imagem do onda

Notícias de Bonito MS

A Fazenda Santo Antonio do Paraíso, no Pantanal, é uma propriedade com 255,371 acres de terra, que se espalha por uma das áreas mais bonitas e ricas em diversidade biológica no Brasil. Aproximadamente 70% de suas terras encontram-se dentro do Pantanal, próximo à divisa dos Estados de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul,  no Município de Itiquira.

Só isso já bastaria para interessar um futuro proprietário, mas a área engloba também quatro ecossistemas, que incluem espécies como o jaguar, anaconda, cervo, capivara, tuiuiu e mais de 640 variedades de pássaros.

Por todos esses atrativos, a propriedade está sendo negociada no exterior.

Com a crise ameaçando donos de terra no país, os proprietários acharam melhor colocar suas terras à venda pela Hall and Hall, uma imobiliário especializada em vender ranchos e fazendas nos Estados Unidos e operando também no Chile, Argentina e Brasil. Segundo o site Luxist, especializado em artigos de luxo, a fazenda conta ainda com 23 mil cabeças de gado e 8 mil acres de plantação de soja.

Tudo isso a duas horas e meia de distância de um aerporto. A idéia é encontrar um milionário com pendores conservacionistas para continuar protegendo as espécies nativas. O problema maior, porém, é encontrar alguém disposto a desembolsar US$ 74 milhões por esse pedaço de paraíso brasileiro.

Distante 20 km do centro de Bonito, a Gruta do Lago Azul, descoberta por um índio Terena em 1924, é dos cartões postais mais belos entre todas as paisagens naturais da região. Com seus 80 metros de profundidade e 120 metros de largura e um visual de águas cristalinas de tirar o fôlego, o lugar impressiona não apenas pela beleza, mas também pela perfeição da natureza na construção de estalactites e estalagmites, formações rochosas que ao longo de séculos se originaram e cresceram no interior da gruta.

Não é por acaso que a Gruta do Lago Azul é considerada Monumento Natural. O tombamento feito em 1978 pelo Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional) garantiu a sua preservação e, como parte importante dessa preocupação, o acesso é rigorosamente controlado. Para chegar até lá os turistas percorrem uma trilha até a entrada da caverna e têm de encarar 300 degraus de escadaria rústica, mas nada disso representa obstáculo diante do espetáculo da natureza.

O horário de visitas obedece a luminosidade natural, das 07h às 14h. Outra recomendação dos guias é para que os turistas não esqueçam o tênis, considerado de uso obrigatório para o acesso à gruta. Não é permitida a entrada de crianças de zero a 5 anos.

Cada canto de Bonito, além de proporcionar paz e tranqüilidade, ainda oferece emoções inesquecíveis para quem está em busca de aventuras longe da vida agitada na cidade. Opções é o que não faltam, desde cachoeiras, trilhas, rapel, mergulhos, enfim, a lista de maravilhas e encantos da região é muito extensa.

Daniela Mendes

A lei nº 9433/97 que instituiu a Política Nacional de Recursos Hídricos no Brasil e criou o Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos fez 12 anos na última quinta-feira, dia 8 de janeiro.

De acordo com o diretor do Departamento de Recursos Hídricos do Ministério do Meio Ambiente, João Bosco Senra, a lei trouxe avanços muito importantes e colocou o Brasil em um papel de destaque em relação a outros países do mundo. "O Brasil nesse período vem se organizando e já temos muitas conquistas como conselhos de recursos hídricos em praticamente todos os estados brasileiros, mais de 160 comitês de bacias, a Agência Nacional de Águas e o Conselho Nacional de Recursos Hídricos", afirmou Senra.

Ele também destacou o Plano Nacional de Recursos Hídricos, que teve seu processo de construção coordenado pela Secretaria de Recursos Hídricos do MMA, em parceria com a Agência Nacional de Águas (ANA), com a participação de aproximadamente sete mil pessoas dos mais diversos segmentos da sociedade como: usuários, especialistas, organizações não-governamentais, movimentos sociais, governos estaduais, municipais e federal, além de populações tradicionais e povos indígenas.

Com ele, o Brasil cumpriu o compromisso firmado na Cúpula Mundial de Johanesburgo para o Desenvolvimento Sustentável (Rio+10) de definir um plano de gestão integrado para os recursos hídricos.

O objetivo do PNRH é assegurar quantidade e qualidade de água para o uso racional e sustentável. Iniciativas, como o Programa de Ação Nacional de Combate à Desertificação (PAN-Brasil) e o Projeto Água Doce (PAD), para ampliar a renda e fortalecer o desenvolvimento sustentável nas chamadas Áreas Suscetíveis de Desertificação também contribuiram para o país assumir a posição de destaque.

Segundo Senra, muitos países estão interessados em conhecer o trabalho que vem sendo desenvolvido pelo Brasil. Em 2008, a participação brasileira na Expo Saragossa, na Espanha, atraiu a atenção de diversos países. Agora, o Brasil se prepara para participar do Fórum Mundial das Águas, em Istambul, na Turquia, de 16 a 22 de março.

No encontro de 2006, no México, a Organização das Nações Unidas (ONU) divulgou um relatório onde o Brasil foi considerado como um dos países que mais avançaram na política de gestão de águas. O relatório apontou que de um total de 108 países analisados, apenas 14 apresentaram progressos nessa área.  O Brasil, o único país sul-americando que recebeu destaque, foi um deles. O Plano Nacional de Recursos Hídricos (PNRH), teve forte influência nesse resultado.

Bonito, cidade localizada a 247 quilômetros de Campo Grande, conhecida pelas belezas naturais, teve recorde de visitantes na última semana de 2008. Mesmo diante da crise mundial, o número de turistas foi superior ao registrado em outros verões e até mesmo no tradicional FestinBonito (Festival de Inverno de Bonito).

A explicação está na divulgação da cidade, na alta do dólar (que favoreceu o turismo interno) e até mesmo nas enchentes em Santa Catarina. Os turistas que iriam para aquele Estado optaram por outras regiões, inclusive por Bonito.

De acordo com o secretário de turismo do município, Augusto Barbosa Mariano, entre 26 de dezembro e 4 de janeiro havia 17 mil pessoas na cidade todos os dias. "Superou todas as expectativas. A gente esperava 12 mil pessoas".

Segundo Augusto, esta foi a maior quantidade de turistas já registrada na cidade. Hotéis, pousadas, campings e até casas de famílias ficaram lotadas. O comércio também teve lucro. Faltou vaga até nos passeios.

"Vendemos cerca de 40% a mais do que no mesmo período do ano passado", disse Rosemari Guizzo, proprietária da Panificadora Polônia. Para se ter uma dimensão do recorde de visitantes, a empresária conta que tinha que pedir para os clientes saírem para limpar o comércio. "Tinha que pedir para esperar lá fora para poder passar pano".

A padaria dela abre às 5h30 e fecha às 22h. Nestes nove dias de movimento intenso, havia cliente o tempo todo. Rosimari teve que contratar mais seis funcionários para dar conta da demanda. "O problema é que falta mão de obra".

Mesmo com todo o esforço para garantir o melhor para o visitante, houve dificuldade para se comprar pão, cerveja gelada e carne, conforme explicou o secretário de turismo. De acordo com Augusto, foram deixados na cidade R$ 20 milhões.

A funcionária do hotel Paraíso das Águas, Poliana Bessa, diz que todos os apartamentos ficaram ocupados nos nove dias. E segundo ela, ainda está cheio. "O hotel ainda está lotado", diz.

Segundo Augusto Mariano, a maioria dos turistas que deixaram a cidade são de Mato Grosso do Sul, já os que permanecem e que ainda vão nesse período de férias escolares, são de outros Estados e até de outros países.

Ele diz que o recorde de visitantes na cidade é resultado do trabalho realizado pela equipe da secretaria de turismo. "Com os diversos problemas que tivemos, como o caos aéreo, baixa do dólar, modismo dos cruzeiros, dengue e febre amarela, tivemos que trabalhar dobrado. Agora, fomos coroados".

Cerca de 70 índios da etnia kadiuéu invadiram e fecharam o núcleo de apoio da Funai em Bonito (247 km de Campo Grande), após liberarem os funcionários. O grupo, que entrou no prédio no início da noite de terça-feira, diz protestar contra o "estado de abandono" do local e exige a presença da direção regional do órgão.

De acordo com o kadiuéu Hilário da Silva, integrante do conselho tribal, as lideranças das cinco aldeias da etnia já vinham se mostrando insatisfeita com a gestão do chefe do núcleo, o terena Miguel Jordão. A "gota dágua", segundo ele, teria sido a informação de que o planejamento para 2009 ainda não havia sido feito.

"Todos ficaram muito irritados e decidiram expor a situação", disse Silva, por telefone. Segundo ele, os móveis e equipamentos do núcleo serão preservados. "Este é um protesto pacífico. Vamos deixar tudo como está, até mesmo para que a imprensa e a direção da Funai vejam como o local está abandonado", afirmou ele.

Em carta ao administrador da Funai em Campo Grande, Jorge das Neves, os índios reclamam da "falta de interesse dos gestores", que seriam "incapacitados para o cargo". "Vamos manter o núcleo ocupado até que ele venha discutir o problema conosco."

Das Neves, por meio de sua assessoria de imprensa, disse que irá atender ao convite, mas somente na próxima segunda.

O regulamento do concurso realizado pela Fundação New7Wonders, que deverá eleger as Sete Maravilhas Naturais do Planeta, foi alterado e incluiu em sua segunda fase de votação 261 lugares, ao invés dos 77 que tinha anunciado anteriormente. Com a mudança, o Pantanal ainda está na competição.

Apesar da mudança, no site da campanha não consta nenhum aviso sobre o assunto, e seus representantes no Estado também não foram informados. Os organizadores do Comitê Vote Pantanal MS souberam das novas normas somente ontem, data em que seria divulgado o resultado da primeira fase.

De acordo com as novas regras do concurso, todas as regiões naturais que estão nas fronteiras entre países passam para a segunda fase de votação. Foi escolhido também um representante de cada país participante.

Fernando de Noronha foi eleita a maravilha oficial do Brasil na disputa. O País conta ainda com quatro localidades transfronteiriças que passaram para a segunda fase: Rio Amazonas, Monte Roraima, Foz do Iguaçu e Pantanal.

A representante do Comitê Vote Pantanal MS, Fernanda Prado Santana, afirma que a inclusão do Pantanal na segunda fase foi uma surpresa, pois de acordo com o resultado divulgado anteriormente pela Fundação New7Wonders ele não havia sido classificado.

"Para a nossa surpresa não foram os 77 que entraram, mas 261", afirma ela.

Por conta da classificação os trabalhos do Comitê em busca de votos deverão ser retomados. "Agora, mais do que nunca, é que o Pantanal precisa do voto popular", afirma.

A segunda fase da votação pela internet vai até sete de julho. Após essa data, especialistas do concurso deverão avaliar os lugares mais votados e escolher 21 favoritos, que serão submetidos novamente a votação popular pela internet.

O resultado final deverá ser divulgado apenas em 2011 e não em 2010, como estava previsto no regulamento anterior.

O governo do Estado e a prefeitura de Aquidauana deram na manhã de terça-feira (6) o primeiro passo para transformar a estação ferroviária da cidade em um dos cartões postais do novo Trem do Pantanal, que apresentará o Pantanal a turistas de todo o mundo já a partir de maio deste ano.

O trabalho de transformação da ferroviária começou com a retirada dos antigos vagões abandonados do pátio da esplanada da Estação. Esquecidos no local há mais de vinte anos, os vagões abrigavam sujeira e focos de mosquitos. Sua retirada é o símbolo da chegada de um novo tempo para os moradores.

"Andei muito nesses trens. Coisa de uns 30 anos atrás. Mas eles parados ai estragam até as boas lembranças. Os tempos mudaram. É bom ver que a estação mudará para melhor", afirma Joana Lima, moradora que acompanhou o início do processo de remoção dos vagões.

De acordo com o secretário de Obras e Transporte, Edson Giroto, os processos de reforma de todas as estações envolvidas no trecho inicial do Trem do Pantanal já estão encaminhados, assim como a maior parte dos 25 vagões e máquinas, que já estão na Capital em processo de preparação mecânica.

"A determinação do governo é fazer o Trem funcionar inicialmente entre as estações de Campo Grande (Indubrasil), Terenos, Taunay, Piraputanga, Aquidauana e Miranda. Mais adiante ele alcançará o Pantanal de Corumbá", afirmou.

A reativação do trem como atração turística é um projeto de parceria de prefeituras, do Estado e da União. "Somente com a parceria poderíamos viabilizar a reestruturação da Estação. Agora começaremos o processo de capacitação profissional, de articulação da indústria do turismo e de melhoria da infra-estrutura da orla ferroviária. Essa motivação será vital para o turismo de Aquidauana", explicou o prefeito Fauzi Suleiman.

"Após um bom tempo de contingência financeira, esta é a hora de colocar em prática este projeto que transforma e profissionaliza ainda mais o turismo de Mato Grosso do Sul", finalizou o secretário de Governo, Osmar Jerônymo.