Notícias de Bonito MS
Campo Grande será sede da 5ª edição da Feiratur, maior evento do turismo rural brasileiro. O evento acontece de 20 a 22 de novembro no Centro de Convenções Arquiteto Rubens Gil de Camillo, no Parque dos Poderes. Conforme a organização da feira, 250 pessoas de 17 estados já haviam feito suas inscrições até o último balanço, feito no dia 10.
As inscrições para a Feiratur são gratuitas e podem ser feitas através do endereço www.feiratur.tur.br até o dia 17 de novembro. Após essa data, os os interessados poderão garantir vaga comparecendo ao local do evento. A programação da feira está disponível no mesmo endereço.
Entre os inscritos, estão empresários, executivos do turismo, acadêmicos, professores, técnicos, hoteleiros, fornecedores, produtores rurais, artesãos, agentes de viagens e operadores. São pessoas dos estados de Mato Grosso do Sul, São Paulo, Paraná, Pernambuco, Ceará, Santa Catarina, Sergipe, Minas Gerais, Tocantins, Acre, Distrito Federal, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Piauí, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul.
Vários expositores também já garantiram presença com espaços no Centro de Convenções. Dentre eles, estão a Empresa Paraibana de Turismo (Paraíba), Sebrae (dos estados de Pernambuco, Ceará e Mato Grosso do Sul), Secretaria de Turismo de Minas Gerais, Abraturr Nacional, Fundação de Turismo de Mato Grosso do Sul, Santa Catarina Turismo S/A, além de hotéis-fazenda, associações de fazendas, associações de municípios e fornecedores do turismo rural.
O acesso ao Centro de Convenções será gratuito e aberto ao público, assim como as palestras durante toda a Feiratur 2008. Mais informações sobre a feira, área de exposição e programação podem ser solicitadas e obtidas pelo fone (67) 3341-6900 ou pelo e-mail: feiratur@opec-eventos.com.br.
A Abraturr (Associação Brasileira de Turismo Rural) é responsável pela promoção do evento juntamente com o Idestur (Instituto de Desenvolvimento do Turismo no Espaço Rural). A realização da 5ª Feiratur é da Abraturr/MS em conjunto com o Ministério do Turismo e Fundação de Turismo do Mato Grosso do Sul.
Carlos Solera(*)
O Turismo Rural (TR) é uma atividade bem recente no país. Teve inicio no ano de 1986, na região catarinense de Lages, com a entrada das primeiras quatro fazendas neste segmento econômico. No ano de 1994, quando foi fundada a Associação Brasileira de Turismo Rural (Abraturr), já se identificava cerca de 400 empreendimentos de TR no Brasil. Hoje, 22 anos depois, o número já chega perto das 15 mil propriedades rurais e o setor é o que mais cresce dentro do turismo brasileiro, com uma média de 20% ao ano.
Destas quase 15 mil fazendas, 60% tem até 50 hectares, o que mostra a grande inserção de pequenos proprietários rurais em busca de diversificação e em agregar novos valores a suas atividades tradicionais. O TR gera hoje perto de 500 mil empregos diretos e indiretos no país. Destes, 35% são representados por mão-de-obra familiar e o restante por trabalhadores de origem local/regional. Outro detalhe importante é a presença feminina na condução da maioria dos empreendimentos de TR. A mulher está presente em 92% destas funções.
Hoje a Abraturr está organizada em seccionais em 13 estados brasileiros e temos mais quatro em formação. Até 2010 a projeção é que teremos 20 Associações Estaduais de Turismo Rural. Em um primeiro momento houve um grande impacto na mudança de visão das propriedades rurais brasileiras que passaram a trabalhar com o TR. Este espaço sempre foi considerado como um "feudo" familiar onde imperava a vontade exclusiva do proprietário. De repente, este espaço passou a ser mais "democrático", compartilhado com outros "donos" temporários, os turistas. Esta foi sem dúvida a primeira grande mudança operada pelo Turismo Rural no cenário campesino nacional.
A seguir, surgiu a necessidade de antigos e novos atores do campo, desenvolver novas práticas que não lhes eram tradicionais, como a hospedagem e alimentação de pessoas com pagamento de custos, procedimentos que sempre foram feitos em forma de hospitalidade campeira. Eram novos tempos rurais e a introdução de novas receitas financeiras em propriedades que já não tinham mais condição de sobrevivência começou a despertar o interesse em muitos produtores rurais de incorporarem esta atividade em suas fazendas.
Assim o campo ganhou uma nova classificação para seus produtos e serviços, como nos mostra a conceituação da atividade: "Turismo Rural é o conjunto de atividades turísticas desenvolvidas no meio rural, comprometido com a produção agropecuária, agregando valor a produtos e serviços, resgatando e promovendo o patrimônio cultural e natural da comunidade".
Com relação à comercialização, há ainda - em grande parte - um desconhecimento duplo da atividade TR, tanto dentro da fonte comercializadora, como as agencias e operadoras, quanto na fonte produtora, as fazendas de TR. Quem vende não conhece o produto "Turismo Rural" na íntegra e sua grande abrangência e suas especificidades; quem produz (empresário rural) na maioria das vezes não entende a função e trabalho dos atores da comercialização e dificilmente possui uma visão profissional do turismo. Tudo ainda é muito novo, mas gradativamente este sistema de compreensão vem crescendo e temos já boas empresas de comercialização no mercado assim como propriedades rurais com alta demanda turística nacional e internacional.
A 5ª Feira Nacional de Turismo Rural (Feiratur 2008), que acontece de 20 a 22 de novembro em Campo Grande, no Mato Grosso do Sul, tem tudo para ser um fórum de modernização e mola de impulsão para a definitiva profissionalização do setor no Brasil. A qualidade, as inovações e experiência dos expositores, além das informações sobre tecnologia, comercialização e comunicação reservadas para as palestras e painéis deixam a certeza de que o turismo rural brasileiro ganhará mais vida. É aguardar, participar, desfrutar, aplicar e colher os dividendos.
(*) Presidente nacional da Associação Brasileira de Turismo Rural (ABRATURR) - carlos_solera@hotmail.com - (41) 3243-0908.
O senador Delcídio Amaral (PT) lança em Corumbá no dia 8 de dezembro o programa de ações de recuperação do Rio Taquari, que há 30 anos sofre um processo de assoreamento considerado como um dos maiores desastres ecológicos do país.
A data de lançamento das ações foi definida em reunião realizada em Brasília. Ficou decidido também que no dia 9 de dezembro, um dia após o anúncio oficial das medidas em Corumbá, o mesmo programa será lançado em São Gabriel do Oeste, na Região Norte do Estado, onde nasce o Rio Taquari..
Delcídio está trabalhando no Orçamento da União de 2009, no sentido de captar recursos para as ações definidas no relatório. Entre as ações a serem anunciadas no dia 8 de dezembro , em Corumbá, está a criação de um comitê gestor com atribuições normativas, deliberativas e consultivas para gerenciar o programa. O colegiado terá a participação dos ministérios e entidades que integram o GTI.
Um dos principais afluentes da bacia hidrográfica da planície pantaneira, o Taquari sofreu um dos maiores desastres ambientais do País. A pedido de Delcídio, o governo federal assumiu o compromisso de intervir tecnicamente para salvá-lo e recuperar também uma porção expressiva do Pantanal, hoje inundada permanentemente. Com esse objetivo foi criado no âmbito da Presidência da República o Grupo de trabalho Interministerial que norteia as intervenções no rio.
Os deputados estaduais aprovaram ontem em primeira e segunda votação o empréstimo de US$ 30 milhões para investimento no turismo. Agora, o pedido terá quer ser votado pelo Senado.
O líder do governo na Assembléia Legislativa, o deputado estadual Youssif Domingos (PMDB), disse que a votação na Casa é apenas "mera formalidade", já que a aprovação do empréstimo depende do Senado.
Segundo Youssif, o Congresso Nacional leva em consideração o parecer da Assembléia Legislativa.
O projeto prevê 30 milhões (R$ 65,7 milhões) do BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento) para um investimento de US$ 50 milhões (R$ 109,5 milhões) na área de turismo. Os US$ 20 milhões restantes (R$ 43,8 milhões) serão de contrapartida do Governo do Estado.
Os recursos serão utilizados em um projeto de estímulo ao turismo interno, como parte do PNT (Plano Nacional de Turismo). Mato Grosso do Sul teve três destinos eleitos no PNT 2007-2010, que receberão melhorias na infra-estrutura do turismo: Campo Grande (Capital e entorno); Pantanal/Sul (Corumbá e entorno) e Bonito/Serra da Bodoquena (Bonito, Jardim e Bodoquena).
A partir de hoje (13) os técnicos do Centro Integrado de Atendimento ao Trabalhador e Fundação do Trabalho (Ciat/Funtrab) estarão no município de Bonito para dar entrada no requerimento do seguro-desemprego dos pescadores que sobrevivem da pesca artesanal. O cadastro será feito nas colônias e associações de pesca da região até a sexta-feira (14). O benefício, no valor de um salário mínimo, é pago para estes trabalhadores durante os meses de duração da piracema.
O objetivo do trabalho que está sendo realizado pelo órgão estadual é o de garantir agilidade no processo de entrada nos pedidos de auxílio para que os trabalhadores não tenham perdas. Estima-se que o benefício esteja à disposição dos pescadores segurados em até 30 dias. Aqueles que perderem o prazo poderão requerer o auxílio até o dia 28 de fevereiro nas agências do Ciat distribuídas pelo Estado.
A Funtrab já cadastrou em 2008 quase mil pescadores em ações anteriores nas colônias de Mato Grosso do Sul. Ao todo já foram feitos os requerimentos de 984 pescadores que vão receber o beneficio garantido pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), pago através da Caixa Econômica Federal.
Corumbá e Ladário recebem a ação da Funtrab na próxima semana - de 17 a 22 de novembro - depois a caravana segue para Coxim, onde o cadastramento será entre os dias 24 e 26. O trabalho será finalizado em Porto Murtinho de 27 a 29 deste mês.
Para tornar o recadastramento ainda mais ágil é importante que os trabalhadores disponibilizem os documentos com antecipação. Os papéis solicitados são: carteiras de identidade e trabalho, CPF, PIS/Pasep, o comprovante do número de inscrição do trabalhador (NIT), cadastro de empresa individual (CEI), carteira atualizada de registro de pescador profissional atualizada, data do primeiro registro profissional de pescador, atestado da colônia ou sua entidade representativa e comprovantes de recolhimento do INSS.
Tomar emprestado do BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento) o valor de US$ 30 milhões ou R$ 66,6 milhões (na cotação do dólar em R$ 2,22) para investir em pólos turísticos de Mato Grosso do Sul é o objetivo do governo do Estado que enviou projeto de lei à Assembléia Legislativa pedindo autorização para realizar a operação de crédito.
Os recursos serão emprestados no âmbito do Prodetur Nacional (Programa de Desenvolvimento de Turismo). A operação tem, na verdade, um custo de US$ 50 milhões, sendo que 60% do valor ou os US$ 30 milhões já mencionados serão tomados junto ao BID e os 40% restantes, US$ 20 milhões, são a contrapartida do Estado.
O governo estadual justifica que o Plano Nacional de Turismo (PNT 2007-2010), apresentado pelo Ministério do Turismo selecionou 65 destinos turísticos nos quais pretende investir em melhorias de infra-estrutura. Mato Grosso do Sul teve três pólos selecionados: Campo Grande (Capital e entorno); Pantanal/Sul (Corumbá e entorno) e Bonito/Serra da Bodoquena (Bonito, Jardim e Bodoquena).
A operação de crédito que o governo pretende fazer priorizará os pólos de Bonito/Serra da Bodoquena e Campo Grande. Na mensagem enviada à Assembléia, o governo destaca que estão previstas duas ações: a pavimentação asfáltica da Rodovia MS-178 (Bonito-Bodoquena) e a revitalização e ampliação do centro de convenções (Campo Grande).
Também serão executadas ações de estruturação do sistema de informações turísticas; do plano de marketing para a execução de sinalização turística para rodovias; do sistema de manejo de visitação e de gestão ambiental.
Os pólos Bonito/Serra da Bodoquena e Campo Grande terão como estratégias o aumento do número de turistas, sua permanência e gastos; do IDH (Índice de Desenvolvimento Humano); da arrecadação; e terão a atividade econômica do turismo no contexto do desenvolvimento sustentável.
O investimento em âmbito nacional tem como objetivo alcançar a marca histórica de 217 milhões de viagens no mercado interno e, com isso, gerar 1,7 milhões de empregos e trazer US$ 7,7 bilhões em divisas para o Brasil.
A operação
A operação de crédito, conforme o projeto de lei será contratada de acordo com as normas do Prodetur Nacional tendo prazo total de até 25 anos e prazo de desembolso de até 5 anos. A amortização tem de ser feita em até 20 anos.
As taxa de juros serão definidas conforme as normas do BID. Está previstas ainda a chamada taxa de compromisso que é de 0,25% sobre o saldo não desembolsado, cobrada 60 dias após a assinatura do contrato.
No segundo dia de sua visita à Itália, o governador André Puccinelli "vendeu" as oportunidades de investimento em Mato Grosso do Sul para mais de 700 empresários italianos, reunidos na Cofindustria (Federação das Indústrias da Itália) para o Fórum Empresarial Brasil-Itália, que contou com a presença do presidente Lula, da ministra Dilma Roussef, da Casa Civil, e de Miguel Jorge, Ministério do Desenvolvimento, da Indústria e Comércio.
Para uma platéia formada por altos dirigentes da indústria italiana, André Pucinelli fez uma apresentação de 30 minutos do Estado de Mato Grosso do Sul, defendendo as vantagens de "se investir em um Estado novo, com grande potencial agropecuário, sucroenergético e de turismo, estrategicamente bem localizado, no coração da América do Sul".
André apontou as oportunidades de investimento na área da industrialização de alimentos, sobretudo carne de gado, frango, suínos e derivados, frisando que o governo de Mato Grosso do Sul oferece todo o apoio institucional para o empreendedor que deseja investir, ganhar dinheiro, gerar empregos e qualidade de vida no Estado".
O governador falou em italiano para um grande público que lotava o auditório principal da "CNI italiana", a Cofindústria. Para se ter uma idéia da importância do Fórum, usaram da palavra os dois ministros brasileiros, Dilma e Miguel Jorge, além de Adolfo Urso, subsecretário de Desenvolvimento Econômico; Cláudio Scajola, ministro de Desenvolvimento Econômico da Itália; Corrado Faissola, presidente da ABI (Associação Italiana de Bancos); Paulo Skaf, presidente da Federação das Industrias de São Paulo (Fiesp); e Emma Marcegaglia, presidente da Cofindustria.
O presidente Lula fechou o Fórum, defendendo maior relacionamento econômico, comercial e cultural entre Brasil e Itália, lembrando que há alguns anos atrás o intercâmbio cultural era muito maior entre os dois países. Lula disse que a atual crise ensina os empreendedores que é preciso ter criatividade para superar os obstáculos e criar novas oportunidades de negócios. O presidente disse que os brasileiros têm produtos de qualidade, precisam viajar mais, vender mais e fazer mais negócios mundo afora.
Mesas Setoriais
Na manhã desta terça-feira, o governador também tratou de investimentos, falando das perspectivas que Mato Grosso do Sul oferece nas Mesas Setoriais de Investimentos Brasil-Itália, organizadas pela Fiesp no "Grande Hotel de la Minerve", no centro de Roma.
No evento, prestigiado por um grupo de 120 empresários italianos, o governador novamente pontuou o enorme potencial de ecoturismo e produção de grãos e carne de Mato Grosso do Sul, além do campo que se abre na área de energias renováveis, como o etanol e as florestas energéticas.
Na reunião de mesas setoriais foram tratados quatro grandes temas: agronegócios (produção de alimentos e comércio - oportunidades de exportação, atração de investimentos e transferência de tecnologia), infra-estrutura (oportunidades de investimentos em infra-estrutura), energia (oportunidades de negócios no Brasil - exportação de etanol, novos investimentos, joint ventures e intercâmbio tecnológico) e pequenas médias empresas (identificando oportunidades de negócios entre as micro e pequenas empresas brasileiras e italianas).
Durante todo o dia, a comitiva de empresários que acompanha o governador pode conhecer e manter contatos com empresas italianas que podem ser parceiras em negócios ou clientes de produtos sul-mato-grossenses.
"Roma, nestes dois dias, foi uma grande vitrine onde pudemos mostrar quanto o nosso Estado é belo para ver e produtivo para investir", avaliou o presidente do Conselho Deliberativo do Sebrae, Luis Cláudio Fornari, certo de que em breve as sementes plantadas renderão frutos, "porque as pessoas entenderam que Mato Grosso do Sul é uma terra de ótimas oportunidades".