de Janeiro, onde morava na época. Em 2004 já de volta ao Matão lançou Polca-Rock idealizado no final dos anos 80.

Participou da coletânia Novidade Nativa produzida por Geraldo Roca, com duas músicas. No disco Gerações, gravou ao lado de Alzira Espídola a música Colisão. Em dezembro de 2006, lançou o primeiro produto em comemoração aos 20 anos de carreira: o videoclipe Mixórdia.

Mandioca Loca

Esta história poderia se chamar amizade e começou há mais de 20 anos. Rodrigo Teixeira era um garoto de 15 anos quando conheceu a banda Olho de Gato. Nesta banda estava Fernando Bola na bateria e mais tarde Rodrigo acabou virando vocalista do Olho de Gato em 88 e 89. Quando partiu para carreira solo, em 90, Fernando Bola continuou tocando com Rodrigo. A vida levou cada um para um lado e em 2004, com o retorno de Rodrigo a Campo Grande, o conceito de que ele seria o Mandioca Loca foi ganhando força. Quando Rodrigo Teixeira recebeu o convite para se apresentar no Festival Gira Palermo, em Assunção, em novembro de 2004, o cantor e a banda acabaram sendo chamados pelo público do Festival como os "Mandioca Loca". De pronto o nome foi assumido pelo grupo e nascia em terras paraguaias o quarteto mais explosivo da música de Mato Grosso do Sul.

A formação original reuniu Rodrigo nos vocais, Fernando Bola na bateria, Anderson Rocha na guitarra e Pedro Ortale no baixo, que acabou sendo substituído por Alex Mesquita depois que o baixista foi morar em Brasília. O mais novo passageiro da "Nave Mandioqueira" é o tecladista Alex Cavalheri.

Após inúmeras reuniões junto aos órgãos federais, realizadas nos últimos dois anos, em Brasília, o deputado federal Antônio Carlos Biffi e o senador Delcidio Amaral, ambos do PT-MS, comemoraram, ontem, a liberação de R$ 2,2 milhões para a recuperação e conservação ambiental de microbacias hidrográficas na região do Alto Taquari, cujo recurso será repassado automaticamente ao Governo do Estado.

Biffi lembrou que essa é apenas a primeira parcela dos R$ 5 milhões assegurados pelo FNMA (Fundo Nacional do Meio Ambiente), em agosto do ano passado, e reflete sua atuação e do senador Delcídio em prol do meio ambiente sul-matogrossense, neste caso, a recuperação da Bacia do Rio Taquari.

O deputado petista explicou ainda que, além das agendas realizadas, nos últimos meses, nos município ligados ao Cointa (Consórcio Intermunicipal da Bacia Hidrográfica do Rio Taquari), a liberação dos recursos é resultado das inúmeras e exaustivas reuniões realizadas nos ministérios da Agricultura, Meio Ambiente e Casa Civil da Presidência da República, e que agora, de fato, chegou a hora de comemorar a concretização dessa importante ação.

"Com certeza, nos últimos anos, essa é uma das mais importantes ações inerentes à recuperação do rio Taquari, o que demonstra a nossa preocupação com as questões ambientais do nosso estado. Esse recurso, por exemplo, visa o levantamento das áreas degradadas, conservação de solo (controle de erosão), recuperação de áreas de preservação permanente, assistência técnica aos produtores da região, adequação ambiental de propriedades e estradas rurais", explicou Biffi.

Para este ano, Biffi destacou que existe ainda uma emenda de bancada, de autoria dele e do senador Delcídio, no valor de R$ 9 milhões, que, após a liberação, será destinado para a construção de pontes e aquisição de maquinários, o que complementará o trabalho de recuperação do rio Taquari já em execução.

Os municípios que fazem parte do Cointa são: Coxim, Sonora, Pedro Gomes, Alcinópolis, Figueirão, Camapuã, São Gabriel do Oeste, Rio Verde e Bandeirantes. Os nove municípios ocupam em conjunto uma área de 45 mil quilômetros quadrados no Norte do Mato Grosso do Sul (cabeceiras do Pantanal) e possuem uma população de aproximadamente 130 mil habitantes.

A população do município de Bonito e de toda a região está preparada para receber os cerca de 50 mil visitantes que devem participar do 9º Festival de Inverno, que acontece entre os dias 30 de julho e 3 de agosto.

Segundo a secretária de Estado de Desenvolvimento Agrário, da Produção, da Indústria, do Comércio e do Turismo, Tereza Cristina Correa da Costa, a população local já conhece a movimentação que o evento promove e, este ano, a expectativa é de que seja ainda mais intensa. "Além de tudo, a satisfação de mais uma vez poder contar com nossos parceiros traz ainda mais credibilidade porque todos, direta ou indiretamente, também vão atender o seu público", afirmou.

O secretário municipal de Turismo, Indústria e Comércio de Bonito, Renato Barbosa Mariano, declarou que o Festival deve movimentar uma economia de R$ 5 milhões. "A nossa expectativa é enorme. Temos aproximadamente 4,3 mil leitos a serem ocupados e devemos oferecer cerca de 300 empregos diretos e 500 indiretos durante os sete dias de festival."

O lançamento oficial do evento aconteceu na manhã de ontem, no auditório da Governadoria, e contou com a presença do governador André Puccinelli; de deputados estaduais e federais; do diretor-presidente da Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul, Américo Calheiros; dos representantes parceiros e de autoridades de Bonito.

Renato Mariano também citou que o município de Bonito foi eleito seis vezes consecutivas (de 2002 a 2007), pelos leitores de uma revista de circulação nacional ligada à área de turismo, como o melhor destino de ecoturismo do País. "A realização do Festival contribui para propiciar, além de cultura, tempo para o turismo no município. Hoje somos vistos como modelo de gestão e pretendemos consolidar esta imagem corrigindo os eventuais erros que identificamos em cada edição", finalizou o secretário.

Em sua fala, o governador ressaltou sobre a felicidade da realização do evento, em Mato Grosso do Sul. "Todos os anos o festival toma uma maior magnitude, propiciando arte e cultura. Que possamos continuar com estas boas práticas e que nossos municípios e Estado sejam divulgados cada vez mais", afirmou.