Notícias de Bonito MS
O Festival de Inverno de Bonito 2008 vai oferecer ao público três espetáculos teatrais com diferentes estilos de narrativa. A literatura de Clarice Lispector, a vida da artista plástica Lídia Baís e o amor segundo crença dos índios terena serviram de inspiração às produções.
"No Gosto Doce E Amargo Das Coisas Que Somos Feitos", do diretor Nill Amaral, chega a Bonito respaldado por uma trilha de muito sucesso de público e de crítica. Um ano de pesquisa, experimentos e apresentações moldaram a peça que o público do festival poderá assistir no EcoEspaço, no dia 31, às 18 horas. O espetáculo é livremente inspirado na obra da escritora Clarice Lispector, e tem dramaturgia de Claudia Pucci. Em cena, quatro personagens - três mulheres e um homem. Despida de palco e cenário, a encenação é centralizada no ator. Apenas acessórios são utilizados para refletir a realidade do texto. "No Gosto Doce e Amargo..." reflete a delícia de ser o que é!
A Trupe Teatral Brazil Bonito vai contar no Festival a estória do amor proibido entre um estrangeiro português e uma índia. No caminho do romance entre o forasteiro Cauti e a terena Caçai, um obstáculo: a nativa é prometida do cacique da tribo. Entre vários efeitos de luz, sombra, corpo e fogo, o espetáculo fala da importância do amor verdadeiro e da crença Terena. Também explica o porquê das águas de Bonito serem tão puras e cristalinas. A encenação está marcada para o dia 31, às 18 horas, no Palco Fala Bonito, na Praça da Liberdade.
O monólogo encenado e dirigido pela atriz corumbaense Bianca Machado "Amor Sacro e Profano" é atração no EcoEspaço, no dia 2 de agosto, às 18 horas. A peça traça um paralelo da vida da artista plástica sul-mato-grossense Lydia Baís (1900-1983), através de duas personagens: a própria Lydia, representada em sua mocidade, e Maria Teresa Trindade, a narradora, que já velha e esquizofrênica rememora o passado da artista com ironia e humor cativantes. O monólogo é baseado na biografia "Lidia Baís", publicada pela própria artista sob peseudônimo. O espetáculo relata as peripécias dessa mulher que desafiou a família patriarcal e provinciana para estudar pintura no Rio de Janeiro.
O Festival de Inverno de Bonito tem muito mais. Acesse o site oficial e veja a programação completa (www.festinbonito.com.br).
Maria Bethânia faz show no segundo dia do 9º Festival de Inverno de Bonito, 31 de julho. A apresentação acontece na Grande Tenda, que fica na rua Cel Pilad Rebuá, às 22h30. Os ingressos serão vendidos no valor de R$ 12,00 e R$ 6,00 (meia-entrada para estudantes). As pulseiras de camarotes localizados nas laterais do palco, sem lugares marcados e/ou assentos, custam R$ 30,00. As entradas serão vendidas também em Campo Grande, no quiosque do Ingresso Fácil, no Shopping Campo Grande, 1º piso.
Dentro do mar tem rio, e dentro da cultura popular brasileira tem, incansável e talentosamente, Maria Bethânia. Foi assim que no ano em que completou 60 anos de idade, a intérprete, já consagrada diversas vezes, foi sucesso absoluto e reconhecido.
Em 2006, a cantora foi a grande vencedora da 4° Edição do Prêmio TIM de Música, evento que homenageou Jair Rodrigues, realizado no Teatro Municipal do Rio de Janeiro. Faturou três categorias: Melhor Cantora de MPB, Melhor Disco de MPB (Que Falta Você Me Faz / gravadora Biscoito Fino, produzido por Moogie Canazio) e Melhor DVD (Tempo, Tempo, Tempo / Biscoito Fino, dirigido por Bia Lessa).
Em novembro, a baiana iniciou a apresentação do show Dentro do Mar Tem Rio, no qual interpretava as canções dos dois discos. Dividido em dois atos, Bethânia começa o show com Canto de Nanã, do mestre Dorival Caymmi, e segue interpretando compositores clássicos como Tom Jobim (Praias desertas), Edu Lobo e Capinam (O tempo e o Rio), o mano Caetano (Onde eu Nasci Passa um Rio), entre vários outros, além de artistas contemporâneos como Ana Carolina e Jorge Vercilo (Eu que não sei quase nada do mar) e Vanessa da Mata (Sereia de Água Doce). No palco, Maria Bethânia faz o que mais gosta além de cantar, ao falar, com maestria, textos de Sophia de Mello Breyner, Guimarães Rosa, João Cabral de Mello Neto e Fernando Pessoa.
A turnê fez tanto sucesso que se estendeu ao longo de todo o ano de 2007, desaguando sua música em vários estados do Brasil, além de Portugal, Espanha, Chile e Suíça, onde inaugurou uma nova sala dentro do tradicional Festival de Jazz de Montreux.
Neste mesmo ano, Bethânia repete a dose de 2006 e leva novamente o Prêmio Tim de Música, dessa vez como Melhor Cantora de MPB e Melhor Disco (Mar de Sophia / Biscoito Fino). Outros dois prêmios podem ser associados ao nome dela: Melhor Projeto Visual (Gringo Cardia, por Pirata) e Melhor Canção (Beira-Mar, de Roberto Mendes e Capinam).
O ano de 2008 começa e, já em fevereiro, lança com a cantora cubana Omara Portuondo, ex-integrante do lendário grupo Buena Vista Social Clube, o CD Omara Portuondo e Maria Bethânia (Biscoito Fino), com edição especial que agrega um DVD documentário dos bastidores das gravações. Jaime Alem e Swami Jr., maestros respectivamente de Bethânia e Omara, assinam a produção musical.
Na seqüência, vem a turnê: juntas, Omara e Bethânia estréiam em março no Rio de Janeiro, depois seguem para São Paulo, Belo Horizonte, Maceió, Olinda, Distrito Federal, Aracaju, Salvador, Curitiba, Porto Alegre e, em junho, Chile e Argentina.
O mês é fechado com chave de ouro: Maria Bethânia é escolhida Melhor Cantora pelo Prêmio Shell de Música 2008. A conquista agrega à carreira brilhante outro pioneirismo, a de ser a primeira intérprete a faturar o prêmio. Até 2007, a premiação só agraciava compositores.
O Projeto Planeta Música MS vai reunir artistas sul-mato-grossenses e encerrar o 9º Festival de Inverno de Bonito, no dia 3 de agosto. A apresentação acontece na Grande Tenda, que fica na rua Cel Pilad Rebuá, às 22h30. A entrada é franca.
O Projeto Planeta Música MS é um espetáculo musical que visa promover e divulgar o talento dos artistas sul-mato-grossenses e, paralelamente, chamar a atenção do público para as questões ambientais. Criado para ser apresentado no 9º Festival de Inverno de Bonito, o projeto encontra na encantadora natureza da cidade sua principal inspiração.
Em um só palco estarão reunidos orquestra sinfônica, banda, back vocals, diversos intérpretes, dj's e grupos de dança. A seleção das canções para o show foi feita a partir de um estudo da produção musical do nosso Estado voltada para a temática ambiental, de onde saíram as 15 faixas que vão compor o repertório.
A estrutura contará com equipamentos modernos de áudio, iluminação, cenografia e vídeo, além de uma equipe com diversos profissionais envolvidos, como produtores e técnicos. O projeto tem a direção de Otávio Neto e contará com a participação da Orquestra de Campo Grande, com regência de Eduardo Martinelli.
Os ingressos dos shows nacionais do 9º Festival de Inverno de Bonito também serão vendidos em Campo Grande, no quiosque do Ingresso Fácil, no Shopping Campo Grande, 1º piso, desde ontem (14).
Os ingressos para os shows de Maria Bethânia (31/07), Ana Carolina (01/08) e Zé Ramalho (02/08) estarão à venda na bilheteria do festival, localizada na Grande Tenda (Rua Cel Pilad Rebuá, s/nº - Bonito), a partir do dia 30. Os shows têm horário previsto para começar às 22h30. Os menores de 16 anos deverão estar acompanhados dos pais ou responsáveis.
Os ingressos serão vendidos no valor de R$ 12,00 e R$ 6,00 (meia-entrada para estudantes). As pulseiras de camarotes localizados nas laterais do palco, sem lugares marcados e/ou assentos, custam R$ 30,00. Os demais shows e atrações do 9º Festival de Inverno de Bonito têm entrada franca.
Almir Sater faz show com sua nova banda no dia da abertura do 9º Festival de Inverno de Bonito, 30 de julho. A apresentação acontece na Grande Tenda, que fica na rua Cel Pilad Rebuá, às 22h30. A entrada é franca.
Almir Sater nasceu em Campo Grande, em 14 de novembro de 1956. Seu contato com a cidade grande veio muitos anos depois, quando, já adulto, foi para o Rio de Janeiro, estudar Direito na Faculdade Cândido Mendes. Em menos de três anos, Almir descobriu que, definitivamente, não seria um advogado. Na solidão que a cidade grande lhe impôs, descobriu na viola sua grande amiga e companheira, dedicando-se completamente ao instrumento.
Um dia, por acaso, passando pelo Largo do Machado, reduto nordestino do Rio de Janeiro, Almir, ao ouvir as duplas regionalistas que se apresentavam, percebeu o que realmente importava na sua vida. Não teve outra atitude, a não ser voltar para Campo Grande. O contato com a gente da terra favoreceu a pesquisa de novos ritmos, novo sons da viola. Almir tornou-se um dos responsáveis pelo resgate da viola de 10 cordas, mais conhecida como viola caipira, base de criação da música caipira. Suas composições refletem o popular e o erudito de maneira ímpar, como jamais se ouviu na MPB.
Sua produção é intensa e apaixonada. A música flui de dentro do coração, do interior da alma. Mesmo tendo chegado à excelência técnica, Almir é um dos poucos que não deixou a emoção de lado. Por isso, o público, ao sair do seu show, tem a impressão de ter estado na sala de visitas do cantor, completamente à vontade. Almir Sater não despreza a técnica que se obtém com a eletrônica moderna e os efeitos dos sons de laboratório. Mas quando sobe ao palco, não existem montagens. Almir pega na viola e o som flui suave e naturalmente.
Em 1988, a crítica, na sua unanimidade, escolheu Almir para participar do Free Jazz Festival, com nomes consagrados da música mundial. O sucesso foi tamanho que Almir abriu o evento, no Rio de Janeiro, no ano seguinte. Daí para Nashville (USA), a Meca da música country mundial, foi um passo. A liberdade de ação junto aos músicos americanos foi rapidamente absorvida, o que resultou no LP Rasta Bonito, onde percebe-se claramente a mistura de sons, sem perder a integridade do instrumentista.
Almir ganhou dois prêmios Sharp, com as canções Moura e Tocando em Frente, gravadas por Maria Bethânia. Em 1990, seu desempenho na novela Pantanal, da Rede Manchete, fez aumentar a publicidade em torno do já reconhecido músico Almir Sater. O grande sucesso o fez voltar à telinha em 1991, como protagonista da novela Ana Raio e Zé Trovão. Em 1996, estrelou ao lado de Antônio Fagundes, na novela O Rei do Gado, exibida pela Rede Globo de Televisão, como Pirilampo, convidado pelo próprio autor Benedito Rui Barbosa. Em 2006, Almir Sater lançou o seu CD 7 Sinais, e fez parte do elenco da novela Bicho do Mato, da TV Record.
Uma infra-estrutura moderna para atender aos visitantes que buscam no 9º Festival de Inverno de Bonito, informação, cultura e entretenimento, é oferecida pelo governo do Estado, na edição 2008.
De 30 de julho a 3 de agosto, os turistas poderão desfrutar - na Grande Tenda, o espaço dos principais shows do festival, de uma gigantesca estrutura de tenda no modelo TFS com capacidade para 8000 pessoas. Nesta área, ficam também bares, banheiros, camarins, área social, camarotes e arquibancadas. Nesta edição, os shows de Almir Sater, no dia da abertura do Festival e do projeto Planeta Música MS, no dia do encerramento, terão entrada franca.
A novidade neste ano é o projeto cenográfico de JC Serroni, um dos mais premiados cenógrafos brasileiros - o Túnel Lúdico. Ele tem como principal objetivo interligar as duas principais áreas do Festival de Inverno de Bonito 2008. Instalado na Rua Pilad Rebuá, o túnel terá duas extensões de aproximadamente 15 metros em cada esquina - Praça da Liberdade e Grande Tenda - interligadas por elementos cenográficos. A proposta é a utilização de recursos audiovisuais como telas de TV ou monitor LCD para divulgação de projetos ambientais desenvolvidos em Bonito, assim como a programação do festival e seus homenageados.
O Pavilhão das Artes terá uma aérea total de 380 m², em estrutura montada sob tendas piramidais. Dentro do pavilhão, o público poderá encontrar exposição e venda de artesanato, mostras de arte, livraria, café e estandes institucionais do Fórum Estadual de Cultura, Prefeitura de Bonito, Sebrae e a exposição das artistas campo-grandenses Zilca Gonçalves Nunes e Roselin Bonifácio. Haverá também a Galeria de Arte de Bonito, exclusiva para os artistas do município, na qual acontecerá uma mostra que reúne estilos diversos com temas relacionados ao meio ambiente e natureza.
Com curadoria de Rafael Maldonado, a mostra "De Natureza Contemporânea", reúne trabalhos de cinco artistas brasileiros contemporâneos que investigam novas possibilidades de discurso nas linguagens de pintura, vídeo, fotografia e objeto-instalação. Os trabalhos apresentam diferentes relações entre o homem e o ambiente que o cerca, seja no registro de cenas onde a paisagem aparece de forma poética ou mesmo de maneira denunciativa. Questões bastante abordadas pela produção artística contemporânea que se posiciona como um potente mecanismo de reflexão e questionamento. Participam dessa exposição os artistas Bruno Vieira (Recife), Douglas Colombelli (Campo Grande), James Kudo (São Paulo), Gustavo Duarte (Rio de Janeiro) e Tiago Giora (Porto Alegre).
A banda Santo de Casa é uma das atrações musicais programadas para a 9ª edição do Festival de Inverno de Bonito, realizado pela Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul (FCMS), que acontece de 30 de julho a 3 de agosto em Bonito/MS.
Santo de Casa tem formação recente, mas seus integrantes são figuras conhecidas do cenário do pop rock regional, remanescentes de bandas como Piá Pançudo, Arara Rara, Clandestino e Cabaleiros. São eles: Rodrigo Kampa, Villie JR, Zig, Franklin, Marcela Moura, e Luciana Kreutzer.
O principal objetivo da banda é buscar o prazer de imprimir um som de qualidade e cem por cento original, através de suas próprias composições. Outra forte característica da banda é a miscigenação de ritmos tais como Ska, reggae e polca. "Porém sem perder por nenhum instante a veia pop regional", conta Kampa.
O grupo lançou seu primeiro cd demo, no projeto Cena Som da FCMS, que apresenta um repertório próprio em que se destaca a mistura de ritmos, porém que não perde a tônica do pop regional. No espetáculo, Santo de Casa fez uma parceria com a Casa Teatro Circo e juntos apresentaram performances e encenações que integraram teatro, circo e a música ao vivo. Santo de Casa já fez aparições importantes, como no Som da Concha, na Concha Acústica Helena Meirelles, e na abertura da Noite da Poesia, com Arnaldo Antunes, no Teatro Glauce Rocha.