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Notícias de Bonito MS

O Recanto Ecológico Rio da Prata é eleito o "Melhor Trabalho em Ecoturismo" pelo Prêmio Brasil de Meio Ambiente de 2008

O Jornal do Brasil e a Revista JB Ecológico escolheram o projeto "O modelo de ecoturismo sustentável do Recanto Ecológico Rio da Prata" como VENCEDOR na Edição 2008 do Prêmio Brasil de Meio Ambiente, na categoria Melhor Trabalho em Ecoturismo.

Em sua terceira edição, o Prêmio Brasil de Meio Ambiente é a concretização de um desejo da Editora JB de difundir as grandes iniciativas em prol do Meio Ambiente do país e amplificar as discussões sobre as questões ambientais, desenvolvimento sustentável e responsabilidade social, em âmbito nacional.

Liderados pela experiente equipe da Revista JB Ecológico, a única publicação da grande mídia impressa nacional voltada para ecologia, desenvolvimento sustentável e a responsabilidade social, a iniciativa do prêmio almeja causar um grande e pró-ativo impacto na sociedade brasileira e internacional, tornando-se um grande acontecimento em termos de ecologia social.
O passeio de ecoturismo

O Recanto Ecológico Rio da Prata, oferece roteiros ecoturísticos de: Trilha, Flutuação, Mergulho com cilindro, Observação de aves (Birdwatching) e Cavalgada. O empreendimento participa do Programa Aventura Segura da ABETA (Associação Brasileira das Empresas de Ecoturismo e Turismo de Aventura), da qual também é associado.

O objetivo inicial desde o início da operação de ecoturismo em 1995 era criar um modelo de ecoturismo sustentável, que conciliasse rentabilidade e desenvolvimento regional com conservação ambiental, tudo isso dentro dos princípios da sustentabilidade. Para isso foram estabelecidas uma série de diretrizes primordiais de ação, que se procura seguir para orientar o desenvolvimento do empreendimento como um todo. Como resultado o Recanto Ecológico Rio da Prata criou um modelo sustentável de ecoturismo e tem buscado atingir um grau de excelência em operação de ecoturismo, resultando em um produto turístico de qualidade significativa.

Esta iniciativa nasceu e continua com o patrocínio da Petrobrás e do Governo Federal, apoio da Coca-Cola e conta com toda sua estruturação técnica conduzida pela FIRJAN e sua Diretoria de Meio Ambiente.

Seguem abaixo todos os premiados, por categorias técnicas, do III Prêmio Brasil de Meio Ambiente:
-Melhor Trabalho em Ar - Banco Bradesco S.A
-Melhor Trabalho em Água - Bayer S.A
-Melhor Trabalho em Fauna e Flora - Banco Bradesco S.A
-Melhor Trabalho em Educação ambiental - Furnas Centrais Elétricas S.A
-Melhor Trabalho em Resíduos - Organoeste Biotecnologia & Participações Ltda
-Melhor Trabalho em Eficiência Energética - Companhia Estadual de Águas e Esgotos - Cedae
-Melhor Trabalho em Ecoturismo - Japacanim Ecoturismo Ltda (Recanto Ecológico Rio da Prata)
-Melhor Trabalho no Âmbito Municipal - Fundação Orsa
-Melhor Trabalho no Âmbito Estadual - Companhia Estadual de Águas e Esgotos - Cedae
-Melhor Trabalho no Âmbito Federal - CWT Design Arte e Comercio de Artesanato Ltda
-Melhor Ação de Comunicação Social em Meio Ambiente - Universidade de Marília
-Melhor Campanha Publicitária sobre Meio Ambiente - OpusMúltipla

A Cerimônia de Premiação está prevista para hoje, dia 22, no MAM - Museu de Arte Moderna, no Rio de Janeiro.

Fonte: Assessoria de Imprensa
Recanto Ecológico Rio da Prata
Estância Mimosa Ecoturismo

O ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, informou nesta quarta-feira (21) que o plano de Zoneamento Agroecológico da Cana-de-Açúcar "a ser anunciado em fevereiro" virá acompanhado de uma novidade: uma lei nacional para a redução progressiva das queimadas em todas as plantações em áreas mecanizáveis já consolidadas, entre 2010 e 2020. Além disso, a lei proibirá as queimadas nas áreas novas de expansão. O Brasil estará 100% livre de queimadas em 2020, disse Minc. Esse é um ganho muito importante porque, na queimada, se elimina matéria orgânica com perda de biomassa que geraria energia -, se emite CO2 e se agride o pulmão dos trabalhadores.

A decisão foi anunciada após reunião do ministro com o presidente Lula. Participaram do encontro também os ministros Reinhold Stephanes e Dilma Roussef, entre outros.

De acordo com o cronograma, as queimadas em plantações atuais serão reduzidas em 20% até 2010; em 30%, até 2012; em 50%, até 2014; em 80%, até 2018; e em 100%, até 2020. Para as áreas novas do Zoneamento Agroecológico da Cana-de-Açúcar, a restrição às queimadas será total.  O ministro informou que haverá uma série de medidas "de direcionamento de crédito, de facilitação de maquinário e de restrições legais" para garantir a redução das queimadas de acordo com o cronograma previsto.

Minc lembrou também que a lei irá determinar que a expansão da cana-de-açúcar ocorra sem que se jogue vinhoto nos rios com uma tecnologia que o transforma em biofertilizante -, sem queimadas, e sem invadir áreas de produção de alimentos ou áreas protegidas. Há acordo entre os ministérios de que não haverá nenhuma nova usina de cana no Pantanal, nem na Amazônia nem em áreas de vegetação nativa, disse Minc. "Temos 40 milhões de hectares para escolher seis, então não temos faltas de terras: o Brasil talvez seja o único país do mundo que pode expandir a produção do etanol e dos biocombustíveis sem entrar em um hectare de área protegida nem de produção de alimentos".

Em até 160 dias, o Ministério do Turismo terá cumprido o cronograma de inclusão de novas categorias de prestadores de serviços turísticos no Cadastur.

Com isso, acampamentos turísticos, campings e similares passam a compor a lista de empresas com cadastramento obrigatório. Atualmente sete matrizes integram o sistema de cadastramento do MTur.

Outras oito categorias poderão aderir ao sistema voluntariamente. São modalidades consideradas de finalidade turística pela Lei Geral do Turismo (nº 11.771/08).

De acordo com o coordenador geral de Serviços Turísticos do MTur, Ricardo Moesch, o cadastro facultativo se aplica às atividades que não são intrínsecas ao setor de Turismo.

"As empresas com cadastro não-obrigatório que optarem pelo cadastramento terão direito a acessar programas de apoio, financiamento e fomento, e estarão credenciadas a participar de eventos, feiras e programas de qualificação promovidos pelo Ministério do Turismo. Isso significa que elas entrarão para o mapa formal do turismo do Brasil", afirma Moesch.

O decreto que regulamenta a LGT - a ser encaminhado pelo MTur à Casa Civil da Presidência da República ainda em janeiro - abre a possibilidade de cadastramento voluntário para as seguintes categorias relacionadas ao Turismo. São elas:

1) restaurantes, cafeterias, bares e similares; 2) centros ou locais destinados a convenções e/ou a feiras e a exposições e similares; 3) parques temáticos aquáticos e empreendimentos dotados de equipamentos de entretenimento e lazer; 4) marinas e empreendimentos de apoio ao turismo náutico ou à pesca desportiva; 5) casas de espetáculos e equipamentos de animação turística; 6) organizadores, promotores e prestadores de serviços de infra-estrutura, locação de equipamentos e montadoras de feiras de negócios, exposições e eventos; 7) locadoras de veículos para turistas; 8) prestadores de serviços especializados na realização e promoção das diversas modalidades dos segmentos turísticos, inclusive atrações turísticas e empresas de planejamento.

A implementação das matrizes no sistema eletrônico do MTur será precedida por encontros com a representação nacional das categorias abrangidas. A idéia é discutir pré-requisitos e critérios básicos para o enquadramento das empresas nos novos segmentos. A inclusão começará pelos segmentos "bares e restaurantes" e "centros de convenções, feiras e exposições".


Até agora, integrar o Cadastur era obrigatório apenas para meios de hospedagem, agências de turismo, transportadoras turísticas, organizadoras de eventos, parques temáticos, guias e bacharéis em Turismo.

Fiscalização - A partir da regulamentação da LGT, ficará estabelecida a obrigatoriedade do cadastro, no Cadastur, ao grupo de empresas que prestam serviços/atividades intrínsecas ao Turismo. Tanto as empresas de cadastro obrigatório quanto as de cadastro facultativo que optarem por se cadastrar, ficarão sujeitas à fiscalização do poder delegado pelo MTur às secretarias estaduais de Turismo. Essa ação dos fiscais já ocorre por meio de blitz ou denúncia, embora tenha sido desenvolvida, até agora, com caráter preventivo e educativo.

Com a regulamentação da LGT, caberá multa, advertência por escrito, cancelamento do cadastro ou até interdição do estabelecimento e das atividades empresariais a quem infringir a lei. A multa varia de R$ 350 a R$ 1 milhão, segundo a capacidade econômica do infrator, conforme estabelecido no artigo 36 da lei nº 11.771/08.

Entre os deveres dos prestadores de serviços turísticos cadastrados estão a menção e utilização, em qualquer forma de divulgação e promoção, do número de cadastro, dos símbolos, expressões e demais formas de identificação determinadas pelo Ministério do Turismo; manter, em suas instalações, livro de reclamações cópia do certificado de cadastro; conservar, no exercício de suas atividades, obediência aos direitos do consumidor e à legislação ambiental; além de apresentar, na forma e no prazo estabelecido pelo MTur, informações e documentos referentes ao exercício de suas atividades, empreendimentos, equipamentos e serviços, perfil de atuação, qualidades e padrões dos serviços oferecidos.

Como se cadastrar - A ficha de cadastro pode ser preenchida no endereço www.cadastur.turismo.gov.br, e a documentação deve ser entregue ao órgão oficial de Turismo do estado. Para que o cadastro seja concluído e homologado, as empresas devem pagar uma taxa de R$ 100. Demais instruções estão disponíveis no próprio site.

Segundo o governo do Mato Grosso do Sul, a Trip Linhas Aéreas vai voar para Bonito, um dos ícones do Brasil no segmento de ecoturismo, já no próximo mês. Os voos partirão da capital Campo Grande às quintas-feiras e aos domingos. "A meta da empresa, a longo prazo, é intensificar o número de partidas e criar uma linha específica entre Guarulhos e Bonito", disse o governo do Estado por meio de um comunicado. O início das operações, no entanto, depende do término das obras de reestruturação do aeroporto, realizadas pelo governo estadual (previstas para este mês) e das licenças técnicas, de responsabilidade das agências reguladoras.

Esse foi um dos temas tratados em um encontro entre o governador do Mato Grosso do Sul, André Puccinelli, Evaristo Mascarenhas de Paula, da Trip, e José Nelson Panissi, da JN Representações Hoteleiras, em Campo Grande.

Para viabilizar o início das operações já programadas para Bonito, a Trip apresentou ao governador Puccinelli uma proposta de incentivos fiscais, que deve ser analisada pela Secretaria de Fazenda. Em contrapartida, a empresa garantiu a disposição em apresentar projetos de novos voos para outras cidades no Estado, como Três Lagoas. A Trip opera no Estado há seis anos e atua nos aeroportos de Campo Grande, Dourados e Corumbá.

Começa hoje (21)à tarde, em Campo Grande, o ciclo de reuniões com secretários e dirigentes de turismo sobre políticas públicas para o setor. Os encontros vão até sexta-feira (23) e são realizados pela Fundação de Turismo de Mato Grosso do Sul (Fundtur) no auditório Tertuliano Amarilha, do Centro de Convenções Rubens Gil de Camilo.

Participam das reuniões todas as cidades do Estado, que foram divididas em dez regiões, de acordo com as potencialidades turísticas. Nesta quarta-feira (21), as reuniões têm início às 14 horas com a Região Rota Norte, e às 16 horas, o encontro será com o destino Caminho dos Ipês, que engloba Campo Grande e região.

A intenção dos encontros é promover a discussão de políticas públicas para o turismo, que é um dos vetores de diversificação da matriz econômica. Mais ainda, as reuniões pretendem fomentar um plano de desenvolvimento para cada região, e definir um cronograma de ações.

O primeiro passo nas reuniões é mapear as ações necessárias, envolvendo infraestrutura, cursos de capacitação e estratégias de marketing. A seguir, o executivo deve buscar recursos junto aos órgãos governamentais e a iniciativa privada para realizar os investimentos.

"Esse projeto teve início no ano passado e pretende determinar ações a curto, médio e longo prazo, para um período de 12 anos. Com isso, iremos consolidar as políticas públicas de turismo no Estado de forma transparente, que atenda a cada localidade com um tratamento diferenciado", comenta Nilde Brun, diretora-presidente da Fundtur.

Os dados científicos levantados nas reuniões deverão ser compilados até abril deste ano. Em maio, há previsão de assinatura de um pacto com cada região, garantindo a execução das ações e estabelecendo as responsabilidades de cada gestor.

Amanhã (22), as reuniões começam às 10 horas com a região Costa Leste; às 14 horas, será a vez do Pantanal e às 16 horas, o encontro é com a equipe do Cone Sul.

Na sexta-feira (23), a Fundtur reúne-se com o Vale do Aporé (Paranaíba e região), às 08 horas; às 10 horas, a reunião é com Vale das Águas (Nova Andradina e entorno). No período vespertino, as regiões da Grande Dourados e Caminhos da Fronteira (região de Ponta Porã) discutem suas políticas às 14 horas; e às 16 horas, os encontros se encerram com Bonito/Serra da Bodoquena

Confira os municípios que integram cada região:

CAMINHO DOS IPÊS - Ribas do Rio Pardo, Nova Alvorada do Sul, Campo Grande, Jaraguari, Terenos, Rochedo, Corguinho, Rio Negro, Sidrolândia, Dois Irmão do Buriti;

PANTANAL - Corumbá,Miranda, Aquidauana, Ladário, Anastácio;

BONITO/SERRA DA BODOQUENA - Bodoquena, Bonito, Jardim, Guia Lopes da Laguna, Bela Vista, Nioaque, Caracol, Porto Murtinho;

ROTA NORTE - Bandeirantes, Camapuã, São Gabriel d´Oeste, Rio Verde, Coxim, Pedro Gomes, Sonora, Figueirão, Alcinópolis, Costa Rica;

VALE DO APORÉ - Paranaíba, Cassilândia, Inocência, Água Clara, Chapadão do Sul;

COSTA LESTE - Aparecida do Taboado, Selviria, Três Lagoas, Brasilândia, Santa Rita do Pardo, Bataguassu, Anaurilândia;

CAMINHOS DA FRONTEIRA - Amambaí, Antonio João, Aral Moreira, Coronel Sapucaia, Laguna Carapã, Paranhos, Ponta Porã, Sete Quedas, Tacuru;

GRANDE DOURADOS - Maracaju, Rio Brilhante, Douradina, Itaporã, Deodápolis, Glória de Dourados, Fátima do Sul, Dourados, Vicentina, Caarapó;

VALE DAS ÁGUAS - Angélica, Batayporã, Ivinhema, Jateí, Nova Andradina, Novo Horizonte do Sul, Taquarussu;

CONE SUL - Juti, Naviraí, Itaquiraí, Iguatemi, Eldorado, Japorã, Mundo Novo.

Responsável por 60 frequências semanais de voos diretos de Portugal para o Brasil, a TAP Portugal é uma companhia aérea fundamental para o acesso dos países europeus aos destinos turísticos brasileiros.

Por esse motivo, o Ministério do Turismo, por meio da Embratur, propôs uma parceria estratégica com a companhia para reforçar na promoção do país nos principais mercados emissores europeus.

A parceria foi formalizada em reunião ocorrida nesta terça (20) em Lisboa. O encontro antecede a realização de uma das mais importantes feiras de turismo de Portugal, a Bolsa de Turismo de Lisboa (BTL), que vai até o próximo dia 25.

As ações de parceria com a TAP incluem desde publicidade casada até treinamento de agentes, viagens de jornalistas estrangeiros ao Brasil e rodadas de negócios com grandes operadores.
Para as companhias aéreas, a parceria poderá aumentar a demanda para manter boa ocupação nos voos e rentabilidade suficiente para manter as rotas.

"Estamos trabalhando para estreitar o relacionamento com os principais agentes do mercado, com o objetivo de garantir a posição do Brasil no competitivo mercado global", explica a presidente da Embratur, Jeanine Pires.

Durante o encontro, foram apresentadas a nova etapa do Plano Aquarela (estudo que orienta a estratégia de promoção do Brasil no exterior) e a agenda promocional da Embratur para a Europa em 2009.

"O objetivo é enfrentar as incertezas da economia em 2009 e suas possíveis consequências no fluxo turístico internacional", disse Jeanine.

Além do vice-presidente Comercial da TAP, Luiz da Gama Mor, e do vice-presidente de Planejamento da TAP, Manuel Torres, a reunião teve ampla presença dos gerentes da TAP em diversos pontos da Europa, inclusive países escandinavos e do Leste Europeu.

Sobre o mercado europeu - A Europa é responsável por uma expressiva parcela do emissivo de turistas para o Brasil. Em 2007, os países europeus enviaram 38% dos cinco milhões de turistas estrangeiros que visitaram o país. A atual freqüência aérea entre o Brasil e a Europa é de 202 voos semanais.

Desde setembro de 2008, está sendo veiculada em diversos países europeus a campanha publicitária Brasil Sensacional. O plano total de mídia prevê a veiculação de peças em televisão, publicações impressas, mobiliário urbano e internet.

O ipê amarelo é considerado árvore-símbolo do Brasil"O ipê é o novo mogno". E, se não for protegido como a famosa árvore de madeira vermelha, tende a ter um fim trágico. O alerta aparece em artigo na revista científica "Biological Conservation". Madeira nobre, o ipê (tanto sua versão amarela quanto a roxa) é considerado raro em nossas florestas tropicais e não cresce bem com luz - ou seja, após a abertura de clareiras na mata.

Marco Lentini, um dos autores do texto e diretor-executivo adjunto do IFT (Instituto Floresta Tropical), diz que a densidade do ipê varia de somente uma árvore para cada 10 hectares até uma árvore para cada 3 hectares. Além disso, sua exploração tem sido muito grande nos últimos tempos graças a seu alto valor comercial.

Os pesquisadores estimam, baseados em dados oficiais do governo, que só em 2004 cerca de 1,1 milhão de m3 de ipê foram explorados para gerar 167 mil m3 de madeira exportada.

"Essas estimativas são comparáveis aos volumes de mogno extraídos da Amazônia brasileira durante a corrida pelo mogno no final da década de 1980 e começo dos anos 1990", ressalta o artigo, cujo autor principal é Mark Schulze, da Escola de Recursos Florestais e Conservação da Universidade da Flórida (EUA).

Outro problema é a baixa regeneração da árvore. De acordo com o professor de reprodução e genética florestal da USP (Universidade de São Paulo) Paulo Kageyama, que não assina o artigo, espécies raras como ipê e mogno "só se regeram sob clareiras pequenas", menores do que 1.000 m2.

A exploração do mogno começou a ficar mais intensa na década de 1970, e teve ápice nas duas décadas seguintes. Houve diversas invasões de terras indígenas para exploração dessa espécie e muitos conflitos foram registrados.

Após campanhas de proteção do mogno, como a feita pelo Greenpeace, em 1996 o governo federal decretou a primeira moratória para novos projetos de exploração da espécie.

E, em 2003, passou a vigorar a inclusão do mogno no anexo 2 da Cites (Convenção sobre o Comércio Internacional de Espécies Ameaçadas), que exige uma exploração legal e comprovadamente sustentável. São responsabilizados os países produtores e os consumidores pelo controle compartilhado do comércio, o que contribui para reduzir o contrabando - na prática, houve a proibição do comércio do mogno no país.

Na opinião de Lentini, a primeira medida é, sem dúvida, incluir o ipê no anexo 2 da Cites. De acordo com o artigo, a exploração insustentável dessa madeira só abrandou quando esforços sistemáticos para restringir o corte, transporte e comércio foram implementados em nível nacional e internacional. "Esses esforços chegaram tarde demais para a maioria das populações de mogno. Vamos repetir a história com o ipê?", indagam os autores.

Adalberto Veríssimo, pesquisador do Imazon, concorda que o ipê deve ser protegido, adotando-se o princípio da precaução. Segundo ele, essa madeira é excepcional - durável, estável, aguenta bem a chuva -, mas seu repovoamento na floresta é muito difícil.

Desmatamento - Em 2004, o ipê representou 8,8% do valor total exportado de madeira da Amazônia - sozinha rendeu US$ 82,8 milhões. Dados da ITTO (Organização Internacional de Madeira Tropical, na sigla em inglês) de julho de 2008 confirmam o alto valor do ipê: o preço dessa madeira serrada era de US$ 739 por m3, enquanto o jatobá ficava em US$ 568 por m3 e o eucalipto, em US$ 217 por m3.

Mas, para chegar ao ipê, novas áreas têm sido abertas, ampliando o arco de desmatamento da floresta amazônica. "Fica viável construir uma estrada numa área antes remota para tirar a madeira de alto valor", afirma Lentini.

Segundo ele, em 2004 mais de 600 mil hectares de florestas foram explorados na Amazônia apenas para extrair a quantidade de ipê exportada nesse único ano.