Notícias de Bonito MS
A união entre natureza e cultura está na representação da arte "Um Peixe para Bonito", do artista plástico Juan Muzzi, que foi inaugurada na manhã de ontem (29) na Praça das Artes do Centro de Informações Turísticas da cidade. "Está sendo um momento especial para Bonito ao estarmos recebendo esta obra de um artista tão importante e que vem agregar ainda mais valor ao nosso município", afirma o prefeito de Bonito, José Arthur Soares de Figueiredo.
"Agradeço ao artista Juan Muzzi por produzir esta obra especialmente para Bonito que embeleza a nossa Praça das Artes", diz o prefeito. A escultura está ao lado da árvore assinada pelo artista Jaime Prades e construída com madeira proveniente do lixo.
As duas obras que embelezam a Praça das Artes foram trazidas para Bonito a partir de uma parceria do Festival de Inverno com a Fundação Memorial da América Latina, de São Paulo. "A ideia de trazer estas esculturas para Bonito já vem desde o ano passado com a árvore de Jaime Prades, representando o desperdício da madeira que existe. Pensando em dar continuidade nesta iniciativa, este ano trazemos a arte de Juan Muzzi, porque é interessante trazer algo inspirado nas raízes latinas e o Juan é um artista que está integrado nesta questão e já tem obras em locais importantes no País, e agora Bonito passa a fazer parte deste circuito", explica o diretor da Fundação Memorial América Latina, Fernando Calvoso.
"Um Peixe para Bonito" é uma escultura em aço, tem aproximadamente 800 quilos com 2,30 metros de altura e 1,30 metros de largura. A obra busca representar a leveza do peixe pulando por cima da água. A peça representa a linguagem construtiva da Ameríndia, mostrando o peixe da mesma forma como os povos pré-colombianos o representavam.
"É uma arte quente, arte que mostra o peixe que é a sobrevivência dos índios, da natureza, representa o que é a cultura da América Latina", avalia Calvoso sobre a escultura de Muzzi, que é uruguaio e morador da grande metrópole sul-americana que é São Paulo.
"A cultura é a representação da relação do homem com suas tradições", afirma o presidente da Fundação de Cultura do Estado, Américo Calheiros que também participou da cerimônia de inauguração da obra que fica permanentemente em Bonito como um presente do 11º Festival de Inverno.
Os turistas estrangeiros que visitaram o Brasil no mês de junho deixaram US$ 416 milhões no país, de acordo com os dados divulgados nesta segunda-feira (26/07) pelo Banco Central (BC). O resultado é 3,3% superior a junho de 2009. O acumulado de janeiro a junho deste ano soma US$ 2,940 bilhões em receitas - melhor resultado para o período até então -, superando em 14,56% os seis primeiros meses de 2009.
"O primeiro semestre de 2010 apresenta um crescimento relevante na entrada de divisas provenientes de gastos de turistas estrangeiros e mostra que o ano deve, além de superar o recorde de 2008, se aproximar de seis bilhões de dólares até dezembro", avalia Jeanine Pires, presidente da Embratur (Instituto Brasileiro de Turismo). No primeiro semestre de 2008 foram deixados no Brasil US$ 2,899 bilhões.
Comparando os seis primeiros meses de 2010 com o mesmo período de 2003, quando a Embratur passou a cuidar exclusivamente da promoção turística do país no exterior, o crescimento na entrada de divisas atinge 164,64%.
O cálculo do Banco Central inclui trocas cambiais oficiais e gastos com cartões de crédito internacionais.
O Sindicato Rural de Bonito-MS, promotor da ExpoBonito 2010, e a Nelore MS, Associação Sul-Mato-Grossense de Criadores de Nelore, estão perto de alcançar a expectativa inicial de 500 animais em pista para a segunda edição da exposição, que começa na próxima segunda-feira (02) e segue até o dia 08 de agosto, domingo.
"A feira de 2010 promete ser um sucesso ainda maior que a primeira. Neste ano, a grande premiação para bezerros e bezerras está atraindo pecuaristas de todo o Brasil", afirma Miguel Rudes, diretor de exposições da Nelore MS, que já tem confirmada a presença de criadores e expositores dos Estados de São Paulo, Paraná, Minas Gerais, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul.
"Houve várias melhorias na parte de estrutura para melhor acomodar os tratadores e o público em geral, além de novas atrações, como apresentações artísticas e shows de música sertaneja", destaca o presidente do Sindicato Rural de Bonito-MS, Denílson Augusto da Silva.
Programação
Diversas atrações estão programadas para a feira; entre elas, julgamento de bovinos da raça Nelore, leilões de gado de corte e elite, exposição de animais pet, apresentações artísticas e shows musicais das duplas sertanejas Batô e Fernando, Munhoz e Mariano, Alex e Yvan, Thúlio e Thiago, Guilherme e Falcão, e do cantor Rominho e banda.
A programação completa está disponível na página da feira na internet (www.expobonito.com.br).
O fluminense Raul Leal é um dos artistas plásticos convidados a expor durante o 11° Festival de Inverno de Bonito. Com outros três artistas de São Paulo e Belo Horizonte, Raul participa da mostra "O sentido das coisas", que explora a interrelação entre real e imaginário, presença e ausência usando como suportes a pintura e a fotografia.
Para o curador da exposição, Rafael Maldonado, a representação na pintura de Leal nos permite pensar em questões como permanência e apagamento da memória, numa reflexão a respeito da solidão das pessoas e lugares. De maneira econômica, o artista reduz os elementos no espaço para obter a síntese formal que o interessa.
Da cena urbana contaminada pelo excesso de ruídos visuais, registrada previamente em fotografia, sobram apenas alguns detalhes da paisagem tratados de forma a valorizar os contrastes de cor, luz, nitidez. Ao perceber a obra, "fica uma vaga lembrança de algo que estava lá. A presença humana se dá de forma solitária, inserida num contexto onde o discurso é comedido, quase um silêncio", traduz Maldonado. São pinturas monocromáticas de aspecto gráfico que condensam informações e deixam aparente apenas o que é necessário. Para o artista, "não há senão detalhes, quase imediatos".
De acordo com descrição no site do artista (www.raulleal.com.br) os trabalhos de Raul se afastam da figuração narrativa e ganham um caráter particular. Com apropriações de imagens do cotidiano, sua obra mantém a aparência estrutural da natureza humana. O artífice despersonaliza as imagens e cria cenas quase monocromáticas, inquietantes, geradas pela ausência de traços essenciais das figuras.
Leal tem formação na Escola de Artes Visuais do Parque Lage, no Rio de Janeiro. Em 2009 teve trabalhos incorporados ao acervo do Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (MAM), incluídos na coleção Gilberto Chateaubriand.
A exposição acontece entre os dias 28 de julho e 1° de agosto no espaço Praça da Liberdade. No espaço serão realizadas várias atividades como feira de artesanato, apresentações musicais de artistas sul-mato-grossenses, de teatro, dança e apresentações de rua. No local também será montada uma praça de alimentação e um salão ambientado para projeção de filmes e realização de rodas de conversação sobre arte, literatura e meio ambiente.
Comemorando dez anos no rock and roll sul-mato-grossense, a banda Studio 89 faz uma compilação dos mais importantes trabalhos e leva o underground para o palco Fala Bonito do 11º Festival de Inverno. "Pegamos um pouco de tudo o que nós produzimos nestes dez anos de banda para apresentar no festival. São músicas autorais e também algumas que trabalhamos com Marcelo Bofa, do Legião Urbana, e Kid Vinil, vocalista da Banda Magazine", afirma o vocalista da Studio 89, Ubiratan Borges Daniel.
"A oportunidade de poder tocar no Festival de Bonito é ímpar porque valoriza o trabalho autoral das bandas daqui e é uma resposta positiva pelo que nós já produzimos na cena do Estado", observa Ubiratan. "Estar no festival será a celebração dos dez anos de Studio 89, onde estaremos levando para o público a nossa história", diz. Para o músico, o Festival de Inverno de Bonito é como uma grande janela para os artistas sul-mato-grossenses poderem se apresentar para o grande público", ressalta Ubiratan.
De acordo com o vocalista da Studio 89, a cena do rock em Mato Grosso do Sul ainda é restrito a bares. "Então este espaço que já é restrito fica ainda mais fechado para quem faz músicas autorais, como a nossa banda. Por isso participar do festival é importante, porque é um circuito a mais no Estado que traz a valorização, o fortalecimento do músico sul-mato-grossense", afirma.
Durante o show de Bonito a Studio 89 faz também gravações para um trabalho em vídeo que marca os dez anos da banda. "Primeiro nós estaremos gravando um clipe para a música 'All Star Sujo' e mais tarde faremos uma compilação para um vídeo dos dez anos da banda", diz Ubiratan.
A banda também é formada pelos músicos Ubirajara Borges Daniel, Helton Gomes, Helington Poncio, Alexander Delmondes e Waldinei Delmondes. A apresentação no Festival de Inverno acontece hoje (29), às 19 horas no Palco Fala Bonito, da Praça da Liberdade.
Acontece hoje (29), o I Encontro Estadual do Geopark Bodoquena-Pantanal. O evento faz parte da programação do Festival de Inverno de Bonito. O principal objetivo do encontro é divulgar o Decreto Estadual Normativo que criou o Geopark Bodoquena- Pantanal em 22 de dezembro; democratizar o conceito de Geopark no Estado e suas ações; disseminar os aspectos sobre os impactos positivos para a cadeia produtiva do turismo, além de aprofundar as discussões com os membros do Conselho Gestor do Geopark sobre as etapas a serem cumpridas até o envio do dossiê para a Unesco.
A programação começa pela manhã, das 9h ao 12h, serão ministradas duas palestras, por Carlos Fernando de Moura Delphim, Coordenador da Paisagem Cultural da Diretoria de Patrimônio Material do IPHAN e Nivaldo Vitorino, arquiteto do Estúdio Votupoca de São Paulo. À tarde, das 14h às 17h acontecerá reunião do Conselho Gestor do Geopark Bodoquena -Pantanal, que é composto por Nilde Brun presidente da Fundação de Turismo de MS e presidente do Conselho Gestor do Geopark, Margareth Escobar Ribas, Superintendente do IPHAN/MS e conselheiros dos municípios e entidades envolvidas.
O Geopark é uma modalidade de preservação que alia desenvolvimento econômico à sustentabilidade de um território. Para Nilde Brun, diretora presidente da Fundação de Turismo de MS, é preciso difundir o conceito do Geopark junto à comunidade, para que haja um entendimento e participação, "É importante que os atrativos que estão em propriedades particulares sejam inseridos como geosítios, para que possam, a partir do momento que o Geopark Bodoquena-Pantanal receber a Chancela da Unesco, receber investimentos e promoções", explica Nilde Brun.
Treze municípios que fazem parte do Geopark Bodoquena - Pantanal: Anastácio, Aquidauana, Bela Vista, Bodoquena, Bonito, Caracol, Corumbá, Guia Lopes da Laguna, Jardim, Ladário, Miranda, Nioaque e Porto Murtinho.
Se você tem a impressão de que a foto que ilustra essa matéria lembra alguma coisa, então o fotógrafo Flavio Lamenha cumpriu o objetivo da obra. Chamada "Ceia", a produção é uma recriação livre do fotógrafo pernambucano e integra a mostra Força da Expansão, que estará em exposição no 11º Festival de Inverno de Bonito.
Lamenha fará parte, com mais três convidados nacionais, da exposição de artes plásticas "O Sentido das Coisas", que tem curadoria de Rafael Maldonado. Os trabalhos estarão expostos na Galeria do Festival, na Praça da Liberdade.
Vivendo em São Paulo e há aproximadamente dez anos trabalhando com registro fotográfico de obras de arte, Flávio conta que nos últimos três anos cresceu seu interesse por produção artística autoral. "Misturo minha experiência profissional aos recursos tecnológicos, em que estou cada vez mais interessado", conta ele.
As fotografias que vão ser apresentadas no Festival fazem parte da série que ele está desenvolvendo atualmente, chamada Força de Expansão, apresentada pela primeira vez em 2008, no Salão da Bahia. Os múltiplos retratos do artista (na série ele se torna personagem da obra) incorporados nos cenários desafiam nossa capacidade de observador. A junção dos retratos é realizada com tal precisão que proporciona uma sensação de perfeita continuidade na cena, sem vestígios da manipulação digital.
Confessadamente acanhado, Flávio diz que a experiência de estar sendo ele mesmo retratado tem sido agradável. "Eu sou muito tímido. Como fotógrafo a gente está sempre atrás da máquina, não na frente. Mas eu gostei da experiência", ele diz, revelando que o uso de temporizador e a colaboração de amigos fizeram parte da técnica para o autorretrato.
Curador da mostra "O Sentido das Coisas" no Festin, Rafael Maldonado define que "no trabalho fotográfico de Flávio Lamenha a repetição cria um embate entre o real e a ficção, propondo ao observador um jogo de interpretação onde o posicionamento estrutural dos retratos do artista é minuciosamente incorporado na cena proposta, oferecendo possibilidades de reinvenção de imagens. Histórias e lugares aleatórios servem de interesse para a intervenção do artista".
De acordo com Flávio, os cenários são mesmo escolhidos de improviso, no momento da inspiração. Um bar, uma casa, uma rua, pode repentinamente se tornar moldura. "Eu passo, vejo um lugar, vou e uso. Com a roupa do dia".
Em Bonito, ele chega com grande expectativa e boas referências. "Eu não conheço a cidade, mas já ouvi falar muito bem, das paisagens, sua beleza natural e do festival. Alguns amigos já participaram dessa exposição durante o festival de Inverno. Acho que será um momento rico em trocas de idéias, cultura e experiências", anima-se.
A mostra "O Sentido das Coisas" está aberta ao público. Além de Flávio Lamenha, a Galeria do Festival terá exposições dos artistas plásticos Angella Conte (SP), Raul Leal (RJ) e Rodrigo Mogiz (BH).