Notícias de Bonito MS
Policiais Militares Ambientais de Corumbá/MS, em fiscalização na região da Estrada-Paque, próximo ao Porto da Manga, no Pantanal, prenderam ontem à noite, 02 pescadores com 92 kg de pescado. IRAILTON OLIVEIRA SANTANA, vulgo "baianinho", de 36 anos, comerciante e MARCELO NUNES MONTEIRO, de 39 anos, motorista, residentes em Corumbá, foram surpreendidos em um veículo S-10, de cor preta, placas HTG 6976 de Corumbá/MS e na carroceria, os policiais encontraram 80 Kg de pescado da espécie cachara (filetados); 12 Kg de pescado da espécie pacu com as medidas: 40,0 cm; 41,0 cm; 42,0 cm e dois de 43,0cm - tamanhos inferiores ao permitido pela legislação vigente, que é de 45,0 cm. O material e o veículo foram apreendidos.
Os pescadores receberam voz de prisão e foram conduzidos, juntamente com o material apreendido, à delegacia de Polícia Civil de Corumbá, onde foram autuados em flagrante por crime ambiental. Se condenados, os autuados poderão pegar pena de 01 a 03 anos de detenção. Além disso, cada autuado recebeu multa administrativa no valor de 2.840,00.
A mesma equipe abordou um veículo Toyota Bandeirantes, placas HQX 8013, de Corumbá/MS e apreendeu 03 unidades de animais silvestres abatidos (veado campeiro), totalizando 45 Kg de carne 06 Kg de carne de jacaré; 05 unidades de animais abatidos (porco monteiro), totalizando 150 Kg de carne; 25 Kg de lingüiça, além de 01 revólver calibre 38; 02 revólveres calibre 22; 01 carabina calibre 22 com capacidade para 15 tiros; 30 munições calibre 38 intactas; 39 munições calibre 22 intactas; 07 facas apropriadas para caça.
As armas, o veículo e produtos de caça apreendidos e pertenciam a NESTOR JOSÉ DE SOUZA, de 53 anos, residente em Corumbá, que praticara a caça ilegal e que vinha com destino a cidade de Corumbá. Ele foi autuado e recebeu multa no valor de R$ 4.500,00, por matar animais silvestres e também preso por porte ilegal de armas de fogo. NESTOR também foi conduzido, juntamente com o material de caça e armas, para a Delegacia de Polícia Civil da cidade de Corumbá/MS, onde foi autuado em flagrante pelo crime de caça e porte ilegal de arma. O envolvido nos ilícitos informou que efetuou a caça, juntamente com MARTINHO DA ROSA MORAES, de 48 anos, residente em Corumbá e abateram os animais silvestres, no pantanal da região da Nhecolândia, a 100 Km distante da Cidade de Corumbá/MS. Este também responderá pelo crime e receberá multa, assim que seja localizado.
As penas para os crime são: Pena - detenção de seis meses a um ano e multa (caçar, matar animais silvestres). Pena - reclusão, de dois a quatro anos, e multa (porte ilegal de arma de fogo)
Apesar de ser um dos principais pontos turísticos do País, que recebeu cerca de 150 mil pessoas no ano passado, o município de Bonito, com 18 mil habitantes e localizado a 257 quilômetros da Capital, ainda ostenta o espírito de uma cidade pacata, tranqüila e sem violência.
A cidade, que recebe visitantes de todo o mundo, se transformou em paixão de algumas pessoas, que viram a oportunidade de fugir da violência dos grandes centros urbanos e "reconstruir-se" com qualidade de vida.
Após 20 anos morando em São Paulo, o casal, formado pela paulista Josefina Camila, a Fabi, 52 anos, e pelo argentino Mário Ricardo Doblack, 53, teve paixão à primeira vista por Bonito em 1994.
Ele se encantou pela cidade ao ver duas reportagens numa emissora de televisão. "Só perguntei se tinha água cristalina", contou a mulher, que tem uma filha biológica, Kátia Cibele (piloto da Forca Aérea Americana e vive na Geórgia) e outros nove filhos adotivos.
Eles foram descobrir o endereço de Bonito no Guia da Revista Quatro Rodas, quando descobriram que existe outros três municípios com o mesmo nome no Brasil. Segundo Fabi, o casal pegou o carro e uma carretinha para transportar a primeira parte da mudança (um colchão, uma televisão, fogão e utensílios domésticos).
Chegaram, viram e o encantamento aumentou. Negociaram uma área por US$ 10 mil, deixaram a carretinha com as coisas na praça da cidade e voltaram a São Paulo para vender os pertences e arrumar o dinheiro para comprar a nova propriedade, onde construiriam a Pousada e Hotel Muito Bonito, com 14 apartamentos atualmente. Neste período, ninguém sequer abriu a carretinha para espiar os produtos.
Fluente em cinco idiomas (português, espanhol, francês, italiano e inglês), Doblack trocou a carreira de diretor da American Express em São Paulo por Bonito. "Não tem lugar mais lindo no mundo para se morar", comentou ele, que nasceu na Patagônia e morou em Córdoba, na Argentina. Antes de chegar a São Paulo, também morou no Alasca e Califórnia, nos Estados Unidos, e no Canadá. O casal ainda conhece 24 paises.
"A qualidade de vida e muito grande e tem muito para se fazer, para se conhecer e até para ganhar dinheiro em Bonito", comentou Fabi, que preside a Casa da Criança, uma instituição que acolhe crianças e adolescentes vitimas de violência.
Outro motivo para abandonar São Paulo, uma cidade que consideram ter tudo, foram os crimes. A filha adolescente na época, Kátia Cibele, tinha pânico de sair de casa por causa da violência. Ela ainda citou a poluição e a vida louca na capital paulista como grandes problemas.
Casa do João - O empresário João Roza Vizcaino, 55 anos, diz que o que ocorreu com Bonito, "foi atração", que chegou ao município em 1996, após um colega de faculdade, o atual vice-governador do Estado, Murilo Zauiht (DEM), lhe propagar as maravilhas naturais do principal ponto turístico de Mato Grosso do Sul.
Após conhecer a cidade, ele vendeu o restaurante de frutos do mar em Mogi das Cruzes (SP) e mudou-se para Bonito há 13 anos, em janeiro de 1997. Natural de Santos (SP), ele montou um posto de gasolina, que tocou por um tempo até quebrar e enfrentar momentos difíceis.
Com a ajuda de amigos na cidade, Vizcaino começou a construir o restaurante Casa do João, que se tornou referencia na culinária local.
O prato da casa e a traira. Construído no quintal da sua residência, o local virou grife e já tem ate fama internacional. Há poucos meses, turistas irlandeses chegaram ao local em busca da Casa do João, que tinha sido recomendado na Irlanda.
"Bonito e único, não tem violência, não tem crime", comentou o empresário, que mantém como sagrada a rotina de banhar-se diariamente, por duas horas, das 8h as 10h, nas águas do rio Formoso, no Balneário Municipal. "Converso com as piraputangas", conta, sobre os peixes mais famosos do local.
O restaurante tem estilo rústico e tratamento de cinco estrelas. João sempre cumprimenta e conversa com todos os clientes. "O porco só engorda com olho do dono", justificou-se, levando o ditado popular ao pé da letra.
Violência - A violência e a falta de liberdade para os três filhos brincarem levaram o empresário Paulo Xanauche, 46 anos, a trocar São Paulo por Bonito. Após ouvir um amigo, ele veio cinco vezes ao município na baixa temporada para analisar a perspectiva de mercado. "Vim com calma para planejar", contou.
Ele montou o Restaurante Sale & Pepe, especialista em comida japonesa, chinesa e pratos típicos. A especialidade e peixe na brasa sem espinho. Hoje, ele conta que tem muitos amigos na cidade e faz uma observação, a maioria dos comerciantes e donos de pousados são de outras regiões do Pais.
A cidade também se transformou em oportunidade de emprego durante a alta temporada para o baiano Aparecido Dourado de Brito, 26, que há um ano trocou Bom Jesus da Lapa (BA) por Campo Grande. "Achei legal, nada de violência", comentou.
Trabalhando como garçom, ele pode tirar renda de R$ 1,6 mil a R$ 1,7 mil durante o "boom" do turismo na cidade. E se considera feliz por estar no município, principalmente, porque acha que a violência está muito critica na Capital do Estado. E outro motivo para gostar de Bonito e a semelhança com a sua cidade Natal.
Quase Pioneiro - Dono de uma agência de turismo, Osterno Prado de Souza, o Taíca, 79 anos, chegou a Bonito em 1949, quando veio cuidar de uma propriedade do pai. Formado em Farmácia pela USP (Universidade de São Paulo), ele contou que não voltou mais para morar em São Paulo.
"Eu adoro Bonito, acho um dos locais mias atraentes para se viver", elogiou. Afirmou que a considera uma cidade pacata com maravilhas naturais inigualáveis no mundo. Na cidade, Taica já foi cartorário e dono de sorveteria, danceteria e panificadora. Agora, alem da propriedade rural, mantém a agencia Taica Tour.
Policiais Militares Ambientais de Campo Grande que estavam reforçando o efetivo de Bonito, durante a operação Carnaval, apreenderam 07 orquídeas que constavam da lista de espécies em extinção. A equipe que chegou hoje de Bonito, fora acionada por policiais militares que tinham detido ALEX RODRIGUES DA SILVA, residente em Bonito, por posse de maconha e que estava com as plantas que acabara de coletar próximo ao Hotel Zagaia, em Bonito. A equipe da PMA fez a apreensão de 07 orquídeas e autuou ALEX em R$ 2.100,00. Ele responderá por crime ambiental e, se condenado, poderá pegar pena de 06 meses a 1,5 ano de detenção.
Esta é a primeira vez que a PMA realiza apreensão de orquídeas. Este material para ser explorado legalmente, necessita de autorização dos órgãos ambientais, que expedem o DOF - Documento de Origem Florestal para a execução do transporte.
De acordo com a assessoria do governo do Estado, estão sendo realizados serviços de limpeza das bordas das estradas, cascalhamento, roçada, patrolamento e reforço na sinalização em quatro rodovias que cortam a região próxima a Corumbá e Miranda.
Na MS-325, rodovia não-pavimentada com extensão de 65 km que vai da BR-262, na localidade do Morro do Azeite até a Fazenda São Simão, conhecida como Estrada do Carandazal está recebendo cascalhamento após a reforma das 78 pontes de madeira sobre as vazantes que cortam a rodovia.
Outra frente de trabalho executa as mesmas ações na MS-432, com extensão de 31 km entre Morro Grande e Albuquerque, viabilizando o tráfego no atual período de início da cheia no Pantanal. O trecho da MS-195 (continuação da MS-243), que liga a fazenda Jatobá até o Passo da Júlia, paralela ao Rio Nabileque, com 45 quilômetros de extensão, também foi recuperada e recebe serviços de manutenção nos pontos críticos pós-chuvas.
Já na MS-243, que tem 100 km de extensão entre as localidades de Guaicurus e Baía do Jatobá, está sendo construída uma ponte de madeira sobre o rio Nabileque. A plataforma terá 198 metros de extensão e o investimento destinado à obra é de R$ 1.027.383,29.
Fugindo da mesmice do turismo sol e praia, praticado em épocas de férias e recesso escolar, vários outros segmentos turísticos se destacam nas áreas do lazer e entretenimento direcionados a pessoas que buscam algo novo, locais para descansar, passear e não cair na rotina. Um desses segmentos coloca em evidência o Turismo Rural.
O Turismo Rural é relativamente novo, e está em fase de expansão no Brasil. Pode ser explicado, principalmente, por duas razões: a necessidade que o produtor rural tem de diversificar sua fonte de renda e de agregar valores aos seus produtos; e a vontade dos moradores urbanos de reencontrar suas raízes, de conviver com a natureza, com os modos de vida, tradições, costumes e com as formas de produção das populações do interior.
De acordo com a professora doutora do departamento de Geografia da USP, Adyr Balastreri Rodrigues, tentar conceituar e classificar turismo em espaço rural no Brasil é bastante complexo por sua grande extensão territorial e pelo modo como historicamente ocorreu o processo de apropriação das terras nos mais diferentes ciclos econômicos.
Porém, os serviços que estão disponíveis para o desenvolvimento do turismo nas zonas rurais são os mais diversos, como ressalta Andréia Roque, presidente do Instituto de Desenvolvimento do Turismo Rural (IDESTUR): o agroturismo e a agroindústria artesanal, modalidade de visitação a uma propriedade rural; área rural de lazer, que explora uma atividade agropecuária ou relacionada ao meio rural; armazém rural, que é um estabelecimento onde se ofertam degustação de bebidas, comidas típicas e produtos regionais; camping, um empreendimento que loca espaços para instalações de barracas e normalmente dispõe de área de lazer, restaurante ou lanchonete; cavalgadas, passeio a cavalo em grupos; fazendas históricas, referências da arquitetura nacional brasileira; hotel rural de lazer, empreendimento em área rural que oferta hospedagem, serviços e equipamentos de lazer; hotel fazenda, hospedagem adaptada em antigas estruturas originais de sede das fazendas; pesque-pague, pesca recreativa e/ou criação de peixes em tanques, viveiros, açudes, entre outros; pousadas rurais, estabelecimentos rurais aconchegantes com áreas menores; restaurante rural, com gastronomia típica rural; turismo rural pedagógico, atividade de cunho educativo que auxilia no processo de ensino voltado para vivência de valores e conhecimentos do universo rural. O turismo rural, então, é um conjunto de atividades turísticas desenvolvidas no meio rural, agregando valores a produtos e serviços, também resgata e promove o patrimônio cultural e natural da comunidade.
Andréia Roque, presidente do Instituto de Desenvolvimento do Turismo Rural (IDESTUR), destaca os estados que apresentam um maior número de turistas voltados ao turismo rural: São Paulo, Minas Gerais, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Espírito Santo, Ceará e Pernambuco. Só em São Paulo, nos últimos cinco anos, houve um crescimento de 54%, e no Brasil, em média, 30% ao ano. Houve uma movimentação de 2,4 milhões de turistas ao ano e a geração de mais de 1.500 postos de trabalho, em mais de 500 empreendimentos do Brasil. Outro dado interessante é que o serviço de cavalgadas representa 4,9% da prática de atividades rurais, com 100 mil praticantes. O turismo rural está nascendo com força econômica em todas as classes sociais do país. Comumente, a classe A visita fazendas históricas; a classe B hospeda-se em pousadas da Serra da Mantiqueira e a classe C frequenta o pesque-pague situado num raio de aproximadamente 300 km das principais cidades do país.
E por que não praticar o turismo em espaço rural, apaixonar-se pelas paisagens campestres, experimentando sensações, que, somente junto à natureza, passaremos a ter essa vivência?! Boa Viagem!
Por: Thamyris Calderan é aluna do quinto período do curso de Turismo, da Uniso.
Policiais militares ambientais de Corumbá juntamente com equipes de Coxim e de Campo Grande prenderam ontem um turista de Cordeirópolis (SP) pela suspeita de estar caçando no Pantanal. A prisão foi realizada, quando os policiais faziam fiscalização na região do Distrito de Albuquerque, localizada a 50 quilômetros de Corumbá e abordou o condutor da caminhonete S-10 de placas EER-1373, de Cordeirópolis (SP). Três pessoas estavam no veículo e com elas foi encontrada arma para caçar.
Pelo local onde estavam próximo a uma grande lagoa, onde os animais costumam beber água, e também pelo tipo de armamento os policiais suspeitam de que os turistas iriam praticar a caça na região.
Segundo a versão policial, diante do nervosismo dos ocupantes, foi feita uma vistoria no veículo. Escondidos na carroceria cobertos por uma roupa camuflada de uso militar estavam uma espingarda calibre 22, marca Remington; sete munições calibre 22 intactas e uma faca com bainha de couro.
Segundo o suspeito Delcides Barros Lima, 39, a arma foi emprestada de um senhor de nome Ademar, que conforme o testemunho dele para a polícia, residiria no Distrito de Albuquerque.
A arma e as munições foram apreendidas e foram encaminhadas, juntamente com os suspeitos à delegacia de polícia civil de Corumbá. Somente Delcides foi autuado em flagrante por posse ilegal de arma. A pena para este crime é de um a três anos de detenção. Pelo Código Penal, o suspeito responde o processo em liberdade e se condenado terá que prestar serviços públicos.
O governo do Estado, por meio da Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul (FCMS), divulgou os artistas selecionados no edital do 11º Festival de Inverno de Bonito, que acontece entre 28 de julho e 1º de agosto. Ao todo, 48 grupos e artistas do Estado participaram da seleção.
As apresentações de artes cênicas, que envolvem dança, teatro e circo, tiveram 28 inscritos. Foram selecionados o Ginga Companhia de Dança, que apresenta o espetáculo Amor Líquido, O Teatro Imaginário Maracangalha, com a peça Conto da Cantuária e o duo Flor e Espinho Teatro, que apresenta o espetáculo Sob Controle.
Para as apresentações musicais, que contaram com 20 inscritos, foram selecionados os grupos Studio 89, que apresenta o show Dez anos de Studio 89, Louva Dub, com o espetáculo Novos Caminhos, Alma Riograndense, com Coração Sulino, Orlando Bonzi e grupo, com Recurso Natural e Instrumental e Chris Haicai e a banda Dombrás, com o show No Escritório.
A comissão julgadora na área de música foi formada pela coordenadora do Núcleo de Música da FCMS, Ângela Finger; pelo músico e produtor Gustavo Renato Borba, pelo jornalista Oscar Rocha e pela gerente de Projetos da FCMS, Adriane Eliza de Souza Cação. Já os jurados para os espetáculos cênicos foram o diretor teatral Vitor Hugo Samudio, a jornalista Michelle Rossi e o pesquisador Yan Leite Chaparro.
Para garantir a seleção ao Festival de Inverno deste ano os artistas selecionados preencheram todos os requisitos exigidos pelo edital, como documentação completa, fotos para divulgação currículo do grupo ou artista e uma sinopse do show, documentos essenciais para a avaliação da comissão julgadora.