imagem do onda

Notícias de Bonito MS

No local apontado como epicentro do terremoto registrado na última segunda-feira em Mato Grosso do Sul, a PMA (Polícia Militar Ambiental) ouviu relatos dos moradores e não detectou nenhuma alteração no terreno.

O terremoto atingiu 4,6 graus na escala Ritcher, sendo o epicentro identificado na região Norte do Pantanal, próximo à fazenda Rancharia, a 190 km de Corumbá.

Partindo de Coxim, é necessário viajar por 8 horas para chegar à propriedade rural.

De acordo com o comandante da PMA de Coxim, major César Freitas Duarte, os moradores relataram o susto de ver os objetos chacoalhando, além de sentir que a terra estava tremendo.

O proprietário da fazenda, Luciano Leite de Barros, informou que por volta das 18h30 da segunda-feira percebeu um grande tremor dentro de casa. Nenhum imóvel foi danificado.

De acordo com o major, os moradores contaram que na terça-feira de manhã sentiram um novo tremor, desta vez, com menor intensidade.

Conforme o chefe do Observatório Sismológico da UnB (Universidade de Brasília), George Sandi França, o tremor de menor intensidade após um abalo sísmico mais forte é considerado "bom sinal". Ele explica que a energia é liberada, evitando que se acumule para ser liberada de forma mais forte.

De acordo com ele, somente um estudo na área pode identificar o que motivou o tremor. Ele relata que os custos dificultam pesquisas, contudo, universidades do Estado devem desenvolver um projeto.

O terremoto foi sentido em Rio Negro, São Gabriel do Oeste, Campo Grande, Miranda, Aquidauana, Rochedo, Corumbá, Coxim e Rio Verde.

Segundo Nilo Peçanha Coelho Filho, da direção técnica do Cointa (Consórcio Intermunicipal para o Desenvolvimento Sustentável da Bacia Hidrográfica do Taquari), tremores não chegam a ser novidade na região de Coxim.

Segundo ele, a Embrapa em parceria com a USP (Universidade de São Paulo), já identificaram que o Pantanal é atingido pelo deslocamento da Cordilheira dos Andes, enquanto ela levanta, o Pantanal afunda.

Em 1964, também na mesma região do Pantanal, um terremoto atingiu 5,4 graus na escala Richter.

A Serra Verde Express, empresa responsável pela operação do Trem do Pantanal - o Pantanal Express - lança no próximo dia 27 uma grande campanha publicitária em seis municípios considerados estratégicos, estimulando a viagem de trem. Campo Grande e Dourados, em Mato Grosso do Sul; Londrina e Maringá, no Paraná e Presidente Prudente e São José do Rio Preto, em São Paulo, são os cenários escolhidos para o projeto.

Na quinta feira (18) o diretor da empresa, Adonay Aires de Arruda, esteve visitando o prefeito Fauzi Suleiman, em seu gabinete. Na oportunidade expôs as peças que serão veiculadas. Numa delas, em out doors, o gancho é a novela "Pantanal", sucesso absoluto de audiência no país. Em locais de grande transito de público será possível ler: "Não é novela, mas você vai se emocionar no final". Outra alude à volta do trem: "Voltou prá fazer sucesso de novo!".

Fauzi e Adonai conversaram sobre as críticas de alguns setores ao projeto do Trem do Pantanal. "Nós estamos totalmente abertos para conversar", disse Adonai, lembrando que nos projetos já desenvolvidos a mão de obra local tem sido aproveitada. Quanto a definição de parceiros, o processo tem sido transparente. Neste sentido o prefeito Fauzi Suleiman observou que tem desafiado o empresariado local a se mobilizar, criar, correr atrás. Adonai reiterou a importância de Aquidauana no projeto, por ser parada obrigatória e um ponto de distribuição.

"O fundamental é que a população está contente", disse Fauzi, referindo-se aos indicativos de uma pesquisa interna. "O próprio tempo vai se encarregar de mostrar como o trem é importante", argumentou. Ao término Fauzi lembrou que um calendário de eventos está sendo elaborado pelo município e as atividades principais da região, incluindo-se Anastácio, serão divulgadas aos turistas. Citou como exemplo de um evento agregador a Festa da Farinha. Demonstrando interesse em incluir Anastácio na rota do projeto Fauzi estabeleceu contato com o prefeito Cláudio Valério. Este, recebeu Adonai Aires para uma conversa.

O comandante do Pelotão da Polícia Militar Ambiental (PMA) do município de Coxim, major César Freitas Duarte, informou que uma equipe da corporação esteve na terça-feira (16), na Fazenda Rancharia, localizada no Pantanal da Nhecolândia, distante a cinco quilômetros de Coxim, para atender o chamado de moradores que ficaram assustados com os abalos sísmicos ocorridos no local. "Nossa equipe, juntamente com um integrante da Defesa Civil, deslocou até a fazenda e fez a vistoria. Porém não foram constatados danos físicos no imóvel", disse o major Freitas.

Na segunda-feira (15) à noite, moradores dos municípios de cidades da região Norte de Mato Grosso do Sul ficaram apavorados com a ocorrência do terremoto na região. De acordo com as informações da Coordenadoria Estadual da Defesa Civil, em Coxim, município mais próximo do epicentro, foram constatadas rachaduras nas paredes de algumas casas, mas as condições não indicam riscos, tampouco necessidade de remover os moradores. A intensidade do terremoto na região sul-mato-grossense foi de 4,8 graus na escala Richter.

Segundo o comandante da PMA de Coxim, os moradores da Fazenda Rancharia informaram que um terremoto ocorreu também na terça-feira (16), causando um certo transtorno aos moradores do local, que resolveram chamar a equipe da guarnição da região. "Nossa equipe vai continuar sob alerta para qualquer chamada de ocorrências", disse o major Freitas.

A unidade da PMA de Coxim existe há 20 anos. Uma de suas funções é realizar as fiscalizações de crimes ambientais que venham ocorrer nos municípios (Alcinópolis, Pedro Gomes, Sonora, Rio Verde, Figueirão e Coxim) da região Norte do Estado, bem como fazer a fiscalização no Rio Taquari.

Abalos sísmicos

Terremoto ou abalo sísmico é uma vibração da superfície terrestre produzida por forças naturais situadas no interior da crosta a profundidades variáveis. Os de grande intensidade são produzidos pela ruptura de grandes massas de rochas situadas a profundidades que vão desde 50 até 900km.

Fazenda Rancharia

A Fazenda Rancharia pertence a uma das famílias pantaneiras mais tradicionais. Está localizada no Pantanal da Nhecolândia próximo ao município de Coxim. A Rancharia tem como tradição a criação do cavalo pantaneiro, raça típica da região, e que faz parte do modo de vida característico da região e da cultura pantaneira.

Ampliar a produção de carne orgânica no Pantanal e profissionalizar a cadeia da pecuária orgânica brasileira são os objetivos principais do 1º Simpósio de Pecuária Orgânica, que acontece nos dias 24 e 25 de julho, na fazenda Rancharia, no Pantanal da Nhecolândia.

O evento será simultâneo à 4ª Cavalgada no Pantanal, organizada pela ACCP (Associação dos Criadores de Cavalo Pantaneiro do Mato Grosso do Sul) e pela ABPO (Associação Brasileira de Pecuária Orgânica). A cavalgada começa dia 23, com a chegada e acomodação dos participantes, e termina no dia 26, com a entrega do certificado de "Amigo do Pantanal".

O simpósio terá três palestras. A primeira, sobre "Cadeia produtiva da carne orgânica" será realizada pelo professor Antônio Márcio Buainain, da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas-SP) no dia 24, às 11h30.

No mesmo dia, às 18h, a professora Silvia Caleman, da USP (Universidade de São Paulo), fala sobre "Organização de Cadeia de Valor para Pecuária Orgânica no Pantanal".

A terceira palestra será do pesquisador André Steffens Moraes, da Embrapa Pantanal (Corumbá-MS), Unidade da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária - Embrapa, vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Ele trabalha com socioeconomia e vai abordar o "Mercado de Carne Orgânica" no dia 25, às 17h30. A Embrapa Pantanal é uma das patrocinadoras do evento.

Segundo André, a ideia é chamar a atenção dos participantes para os produtos sustentáveis do Pantanal. "O começo será pela carne orgânica, mas a abordagem sustentável do turismo também será destacada."

MERCADO

O pesquisador afirma que a iniciativa de se trabalhar com temas ligados à cadeia da pecuária orgânica permite que o produtor visualize o mercado de uma forma mais abrangente. Além do pecuarista, frigoríficos e varejistas estão integrados à discussão e estruturados para abater e comercializar o produto.

André Steffens explica que o Mercado Comum Europeu e os Estados Unidos consomem 90% da carne orgânica produzida no mundo. O Brasil ainda tem uma oferta pequena, os processos de certificação estão começando e o produto final custa entre 7% e 10% a mais em relação à carne convencional.

No Pantanal, berço da pecuária orgânica no país, a produção orgânica começou em 2001, com a criação da ABPO. O Mato Grosso também tem uma associação semelhante, a Aspranor (Associação Brasileira de Produtores de Animais Orgânicos).

EXIGÊNCIAS

Mas afinal, o que é o boi orgânico? Segundo o pesquisador da Embrapa Pantanal, é um animal produzido a partir de conceitos de sustentabilidade econômica, social e ambiental. "A princípio, quem não conhece bem o sistema orgânico, acha que tudo nele é proibido. Não é bem assim", disse André.

Na esfera econômica, o boi orgânico deve ser rentável. Alguns cuidados em relação ao manejo e ao bem-estar do animal devem ser praticados, como não utilizar na propriedade produtos derivados do petróleo, uréia e medicamentos alopáticos para cura. "Recomenda-se o uso de medicamentos homeopáticos ou fitoterápicos para prevenir doenças", afirmou.

Os animais devem ter áreas sombreadas para ficar, água em abundância e transporte adequado ao abatedouro para que não se machuquem. O abate não pode ser estressante.

No âmbito social, os trabalhadores da propriedade devem ter carteira assinada e condições adequadas de qualidade de vida. Seus filhos devem ter acesso a escola, suas casas precisam ser estruturadas, com banheiros, por exemplo.

No foco ambiental, é avaliado qualquer impacto ao meio ambiente. Como o sistema orgânico não utiliza produtos químicos, não haverá condução de substâncias tóxicas aos rios e mananciais. Também não se usam adubos, apenas pastagens naturais.

"Há casos em que, se o animal estiver em risco, é permitido o uso de medicamentos alopáticos. Mas o pecuarista deve informar ao certificador a quantidade comprada, a forma de armazenamento e o uso. "Não se deve utilizar mais de duas vezes essas substâncias no mesmo animal", afirma André.

Essa intervenção é aceita para os mercados brasileiro e europeu, mas os Estados Unidos não concordam com o uso de alopáticos em hipótese alguma.

Segundo o pesquisador, existem hoje no Mato Grosso do Sul 12 fazendas certificadas e 10 em processo de certificação. Entre estas, a fazenda Nhumirim, da Embrapa Pantanal. O certificador escolhido pela ABPO, parceira da Embrapa, é o IBD (Instituto Biodinâmico).

O certificador faz duas visitas anuais à propriedade, custeadas pelo produtor. Além disso, faz vistorias surpresas à fazenda. "Caso encontre algum item não adequado, são sugeridos ajustes", disse André.

A Secretaria Especial de Aquicultura e Pesca da Presidência da República, através da sua Superintendência Estadual e em parceria com a Fundação Cândido Rondon organizam a 1ª Oficina Territorial da Pesca e Aqüicultura no Pantanal Sul, que aconteceu ontem (18) e hoje, 19, em Aquidauana.

A Oficina faz parte do processo de articulação do Território de Pesca e Aquicultura do Pantanal Sul, que abrange os municípios de Aquidauana, Bonito, Corumbá, Coxim, Ladário, Miranda e Porto Murtinho.
Essa articulação envolve o setor pesqueiro e aquícola (federação, colônias, associações e cooperativas de pescadores e piscicultores), instituições governamentais federais, estaduais e municipais e entidades de apoio ao setor.

O objetivo dessa política da SEAP/PR é discutir as questões que envolvem o setor da pesca e aquicultura (produção, meio ambiente, fiscalização, situação social e organização) com todos os atores que atuam nessa área e elaborar participativamente um plano de desenvolvimento sustentável da pesca e aqüicultura no Território do Pantanal Sul.

O trabalho envolve entidades como a Federação dos Pescadores de MS, as colônias de pesca, associações, Ecoa, Embrapa Pantanal, UEMS, UFMS, Prefeituras Municipais, IBAMA, MDA, Banco do Brasil, Imasul, Agraer, PMA, INSS, DRT, Conab, Vida Pantaneira, SEBRAE.

Além da participação dos representantes das entidades envolvidas, a abertura da Oficina, no dia 18 e já está confirmada a presença do Superintendente Estadual da SEAP/PR, Valteci Ribeiro de Castro Jr (Mineiro) e dos Prefeitos Cláudio Valério (Anastácio) e Fauzi Suleiman (Aquidauana).

A equipe Secretaria Municipal de Desenvolvimento Sustentável de Anastácio, dirigida pelo secretário Valdevino Santiago, participará da oficina, que acontecerá no auditório do Hotel e Restaurante Beira Rio, próximo a Ponte Velha, em Aquidauana, com inicio as 13h30 de ontem.

Os professores brasileiros presos ontem pela Polícia Federal na região de Corumbá são responsáveis por uma pesquisa do Instituto de Geociências e Ciências Exatas da Universidade Estadual Paulista , no campus de Rio Claro (SP).

O estudo é feito em parceria com o Departamento de Geociências da Universidade do Arizona (EUA), de onde são os outros profissionais presos nessa quarta-feira.

Eles estão desenvolvendo uma pesquisa no Pantanal sul-mato-grossense que começou pela Serra do Amolar, em novembro de 2007.

Em entrevistas anteriores sobre o estudo, o professor Aguinaldo Silva explicou que o projeto é para "num primeiro momento vão ser feitas algumas coletas na Lagoa Vermelha, onde serão levantadas todas as características da Lagoa Vermelha, em termos de ambiente, de biótica para entender qual o período da Lagoa, quando evoluiu e como e para onde vai futuramente."

Foi justamente nesse local, que o grupo foi preso ontem. A intenção também era estudar a região do Nabileque, de Cáceres, do Taquari, do Rio Vermelho e São Lourenço, elém do Pantanal de Aquidauana.

A previsão é que a pesquisa fosse desenvolvida até 2012.

A Polícia Federal considera a pesquisa irregular por não haver autorização especifica para o trabalho. Os dois estrangeiros pegos no Pantanal também tinham vistos de turistas e por isso não poderiam estar a trabalho no Brasil.

Foram presos os brasileiros Fabrício Aníbal Corradini e Aguinaldo Silva, e os norte-americanos Mark Andrew, Kelly Michael Went e Michael Mathew McGlue.

O professor Aguinaldo também integra a UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul), lotado em Corumbá.

A reitoria da instituição não comenta as prisões, diz apenas que o pesquisador está atualmente ele tem trabalho pela Unesp e autorizado para pesquisas no Pantanal.

A Ong Ecoa - Ecologia e Ação encaminhou ao ministro da Secretaria Especial de Aqüicultura e Pesca (SEAP), Altemir Gregoli, documento solicitando medidas emergenciais para atenuar os impactos da estiagem em comunidades ribeirinhas do Pantanal.

O mesmo documento também será enviado com cópia para o governador do estado, Andre Puccinelli e superintendente do escritório da SEAP em Mato Grosso do Sul.

Na carta enviada ao ministro da Pesca, a ONG sugere como a criação imediata de uma comissão para acompanhar a situação e analisar as medidas mais apropriadas, como a antecipação do Seguro de Pesca e projetos que contemplem em curto prazo a geração alternativa de renda para os pescadores profissionais da região por meio do turismo ambiental e a comercialização de produtos regionais, principalmente frutos.

De acordo com o ECOA estudos revelam que o Pantanal esta vivendo este ano, a maior estiagem desde 1973. O que afeta diretamente a economia das populações locais, que sobrevivem com dinheiro conquistado da pesca, já que a produção de peixes da região está diretamente relacionada à cheia.

O documento pode ser lido na íntegra no site da entidade:www.ecoa.org.br