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Notícias de Bonito MS

O trabalho dos artistas da cidade turística de Bonito continuam sendo valorizados e expostos em todas as edições do Festival de Inverno. Esse ano não será diferente. Além de sete artistas plásticos de Bonito, nessa 11ª edição haverá a exposição de trabalhos da cartunista Bonitense Suélen Becker.

Com apenas 24 anos, Suélen trabalha com desenhos especializados em humor há oito anos no Estado. Especialista em charges e quadrinhos, a cartunista nascida em Bonito já expôs seus trabalhos em várias exposições e festivais do Estado, como: Espelho das artes plásticas de Campo Grande, Exposição Cultura Bonito, Projeto Jiboia também em Bonito, entre outros.

O Cartunista já participou do Festival de Inverno de 2007, onde expôs seus trabalhos junto às artistas da terra. Além dessas exposições, este ano Suélen alcançou o 2º lugar no Concurso Salão de Humor do Rio Grande do Sul, recebendo uma menção honrosa por suas caricaturas.

"Gosto de trabalhar com charges que envolvam situações, e tenho um estilo meio zuado", conta a cartunista, de uma maneira bem despojada. Sobre como aprendeu a desenhar, ela dispara: "Desde pequena, aprendia a desenhar sozinha. E agora estou me aperfeiçoando mais", completa.

Em relação ao Festival, que já está na sua 11ª edição, Suélen afirma: "É um trabalho diferente, né? Eu acho massa poder fazer um desenho, onde a maioria das pessoas de diferentes lugares vão ver. É um intercâmbio cultural." Com um tom de satisfação, conclui: "O festival de Inverno de Bonito é outro mundo, que se instala aqui na cidade".

Galeria de Bonito

A galeria de Bonito será um espaço reservado para os artistas plásticos da cidade mostrarem seus trabalhos ao público que irá prestigiar a 11ª edição do Festival. Além de Suélen Becker, os artistas selecionados são Lenice Ferreira, Ebe Conti, Jucelene Oliveira, Jair dos Reis, Casilda Martinez, Lucy Xavier e Maria Pires.

Dentre os trabalhos que serão expostos, haverá quadros com técnicas a óleo, a técnica acrílica, além de pinturas como arte Kadwéu e pinturas relacionadas ao Pantanal sul-mato-grossense. O espaço ficará aberto durante todos os dias do Festival, de 10 às 23 horas. No primeiro dia a galeria funciona somente das 20 às 23 horas. A Galeria Bonito estará instalada na rua Pilad Rebuá, esquina com rua Santana do Paraíso.

O 11º Festival de Inverno de Bonito vai receber nomes consagrados da arte nacional e importantes representantes da cultura regional. No dia 28, abertura do Festin, o público verá que, ao lado desses artistas renomados ou em ascensão, os palcos também servem ao aprendizado, ao experimento e ao talento de jovens atendidos por programas sociais da prefeitura.

Meninos e meninas que participam do Projeto Arte para Todos terão oportunidade de mostrar um pouco do que aprendem nas oficinas culturais. Às 18 horas, os "gigantes" de perna-de-pau darão boas-vindas à plateia, chamando o público para o Palco Fala Bonito, na Praça da Liberdade. A turma já está se tornando tradição nos festivais de inverno. De acordo com a secretária de Assistência Social de Bonito, Isabel Figueiredo, a trupe este ano traz como novidade uma apresentação de capoeira.

Outra atração é o grupo de viola e violão, também surgido das oficinas sociais, que atendem nessa atividade aproximadamente 80 crianças e jovens. As atividades de música no "Arte para Todos" é abrangente, com ensino também de teclado e flauta. A partir das 19 horas, violeiros e violonistas farão uma das apresentações de abertura do Festin, logo após a exibição da Banda Municipal Som das Águas. Com os músicos, vai se apresentar o cantor Junior, de 18 anos, que teve o talento revelado no projeto.

A banda Som das Águas também é produto de projeto social. Em torno de 40 crianças integram o grupo.

Segundo a secretária Isabel, atualmente 400 meninos e meninas entre 6 e 19 anos são atendidos no Projeto Arte para Todos. A maioria é oriunda de famílias carentes, inseridas em programas assistenciais. O prédio de uma antiga escola funciona como sede onde são ministradas as oficinas e as demais atividades do projeto, como reforço escolar.

Por conta das belas apresentações produzidas nas oficinas, a turma de Bonito tem viajado por diversas cidades do Estado, mas a expectativa pela exibição no Festival de Inverno é sempre grande, conforme a secretária de assistência social. "Faz bem para a autoestima, eles se sentem valorizados. E a apresentação no festival é gratificante porque os pais vão para a praça, as famílias fazem questão de assistir. O bonitense, mesmo aquele mais humilde, acaba participando do Festival de Inverno", diz Isabel Figueiredo.

O espaço urbano é lugar de habitação, trabalho, convivência e também será palco para apresentação dos grupos cênicos regionais Teatro Imaginário Maracangalha e Flor & Espinho, durante o 11° Festival de Bonito.

Na rua, o Teatro Imaginário Maracangalha encena, no dia 29 às 16h, o espetáculo Conto da Cantuária. A peça enfatiza características estéticas do teatro medieval e aborda questões religiosas, contrapondo o sagrado ao profano.Baseado no texto de Geoffrey Chaucer, escrito entre 1384 e 1400, o grupo teatral privilegia a mistura de estilos e trabalha referenciais antagônicos como elevado e popular, sublime e humilde, passado e presente em uma linguagem contemporânea que integra e motiva os espectadores.

O espetáculo "Sob Controle", do grupo Flor & Espinho, será apresentado no dia 31, às 17h. No palco de representações cotidianas, dois palhaços prepararam os materiais de cena ao chegarem ao local. Logo tem início o jogo, em que os atores, sem dizerem uma palavra até o fim do espetáculo, envolvem a platéia em trapalhadas inocentes e ingênuas.

O Festival de Inverno de Bonito é um dos maiores do Centro-Oeste. O encontro deste ano acontece entre os dias 28 de julho e 1° de agosto e vai reunir visitantes de vários estados do país, em busca de cultura e entretenimento. Durante os quatro dias serão realizados shows com artistas nacionais renomados e grupos regionais, apresentações de teatro, dança; mostras de artes plásticas, cinema e vídeo; circo, teatro de rua, fotografia, artesanato e palestras.

A cidade de Bonito vai ganhar um novo ponto turístico: a escultura "Um peixe para Bonito", assinada pelo artista plástico uruguaio Juan Muzzi, será o presente permanente do 11º Festival de Inverno para o município. "Se trata de uma escultura em aço que transmite a leveza do peixe pulando por cima da água", explica Juan.

A arte ficará permanentemente na Praça das Artes do Centro de Informações Turísticas de Bonito. Uma cerimônia de lançamento vai marcar a inauguração do novo monumento da cidade no dia 29, às 10 horas.

A escultura, toda feita em aço, tem uma espessura de duas polegadas, pesa aproximadamente 800 quilos com 2,30 metros de altura e 1,30 metros de largura. De acordo com o artista plástico, a peça representa a linguagem construtiva da Ameríndia, mostrando o peixe da mesma forma como os povos pré-colombianos o representavam.

"A proposta desse novo trabalho é principalmente agregar a um destino tão especial como a cidade de Bonito, uma obra conectada com o meio ambiente. Uma figura moderna de uma das grandes riquezas dos belos rios do Mato Grosso do Sul, somando ao cenário natural. Essa obra pode vir a ser um novo cartão postal da cidade", afirma Muzzi.

O artista que se utiliza do estilo construtivo em suas obras, já teve a oportunidade de expor em Mato Grosso do Sul no ano passado, durante a sexta edição do Festival América do Sul em Corumbá. Na ocasião, Juan apresentou a exposição de telas "Trama do Tempo" no Instituto Luiz Albuquerque (ILA). Desta vez, Muzzi volta ao Mato Grosso do Sul com uma nova proposta de arte: a escultura. "A arte é pra ser sentida, sem expectativas de um sentimento definitivo. A intenção é a de transmitir clareza, simplicidade, numa arte vazada para se vislumbrar a natureza por através dela", diz.

Sobre a oportunidade de ter seu trabalho como um dos marcos do Festival de Inverno, o artista afirma: "Claro que me sinto envaidecido por estar presente nessa décima primeira edição do Festival de Bonito e poder apresentar a natureza da minha arte num conjunto de tantas expressões artísticas de primeira grandeza. E ainda mais, eternizando no cenário da cidade um pedaço do meu trabalho. Me sinto feliz por isso".

Com forte influência da região das Missões, no Rio Grande do Sul, o Grupo Alma Riograndense apresenta no 11º Festival de Inverno de Bonito um repertório de músicas do folclore sul-americano, além do chamamé e das milongas, de influência argentina. As músicas têm arranjo próprio feito pelo grupo, que se caracteriza pelo "nativismo".

O grupo foi criado ano passado, quando os irmãos gêmeos Erick e Roger Medeiros Batista conheceram Maurício Gehlen. Os irmãos vieram de Bossoroca (RS) para Campo Grande (MS) na metade do ano passado para cursar Direito na UCDB. Os gêmeos conheceram Maurício num churrasco na casa do seu pai, Cacildo Tadeu Gehlen. Formaram o grupo, com dois violões de sete cordas (Erick e Roger) e gaita pianada (Maurício), que se apresentou informalmente em churrascos e festas promovidas por amigos, em Campo Grande.

Para formar o grupo, os três trocaram repertórios e experiências em ensaios e apresentações, pois Maurício dominava mais o solado de baile, e os gêmeos, a música folclórica riograndense. Em dezembro de 2009, o Alma Riograndense fez seu primeiro show oficial no Teatro Aracy Balabanian, pelo projeto Cena Som, da Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul.

Erick e Roger começaram a tocar violão com dez anos, com o professor Mário Caniço, de Bossoroca. O gosto pela música foi incentivado pelo pai, Iberê Bonfim Batista, que escutava bastante música gaúcha, da argentina, e folclórica do Rio Grande do Sul. Mais tarde, com 15 anos, passaram a tocar o violão de sete cordas. Estudaram com João Máximo, professor que ia a Bossoroca semanalmente dar aulas, e com Anderson Costa, da cidade vizinha de São Luiz Gonzaga.

Roger acredita que a pessoa já nasce gostando de um instrumento, e a ele se dedica. Erick diz que o músico escolhe o instrumento com o qual mais se identifica. Para ele, o violão é o mais completo. Os gêmeos já se apresentaram como dupla no Festival América do Sul, ano passado.

Maurício Gehlen começou a tocar gaita pianada com 12 anos, por influência de seu pai, Cacildo. No início, não se familiarizava muito com o instrumento, mas aos poucos, com a prática, passou a gostar. Natural de Passo Fundo (RS), Maurício veio para Campo Grande com dois anos, e desde então, reside na Capital. Seu principal professor de gaita foi Darci Carvalho, atual gaiteiro do grupo Surungo, de Campo Grande, com quem já tocou. Maurício também já se apresentou com o grupo Bailanta, do Paraná, e com Renato Borghetti, há seis anos, no Centro de Tradições Gaúchas (CTG) Farroupilha, na Capital.

O grupo faz parcerias com artistas riograndenses, uruguaios e argentinos para compor suas músicas. Essas parcerias acontecem graças à participação dos músicos em Festivais de Barranca, em que artistas se reúnem em barrancas de rios no sul do País para executar músicas típicas da região.

Alma Riograndense vai apresentar no Festival de Bonito algumas músicas de sua autoria, como "Elegia a um poeta", que foi escrita pelo poeta Jairo Velloso para homenagear o também poeta João Luiz Bandeira. Os dois foram amigos de infância em Bossoroca (RS), sendo que Bandeira viveu cerca de 30 anos em Campo Grande.

Outra composição própria que será apresentada é "Prece esperando a chuva", com letra de Amilton de Lourenço Notargiacomo e música de Erick e Roger, e também "Chacarera del Perdiguero", música instrumental composta por Erick e Roger para violão com esse ritmo (chacarera) típico da Argentina.

Por meio das músicas, do ritmo, da melodia, da poesia e das letras, mesclado ao sentimento telúrico de amor à terra, Alma Riograndense declara seu amor ao povo do Sul do Brasil, bem como ao da América do Sul e, agora, ao da sua nova casa, Mato Grosso do Sul.

O show de encerramento do festival, com o Grupo Alma Riograndense, acontece no dia 1º de agosto, às 11 horas, no Palco Fala Bonito, na Praça da Liberdade.

Irreverência e brasilidade serão representadas na voz de Cris Haicai e banda Dombrás, no show "Mandando Brasa", que o 11ª edição do Festival de Inverno Bonito apresenta no dia 30 (sexta-feira, às 19 horas, no Palco Fala Bonito. O grito, a molecagem e a forte essência brasileira do Dombrás é o propósito do grupo, que realiza um show com músicas autorais.

A brasilidade está presente no DNA dos três integrantes do grupo criado em 2008 e fundado pelo produtor musical Chis Haicai. Com influências fundamentalmente brasileiras de cantores como Gilberto Gil, Noel Rosa, João Bosco e Cartola, a banda canta, defende e transpassa a originalidade da música brasileira ao público sedento por novas canções, que tenham swing e uma identidade firmada.

"Nós somos os mais brasileiros possíveis, dentre as vertentes e o swing que ela oferece. Dentro dessas vertentes musicais, cantamos bossa-nova, samba de raiz, choro e a música popular brasileira" explica o vocalista Chris Haicai, que é produtor musical e instrumentista há mais de dez anos no mercado campo-grandense.

Crhis já participou de diversos grupos como: Jeito Moleque, Bojo Male, Zarabatana, Haicais, Tacafogo Jacaré, quando apresentou-se em Mato Grosso do Sul e outros Estados. Atualmente é vocalista do grupo Vai Quem Qué e tem um trabalho solo com a banda Dombrás.

Sobre o Festival de Bonito, com um tom bem despojado, o vocalista dispara: "Espero que esse ano seja tão bom quanto os anteriores. O clima melhorou, mas o frio faz parte da identidade do Festival de Inverno de Bonito. Essa é a segunda vez que eu participo, a primeira vez com o grupo Vai quem Qué", completa.

Além de Chris (cavaco e voz), a banda Dombrás é formada por Bruno Chenkarek (baxista), Gerson Espinosa (baterista) e Dhonatas (guitarrista e violonista). O swing brasileiro da banda é a primeira atração do Palco Fala Bonito da noite de sexta-feira (30) da 11ª edição do Festival de Inverno.

Dois amigos resolvem fazer um piquenique no jardim zoológico. Ao encontrarem as portas do parque fechadas resolvem criar, com muita criatividade e senso incomum, um zoológico particular com animais feitos de pratos, panos, garrafas, talheres e outros materiais inusitados. No palco, as criaturas do Zôo-Ilógico vivem situações cômicas e poéticas. A peça teatral da Cia Trucks de bonecos será apresentada durante o 11° Festival de Bonito, no dia 29, às 21 horas, no Ecoespaço.

Zôo-Ilógico é baseada em uma ideia simples, mas estimula a criatividade e propicia a elaboração de novos referenciais imaginários. Objetos do cotidiano são transformados em mais de uma dezena de divertidas e inusitadas criaturas animadas que, em cena, divertem e encantam o público. A técnica teatral é conhecida como "Teatro de Objetos".

O projeto reúne três dos mais conceituados profissionais do teatro de animação do País: Cláudio Saltini, da Cia. Circo de Bonecos, Henrique Sitchin e Verônica Guerchman, da Cia. Trucks e do Centro de Estudos e Práticas do Teatro de Animação de São Paulo. Em cartaz desde 2004, a peça já foi apresentada mais de 500 vezes em todo o País e foi recomendada pela crítica do Guia da Folha de São Paulo, revista Veja São Paulo e jornal O Estado de São Paulo.

Em 2004 o espetáculo recebeu o Prêmio APCA de melhores atores para Cláudio Saltini e Henrique Sitchin e no mesmo ano foi agraciado com o Prêmio Coca-Cola Femsa na categoria Especial - Inovação de Linguagem. Zôo-Ilógico foi apresentado em festivais internacionais de teatro no Brasil e Israel.

O trio também é responsável pelo espetáculo "Truks: A Bruxinha", que permaneceu em cartaz por oito anos em São Paulo, com mais de 1200 apresentações. A peça ganhou vários prêmios e influenciou o trabalho de artistas do teatro de bonecos.