Notícias de Bonito MS
Mato Grosso do Sul está prestes a implantar o primeiro Corredor do Extrativismo do Brasil. De acordo com a bióloga Rosane Bastos, o projeto é uma forma de integrar pequenos produtores estrategicamente localizados na região oeste do Estado que têm como principal fonte de renda a agricultura familiar e a comercialização de produtos cultivados ou produzidos de maneira ecologicamente sustentável. O Corredor do Extrativismo promoverá ações integradas com objetivo de fortalecer a Agricultura Familiar e a Economia Solidária no estado.
"A ideia é unir campo e cidade, agricultores e indígenas na perspectiva da Economia Solidária que, acima de tudo, respeite o meio ambiente e busque um desenvolvimento sustentável", afirma Rosane Bastos. Pelo Brasil existem outras ações como essa, voltadas a outros tipos de atividade, como por exemplo o Corredor da Biodiversidade no Amapá, criado com o objetivo de preservar os biomas ecológicos lá existentes. A proposta de um corredor voltado para integração de pessoas que trabalhem com extrativismo no cerrado aliado a sua conservação, porém, é pioneira no país.
O evento que oficializará a implantação do Corredor do Extrativismo em MS acontecerá em Nioaque, de 2 a 5 junho, durante a Feira de Economia Solidária que traz como tema central a busca pela sustentabilidade socioambiental e econômica das populações do cerrado.
O Corredor do Extrativismo, proposto inicialmente pelo Ceppec (Centro de Produção, Pesquisa e Capacitação do Cerrado), abrangerá onze cidades que são: Bela Vista, Jardim, Guia Lopes da Laguna, Maracaju, Bonito, Nioaque, Bodoquena, Anastácio, Sidrolândia, Dois Irmãos do Buriti e Terenos.
O Aquário do Pantanal, como será chamado o Centro de Pesquisa e Reabilitação da Ictiofauna (Cepric), está previsto para entrar em operação em final de 2011. Dispõe de 20 tanques, sendo 16 com espécies do Pantanal e 4 com as espécies da biodiversidade do Brasil.
O tanque 10 é um tanque de 16m3, formado por 12 pequenos tanques, dispostos em duas prateleiras, com 6 unidades cada, que apresentarão a biodiversidade de pequenos animais aquáticos do Pantanal.
Considerado o maior aquário do Brasil, o Aquário do Pantanal pretende abrigar 263 espécies de peixes, com 7 mil exemplares e 4 milhões e 275 mil litros d'água. Entre as espécies pantaneiras de escama e couro, também fazem parte do aquário espécies da Amazônia, Bacia do Paraná e litoral brasileiro. "A intenção é que façamos, com o Aquário do Pantanal, a divulgação do Pantanal sul-mato-grossense, que corresponde a 65% de todo o bioma pantaneiro", afirmou o governador André Puccinelli.
O oceanógrafo responsável pelo projeto, Hugo Gallo Neto, explicou que o Centro de Pesquisas e Reabilitação da Ictiofauna (Cepric) será o primeiro "Word Class Aquarium" do Brasil, ou seja, o primeiro aquário do País que obedece a padrões internacionais.
O Aquário do Pantanal tem os seguintes conceitos: retratar de forma sintética e objetiva toda biodiversidade dos Ambientes Aquáticos do Pantanal; retratar tipos de ambientes ou espécies de grande interesse; possibilitar grande destaque para Educação Ambiental; proporcionar a exposição da Biodiversidade do Pantanal e outros Ambientes Aquáticos do Brasil; promover a interatividade como instrumento educativo e o enriquecimento ambiental através da cenografia.
De acordo com Hugo Gallo, a manutenção dos animais e plantas em exposição buscará a melhor qualidade de vida para os mesmos, que poderá ser aferida a partir de padrões de comportamento e desenvolvimento dos espécimes.
Em comemoração a Semana do Meio Ambiente, Bonito sediará a 1º Feira Ambiental e Social: Conhecer para Preservar! Será dias 1 e 2 de junho (terça e quarta-feira) das 8 às 20h no Salão Acácia Branca.
Organizada pelo IASB, a feira é inovadora será enorme (com 720 metros quadrados) e as paredes dos stands todas feitas de garrafas PET. Os stands são interativos, com painéis, concursos culturais, exposições, além de muitos brindes para os participantes.
Em nove meses, a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), certificará 130 empresas de Turismo de Aventura. "Isso é inédito no mundo, somos líderes, pioneiros e desbravadores", ressaltou o gerente geral de Certificação da ABNT, Antônio Carlos, durante a palestra "Qualificação e certificação em Turismo de Aventura e Ecoturismo", realizada, neste sábado (29), no Núcleo de Conhecimento do 5° Salão do Turismo, no Parque Anhembi, em São Paulo (SP).
A ação faz parte do programa Aventura Segura, criado em 2004, fruto de parceria entre o Ministério do Turismo (MTur) e a Associação Brasileira das Empresas de Ecoturismo e Turismo de Aventura (Abeta).
A Kango Jango, em Socorro (SP), é a primeira empresa certificada pelo Aventura Segura. A coordenadora do sistema de gestão de segurança da empresa, Raquel Lemos, contou que a empresa já se preocupava com a segurança, mas não fazia isso de modo padronizado e sistematizado.
"Nós passamos a enxergar todas as probabilidades de risco de acidentes desde uma simples caminhada. Hoje, todos os condutores falam a mesma língua, têm o mesmo nível de conhecimento para tomar atitude frente a uma emergência", explicou Lemos.
Em seis anos, o Aventura Segura qualificou mais de cinco mil pessoas em 16 destinos de 13 estados brasileiros. O sistema de gestão de segurança está em fase de implementação em cerca de 150 empresas. Isso significa diversão segura e sem contratempos para os aventureiros do país.
O sistema, ao estabelecer critérios de segurança, permite o controle dos riscos da atividade e aumenta a competitividade das empresas. "Nosso objetivo é que no futuro a gestão de segurança não seja um diferencial, mas algo comum e essencial em qualquer empresa", destacou o coordenador técnico da Abeta, Álvaro Barros.
Segundo Barros, a expectativa é que, em dois anos, 80 mil clientes sejam beneficiados com a melhoria dos serviços no segmento.
A implantação da certificação para prestadores de serviços turísticos foi tema de palestras no Núcleo de Conhecimento do Salão do Turismo.
A lei cabe em uma folha, mas seus efeitos terão enormes repercussões no turismo brasileiro. A referência, do diretor do Ministério do Turismo, Ricardo Moesch, trata da Lei 11637/07, que dispõe sobre a criação do Selo de Qualidade no Turismo e foi o tema de debate no último sábado (29) no Salão do Turismo.
O diretor de Estruturação, Articulação e Ordenamento Turístico estima que o selo chegue ao mercado em 2011. A certificação é para hotéis, agências de viagens, transportadores turísticos, parques temáticos entre outros segmentos do turismo. "A implantação do selo é uma medida fundamental para melhorar a imagem e a qualidade dos serviços e produtos brasileiros", avalia Moesch, acrescentando que ao adotar sistemas de qualidade o país está seguindo uma tendência mundial.
Ao afirmar que a adesão ao selo é voluntária, o diretor do MTur explicou que existe certa confusão em torno do programa de qualidade. Segundo ele, o Ministério trabalha com três conceitos: cadastro, classificação e certificação. A obrigatoriedade é somente para o cadastramento no sistema Cadastur para oito segmentos, entre os quais agências de viagens, transportadores e meios de hospedagem, de acordo com a Lei do Turismo. A classificação e o selo são de adesão voluntária.
O modelo de selo do Chile foi apresentado no evento pelo coordenador do Programa de Qualidade de Serviços Turísticos chilenos, Cláudio Garrido. Participaram também da mesa de debates a coordenadora-geral de Serviços Turísticos do MTur, Rosiane Rockenbach, o diretor de Qualidade do Inmetro, Alfredo Lobo, e o consultor do projeto do selo, José Augusto.
O processo de implantação do selo é uma iniciativa do MTur em parceria com o Instituto de Metrologia, que será o órgão acreditador, e a Sociedade Brasileira de Metrologia (SBM). A idéia, segundo Moesch, é de se criar um selo também para os países do Mercosul.
Centrada no debate e em ações de redução das emissões de carbono que contribuem para o aquecimento global e no Desenvolvimento Sustentável, o Núcleo de Educação Ambiental do Ibama/MS elaborou programação em todo o Estado de Mato Grosso do Sul para a Semana do Meio Ambiente.
A ação principal vai distribuir 11 mil mudas de espécies nativas típicas do cerrado e do pantanal sul-mato-grossenses em barreiras educativas que vão ser realizadas no próximo dia 4 em várias rodovias que atravessam o Estado.
Na BR 163, 262 e 463 vão ser feitas barreiras nas saídas das cidades de Coxim, Ponta Porá, Corumbá, Três Lagoas, Dourados e Campo Grande. Os Pedágios Educativos têm como tema informar a população sobre a ilegalidade do Tráfico de Animais Silvestres. Nessas barreiras também vão ser distribuídos materiais informativos como folders, adesivos, etc, sobre o combate à destruição ambiental e os cuidados com o meio ambiente.
Em todas essas cidades também vão ser realizadas programações locais como palestras, mini-cursos, visitas à lixões, visitas a programas de Reflorestamento, além dos pedágios educativos.
Na capital vão ser distribuídas mudas nas três principais saídas da cidade e também no dia 5 - Dia Mundial do Meio Ambiente, na Praça Ari Coelho, no centro da cidade.
Além das mudas para plantio, a programação da semana em Campo Grande inclui também Ciclo de Filmes Sociambientais - Circuito Tela Verde. Os filmes vão ser exibidos para o público infanto-juvenil no Cine Cultura que fica no Páteo Avenida na quarta-feira a partir das 7:30 h, e a ação vai até às 16 h. Toda a programação é gratuita. E no local os participantes vão receber também gibis e folders com temática ambiental.
David Lourenço, Superintendente do Ibama informa que toda a programação da Semana foi pensada com base nos principais problemas ambientais do Estado, e de como a população em conjunto com o Ibama pode ajudar a prevenir e a contribuir para se conquistar um meio ambiente equilibrado.
Ele destaca o desmatamento e as queimadas como responsáveis por 75% das emissões de carbono na atmosfera. E são estes os principais objetos das fiscalizações e do combate que o Ibama MS têm realizado no Estado.
Estudo divulgado nesta semana sobre desmatamento no Pantanal confirma tendência de desmatamento no planalto pantaneiro, mas também aponta para boas condições de conservação na planície.
"Em comparação a biomas como a Mata Atlântica, por exemplo, o Pantanal está bem conservado. Só que existem diferenças entre a planície e o planalto", afirma Michael Becker, Coordenador do Programa Pantanal da WWF Brasil. O estudo é resultado de um consórcio da instituição junto à Conservação Internacional, Embrapa Pantanal, SOS Pantanal, SOS Mata Atlântica e Fundação Avina.
No planalto nascem os rios que alimentam os regimes sazonais de cheias e vazantes da planície. "Na parte alta resta apenas 41% de cobertura vegetal original, enquanto na planície, esse percentual é de 86%", diz Becker.
Atividades como a agricultura mecanizada e a pecuária são os principais vetores de desmatamento do planalto pantaneiro, onde predomina a paisagem do cerrado. De acordo com os pesquisadores, não é a atividade em si o principal vilão, mas a maneira como ela é conduzida.
"Na planície, além do cultivo de arroz, existe uma pecuária extensiva tradicional, mas as pastagens ali são nativas. Já no planalto, elas são plantadas", esclarece Carlos Padovani, biólogo da Embrapa Pantanal. A Embrapa vem realizando levantamentos sobre desmatamento no bioma desde 2000. Segundo Padovani, a tendência é a do aumento do desmatamento.
"O desmatamento traz consigo outros problemas, como erosão, que provoca assoreamento dos rios da região. Mas sua consequência mais perversa é a manutenção de um sistema em que a qualidade de vida e a renda das pessoas do pantanal não mudam para melhor", raciocina Padovani.
A metodologia utilizada cruzou imagens de satélite com fotos feitas in loco, para que as estimativas tivessem pouca margem de erro.
"Percorremos 3.700 quilômetros de carro e utilizamos cerca de mil fotografias georeferenciadas para nos certificarmos de que aquilo que as imagens de satélite mostravam era o que realmente estava acontecendo", esclarece Becker.
O relatório foi apresentado para o governo do estado do Mato Grosso do Sul, o Ibama e a Associação de Agricultura do MS.