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Notícias de Bonito MS

Artesãs do grupo "Bonito Feito à Mão" lançaram ontem, às 20 horas, durante a abertura do Festival de Bonito, o catálogo de artesanato com a nova coleção de peças regionais. O aperfeiçoamento de técnicas artesanais e a responsabilidade ambiental são os principais conceitos deste trabalho, que traz a matéria-prima e o design da região de Bonito, voltados às tendências atuais de mercado.

Desde o ano passado, o grupo busca melhorar a apresentação dos itens produzidos. Em agosto, 27 artesãs receberam consultoria e participaram da primeira oficina de design, oferecida pelo Sebrae, com 80 horas/aula. Este ano, receberam cursos de desenvolvimento interpessoal, saber empreender, atendimento ao cliente, apreender a empreender, controles financeiros, formação de preço e gestão empresarial.

O designer Renato Imbroisi, de São Paulo, fez a finalização do trabalho de orientação, iniciado em 2007, para a criação e desenvolvimento da nova coleção de peças. "Por se tratar de uma região de forte ecossistema a nova coleção foi desenvolvida com os produtos regionais", destaca Renato, que realizou o diagnóstico das habilidades das artesãs e das matérias-primas existentes na região de Bonito.

Para Vanessa Leite, coordenadora do Posto Avançado do Sebrae em Bonito, o grupo tem potencial para confeccionar produtos de qualidade para um mercado altamente exigente. "Elas utilizam técnicas artesanais clássicas com características locais, o que resulta um produto ecologicamente correto, socialmente justo e economicamente sustentável", diz.

A artesã Albertina Geffer, diz que a capacitação foi essencial para a concretização do projeto. "Queremos mais cursos e aperfeiçoamento de nossas técnicas. Estamos trabalhando a todo vapor, com uma grande expectativa de colocação efetiva no mercado".

Coleção

O catálogo apresenta 30 peças, que utilizam técnicas de bordado e crochê. O lançamento da nova coleção acontece no ecoespaço do Festival de Inverno de Bonito, um dos ambientes que serão inaugurados pelo governador André Puccinelli na abertura do evento. Posteriormente, as peças estarão disponíveis para conhecimento e comercialização no pavilhão de artesanato do Festival, junto à exposição de produtos do Estado.

Em agosto, o grupo "Bonito Feito à Mão" participa de uma rodada de negócios de comércio justo no Rio de Janeiro.

O ex-diretor de futebol do Operário futebol Clube Jean Carlos fundou recentemente em Bonito, o Clube Atlético Santo Antônio, o Casa.

A idéia principal é trabalhar as equipes de base, mas o clube pode montar o elenco para disputar a série B do Campeonato Estadual de Futebol.

A primeira contratação do clube foi do técnico Pastoril, ex-camisa 10 do Vasco, Goiás, Mixto de Cuiabá e Operário.

Pastoril viaja junto com o dirigente Jean Carlos hoje, 31/07/08, para Goiânia, onde serão negociados 4 jogadores sul-mato-grossenses, um meia, um volante e dois atacantes que se destacaram no clube.

Na 9ª edição do Festival de Inverno de Bonito, os visitantes poderão unir seu encantamento com a vocação ecológica do município a um novo olhar sobre as paisagens urbanas, naturais e simbólicas, proposto pela exposição "De Natureza Contemporânea", na Galeria Oficial do Festival, na Praça da Liberdade.

Aberta durante todo o festival das 10h às 20h, a exposição reúne trabalhos de cinco artistas brasileiros contemporâneos que investigam novas possibilidades de discurso nas linguagens de pintura, vídeo, fotografia e objeto-instalação: Bruno Vieira (Recife), Douglas Colombelli (Campo Grande), James Kudo (São Paulo), Gustavo Duarte (Rio de Janeiro) e Tiago Giora (Porto Alegre).

"Pensar num projeto de exposição para um evento como o Festival de Inverno de Bonito, que tem vocação ecológica por ser de um lugar onde há o deslumbramento de inúmeras paisagens, nos atrai para a possibilidade de proporcionar esse diálogo entre as artes e as suas diversas relações com a natureza", explica o curador da mostra, Rafael Maldonado. Ele conta que a seleção dos participantes partiu do interesse em reunir obras onde a paisagem também se comporta como uma manobra de linguagem, como um pressuposto para a discussão de assuntos que lidam metaforicamente com memória e esquecimento, matéria e ausência, lugar e deslocamento.

Neste sentido, lembranças são ferramentas das pinturas de James Kudo, em que experiências da infância ajudam o artista recriar as paisagens que já foram apagadas pelo tempo. Os lugares e as memórias que alimentam as pinturas de James funcionam como elementos retirados da gaveta do passado, do lugar onde secretamente guardamos os momentos da vida que selecionamos e recorremos a eles sempre que necessário. Formado pela Faculdade de Belas-Artes de São Paulo, Kudo já expôs no Japão, Estados Unidos e Alemanha.

Também nas fotografias de Gustavo Duarte o esquecimento e o abandono aparecem na interferência de um objeto inserido na paisagem, como os detalhes de um navio onde a estrutura, a corrosão, os tons da ferrugem contracenam com os planos de cor do céu, do mar, do entorno. Duarte, que cursa Artes Plásticas na Universidade Salgado de Oliveira, tem sua experiência profissional bastante ligada ao audiovisual. Obras suas já foram expostas em Montpellier, Grenoble, Berlim, Nova York, Portugal, Japão, Tóquio e Londres, além de exposições coletivas no Brasil.

Na obra de Bruno Vieira somos levados a tentar compreender a poesia da efemeridade, da desconstrução programada de algo apenas como parte de um processo. Neste desmanche da obra, o registro passa a ser testemunha física fundamental. Licenciado em Ciências Sociais e cursando Artes Plásticas na Universidade Federal de Pernambuco, Bruno Vieira realizou exposições individuais e coletivas em Recife, São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, Belo Horizonte, João Pessoa, Buenos Aires, Barcelona, entre outros municípios, conquistando prêmios como o Projéteis Funarte de Arte Contemporânea, em 2005.

Lidar com os desafios do espaço/lugar propondo uma obra que dê conta de se relacionar com o que está ao redor dela é um dos problemas propostos no trabalho de Tiago Giora. Ele é graduado em Arquitetura e Urbanismo pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul, onde atualmente desenvolve seu projeto de mestrado na área de Poéticas Visuais. De 2003 a 2006, o artista estudou e trabalhou na Europa participando de exposições na Itália e Inglaterra. Em Porto Alegre, sua cidade natal, realizou mostras na Prefeitura, Usina do Gasômetro e Torreão (espaço de arte que freqüenta desde 1993), além de continuar sua produção prática e teórica focada na arte urbana e ambiental.

Por fim, as obras apresentadas pelo artista plástico Douglas Colombelli no 9°Festival de Inverno de Bonito fazem parte de uma série intitulada "Eu-Fabulário", em que as obras assimilam em composições figurativas um questionamento do homem, do civilizado com relação ao natural. A matéria do abandono, o descarte, objetos do esquecimento servem para o artista como um conjunto multifacetado de experimentos em seu laboratório poético. Bacharel em Artes Visuais pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, Douglas Colombelli é professor em três faculdades no Estado, produzindo e discutindo experimentações artísticas contemporâneas também através do grupo Contempo - discussão e produção de arte contemporânea.

"A relação arte/paisagem nos propõe uma reflexão a respeito do lugar de onde vemos as coisas e de como nos posicionamos diante da transfiguração do cotidiano e da ressignificação de nossas memórias. A arte é também esse ente de ligação entre a experiência mental e a ação efetiva do exercício de realizar uma idéia, de construir uma obra com potência histórica que sobreviva à degeneração do instante, personificando a existência", completou o curador.

O Festival de Inverno de Bonito é uma realização do Governo do Estado de Mato Grosso do Sul, com parceria da prefeitura municipal de Bonito.

Este ano, o Festival de Inverno de Bonito tem duas ótimas atrações culturais para quem gosta de natureza: o espaço "Natureza Viva" e o Ciclo de Palestras Técnicas "Parcerias na Gestão de Projetos Ambientais".

No espaço "Natureza Viva" você vai conhecer a história da Fundação Neotrópica do Brasil - uma organização não governamental que promove e pratica a conservação da natureza. Os desafios, as conquistas e os resultados obtidos em quinze anos de trabalho, vão estar expostos num ambiente acolhedor; uma pequena reprodução da natureza que ajudamos a preservar.

O espaço reserva também, exposições artísticas e fotográficas da natureza de Bonito e do Pantanal, do Fotógrafo Daniel De Granville, além da réplica viva da natureza, montada no local, representando o tema comemorativo dos 15 anos de Neotrópica, Natureza na sua melhor forma: Viva! Não deixe de conhecer.

O Espaço Natureza Viva acontecerá na sede da Neotrópica - rua 2 de outubro, 165, nos dias 31 julho e 01 de agosto das 14h às 18h e no dia 02 de agosto das 10h às 16h.

Já o Ciclo de Palestras Técnicas, será destinado a promover debates sobre o relacionamento entre Estado, Empresa Privada e ONG.

Nesses quinze anos de trabalho, a Fundação Neotrópica do Brasil acredita que a troca de experiências é o melhor caminho para o desenvolvimento de novas idéias e soluções para a prática da conservação ambiental. Serão dois dias de palestras e bate-papo com representantes do Poder Público, como o Ministério do Meio Ambiente, de Empresa, de ONGs ambientais nacionais e internacionais e de especialistas em parcerias público-privadas.

As palestras serão abertas ao público, a entrada é de graça. Uma ótima oportunidade de conhecer mais sobre a viabilidade de projetos ambientais, indispensáveis para o futuro do planeta. Você também pode nos ajudar a preservar a região de Bonito e a natureza de nosso país.

Maria Bethânia faz show hoje (31) no 9º Festival de Inverno de Bonito. A apresentação acontece na Grande Tenda, que fica na rua Cel Pilad Rebuá, às 22h30. Os ingressos serão vendidos no valor de R$ 12,00 e R$ 6,00 (meia-entrada para estudantes). As pulseiras de camarotes localizados nas laterais do palco, sem lugares marcados ou assentos, custam R$ 30,00. As entradas serão vendidas também em Campo Grande, no quiosque do Ingresso Fácil, no Shopping Campo Grande, 1º piso.

Dentro do mar tem rio, e dentro da cultura popular brasileira tem, incansável e talentosamente, Maria Bethânia. Foi assim que no ano em que completou 60 anos de idade, a intérprete, já consagrada diversas vezes, foi sucesso absoluto e reconhecido.

Em 2006, a cantora foi a grande vencedora da 4° Edição do Prêmio TIM de Música, evento que homenageou Jair Rodrigues, realizado no Teatro Municipal do Rio de Janeiro. Faturou três categorias: Melhor Cantora de MPB, Melhor Disco de MPB (Que Falta Você Me Faz / gravadora Biscoito Fino, produzido por Moogie Canazio) e Melhor DVD (Tempo, Tempo, Tempo / Biscoito Fino, dirigido por Bia Lessa).

Em novembro, a baiana iniciou a apresentação do show Dentro do Mar Tem Rio, no qual interpretava as canções dos dois discos. Dividido em dois atos, Bethânia começa o show com Canto de Nanã, do mestre Dorival Caymmi, e segue interpretando compositores clássicos como Tom Jobim (Praias desertas), Edu Lobo e Capinam (O tempo e o Rio), o mano Caetano (Onde eu Nasci Passa um Rio), entre vários outros, além de artistas contemporâneos como Ana Carolina e Jorge Vercilo (Eu que não sei quase nada do mar) e Vanessa da Mata (Sereia de Água Doce). No palco, Maria Bethânia faz o que mais gosta além de cantar, ao falar, com maestria, textos de Sophia de Mello Breyner, Guimarães Rosa, João Cabral de Mello Neto e Fernando Pessoa.

A turnê fez tanto sucesso que se estendeu ao longo de todo o ano de 2007, desaguando sua música em vários Estados do Brasil, além de Portugal, Espanha, Chile e Suíça, onde inaugurou uma nova sala dentro do tradicional Festival de Jazz de Montreux.

Neste mesmo ano, Bethânia repete a dose de 2006 e leva novamente o Prêmio Tim de Música, dessa vez como Melhor Cantora de MPB e Melhor Disco (Mar de Sophia / Biscoito Fino). Outros dois prêmios podem ser associados ao nome dela: Melhor Projeto Visual (Gringo Cardia, por Pirata) e Melhor Canção (Beira-Mar, de Roberto Mendes e Capinam).

O ano de 2008 começa e, já em fevereiro, lança com a cantora cubana Omara Portuondo, ex-integrante do lendário grupo Buena Vista Social Club, o CD Omara Portuondo e Maria Bethânia (Biscoito Fino), com edição especial que agrega um DVD documentário dos bastidores das gravações. Jaime Alem e Swami Jr., maestros respectivamente de Bethânia e Omara, assinam a produção musical.

Na seqüência, vem a turnê: juntas, Omara e Bethânia estréiam em março no Rio de Janeiro, depois seguem para São Paulo, Belo Horizonte, Maceió, Olinda, Distrito Federal, Aracaju, Salvador, Curitiba, Porto Alegre e, em junho, Chile e Argentina.

O mês é fechado com chave de ouro: Maria Bethânia é escolhida Melhor Cantora pelo Prêmio Shell de Música 2008. A conquista agrega à carreira brilhante outro pioneirismo, a de ser a primeira intérprete a faturar o prêmio. Até 2007, a premiação só agraciava compositores.

O teatro é destaque na programação do 9° Festival de Inverno de Bonito. A peça "Uma lenda Terena" vai ser apresentada no palco Fala Bonito, na Praça da Liberdade, hoje (31) às 18 horas.

O espetáculo "Uma lenda Terena", da Trupe Teatral Brazil Bonito, conta a história do amor proibido entre um estrangeiro português (Cauti) e uma índia (Caçai), que está prometida ao cacique da tribo. Entre efeitos de luz, sombra, corpo e fogo, a peça fala sobre a importância do amor verdadeiro e da crença Terena. Destaca ainda porque as águas de Bonito são tão puras e cristalinas.

A peça "Amor Sacro e Profano", com direção de Bianca Machado, é um monólogo que traça um paralelo da vida da artista plástica sul-mato-grossense Lydia Baís (1900-1983), através de duas personagens: a própria Lydia, representada em sua mocidade, e Maria Teresa Trindade, a narradora, que já velha e esquizofrênica, rememora o passado da artista com ironia e humor cativantes. Baseado na biografia "Lydia Baís", publicada pela própria artista sob pseudônimo, relata as peripécias dessa mulher que desafiou a família patriarcal e provinciana para estudar pintura no Rio de Janeiro.

Bonito (MS) - A abertura do evento foi um sucesso. Cerca de sete mil pessoas acompanharam o show do violeiro Almir Sater na Grande Tenda do 9º Festival de Inverno de Bonito. Além do Show de Sater, outras três mil pessoas participaram dos shows do Duo Carlos Alfeu e Marcos Assunção, dos homenageados Délio e Delinha, e do artista plástico que transforma lixo reciclável em instrumentos musicais, Décio Rocha.

Música à parte, o festival inaugurou simultaneamente seis exposições: Mostra e venda de artesanato sul-mato-grossense, no Pavilhão das Artes; Jardim Gramacho, Caminhos do Papelão e O lixo e o lúdico, no EcoEspaço do Projeto Reciclando Cultura; De natureza contemporânea, na Galeria do Festival; e a Galeria exclusiva para os artistas de Bonito na Galeria de Artes de Bonito.

As exposições ficam abertas de hoje (31) até sábado (2/8), das 10 às 22 horas; no domingo a programação vai até as 20 horas.

Programação para hoje

Além das exposições, o festival traz ainda o ciclo de palestras técnicas da Fundação Neotrópica do Brasil, dentro do Reciclando Cultura. Os ministrantes de entidades como o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade, Ministério do Meio Ambiente, MMX Metálicos Corumbá LTDA, Conservação Internacional do Brasil e a Fundación Avina vão abordar temas como a visão dos setores público, privado e não governamental no gerenciamento de projetos ambientais. As palestras começam a partir das 8 horas no EcoEspaço. Já na praça, a partir das 16 horas, acontecerão apresentações de circo, mágica, grafite e dança.

Artes Cênicas

Duas peças teatrais do festival começam simultaneamente às 18 horas. Na praça da Liberdade, a Trupe Teatral Brazil Bonito vai apresentar a peça "A lenda terena", uma apresentação de teatro que mostra através de teatro de bonecos de sombra, teatro de corpo em sombra, expressão corporal, malabarismo e pirofagia (malabarismo de fogo), uma lenda terena de nossa região, que conta a história do amor proibido entre um estrangeiro português (Cauti) e uma índia (Caçai), que está prometida ao cacique da tribo. Entre vários efeitos de luz, sombra, corpo e fogo, explica a importância do amor verdadeiro e da crença Terena; e o porquê de as águas de Bonito serem tão puras e cristalinas.

"No gosto doce e amargo das coisas de que somos feitos" será apresentada no EcoEspaço como a proposta de levar ao público uma criação autoral baseada na pesquisa e no fluxo de linguagem da escritora Clarice Lispector. Com direção de Nill Amaral, a peça é fruto de uma intensa pesquisa em torno da obra de Lispector, transposta para a linguagem dramática do teatro. Com poucos objetos em cena, o público é conduzido a uma atmosfera introspectiva própria da autora, acentuada por meio da música, iluminação e atuação precisa dos atores.

Cinema

O CineBonito recebe seis exibições a partir das 19 horas, sendo uma animação (O Mapiguari), uma reportagem (É lixo?) e quatro documentários (Huni Meka - Os cantos do Cipó, Quando a Maré Encher, Árvore Sagrada e Gangarras do Bandeira). A entrada é franca.

Para encerrar o dia: música. Os artistas sul-mato-grossenses Cezar e Rodrigo, Thiago Perez e banda, Rodrigo Teixeira e Mandioca Loca tocam, a partir das 19 horas, na praça da Liberdade. Maria Bethânia canta na Grande tenda a partir das 22h30. Os shows da praça são gratuitos; já para ver Bethânia, os ingressos custam R$ 12,00 (inteira) e R$ 6,00 (meia).