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Notícias de Bonito MS

A 11ª edição do Festival de Inverno de Bonito vai homenagear personalidades da música, artesanato, meio ambiente, educação e história com contribuições relevantes para Mato Grosso do Sul. O historiador Gilson Rodolfo Martins é um dos homenageados deste ano. Com importante trabalho arqueológico em Mato Grosso do Sul, é um dos responsáveis pela reedição de obras raras que contam a história do Estado.

Bacharel em História e doutor em Arqueologia Brasileira pela Universidade de São Paulo (USP), realizou estágio como convidado no Museu do Homem em Paris, na França. Também foi conferencista e palestrante em eventos científicos nacionais, na França e no Paraguai. Como professor titular de Arqueologia Pré-Histórica Brasileira na Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), coordenou projetos e escavações arqueológicas com importantes descobertas de fragmentos e objetos pertencentes a povos primitivos que habitaram a região.

Gilson Martins também é o responsável pelo Museu de Arqueologia do Memorial da Cultura e um dos integrantes da comissão organizadora da coleção "Documentos para a História de Mato Grosso do Sul". A reedição dos livros, organizados em caixas contendo três volumes de títulos variados, está sendo custeada pelo governo do Estado.

A primeira caixa foi lançada no final de maio e contém os títulos "Anais do Descobrimento, Povoação e Conquista do Rio de La Plata", do espanhol Ruy Diaz de Guzman; "Oeste - Ensaio sobre a grande propriedade pastoril", de Nélson Werneck Sodré e "Pantanais Mato-Grossenses", do cuiabano Virgílio Correa Filho.

O segundo lançamento, ocorrido no mês de junho, é composto pelos livros "Jesuítas e Bandeirantes no Itatim", de Jaime Cortesão; "Oeste de São Paulo, Sul de Mato-Grosso", de autoria de Miguel Arrojado Ribeiro Lisboa e "Episódios históricos da formação geográfica do Brasil", escrito por Mário Monteiro de Almeida.

De acordo com o professor, a disponibilidade bibliográfica existente sobre a história de Mato Grosso do Sul foi feita sob o olhar paulista e mato-grossense. A coleção de livros reeditada pelo governo estadual se propõem a mostrar um outro contexto dos acontecimentos no sul de Mato Grosso.

A terceira caixa de livros deve ser editada ainda este ano e também um volume especial com mapas históricos que vão apresentar delimitações territoriais de Mato Grosso do Sul, a partir de representações cartográficas. "A intenção é fazer um atlas histórico", diz o professor, com a recuperação de mapas antigos e a inclusão de outros mais novos, que serão editados em ordem cronológica. "Os mapas mostram as mudanças de nome dos territórios e mudanças demográficas dos índios das antigas aldeias para as cidades atuais", completa Martins.

Festival

O Festival de Inverno de Bonito é um dos maiores do Centro-Oeste e este ano apresenta a 11ª edição. O encontro, que acontece entre os dias 28 de julho e 1° de agosto, vai reunir visitantes de vários Estados do País, em busca de cultura e entretenimento. Durante os quatro dias serão realizados shows com artistas nacionais renomados e grupos regionais, apresentações de teatro, dança; mostras de artes plásticas, cinema e vídeo; circo, teatro de rua, fotografia, artesanato e palestras.

Além do historiador Gilson Rodolfo Martins, também serão homenageados o artesão David Rogério Ojeda, a musicista Clarice Maciel Chaves, a professora Lori Alice Gressler e a bióloga Neiva Guedes.

O cantor e compositor Paulo Moska apresenta, no 11º Festival de Inverno de Bonito, músicas de seu novo projeto "Muito Pouco". São dois discos ("Muito"e "Pouco") com nove canções cada um.

O disco "Muito" começa com uma vibrante canção sessentista chamada "Devagar, divagar ou de vagar?" (E se ainda não cheguei / é porque gosto de parar / em cada esquina / devagar / pelo caminho que me leva / até você me encontrar) e termina com outra chamada "Antes de Começar". O "Mito" começa devagar e termina antes de começar. Poesia?

Em "Muito Pouco" há participações especiais como Chico Cesar, Cezinha Silveira, Zelia Duncan e Maria Gadú.

Depois de 13 anos e seis discos como contratado de uma gravadora multinacional, Paulinho Moska se tornou um artista independente em 2004, quando seu disco "Tudo Novo de Novo" foi lançado pelo seu próprio selo, o Casulo.

Desde 2004 Moska não lança um disco de estúdio. Em 2007 o DVD "Mais Novo de Novo" trouxe, além do show ao vivo, uma espécie de filme/documentário/ficção que contava um pouco sobre o processo criativo das canções inspiradas nos tais autorretratos nos banheiros.

O show de Paulinho Moska será dia 31 de julho, sábado, às 20h, no palco Fala Bonito, montado na Praça da Liberdade. A entrada é franca.

Da singela e tradicional mágica ao grande ilusionismo. A 11ª edição do Festival de Inverno de Bonito traz este ano ao público os tradicionais e encantadores números de mágica do "prata da casa" Tabajara Duarte da Silva. A apresentação do mágico será no sábado (31), às 10 horas, no Palc das Águas.

Com aproximadamente 40 anos de carreira do mundo da mágica, "o Mágico Tabajara", como é conhecido, trabalha há 25 anos no cenário cultural sul-mato-grossense. Oriundo de família circense, Tabajara cresceu entre as apresentações de circo, começando por trapezista, domador, até chegar aos tradicionais números de mágica.

Ao longo de sua carreira, Tabajara já trabalhou ao lado de grandes nomes da televisão brasileira. "Além do Sílvio Santos, trabalhei há uns 15 anos atrás como o mágico do programa show da Xuxa". Hoje, aos 71 anos de idade, Tabajara explica que a mágica não tem idade, e se torna encantadora por mais simples que seja.

Para a apresentação no 11º FestinBonito, Tabajara leva ao público números de mágica que envolvem equilíbrio, bola zumbi, balão que se transforma em pomba, entre outras mágicas tradicionais. "São truques que fazem do nada, tudo, e de tudo, o nada. É muito bom participar de eventos culturais como esses. É a 2ª vez que participo", salienta Tabajara.

Para os apreciadores de todos os tipos de mágica, que estarão prestigiando o Festival de Bonito, a apresentação de Tabajara será no dia 31 (sábado), às 10 horas, no Palco das Águas, na Praça de Liberdade, que fica localizada na rua Cel Pilad Rebuá.

O encanto da companhia artística Teatro Mágico volta a Mato Grosso do Sul. A trupe musical e circense, que já conquistou o público do Festival América do Sul em 2009 em Corumbá, estará agora no 11º Festival de Inverno de Bonito, com seu trabalho "Segundo Ato". A apresentação será no Palco Fala Bonito, na Praça da Liberdade, no dia 30 (sexta-feira).

Fernando Anitelli - 35 anos, ator, músico e compositor, responsável pela criação do projeto - e trupe já estão na estrada há cerca de seis anos. Ao longo deste caminho, o título do primeiro álbum, "O Teatro Mágico: Entrada para Raros" acabou se transformando em algo maior do que o próprio sobrenome do músico e compositor. Hoje, Anitelli apresenta a companhia artística "Teatro Mágico" e leva para o palco não só um conceito de arte, mas também o debate em favor da música livre e da pirataria saudável.

Em 2008, o grupo lançou seu segundo CD intitulado "Teatro Mágico: Segundo Ato". As canções foram divulgadas previamente no site da Trama Virtual quebrando todos os recordes de downloads até então.

O Teatro Mágico, hoje, segue seu caminho, de maneira independente, auto produzindo shows; bancando, sem patrocínios, as gravações de suas músicas em estúdio; mantendo os preços populares de seus produtos (DVDs, CDs, livro, camisetas) comercializados ao final das apresentações no estande "lojinha tm", através do site do grupo, e em duas grandes redes de livrarias.

Destaque nos principais veículos de comunicação da Internet e do País, o Teatro Mágico desperta a curiosidade da opinião pública, seja por sua veia artística ou por seu bem-sucedido modelo de produção avesso aos esquemas das grandes gravadoras. Uma característica é que todas as músicas são disponibilizadas gratuitamente na Internet, para quem quiser baixar.

O "Segundo Ato"

As composições escolhidas para o "Segundo Ato" colocam em debate o homem e a sociedade na qual vive. Para Fernando Anitelli, "no primeiro espetáculo, a trupe estava imersa num universo fantasioso onde cores e magia nos traziam a sensação de que tudo é possível. Havia um 'quê' de encantamento. Nesta nova fase, é como se a trupe chegasse na cidade e se deparasse com as questões urbanas, como o cotidiano dos cidadãos de rua citados na canção "Cidadão de Papelão" ou a problemática da mecanização do trabalho, citada em "O Mérito e o Monstro".

Indo mais além, ele define que há um debate sutil e, por vias opostas, mordaz, sobre o amontoado de informações que absorvemos, sem perceber, assistindo aos programas de TV da atualidade - apresentado na música "Xaneu N 5", gravada no CD com participação do cantor Zeca Baleiro.

O Teatro Mágico se orgulha de algumas conquistas: eleito melhor show nacional de 2007 pelo guia da Folha de São Paulo; recorde de público na Virada Cultural 2007; recorde para o horário da manhã na Virada de 2008, em São Paulo; Já fez duas turnês pelo Nordeste; recorde de público no Circo Voador, no Rio de Janeiro, desde a reabertura da casa; Comunidade oficial no Orkut com mais de 79 mil membros; mais de 120 mil cópias vendidas do CD "O Teatro Mágico: Entrada para Raros", e mais de 50 mil cópias do CD "Segundo Ato".

Além de Anitelli (voz, violão e guitarra), o elenco tem ainda os seguintes artistas: Fernando Rosa (contra-baixo); Miguel Assis (bateria); Nene dos Santos (bateria); Willians Marques (percussão e malabares); Galdino Octopus (violino e bandolin); DJ HP (pick-ups e sonoplastia); Silvio Depieri (sax e flauta); Kleber Saraiva (teclado); Rober Tosta (ator circense); Gabriela Veiga (artista circense); Ivan Parente (ator e cantor); Deinha Lamego (artista circense); Tum Aguiar (artista circense); Andrea Baubour (artista circense); Wallace Alcantara (artista circense).

Representando a classe dos músicos de Bonito, a 11ª edição do FestinBonito terá o carisma do instrumentista, cantor e compositor Thiago Perez. Com dez anos de carreira no cenário cultural bonitense, a apresentação do cantor está marcada para o dia 31 (sábado), às 19 horas, no Palco Fala Bonito.

Com pouca idade e muito talento, Thiago Perez trabalha com música desde os seus 15 anos. Hoje, com 25, Thiago já tem dois CDs gravados pelo Fundo de Investimentos Culturais (FIC-MS): o "Alfa", gravado em 2001 e "Rosas Vermelhas", gravado em 2005, este último com 14 faixas, ambos com músicas de autoria do compositor.

"É gratificante representar a classe dos artistas daqui da terra para um festival tão completo como o Festival de Inverno", explica Thiago, dizendo que é a terceira vez que participa do festival.

Para esta edição, Thiago Perez encantará o público com violão e voz em um show que fará sozinho. Para o repertório, músicas de sua autoria como "Maria", "Rosa Vermelha", entre outros. Thiago também promete mostrar seu talento cantando músicas nacionais e internacionais em ritmo de reggae, pop rock, e música popular brasileira.

O público infantil também terá espaço na 11ª edição do Festival de Inverno de Bonito. Na sexta-feira (30), no Ecoespaço, haverá a discussão sobre Cinema Infantil com a presença do coordenador de produção da Mostra de Cinema Infantil de Florianópolis, Guto Lima, e logo após, às 18 horas, haverá a exibição dos principais filmes infantis realizados pela Mostra de Cinema de Florianópolis.

Fazendo parte do núcleo Pensando Cinema do FestinBonito, Guto Lima, produtor da Mostra de Cinema Infantil, estará discutindo sobre as principais características do cinema feito especialmente para o público infantil. Guto Lima é formado em Comunicação Social com habilitação em Jornalismo e trabalha há dez anos no audiovisual. Em sua trajetória, o produtor cultural traz na bagagem produção de programas de TV, documentários e a coordenação de mostras de vídeos catarinenses.

Guto Lima foi, durante dois anos, membro do Conselho Estadual de Cultura, representando a Associação Cultural Cinemateca Catarinense. Atualmente, Guto é o coordenador dos produtores dos curtas da Mostra de Cinema Infantil de Florianópolis. Após as discussões que terá com o mediador, o jornalista Renato Heimbach, haverá a exibição dos principais filmes que ganharam prêmios na última Mostra de Cinema Infantil que aconteceu de 19 de junho à 4 de julho, em Florianópolis.

Mostra de Cinema Infantil

A Mostra de Cinema Infantil é um projeto que exibe filmes que traduzem a multiplicidade cultural do Brasil. O evento, que já está na sua 9º edição, reúne centenas de crianças e estudantes da Rede Pública e Privada de Florianópolis, que se encantam com a magia e a criatividade dos filmes produzidos por cineastas de todo o Brasil, que têm como foco principal assuntos relacionados ao público infantil.

A amostra de cinema tem a entrada franca e transporte gratuito para escolas públicas. No último evento foram somados 22.571 espectadores , sendo 99% crianças. "Durante todos esses anos, trabalhamos muito para ajudar a construir um cenário, incentivando a produção através de debates, palestras e muitas discussões e propostas. Os resultados estão aí," ressalta a diretora da mostra, Luisa Lins. "Em 2010, são mais de 70 filmes de curta-metragem brasileiros dirigidos ao público infantil. É um grande avanço, mas ainda há muito para ser feito", conclui.

Atendendo a pedidos dos amantes dos festivais culturais do Estado, a 11ª edição do Festival de Inverno trará a exibição do documentário "Só dez por cento é mentira", sobre a biografia do poeta sul-mato-grossense Manoel de Barros. Lançado em janeiro deste ano, a desbiografia oficial (como a ela se refere o poeta) foi premiada como melhor longa-metragem de dois renomados Festivais de Cinema (de Paulínia e de Goiânia), somando-se à boa safra de documentários brasileiros premiados nacionalmente.

O título do documentário se refere a como o poeta Manoel de Barros vê sua obra: "Noventa por cento é invenção, é só dez por cento é mentira". O poeta sul-mato-grossense, aos seus 93 anos de idade, tem uma obra consagrada, com mais de 20 livros publicados, além possuir diversos prêmios literários.

O longa-metragem tem a direção e o roteiro do jornalista e escritor carioca Pedro Cezar. Alternando sequências de entrevistas inéditas do escritor, versos de sua obra e depoimentos de "leitores contagiados" por sua literatura, o filme constrói um painel revelador da linguagem do poeta, considerado o mais inovador em língua portuguesa.

O poeta Manoel de Barros costuma classificar suas obras como "desimportâncias". Procurando resignificar as "desimportâncias" biográficas e a personalidade "escalena" de Manoel de Barros, o diretor Pedro Cezar é responsável pelo roteiro e pela narração, e pontua o filme com momentos de breves testemunhos ao fundo.

Essa profunda viagem nas desimportâncias de Manuel de Barros e o seu verdadeiro registro documental tem hora marcada. A exibição do longa-metragem mais pedido nos últimos meses pelos amantes do cinema nos festivais acontece no 1º dia do festival (28), no EcoEspaço localizado próximo à Praça Central, às 8 horas.