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Notícias de Bonito MS

O governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado do Meio Ambiente, das Cidades, do Planejamento, da Ciência e Tecnologia (Semac) publicou dia 10 alterações no decreto que instituiu o Sistema de Reserva Legal (Sisrel) em Mato Grosso do Sul, criado em março deste ano.

Na terça-feira (11), o Diário Oficial do Estado trouxe em anexo à resolução da Semac os modelos e instruções de preenchimento de todos os formulários necessários para comprovação ou constituição da Reserva Legal. Os proprietários que protocolarem documentos junto ao Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul (Imasul) terão seus prazos redefinidos pelo órgão.

O objetivo do Sisrel é proteger o meio ambiente, preservar os recursos naturais, ordenando seu uso e exploração, e resguardar o equilíbrio do sistema ecológico, sem discriminação de indivíduos ou regiões. Para operacionalização e controle do sistema serão criados e mantidos bancos de dados e sistemas de informações próprios no Imasul.

Entre as alterações no decreto estão os textos dos artigos referentes às pequenas propriedades, prazos para os "Termos de Compromisso para Comprovação da Reserva Legal - TCCs", cálculos de área, entre outros ajustes. A finalidade do Sisrel é garantir que o território do Estado tenha, no mínimo, 20% de cobertura vegetal nativa relativa à reserva legal, por meio da conjugação de esforços do poder público e da iniciativa privada.

A ocupação, o uso e o desenvolvimento das atividades econômicas no meio rural, segundo o decreto, devem ocorrer de forma compatível com a conservação de áreas de cobertura vegetal nativa características dos ecossistemas naturais do território do Estado.

Quanto à conservação da cobertura vegetal nativa e dos ecossistemas naturais, deve ser assegurada a representatividade dos tipos de vegetação característicos do território do Estado, entre eles o cerrado e o complexo do Pantanal.

A Semac e o Imasul poderão celebrar convênios, acordos, ajustes e parcerias com entidades oficiais, de âmbito municipal, estadual e federal, visando garantir a efetiva implantação, execução e fiscalização do Sisrel.

Áreas protegidas

O possuidor ou proprietário de imóvel que não possuir área apta para instituição da reserva legal equivalente ao mínimo de 20% da sua área total, ou que, ainda assim, não faça opção pela Reserva Legal em Condomínio, conforme o decreto, deve providenciar a adoção das seguintes alternativas: proporcionar a regeneração natural da vegetação na área destinada à reserva legal; recompor a vegetação na área para a reserva legal mediante o plantio anual, com espécies predominantemente nativas e compensar a inexistência da área para a reserva legal com um documento chamado Título de Cotas de Reserva Legal (TCT) representativo de área equivalente em importância ecológica e extensão.

As áreas de reserva legal, após devidamente averbadas, poderão ser declaradas Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN), conforme norma específica.

O Ministério do Turismo, por meio da Embratur, realizou mais uma ação de promoção do País na América Latina. O Brasil apresentou seus destinos turísticos na Feira de Turismo do Paraguai (Fitpar ), no período de 07 a 09/11, na cidade de Assunção.

Em um estande de 64m2, a Embratur tem como cooperados os destinos Mato Grosso do Sul (Pantanal/Bonito), Paraná, Santa Catarina. Considerado pelo Plano Aquarela um mercado prioritário para a divulgação do País no exterior, o Paraguai enviou 206.323 turistas ao Brasil no ano de 2007.

Estudo da Embratur, realizado em 2006, revela que a permanência média do turista paraguaio foi de 7,2 dias. Dentre os destinos mais procurados, destacam-se: Balneário Camboriú, Campinas, Curitiba, Foz do Iguaçu, Florianópolis, Rio de Janeiro e São Paulo.

Representantes da Embratur, organismo governamental encarregado do setor de Turismo, disseram hoje à Agência Efe que o país pretende "prestar uma atenção muito especial à América do Sul" e ressaltaram a criação do programa "65 destinos de qualidade", uma iniciativa nova que pretende promover diferentes regiões brasileiras.

A presidente da Embratur, Jeanine Pires, comentou alguns os projetos nos quais trabalha atualmente o setor turístico brasileiro, aproveitando sua participação na Feira Internacional de Turismo de Londres (WTM), uma das reuniões mais importantes do setor, inaugurada hoje na capital britânica.

"O Brasil trabalha muito em dois eixos: na promoção do país, fazer ver que o Brasil tem uma diversidade natural e cultural muito grande e em perceber que é possível em uma única viagem conhecer diferentes lugares", assinalou.

Pires lembrou que "80% das pessoas que visitam o Brasil gostariam de voltar", uma estatística que atribui a essa "diversidade, que faz com que o povo queira voltar e na qual cabem as viagens de família, de casal, com filhos, sem filhos, de negócios".

O Ministério do Turismo se propõe também, dentro dessas novidades no setor, "fazer com que os brasileiros viajem dentro do Brasil e prestar uma atenção muito especial à América do Sul".

"Percebemos que 86% dos europeus viajam na Europa, e 68% de sul-americanos viajam na América do Sul, por isso que é preciso cuidar das relações de vizinhos e fronteiras", afirmou.

Como exemplo, Pires citou a construção de uma estrada que ligará a zona do Pantanal com o deserto do Atacama, no Chile, "2 mil quilômetros que estarão prontos o ano que vem", segundo ela.

"Começamos a desenvolver outros produtos, que são interessantes para os brasileiros e para os sul-americanos de outros lugares", observou.

Quanto às conseqüências que poderia ter a crise mundial nessa indústria, ela se mostrou cautelosa. "Acho que o turismo é uma zona econômica muito afetada por fatores externos como são a mudança, a situação econômica, e está claro que não temos um cenário claro, por isso estamos atentos", apontou.

A presença do público na noite inaugural do primeiro Rodeio Internacional de Bonito, na último final de semana, surpreendeu até mesmo os organizadores do evento que acontece no Clube de Laço Nabileque.

A arena com capacidade para 5 mil pessoas ficou superlotada durante toda a festa comandada pelos narradores da tradicional Festa do Peão de Barretos, Márcio Alexandre e Siderley Clein, dupla responsável por um verdadeiro show à parte no espetáculo de montaria em touros.

"O mau tempo pela manhã na sexta-feira chegou a preocupar, mas Deus nos ajudou bastante porque tivemos uma noite de céu estrelado e tudo foi maravilhoso com participação de um grande público. Confesso que fique emocionada vendo a arena lotada e as pessoas se divertindo", comentou Denise Borges, promotora do rodeio.

O Rodeio Internacional de Bonito 2008 terminou no domingo, com a atração musical que veio de Minas Gerais, dupla Rian e Riany, se apresentou no Clube de Laço Nabileque.

Perigoso, mas nem tanto. Porém, com muita emoção e adrenalina a cada segundo de uma montaria. É como o sul-mato-grossense de Naviraí, Márcio Alexandre, define o seu ofício de narrador de rodeios. Reconhecido como uma das estrelas da tradicional Festa do Peão de Barretos, ele é um dos locutores mais requisitados no rodeio brasileiro, e neste final de semana foi um show a parte no primeiro Rodeio Internacional de Bonito, realizado de sexta-feira a domingo no Clube de Laço Nabileque.

Entre rimas e o som de musicas sertanejas conhecidas que ecoam por alto-falantes de alta potência, a partir de um caminhão adaptado em forma de cabine e equipado de tecnologia de ponta, onde ficam o sonoplasta DJ Fofão e o locutor comercial da voz padrão de rodeio, Siderley Clain, o carismático Márcio Alexandre encanta o público do primeiro ao último minuto. Os três, mais o palhaço Douradinho, tudo em perfeita sintonia, fazem todo mundo rir e dançar nas arquibancadas.

"O narrador tem a função de animar o público, manter as pessoas ligadas e bem informadas sobre tudo o que se passa na arena. E é isso que eu procuro fazer no meu trabalho. Chego a perder de um a dois quilos cada vez que entro na pista, e normalmente um rodeio vai de três a quatro dias. No final volto para casa pelo menos três quilos mais magro", disse Márcio Alexandre.

Animação e coreografias

No auge dos seus 32 anos, Márcio Alexandre só não participa das montarias. De resto, vive intensamente cada momento da ansiedade e do desafio vivido pelos peões. Corre, comanda coreografias de músicas agitadas, sobe na grade do alambrado e fala o tempo todo em altíssimo volume desde o momento em que entra na pista em meio a uma chuva de fogos de artifícios que lembra as grandes festas de passagem de ano.

Por ser visto como estrela do espetáculo, ele está sempre cercado de homenagens de fãs e de autoridades, mas é no meio da peonada onde parece se sentir mais a vontade. É um dos primeiros a chegar a arena, colhe informações que serão úteis na sua narração e depois vai direto para onde ficam os peões, os chamados ginetes, num local com bois brabos e violentos por todos os lados, separados apenas por grandes de ferro, sob forte cheiro de fezes e urina dos animais. "É ali, conversando com os ginetes, que o narrador começa a entrar no clima. É onde ele faz os últimos preparativos, aquece a voz e já sai embalado para animar a festa", explica Márcio.

A emoção de Barretos

Em 2003, Márcio Alexandre chegou ao ápice da carreira ao entrar para o restrito mundo do Rodeio Internacional de Barretos, considerada a segunda maior festa sertaneja do planeta, atrás apenas da que é realizada todos os anos no Texas, nos Estados Unidos.

"Barretos é a Seleção Brasileira. É como uma Copa do Mundo com o Brasil e o mundo atentos a tudo que acontece nos gramados. Lá você narra para um público de 40 mil pessoas. Não é fácil, mas eu procuro encarar aquilo como uma festa normal, concentrando apenas no que vou falar e sem me deixar levar pelas emoções. Se não for assim é perigoso a voz travar porque lá realmente é muito especial", frisou.

Segundo Márcio, a sua carreira de narrador de rodeio começou em 1996, quando esteve pela primeira vez numa arena em Alcinópolis (MS) levado pelo avô José Domingues, o presidente do evento, e pelo tio Paulo Domingues, o locutor. "Foi paixão a primeira vista. A partir de então comecei a falar meus primeiros versos de rodeio e estou nessa vida até hoje", comentou.

Apesar do sucesso em nível nacional e da agenda cheia de rodeios, em média 30 a 40 eventos por ano, Márcio Alexandre não saiu de Mato Grosso do Sul. Ele mora em Paranaíba, onde de outubro a março comanda um programa de rádio na Liberdade FM.

Dos 70 peões que iniciaram a disputa do primeiro Rodeio Internacional de Bonito, na sexta-feira, apenas 22 permaneceram na disputa pelo título de grande campeão que aconteceu ontem à noite no Clube de Laço Nabileque.

A semifinal com os 22 caubóis mais bem classificados da sexta-feira e do sábado começou às 20 horas. A grande final teve cinco competidores em busca do título e de uma moto 0km.

"Por ser véspera de segunda-feira de trabalho normal na cidade queremos fazer o encerramento, inclusive com a entrega da premiação por volta de 22 horas", disse esta tarde a promotora do rodeio, Denise Borges.

O rodeio de Bonito teve montarias apenas em touros e foi disputado no sistema 8 segundos. Pelo regulamento, o caubói só pode usar uma das mãos para ficar em cima do animal. Se encostar a mão erguida (mão de equilíbrio) em qualquer parte do próprio corpo ou do animal terá cometido falta passível de eliminação.

No palco de shows a atração da noite de ontem foi a dupla campo-grandense Ricardo e Raphael.

Mato Grosso do Sul está participando de feiras internacionais de turismo para divulgar os roteiros e incentivar a vinda de turistas estrangeiros ao Estado. De acordo com a Fundação de Turismo de Mato Grosso do Sul (Fundtur), o fluxo de turistas de outros países em Bonito corresponde a cerca de 7% do total, enquanto no Pantanal o percentual sobe para 17%. "A intenção é colocar Mato Grosso do Sul no mercado internacional e, por este motivo, estamos tendo a iniciativa de estar presentes nesses eventos, fazendo a promoção do Estado", ressalta a diretora-presidente da Fundtur, Nilde Brun.

No fim de semana passado, Mato Grosso do Sul esteve representado com um estande na FIT, a Feira do Turismo da Argentina. O Estado também está participando da Fitpar, a Feira do Turismo do Paraguai, que será aberta hoje e se estende até o dia 9 de novembro. No dia 10 de novembro, a Fundação de Turismo inaugura um estande na WTM, em Londres. Além dos estandes, o Estado realiza um treinamento a funcionários das agências e operadoras internacionais durante os eventos. "Desta forma, facilita o processo de comercialização dos roteiros turísticos do nosso Estado", afirma Nilde.

De acordo com a presidente da Fundtur, o turista, tanto internacional como nacional, procura apenas os pacotes que têm mais visibilidades. "Temos de divulgar o Estado e provocar o turista, através de pacotes turísticos diversos. As operadoras e agências de viagens precisam estar treinadas para oferecer pacotes para Mato Grosso do Sul. Temos de ser competitivos", explica.

Outro ponto favorável, conforme Nilde, é a alta do dólar. A valorização da moeda, continua ela, fortalece o mercado interno e também favorece a vinda de estrangeiros para o Estado. "O fluxo de turistas deve aumentar devido à política de promoção de Mato Grosso do Sul nos mercados nacionais e internacionais e a alta do dólar", finaliza.


Caravana

Além das feiras especializadas em turismo, o Mato Grosso do Sul também recebeu a precursora da Caravana Brasil, projeto do Ministério do Turismo que é desenvolvido em parceria com o Sebrae e com a Associação Brasileira de Operadores de Turismo (Braztoa). O supervisor técnico do Projeto Caravana Brasil, Leandro Queiroz, foi recebido na Fundação de Turismo, principal órgão gestor das políticas para o setor no Estado. Na visita precursora, ele conta com apoio de um consultor do Ministério do Turismo para efetuar a capacitação.

De 10 a 14 de dezembro, Queiroz volta ao Estado para a Viagem Técnica, que é a segunda etapa da Caravana. Campo Grande, Bonito e o Pantanal Sul serão os pontos percorridos. "Em Mato Grosso do Sul o modelo de ação escolhido é o que tem foco nos agentes de viagem, e conta também com a participação de alguns operadores. Isso porque o Estado já é um destino consolidado, com vários operadores e várias ofertas de pacote", ele explica, completando que, o objetivo, então é "trazer o agente de viagem para uma experiência in loco, para conhecer melhor e vender melhor a região".

A comitiva de dezembro terá 15 pessoas, sendo a maioria de agentes selecionados entre os que se inscreverem, e dois operadores convidados. Para definir esses operadores, será levada em conta a opinião dos agentes, considerando critérios como o potencial que têm de comercializar o destino e o foco de atuação condizente com o tipo de turismo local (ramificação ecológica, trabalho no mercado nacional, por exemplo).

"Já temos mais de 200 inscrições de agentes, é a segunda maior procura registrada nas caravanas pelo Brasil", revela Leandro Queiroz. A prioridade é para agentes de turismo do Rio de Janeiro, visando operacionalizar ações integradas entre aquela região e Mato Grosso do Sul. "A idéia é trabalhar o visitante como um grupo, assim fica mais fácil fazer a sensibilização para o destino turístico", explica Queiroz.

A terceira etapa da Caravana está prevista para 16 de janeiro, com a Viagem Devolutiva, oportunidade em que os agentes que participaram da visita técnica apresentarão suas impressões e expectativas. Colher as informações sobre essa experiência é base para o trabalho de consultoria pós-viagem, suporte oferecido pela coordenação da Caravana. "A consultoria vai avaliar se após o projeto da Caravana mais vendas foram geradas, se o destino e os produtos turísticos passaram a ser melhor comercializados, se houve efetivamente mais destaque para aquela região", conta o representante da Braztoa. Nessa terceira etapa, acontece também o chamado Encontro do Conhecimento, quando "o destino se vende". É um momento onde as instituições parceiras locais de gestão de turismo se articulam e apresentam aos agentes, de forma criativa, o que os destinos e produtos propostos têm de melhor.