Notícias de Bonito MS
O trem do Pantanal, que sai de Campo Grande e vai para Miranda, no Mato Grosso do Sul, irá ter mais dois novos vagões até o fim de 2010. "Temos vaga para 192 pessoas a cada saída atualmente. Com as aquisições, haverá lugar para mais 128 passageiros", contou Emmanoel de Castro, consultor comercial da Serra Verde Express.
Durante o Salão do Turismo, os interessados podem adquirir pacotes para o trem no espaço comercial do Mato Grosso do Sul. "O trem tem salão com shows temáticos, serviço de bordo e bar", explicou Castro. Ele sai aos sábados de Campo Grande e aos domingos em Miranda.
O Aquário do Pantanal, como será chamado o Centro de Pesquisa e Reabilitação da Ictiofauna (Cepric), está previsto para entrar em operação em final de 2011. Dispõe de 20 tanques, sendo 16 com espécies do Pantanal e 4 com as espécies da biodiversidade do Brasil.
O tanque 12 é um tanque cilíndrico, com 65m3 de água salgada, apresentando a cenografia com um costão rochoso ao centro, destacando a diversidade de peixes do litoral brasileiro.
Considerado o maior aquário do Brasil, o Aquário do Pantanal pretende abrigar 263 espécies de peixes, com 7 mil exemplares e 4 milhões e 275 mil litros d'água. Entre as espécies pantaneiras de escama e couro, também fazem parte do aquário espécies da Amazônia, Bacia do Paraná e litoral brasileiro. "A intenção é que façamos, com o Aquário do Pantanal, a divulgação do Pantanal sul-mato-grossense, que corresponde a 65% de todo o bioma pantaneiro", afirmou o governador André Puccinelli.
O oceanógrafo responsável pelo projeto, Hugo Gallo Neto, explicou que o Centro de Pesquisas e Reabilitação da Ictiofauna (Cepric) será o primeiro "Word Class Aquarium" do Brasil, ou seja, o primeiro aquário do País que obedece a padrões internacionais.
O Aquário do Pantanal tem os seguintes conceitos: retratar de forma sintética e objetiva toda biodiversidade dos Ambientes Aquáticos do Pantanal; retratar tipos de ambientes ou espécies de grande interesse; possibilitar grande destaque para Educação Ambiental; proporcionar a exposição da Biodiversidade do Pantanal e outros Ambientes Aquáticos do Brasil; promover a interatividade como instrumento educativo e o enriquecimento ambiental através da cenografia.
O governo do Estado já iniciou as obras de revitalização do Parque das Nações Indígenas para receber o Aquário do Pantanal. Inicialmente, a iluminação do Parque será totalmente restaurada. A Ordem de Serviço foi assinada no dia 18 de maio, pelo governador André Puccinelli.
Com base em pesquisa feita em três cidades brasileiras, perfil apresenta principais interesses de viagem e tempo de permanência no país.
Uma pesquisa feita em albergues da juventude do Rio de Janeiro (RJ), Foz do Iguaçu (PR) e Salvador (BA) mostra que 70% dos visitantes estrangeiros de fora da América do Sul são europeus. Os resultados foram apresentados na noite do último sábado (29) por Rui José Oliveira, consultor em turismo e professor universitário, na mesa redonda "Turismo para Mochileiros: uma alternativa de desenvolvimento", atividade do Núcleo do Conhecimento no 5º Salão do Turismo.
O pesquisador entrevistou 248 estrangeiros, excluindo os sulamericanos. Enquanto 19% vêem da Inglaterra, mais de 13% são alemães. Viajantes com idade entre 18 e 29 anos somam 73% do total.
Cerca de 27% desses turistas ficam, em média, entre 26 a 30 dias no Brasil. Mas a média geral de visitação fica acima disso: 49 dias. Ou europeus superam o tempo médio de permanência, ficando cerca de 53 dias no país. "Esse tempo está bem além da duração de viagem dos viajantes convencionais", comparou.
Por isso, segundo a pesquisa, o turismo "backpacker" deixa maior receita no Brasil que o turismo "tradicional". "O mochileiro tem uma agenda de viagem mais flexível, vai descobrindo e reprogramando a rota, sem itinerário fixo. Em uma viagem, passa por diversos destinos, e apesar de ter um gasto diário menor e dar preferência por acomodações econômicas, acaba deixando mais dinheiro que os turistas tradicionais por permanecer na estrada por mais tempo", explicou Oliveira.
Segundo Oliveira, embora os "backpackers" (turistas independentes) procurem experiências e lugares singulares em suas viagens, destinos tradicionais não perdem espaço em seus roteiros. "As capitais continuam entre as cidades mais visitadas", mostrou o pesquisador.
A diversidade cultural do Brasil é a principal motivação de viagem para 30% desses visitantes. Mais de 80% dos turistas consultados afirmou costumar ir à praia em viagem ao país, de acordo com a pesquisa.
Encarar a sustentabilidade como hábito pode ser a receita para viajar de consciência limpa. E garantir belos cenários para as próximas gerações.
SEMANA DO MEIO AMBIENTE - Antes de escolher um hotel, você normalmente avalia se é confortável, tem boa localização e diárias compatíveis com o orçamento da viagem. Até aí nada de novidade. Só que essa lista está sendo ampliada - e com itens que até algum tempo atrás poucos prestavam atenção. Uso de energia solar, ações de reciclagem e atitudes sustentáveis começam a pesar na hora da decisão. Dado animador às vésperas do Dia Mundial do Meio Ambiente, a ser comemorado no sábado.
"O consumidor quer viajar, mas sem sentir culpa por um possível impacto na natureza", explica a coordenadora técnica do Instituto EcoBrasil, Ariane Jáber. Apesar de no Brasil esse "raciocínio sustentável" ser novidade, parte dos turistas estrangeiros já pensam assim, segundo a professora Karin Decker, do curso de Turismo da Anhembi Morumbi.
E o que vale para aquela pousadinha numa região de lindas cachoeiras ou aquele resort perto da área de desova de tartarugas marinhas também precisa ser levado a sério pelos destinos ligados ao ecoturismo. Afinal, eventuais danos causados à natureza hoje podem interromper a chegada de visitantes amanhã.
Ainda há muito o que fazer num país onde as belezas se espalham pelos 8,5 milhões de quilômetros quadrados de território, mas alguns locais já avançaram na questão ambiental a ponto de servirem de exemplo. É o caso de Bonito (MS), onde comunidade, governo e iniciativa privada se uniram em prol do turismo sustentável. Definido por planos de manejo específicos, o número de visitantes em cada passeio tem limite diário rigoroso. "É mais fácil planejar com sustentabilidade que consertar os danos depois. E a cidade se planejou", explica Ariane, do EcoBrasil.
A ideia, agora, é criar um modelo semelhante para a Amazônia. "Queremos despertar o interesse do brasileiro para a região. É possível aproveitar os 1 milhão de turistas que vão até ali a negócios e oferecer roteiros complementares", diz o coordenador da Agência de Desenvolvimento do Turismo da Macroregião Norte, Aristides Cury. "Até o fim do ano, teremos mais opções a partir de Belém e Manaus."
Ministério do Meio Ambiente e Sebrae montaram programas de capacitação da mão de obra local. "Tudo isso vai criar uma sinergia. O desenvolvimento sustentável ajuda na distribuição de renda e na fiscalização da natureza", acredita Cury.
Bom negócio. Os números mostram que a sustentabilidade também pode ser um bom negócio. Segundo a Organização Mundial do Turismo, o ecoturismo cresce 20% ao ano. No primeiro dia do Salão do Turismo, realizado em São Paulo semana passada, mais da metade dos negócios (em torno de R$ 10 milhões) foram feitos neste setor. Reflexo da crescente demanda nacional.
Para profissionalizar as empresas da área, o Ministério do Turismo criou em 2006 o programa Aventura Segura. Coube à Associação Brasileiras das Empresas de Ecoturismo e Turismo de Aventura (Abeta) elaborar normas com princípios de segurança, gestão e qualidade do serviço. A etapa seguinte, iniciada em março, foi fazer o processo de certificação. Quinze empresas foram aprovadas - até o fim do ano, o total deve chegar a 130.
Outras duas já têm o documento: Kango Jango, de Socorro, e Alaya, de Brotas. Em Brotas, aliás, o turismo surgiu para impedir a instalação de um curtume às margens do Jacaré-Pepira, nos anos 1990. Sucesso: o rio continuou intacto. Uma herança e tanto para as próximas gerações.
ATITUDE VERDE
1 Não deixe, não leve
Leve de volta todo o lixo que tiver produzido no passeio. As embalagens voltam vazias, ou seja, estão mais leves do que na ida. Não retire plantas, rochas ou fósseis da natureza. Já pensou se todos fizerem o mesmo?
2 Valorize a cultura local
Vai comprar uma lembrancinha? Escolha trabalhos de artistas locais e itens típicos. Dessa maneira, você contribui para a autoestima dos moradores, valoriza a cultura regional e ainda leva para casa uma peça única.
3 Não alimente os animais
Mesmo que seja para tirar uma foto de perto ou que você fique com pena, não dê comida a bichos silvestres. Isso faz eles desistirem de procurar alimentos na natureza, onde está a dieta que necessitam.
4 Seja consciente
Se você não troca de toalha todos os dias em casa, pode fazer o mesmo no hotel e, assim, poupar água. Da mesma forma, evite banhos demorados e economize energia elétrica. O meio ambiente agradece.
O Ministro do Turismo, Luiz Barreto, e o presidente da Abrastur, Paulo de Brito Freitas, lançaram na última sexta-feira, 28/05, durante o Salão do Turismo, o programa Férias do Trabalhador Brasileiro. O programa tem o objetivo de incentivar que os trabalhadores sindicalizados de todo o País viajem, pagando pouco nas diárias de hotéis e podendo parcelar o pagamento em 12 vezes sem juros.
O programa é destinado aos trabalhadores sindicalizados brasileiros, com a finalidade de movimentar o trade, para manter e criar emprego e renda. O pagamento das viagens será parcelado em 12 vezes sem juros de R$69,80 e o trabalhador poderá escolher o destino de sua viagem. O programa é elaborado pela Abrastur, em parceria com o Ministério do Turismo e outros órgãos de Turismo Social.
Os sindicatos deverão entrar no site: (www.feriasdotrabalhador.com.br) para agendar um workshop. Assim que o sindicato for cadastrado, os sindicalizados estarão aptos a aderir ao plano de viagens Férias do Trabalhador Brasileiro.
Associados aos diferentes sindicatos do País terão até 24 meses para utilizar as diárias. O pagamento será somente em débito em conta corrente bancária ou cartão de crédito nos seguintes bancos credenciados: Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, Itaú, Unibanco, Bradesco, Santander, Real, HSBC, Banrisul, Sicredi, entre outros. Assim que comprovado o pagamento da primeira mensalidade, ele já poderá escolher um destino, o hotel e marcar a data de sua viajem.
A abertura da Semana do Meio Ambiente de Corumbá, que ocorreu na noite da segunda-feira (31) no Centro de Convenções do Pantanal Miguel Gómez, teve como principal atividade a palestra do pesquisador Walfrido Tomás, da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa Pantanal). O tom de sua explanação foi a afirmação de que o Pantanal é um ecossistema bastante preservado, cujo conhecimento sobre a fauna e flora ainda é bastante limitado. "Pouco se conhece sobre os invertebrados e microorganismos do Pantanal, mas sabemos que estes seres vivos têm uma importância muito grande em pesquisas da área biomédica", disse.
Como exemplo das possibilidades existentes no Pantanal, Walfrido citou a utilização da saliva do morcego-vampiro no tratamento de derrames, estudo feito por cientistas australianos da Universidade Monash. Ele também apresentou uma série de dados sobre os animais existentes na região. Um estudo de 2008 detectou 553 espécies de aves no Pantanal e 812 espécies em toda a Bacia Pantaneira. "É a área úmida mais rica em espécies aviárias do mundo", enfatizou. Com relação aos mamíferos, levantamento realizado neste ano apontou 233 espécies em toda a bacia, sendo quase 100 só na região pantaneira. São 68 espécies de médio porte, 75 de pequeno e 90 de morcegos.
No entanto, conforme o pesquisador da Embrapa Pantanal, 12% dos mamíferos existentes no Pantanal são classificados globalmente como ameaçados de extinção. Outros 179 tipos de répteis foram identificados na Bacia do Alto Paraguai, sendo que 70% deles estão no Pantanal. Como forma de preservação da fauna e flora, Walfrido defendeu a valorização de atividades tradicionais que causam pouco impacto ao ecossistema.
A Semana do Meio Ambiente é organizada pela Secretaria Executiva de Meio Ambiente, vinculada à Secretaria de Desenvolvimento Integrado, e pela Embrapa Pantanal, a Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS - Campus Pantanal), Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), 18ª Brigada de Infantaria de Fronteira, 17º Batalhão de Fronteira, Fundação O Boticário, Instituto Homem Pantaneiro, Moinho Cultural, Vale, Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e Polícia Militar Ambiental. A programação é patrocinada pela Unipav, Vetorial e Votorantim.
O Conselho Municipal de Meio Ambiente, a Empresa de Saneamento de Mato Grosso do Sul (Sanesul), Ong Paz e Natureza Pantanal, Faculdade Salesiana Santa Tereza, Instituto do Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul (Imasul) e Ase Motors são parceiros na realização do evento, que conta ainda com o apoio da Agência Municipal de Trânsito e Transporte (Agetrat), Corpo de Bombeiros, Guarda Municipal e Corumbaense Futebol Clube.
Na segunda quinzena de junho, o Trem do Pantanal, que vai de Campo Grande a Miranda (MS), terá duas saídas temáticas para comemorar o São João. "Teremos shows relacionados ao tema e nas paradas haverá comidas típicas dessa época do ano", contou Emmanoel de Castro, consultor comercial da Serra Verde Express.
Os interessados podem adquirir pacotes para o trem durante o Salão do Turismo no estande comercial do Mato Grosso do Sul.