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Notícias de Bonito MS

O governador André Puccinelli (PMDB) disse que está confirmada a vinda do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) a Mato Grosso do Sul dia 8 de maio para a viagem inaugurar do Trem do Pantanal. O Palácio do Planalto enviou ofício ao secretário de Governo Osmar Jeronnymo acertando a agenda.

Não está definido, ainda, se virão ministros e quais. O governador torce para que a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, integre a comitiva. "Já pensou que charge bacana daria, o Lula de motorneiro e a Dilma de foguista?", disse André.

O ministro do Turismo, Luiz Barretto, e a presidente a Caixa Econômica Federal, Maria Fernanda Coelho, apresentam na próxima segunda-feira (27), em São Paulo, detalhes sobre o crediário Caixa Fácil para o turismo. Segundo o ministério, o objetivo da parceria é facilitar o acesso da população a financiamentos de pacotes turísticos e dar continuidade à política de estimulo ao turismo brasileiro.

Pelo crediário, será possível financiar pacotes de até R$ 10 mil, em parcelas de 24 meses. O pagamento pode ser feito via boleto bancário ou débito em conta corrente e o cliente não precisará ser correntista do banco.

As operações serão realizadas por meio das agências de viagens credenciadas pela Caixa.

Ambientalistas divulgaram hoje nota de repúdio à possibilidade de liberação do plantio de cana na borda do Pantanal. O assunto foi comentado em matéria do jornal Folha de S.Paulo do dia 11 de abril.

Com o título "Lula estuda liberar plantio de cana na borda do Pantanal", a matéria diz que a pressão para liberar a expansão do cultivo de cana-de-açúcar na bacia do Alto Paraguai já provoca um novo adiamento de cinco meses no anúncio do zoneamento da cana, um compromisso internacional assumido pelo presidente Lula.

A nota de repúdio afirma que a decisão de liberar o plantio da cana "coloca em risco todo o ecossistema pantaneiro, que é parte interdependente da Bacia do Alto Paraguai".

"A planície depende do equilíbrio da região do planalto, onde estão as cabeceiras dos rios contribuintes da planície pantaneira. Tanto é verdade que a região é atualmente protegida pela resolução 01/85 do Conama (Conselho Nacional de Meio Ambiente), que suspende qualquer atividade sucroalcooleira na região da Bacia do Alto Paraguai, defendida inclusive pelo Ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc", diz outro trecho da nota.

Os ambientalistas avisam que estão acompanhando a movimentação "lobista" dos governadores de Mato Grosso do Sul e Mato Grosso, André Puccinelli (PMDB) e Blairo Maggi (PR), junto ao governo Federal, no sentido de liberar a região da Bacia do Alto Pantanal para o plantio de cana e a instalação de usinas.

"O que nos causa muita estranheza é que ambos os chefes do Executivo, de forma contraditória, fazem campanha para que suas respectivas capitais sejam subsedes da Copa do Mundo de 2014, utilizando o Pantanal e suas belezas naturais como argumentos para a vinda do evento", afirmam os ambientalistas na nota de repúdio.

De acordo com eles, a justificativa técnica apresentada pelo governador, que o ZEE-MS (Zoneamento Ecológico-Econômico) dá bases técnico-cientificas para instalar, com segurança, esses empreendimentos na região da bacia, é insuficiente.

"Isso porque o estudo em questão foi fruto de um trabalho limitado, com equipe reduzida, sem infraestrutura e recursos financeiros. Além disso, a participação popular se limitou a consultas setoriais", diz a nota.

De acordo com eles, o resultado final deste estudo, que durou seis meses e não foi apresentado à sociedade, "parece muito mais um requentamento de informações como PC BAP e o MS 2020, entre outros produzidos anteriormente".

"Para uma tomada de decisão, seria necessário um estudo sério com investimentos de grande monta e, no mínimo, dois anos para discussão e participação, para termos um produto consistente, e não um material produzido 'nas coxas', com o único intuito de liberar a região para instalação de usinas", disparam os ambientalistas.

Eles elencam ainda algumas ações que pretendem tomar caso o plantio seja liberado:

- Execução de forte campanha nos mercados internacionais para inviabilizar a comercialização desse álcool que estará promovendo a degradação do Pantanal, patrimônio natural da humanidade declarado pela Unesco e maior área úmida do planeta;

- Ação civil pública, com base na Resolução CONAMA 01/85, para impedir a instalação desses empreendimentos;

- Reativação da campanha popular "Usinas de álcool no Pantanal NÃO", para barrar as ações dessas empresas na região.

Os ambientalistas afirmam ainda que não são contrários à produção do álcool, desde que produzido com respeito ético e moral aos conceitos sociais, sem exploração do trabalho humano, com mínimo de impactos ambientais e sociais, e com as devidas compensações.

"Lembramos ainda que metade do território do Estado de Mato Grosso do Sul está disponível para instalação desses empreendimentos, com áreas degradadas disponíveis, onde o plantio de cana seria benéfico para recuperação de tais áreas", diz a nota, assinada por Alessandro Menezes (SOS Pantanal), Haroldo Borralho (Cedampo) e Maria Rita Barcelos (Abccon/MS).

O prefeito municipal de Bonito, José Arthur (PMDB), assinou na tarde de ontem, quinta-feira (23), ordem de serviço para início das obras da II Etapa da revitalização da Rua Coronel Pilad Rebuá, principal via da cidade e seu centro comercial e cultural.

A primeira etapa abrangeu a revitalização de quatro quadras: a da Praça da Liberdade, do Restaurante Tapera, do Bar Taboa e a da prefeitura e câmara municipal. A segunda etapa vai abranger cinco quadras, indo da esquina da prefeitura e da câmara até a esquina da Farmácia Vita Salute.

O projeto paisagístico aumenta o espaço destinado aos pedestres com a substituição do piso e o alargamento das calçadas, instalando bancos, canteiros, plantas e pórticos que cruzam a rua em determinados pontos.

Na primeira etapa foi investido R$ 1,8 milhão e a segunda está orçada em R$ 1.158.718,00, sendo R$ 1.066.818,00 oriundos do Ministério do Turismo e R$ 91,9 mil da contrapartida do município. Existe ainda a previsão da realização de uma terceira etapa, avaliada em R$ 900 mil.

Quem perdeu essa viagem terá a chance de conhecer um pouquinho da época em que os trilhos eram o principal meio de transporte de massa, e apoiavam rodas poderosas que arrastavam a riqueza do Estado. A cada estação a balbúrdia de crianças e pais que vendiam bolo, pastel, peixe frito, chipa. E assim ia, num sacolegar sem fim batendo desigual, horas e horas até chegar a Corumbá, passando pelo Indubrasil, Palmeiras, Piraputanga, Camisão, Aquidauana, Miranda, Albuquerque, Taunay, tantas outras. Dentro do trem os garçons carregavam refrigerantes embutidos no avental, sob olhares pidões das crianças. Pelas janelas entravam o ar com cheiro de guavira do Cerrado, ou a fuligem das queimadas, sujando tudo. Mas ninguém se importava.

O apito era o aviso de chegada e o adeus de partida. Não há como resistir ao charme do trem, que por décadas passou de moderno e útil a obsoleto, oneroso, por fim deficitário, até cessar o transporte de gente e continuar só a transportar grãos e minério.

Era, sobretudo, democrático. Transportava políticos, empresários, mascates, donas de casa, velhos e crianças e até caixas de galinha e alimentos. Mas havia nele a mesma distinção de classes que configura a sociedade. Os abastados ocupavam o vagão de primeira. Pobres, trabalhadores em geral e funcionários da antiga Noroeste do Brasil, seguiam no de segunda. Entretanto, todas as classes sociais tinham encontro marcado no vagão-restaurante.

A viagem interrompida em 1996 retorna dia 8 de maio deste ano, 13 anos depois. E faz suspirar de saudades quem viveu intensamente aquela época.

"Para quem trabalhava na Ferrovia tinha muita fartura. As famílias plantavam na beira da estrada. Só no Pantanal que não dava porque alagava, mas só via os bichos. Em Camisão, Piraputanga e Taunay vendia de tudo. Os índios com as frutas do mato, matavam tatu, assavam e vendiam. Peixe também", lembra Odilon Lemos, 79, aposentado da antiga Noroeste do Brasil.

Na década de 90 com o crescimento das rodovias, a popularização do ônibus por ser mais rápido embora mais perigoso, houve uma queda no número de passageiros, um sucateamento da linha. Ao contrário dos países como Estados Unidos. Austrália e Rússia, que pela extensão territorial mantêm investimentos ferroviários, no Brasil houve a privatização, falta de manutenção do patrimônio, fim do transporte de passageiro.

"O trem de passageiros era lotado porque o povo da cidade ia tudo para o mato pescar no fim de semana. Ia para Piraputanga, Camisão. Depois, construíram o asfalto e começou a correr o ônibus, diminuiu os passageiros. Arrendaram o patrimônio e acabaram com tudo", diz Lemos.

O que o descaso legou ao abandono e o tempo se encarregou de deteriorar, os cofres públicos tiveram que socorrer. Foram investidos R$ 739 mil do governo do Estado para revitalizar a estação Indubrasil, de onde vai sair o Trem do Pantanal no dia 8 de maio, em inauguração que poderá contar com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

O auxiliar de serviços gerais João Rodrigues da Silva, 50, trabalha na obra junto com dezenas de outros homens. Ele disse ao Midiamax que quando moço costumava viajar para Aquidauana, onde morava a mãe dele.

"Fim de ano enchia de gente na estação Mário Dutra lá perto do Friboi. Era bem seguro e o preço era barato dava para viajar nas férias. Viajar de trem era que nem estádio de futebol, pobre podia viajar e tinha lugar para rico também. Depois ficou tudo abandonado e arrebentado, dinheiro jogado fora". João Silva trabalha na obra na estação de Indubrasil e hoje, acredita que é um sonho a retomada do Trem do Pantanal.

Reativação

A reativação de parte do trecho do Trem do Pantanal, que nos anos 1953/1996 saia de Bauru (SP) chegava até Corumbá e de lá, a ferrovia boliviana levava os passageiros a Santa Cruz de La Sierra, parecia algo que seria contado apenas pelas novas gerações, pois a história de Mato Grosso do Sul com o nascimento de pequenas cidades se deu graças a expansão da linha férrea. Na divisa com o Paraguai, em Ponta Porã, as estações e os trilhos são marcas históricas.

Agora, após 13 anos sem o trem de passageiro, Mato Grosso do Sul retoma um projeto emblemático para o turismo e lança com pompas o Trem do Pantanal no trecho Campo Grande/Miranda. A parte mais alagada da região, que fica de Miranda até Corumbá, poderá ser ativada em 2010 se a empresa responsável pela manutenção da linha férrea conseguir garantir as reformas e assim, a segurança aos passageiros.

"O Pantanalzão mesmo é de Miranda pra lá. Você vê bichos na beira da linha e a chegada em Porto Esperança quando é época da cheia é uma beleza", relembra o aposentado Lemos. Ele torce pro Trem do Pantanal ser ampliado até Corumbá.

"Viajei muito para Aquidauana. Todo mundo fala que lá pros lados de Corumbá que se vê o Pantanal de verdade, mas só de chegar em Aquidauana já era muito legal. Agora trabalhamos embunitando a estação para o povo, o presidente conhecer", completa o auxiliar de serviços gerais José Maria da Costa, 35, que também trabalha com outros operários na reforma da estação Indubrasil.

O antigo governo estadual tentou ativar, mas acabou barrado pela ANTT (Agência Nacional de Transporte Terrestre) chegou a frear a volta do Trem do Pantanal. A Agência só liberou no trecho onde os dormentes passaram por manutenção e demonstraram em boa qualidade.

Na época vagões estilizados tinham desenhos da onça pintada e outros animais da fauna sul-mato-grossense. Tudo foi alterado para o lançamento oficial no dia 8 de maio.

Indubrasil

Nas cores laranja, sem as características dos anos 50, a estação Indubrasil passou por reformas e ganha aspecto mais moderno. Os vagões do novo Pantanal Express (o antigo Trem do Pantanal) estão em Curitiba (PR), deverão seguir para Sorocaba (SP) e chegar à Indubrasil no dia 1º de maio.

Segundo o diretor comercial da Pantanal Express, Adonai Arruda Filho torce para que em 2010 o Trem do Pantanal possa chegar até Corumbá.

Animado com o projeto em Mato Grosso do Sul, ele acredita prepara junto com a Fundação de Turismo do Estado e Sebrae-MS toda a infra-estrutura para que o trem possa ser referencial nacional do turismo.

"Temos a Serra de Maracaju que é muito linda, rios de ponte e ainda as estações de Piraputanga e Taunay. Vamos criar projetos para abranger essa comunidades locais", detalha.

Música

Um pouco da cultura sul-mato-grossense faz parte de todo o projeto Trem do Pantanal. Nos vagões cancioneiros deverão tocar músicas regionais e no restaurante, músicos apresentarão os trabalhos da região.

A história da Guerra do Paraguai e exibição de peões tocadores de berrantes também fazem parte do cardápio cultural.

Roteiro

Todos os sábados às 7h30 o Trem do Pantanal sairá da estação do Distrito de Indubrasil rumo à cidade de Miranda, onde a chegada prevista é R$ 18h. Na viagem, os passageiros conhecerão as estações de Piraputanga (11h30), Aquidauana (12h30) - onde almoçam e saem rumo para a cidade de Miranda às 15 horas.

São 280 passageiros por viagem. Numa velocidade de 30 quilômetros por hora, o tour será de 6 horas. O preço da viagem Campo Grande/Miranda varia entre R$ 39,00 a R$ 126. Há três tipos de viagens: econômico, turístico e nos vagões executivo.

A volta será todos os domingos às 8h30, quando sai de Miranda e chega em Aquidauana às 11h30 [deixa a cidade às 14h]; chega em Piraputanga às 15h e a chegada em Campo Grande na estação Indubrasil é prevista para às 19h15.

Preços

Vagão econômico - Não haverá serviço de bordo e o preço para quem entrar no trem em Campo Grande e descer em Aquidauana é R$ 32. Já quem seguir viagem a partir de Aquidauana à Miranda R$ 23,00. O preço da passagem no vagão econômico da Capital até Miranda é de R$ 39,00.

Vagão turístico - Com serviço de bordo, comissário, lanche e refrigerante o preço da passagem de Campo Grande até Miranda é de R$ 77 para adultos e R$ 37,40 para crianças maiores de 2 anos. O preço a ser pago para quem viajar de Aquidauana à Miranda é R$ 39 para adultos e R$ 19,80 (crianças). De Campo Grande até Aquidauana a tarifa cobrada é de R$ 61 para adultos e R$ 28,60 (crianças).

Vagão executivo - O mais caro dos serviços do Trem do Pantanal conta com serviço de bordo, comissário bilíngüe, lanche, água, refrigerante e cerveja. A viagem Campo Grande/Miranda custa R$ 126 adultos e R$ 57,00 criança; Aquidauana/Miranda R$ 51 e R$ 28,60, respectivamente adulto e criança. Pelo trecho Campo Grande e Aquidauana R$ 93 adulto e R$ 45,40 criança.

O Trem do Pantanal encontra-se em Sorocoba (SP), passando por ampla reforma em sua estrutura interna e externa, bem como na sua parte mecânica. Ele fica pronto na próxima segunda-feira e parte no mesmo dia rumo a Campo Grande, passando por Bauru e Três Lagoas. A previsão da empresa Serra Verde é que a viagem dure aproximadamente três dias até chegar à Capital, dependendo das condições de trafegabilidade proporcionadas pela empresa América Latina Logística (ALL).

A viagem inaugural acontece 8 de maio, contando com a presença do presidente Luis Inácio Lula da Silva, do governador André Puccinelli e demais autoridades do Estado. Os trabalhos de reforma iniciaram há 45 dias e visam garantir toda a segurança e conforto para os passageiros. Além da lataria, estão sendo revistos e trocadas peças envolvendo freios, eixos, engates, equipamentos de suspensão, rolamento, entre outros acessórios.

Iniciamente, o Trem do Pantanal irá circular com cinco vagões de passageiros, todos com ar condicionado, um vagão destinado ao restaurante e outro destinado a serviços gerais, incluindo a cozinha. É nesse vagão que estará acoplada a locomotiva. Conforme estimativa do empresário Adonai Aires Arruda Filho, desde que a Serra Verde Express resolveu apostar nesse projeto, foram investidos aproximadamente R$ 1,6 milhão, para dar condições do trem de passageiros ser reativado em Mato Grosso do Sul, obedecendo todas as normas estabelecidas pela Agência Nacional de Transportes Terrestres.

A primeira viagem comercial acontece no dia 16 de maio, sendo que dezenas de passagens já foram comercializadas. Inicialmente o Trem do Pantanal irá operar com capacidade para transportar 280 passageiros. Um vagão envolve a classe econômica, cuja passagem até Miranda custa R$ 39,00. Outros dois vagões serão turísticos (R$ 77,00). Os vagões executivos e camarotes custarão R$ 126, contando com serviço de bordo com lanche, água, refrigerante, cerveja e comissário bilíngüe. As saídas de Campo Grande a Miranda acontecerão sempre aos sábados, às 7h30min, com previsão de chegada às 18h00. Já o retorno será sempre aos domingos, saindo 8h30min, chegando em Campo Grande por volta das 19h15min.

O governo do Estado intensificou o ritmo de trabalho, visando concluir a refoma de todas as estações ferroviária (Indubrasil, Piraputanga, Taunay, Aquidauana e Miranda). Os operários estão trabalhando na pintura dos prédios e reparos finais da parte elétrica e hidráulica, bem como no paisagismo dos imóveis. Já a ALL também está reforçando a segurança dos trilhos nas estações, sendo que em alguns locais estão sendo trocados os dormentes.

A empresa garante que até final do próximo ano irá concluir a manutenção da estrada de ferro entre Miranda e Porto Esperança, dando condições que o Trem do Pantanal chegue finalmente a Corumbá. Quando estiver operando nesse trecho, serão disponibilizados pela Serra Verde sete vagões para passageiros, dando condições de transportar 400 pessoas.

Para dimensionar a importância da reativação do transporte de passageiros pela linha férrea de Mato Grosso do Sul em direção ao Pantanal, nada melhor que remeter para uma frase do empresário Adonai Aires de Arruda, 59 anos: "Tenho outros trens de turismo operando, mas a procura pelo Trem do Pantanal, que ainda nem está em operação, está sendo fantástica". O detalhe é que essa afirmação foi feita durante a realização de uma das maiores feiras internacionais do setor turístico do mundo - a Word Travel Market, realizada em Londres, Reino Unido, em 2008, um dos países que domina o mercado internacional, no ramo de grandes negócios empresariais.

No evento, esse meio de transporte, que volta aos trilhos no próximo mês, foi um dos produtos de ecoturismo mais procurado pelos visitantes. Pacotes envolvendo o Trem do Pantanal, por meio da empresa, já estão sendo negociados em escritórios da Bélgica, Holanda, Suécia, Estados Unidos e Canadá. Outro país que vem demonstrando grande interesse pelo ecoturismo brasileiro, em especial pelas belezas naturais de Mato Grosso do Sul, é a Alemanha.

A BWT Operadora, do responsável pela comercialização do Pantanal Express, nome oficial Trem do Pantanal, já está comercializando as passagens para o passeio turístico. A primeira viagem comercial ocorre dia 15 de maio. No dia 8 de maio será realizada a viagem oficial, envolvendo somente autoridades, entre eles o presidente Luis Inácio Lula da Silva e o presidente do Paraguai, Fernando Lugo, o governador André Puccinelli, prefeitos, deputados e senadores. No dia 9 de maio, será realizada uma viagem com jornalistas e representantes do setor turístico. A intenção é apresentar o projeto para a população, trade turístico e imprensa nacional e internacional.

Visão empreendedora

Adonai Aires de Arruda é proprietário da Serra Verde Express, empresa que ao ser procurada pelo governo de Mato Grosso do Sul, em 2007, com visão empreendedora, viu no Trem do Pantanal, mais uma oportunidade, para tornar-se referência no Brasil e no mundo no ramo de transporte de passageiros por meio de trens. A empresa faz parte do grupo Higi Serv, com sede no Paraná, responsável por empregar mais de 4,5 mil pessoas.

Seu Almir Ayres e Dona Nair, (ambos falecidos), foram os precursores deste grande projeto empreendedor. Em 27 de dezembro de 1949, quando nascia Adonai Aires, eles não imaginavam que o filho pudesse encampar tão bem o conceito da empresa familiar. Ao concluir os estudos, formou-se em Medicina Veterinária, pela Universidade Federal do Paraná, ramo que chegou a atuar profissionalmente, durante 21 anos.

O profissionalismo de Adonai Aires, no entanto, acabou se rendendo a visão empresarial dos seus pais, sendo que em 1984, começou a atuar no grupo Higi Serv, tendo na esposa, Ione Mari da Veiga, diretora financeira da empresa, sua grande aliada para solidificação econômica da empresa.

Hoje, com certeza, se estivessem vivos, Almir e Nair, com certeza encontrariam no filho, a mesma garra e perseverança, quando resolveram apostar no ramo de serviços do Paraná. Superando todas as dificuldades, ele prosperou, conseguindo ser referência em ramos diversificados e muito concorridos.

De pai para filho

Da mesma forma, assim como seus pais, também já desponta nos negócios da empresa o filho Adonai Aires Filho. Com apenas 31 anos, carregando a humildade herdada da família, trabalhando lado a lado com os funcionários, o jovem empresário vem acompanhando meticulosamente passo a passo todas as ações envolvendo a ativação do Trem do Pantanal.

Semana passada, por exemplo, numa explanação simples e objetiva, durante audiência pública na Assembléia Legislativa, ele convenceu autoridades e o público presente que o projeto já é vencedor e deve se tornar uma referência inclusive na área de gestão ambiental. A empresa familiar tem tudo para prosperar em suas mãos.

"Vamos aproveitar as águas das chuvas de todas as estações para limpeza dos vagões. Da mesma forma, deveremos colocar em prática, vendendo ingressos de trem bem abaixo do preço da tabela para cidadãos pantaneiros de baixa renda. Vamos estimular concursos em escolas públicas, oferecendo viagens gratuitas para os alunos como prêmios", ressaltou Adonai Aires Filho, demostrando que já atua obedecendo o chamado padrão da ecoeficiência, seguindo o princípio marcado no próprio nome da empresa: Serra V E R D E Express.