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Notícias de Bonito MS

O projeto do ZEE (Zoneamento Econômico Ecológico) deverá reafirmar que no Pantanal não se mexe. "No Pantanal, ninguém mexe", disse o governador André Puccinelli (PMDB) durante evento no Parque Estadual do Prosa, em Campo Grande, quando falou sobre o projeto e assinou os Planos de Manejo dos Parques Estaduais das Matas do Segredo e Nascentes do Rio Taquari. A atividade marcou o Dia Mundial do Meio Ambiente e da Ecologia.

Conforme o governador, a primeira etapa do projeto de Zoneamento -- tecnicamente chamada de primeira aproximação -- está pronta, após meses de estudos e 90 reuniões em vários municípios do Estado.

Sobre o plantio de cana, o governador reafirmou que o projeto vai reforçar a proibição ao plantio de cana nas áreas de entorno ao Pantanal.

Ele explicou ainda que o ZEE vai mostrar como é possível aproveitar o Estado de forma ecológica. O ZEE está sendo construído pelo governo do Estado em parceria com 90 entidades do setor produtivo, ambiental e industrial, entre outras, de Mato Grosso do Sul.

Na Assembleia, o projeto é aguardado com ansiedade e cobrado pela oposição desde o ano passado. Mas hoje, André informou que a proposta só será remetida para a Casa de Leis quando estiver pronta a segunda aproximação.

Com relação aos planos de Manejo, André afirmou que a regulamentação do uso das áreas de conservação servirá para orientar a ação do homem.

"Os planos de manejo e regulamentação do uso do solo e a da água dizem o que poderá ser feito pelo homem, para que as áreas do entorno da Mata do Segredo e as suas nascentes sejam preservadas. Em relação ao Rio Taquari, queremos recuperar as áreas degradadas e evitar que não haja mais degradação" afirmou Puccinelli.

No Parque Estadual do Prosa, onde assinou os decretos André Puccinelli aproveitou para caminhar pela reserva.

No dia Mundial do Meio Ambiente, o governador André Puccinelli (PMDB) assegurou que o ZEE (Zoneamento Ecológico Econômico) não vai permitir instalação de usinas de açúcar no Pantanal e nem no entorno da maior planície alagada do mundo.

"No Pantanal, ninguém mexe nem na zona do entorno", afirmou o governador, sem especificar a área.

No início do ano, Puccinelli declarou, em Rio Verde, que pretendia liberar o plantio de cana-de-açúcar em algumas áreas da região Norte, na BAP (Bacia do Alto Paraguai).

O aval seria dado por meio do zoneamento, que apontou que a impermeabilidade de algumas regiões dá segurança para o plantio.

Contudo, hoje, o discurso foi de defesa do ecossistema.

"O Pantanal é nosso e será a todo custo preservado", salienta o governador.

Apesar dos deputados já aguardarem o envio do ZEE à Assembleia Legislativa, Puccinelli afirmou que o projeto só será enviado após o término da segunda etapa do zoneamento.

A primeira fase demorou seis meses e contou com a participação de 52 entidades. Agora, são 90 entidades envolvidas.

Nesta sexta-feira, no Parque do Prosa, o governador assinou decretos sobre o uso e ocupação das zonas de amortecimento dos parques estaduais Mata do Segredo e Nascente do rio Taquari. Assoreado, o Taquari é um marco dos problemas ambientais no Estado.

Fogo - A instalação de usinas no Pantanal é polêmica. A última tentativa foi há quatro anos. Na época, o governo foi derrotado na intenção de mudar a legislação quando, em novembro de 2005, o ambientalista Francisco Anselmo Gomes de Barros, o Franselmo, morreu após atear fogo ao próprio corpo, no centro de Campo Grande. O ato foi em protesto ao projeto.

Em âmbito nacional, os ministros Reinhold Stephanes, da Agricultura, e Carlos Minc, do Meio Ambiente, trocaram ataques sobre a plantação de cana-de-açúcar no planalto pantaneiro.

O planalto se estende de Pedro Gomes a Bela Vista.

O problema do plantio e instalações de usina de álcool nas áreas permeáveis é que um acidente com o vinhoto, um subproduto da produção do álcool, carregado de metais pesados, inevitavelmente afetaria o ecossistema pantaneiro.

A divulgação intensiva sobre o Pantanal e sobre o Turismo em Mato Grosso do Sul deve suprir a necessidade de reconhecimento do Estado no restante do País. Para o prefeito de Corumbá, Ruiter Cunha (PT), outras batalhas, como a publicidade do Estado, são mais importantes do que discutir a mudança do nome.

Ele afirma ainda que já é possível perceber que projetos que usam a chancela do Pantanal não se refletem em benefícios à cidade. Ruiter entende que além de não trazer benesses, a mudança ainda resultaria em um conflito de identidade, tendo em vista que o Pantanal diz respeito a uma região geográfica específica. Ele acredita, ainda, que mudança não agradaria os moradores da região. "O povo pantaneiro tem suas próprias características, cultiva sua própria cultura e gosta de ser reconhecido por esse diferencial", diz.

O prefeito de Corumbá destaca ainda que existe no município uma grande expectativa com a aprovação de um projeto de lei do deputado federal Vander Loubet, que denomina a cidade de Capital do Pantanal. A matéria já passou pela Comissão de Constituição e Justiça e aguarda agora a votação em plenário. Uma eventual mudança no nome do Estado prejudicaria a denominação.

Quem tem um carro de competição para a Fórmula Turismos parado na garagem já pode pensar em bater a poeira e fazer uma revisão geral. Neste fim de semana, dias 6 e 7 de junho, acontece no Autódromo Internacional de Campo Grande o "I Festival Turismo de Velocidade no Asfalto 2009".

Neste sábado, serão realizados os treinos livres, a partir das 9h. No domingo, acontecem as provas, sendo que a primeiras será às 10h, e a segunda às 13h20, com a duração de 18 minutos mais 2 voltas.

Também serão realizadas duas provas de motocicletas, a primeira está marcada para às 11h20, para todas as categorias, e a segunda às 14h20 com a duração de 15 minutos cada. O público poderá assistir todas as provas gratuitamente.

De acordo com a FAMS (Federação de Automobilismo de Mato Grosso do Sul), estarão presentes os seguintes pilotos: Nilson Cintra, Olivio Zago, Jose Roberto, Luciano Kasper, Luiz Marchezi, Daisson Reis e Carlos Tolini.

"Os pilotos que estavam fora das pistas e retornarão neste fim de semana e prometem pisar fundo e garantir lugar no pódio", comenta o presidente da FAMS, Valdemir Terra.

A divulgação intensiva sobre o Pantanal e sobre o Turismo em Mato Grosso do Sul deve suprir a necessidade de reconhecimento do Estado no restante do País. Para o prefeito de Corumbá, Ruiter Cunha (PT), outras batalhas, como a publicidade do Estado, são mais importantes do que discutir a mudança do nome.

Ele afirma ainda que já é possível perceber que projetos que usam a chancela do Pantanal não se refletem em benefícios à cidade. Ruiter entende que além de não trazer benesses, a mudança ainda resultaria em um conflito de identidade, tendo em vista que o Pantanal diz respeito a uma região geográfica específica. Ele acredita, ainda, que mudança não agradaria os moradores da região. "O povo pantaneiro tem suas próprias características, cultiva sua própria cultura e gosta de ser reconhecido por esse diferencial", diz.

O prefeito de Corumbá destaca ainda que existe no município uma grande expectativa com a aprovação de um projeto de lei do deputado federal Vander Loubet, que denomina a cidade de Capital do Pantanal. A matéria já passou pela Comissão de Constituição e Justiça e aguarda agora a votação em plenário. Uma eventual mudança no nome do Estado prejudicaria a denominação.

Parece contraditório,‭ ‬mas as queimadas controladas,‭ ‬autorizadas pelo Ibama‭ (‬Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis‭) ‬contribuem para a redução dos grandes incêndios no Pantanal.‭ ‬Tanto que,‭ ‬nesses meses de estiagem,‭ ‬o procedimento não está sendo autorizado pelo órgão federal,‭ ‬que só libera as queimadas controladas na época das chuvas,‭ ‬a partir de setembro.‭ ‬"Não tem sentido tocar fogo agora porque o pecuarista vai deixar o gado sem ter o que comer,‭ ‬vai acabar até com a bucha,‭ ‬que é como chamamos o capim seco‭"‬,‭ ‬afirmou ao‭ ‬Diário a engenheira agrônoma Sandra Mara Araújo Crispim,‭ ‬pesquisadora especializada em áreas de Pastagens Nativas e Cultivadas da Embrapa Pantanal.

Com base na regulamentação na época imprópria para queimadas,‭ ‬as pesquisadoras da Embrapa Pantanal,‭ ‬entre elas,‭ ‬Sandra Crispim,‭ ‬constataram que os recentes incêndios no Pantanal não foram provocados por pecuaristas.‭ ‬"Ocorreram em uma área devoluta da União,‭ ‬desabitada há mais de‭ ‬20‭ ‬anos,‭ ‬sem gado,‭ ‬sem pecuarista.‭ ‬O que pode ter acontecido é alguém ter ido pescar e deixado uma brasa acesa.‭ ‬Há muito material seco,‭ ‬de combustão no Pantanal.‭ ‬E quando o fogo começa,‭ ‬é difícil controlar‭"‬,‭ ‬destacou.‭ ‬A pesquisadora revelou ainda que cientificamente ficou comprovado que o incêndio ocorrido no ano passado na serra do Amolar foi provocado pela queda de‭ ‬um raio.‭ ‬Sandra Crispim disse que as queimadas controladas são seguras porque seguem todos os procedimentos legais do Ibama,‭ ‬com a utilização de aceiro‭ (‬roçada com trator para isolar a área‭)‬,‭ ‬comunicado aos vizinhos,‭ ‬maior número possível de pessoas para‭ ‬acompanhar a queima e observação à velocidade e direção do vento.‭ ‬Segundo ela,‭ ‬estudo elaborado pela Embrapa Pantanal em‭ ‬2002‭ ‬comprovou a eficácia da queimada controlada como ferramenta de manejo para prevenção de grandes incêndios e,‭ ‬a partir daí,‭ ‬o pecuarista ficou isento de pagar taxa de R$‭ ‬3,50‭ ‬ao Ibama por hectare queimado.‭ ‬Veja os principais pontos de sua entrevista.

Seca propicia mais incêndios ‭

"‬Teoricamente,‭ ‬só deve voltar a ter chuva em setembro,‭ ‬outubro ou novembro.‭ ‬Teremos junho,‭ ‬julho e agosto‭ ‬com tempo seco.‭ ‬E a quantidade de grama seca,‭ ‬que é combustível,‭ ‬vai ser maior no Pantanal.‭ ‬Com isso podemos recomeçar a ter focos de incêndio.‭ ‬E depois que começa o incêndio é difícil controlar.‭ ‬Em alguns casos queima por cima e tem água por baixo,‭ ‬é complicado.‭ ‬Está se prevendo uma grande quantidade de incêndios.‭ ‬E dependendo do local da queimada,‭ ‬brigadistas podem gastar no mínimo quatro horas para chegar.‭"‬

Pecuaristas‭

"Nesses últimos dois meses comprovadamente não foram os pecuaristas os culpados pelos incêndios.‭ ‬A queimada ocorreu em uma área devoluta do governo,‭ ‬há‭ ‬20‭ ‬anos desabitada,‭ ‬sem gado,‭ ‬sem pecuarista.‭ ‬Eles não tiveram nada a ver.‭ ‬E os pecuaristas sabem que não adianta fazer queimada agora,‭ ‬porque sem chuva,‭ ‬sem umidade,‭ ‬não vai nascer nada de bom depois.‭ ‬Lembra a experiência do feijão no algodão,‭ ‬ele só brota se tiver umidade.‭ ‬É a mesma coisa o solo do Pantanal.‭ ‬Seco,‭ ‬não germina.‭ ‬É melhor deixar o capim seco,‭ ‬pelo menos o gado tem o que comer.‭"

Aceiros previnem incêndios ‭

'‬É importante a questão dos aceiros,‭ ‬a roçada manual,‭ ‬ao se fazer a queimada controlada.‭ ‬Tira-se todo o material morto,‭ ‬limpa-se as áreas em volta.‭ ‬Passa-se dois metros de trator na área externa da fazenda para dificultar a entrada do fogo.‭ ‬E às vezes mais‭ ‬dois metros de trator na área interna.‭ ‬Mesmo com aceiro dos dois lados o fogo pode chegar por meio das palmas,‭ ‬dos galhos que se desprendem das palmeiras durante um incêndio.‭ ‬Por isso,‭ ‬nessa época de seca,‭ ‬tudo é mais complicado.‭ ‬Quando começa um incêndio,‭ ‬é difícil controlar.‭"

200‭ ‬espécies de gramíneas ‭

"‬A queimada controlada funciona como prevenção aos grandes incêndios,‭ ‬porque no Pantanal existe uma quantidade imensa de capim.‭ ‬Há cerca de‭ ‬200‭ ‬espécies de gramíneas.‭ ‬Dessas‭ ‬200‭ ‬espécies,‭ ‬as preferidas para consumo dos animais são apenas nove.‭ ‬O animal seleciona o que vai comer.‭ ‬E uma grande quantidade de matéria seca vai ficando no solo.‭ ‬Quando você faz a queima controlada,‭ ‬elimina essa gramíneas secas,‭ ‬que o animal deixou de comer.‭ ‬Com isso reduz-se o combustível,‭ ‬a matéria morta que tem na área.‭"

Área se recupera após incêndio ‭

"‬Para manter a diversidade das espécies não devemos queimar a mesma área todo ano seguido.‭ ‬Se queimar agora,‭ ‬deve dar uma pausa de dois anos,‭ ‬para maior aproveitamento das sementes.‭ ‬Quando temos um incêndio como agora,‭ ‬a questão é duração e intensidade.‭ ‬Quando mais tempo e mais intenso,‭ ‬maior é o impacto.‭ ‬Na queima controlada se faz com o solo com umidade,‭ ‬para o banco de sementes germinar depois.‭ ‬Quando ocorre o incêndio acidental,‭ ‬sem umidade,‭ ‬não ocorre isso.‭ ‬Na área queimada,‭ ‬com certeza ela vai voltar ao que era antes.‭ ‬Demora mais tempo para retornarem espécies de teor nutritivo mais elevado.‭ ‬Dependendo do clima,‭ ‬da quantidade de chuva,‭ ‬o solo pode se recuperar em até dois meses.‭"

Pantanal possui‭ ‬85%‭ ‬intactos

‭"‬De acordo com o levantamento da Embrapa Pantanal,‭ ‬85%‭ ‬da vegetação nativa do Pantanal estão intactos.‭ ‬Mas isso não significa que os outros‭ ‬15%‭ ‬foram degradados.‭ ‬Ocorre que essa porcentagem inclui a pastagem cultivada,‭ ‬ou‭ ‬seja,‭ ‬aquele quadrilátero de cultivo de grama plantada pelo pecuarista,‭ ‬que também pode conter mata nativa.‭ ‬E existem áreas alteradas que não foram aferidas pelo levantamento e não significam desmatamento.‭ ‬A Embrapa Pantanal preconiza que é interessante cada fazenda ter sua pastagem cultivada,‭ ‬porque são muito úteis aos fazendeiros para alimentar categorias específicas‭ ‬-‭ ‬como touros após estação de monta,‭ ‬novilhas,‭ ‬vacas após o parto,‭ ‬situações que necessitam condição melhor de pastagem.‭"

A companhia aérea Azul, que fez nesta quarta-feira seu vôo inaugural em Campo Grande, chega à cidade prometendo ampliar as possibilidades de negócios e de turismo em todo o Estado.

Com a chegada da Azul a Campo Grande, a Capital passa a ter vôos diretos para Campinas, em São Paulo, e ficará interligada a 11 outros destinos: Porto Alegre, Curitiba, Maringá, Navegantes, Rio de Janeiro, Maceió, Recife, Fortaleza, Manaus, Vitória e Salvador.

Outro atrativo da nova companhia são as tarifas, bem abaixo dos preços de mercado, pelo menos nesta fase de implantação. De Campo Grande ao Rio de Janeiro, por exemplo, a passagem custa a partir de R$ 219. Já de Campo Grande a Campinas, a passagem sai a partir de R$ 149.

De acordo com o diretor comercial e TI da Azul, Paulo Nascimento, a empresa, totalmente brasileira e com suas 10 aeronaves fabricadas no País, começou a operar dia 15 de dezembro.

"Campo Grande é um destino muito importante, porque traz a gente para a região Centro-Oeste e interliga a Campinas, um grande centro que estava esquecido. O potencial de turismo aqui é muito grande, principalmente por causa do Pantanal e de Bonito", observou.

Ele também informou que a companhia está com promoções de estréia, como a "Tudo Azul", onde o cliente acumula 5% do valor da passagem em um banco de viagens.

"Quem comprar com antecedência as passagens também terá descontos", enfatizou.

A diretora da Fundação de Turismo de Mato Grosso do Sul, Nilde Brum, também frisou a importância da instalação de uma nova companhia aérea no Estado.

"Quando mais opções de acesso ao Estado melhor, até porque 80% das pessoas que visitam o Estado são de São Paulo, então essa conexão com Campinas foi de extrema importância, contribui e muito para o desenvolvimento de nosso Estado", finalizou.

Enquete realizada pelo site do Correio do Estado revela que a grande maioria dos internautas, 68%, acreditam que o Trem do Pantanal é inviável chegando somente até Miranda. Por outro lado, 32% dos 1.593 leitores que participaram do levantamento acreditam que a nova opção turística terá futuro longo mesmo sem chegar até o Pantanal propriamente dito.