Notícias de Bonito MS
Nesta semana, entre os dias 22 e 25, a cidade de Bonito recebe a visita técnica de representantes do Ministério do Turismo, Sebrae e Instituto Marca Brasil que vivenciarão e analisarão as experiências implantadas no destino pelo Projeto Economia da Experiência.
Durante os quatro dias, a equipe técnica do Projeto Economia da Experiência visitará diversos empreendimentos que já concluíram a implantação das inovações. O objetivo é inspecionar se os produtos e serviços elaborados durante o projeto estão de acordo com o conceito de Economia da Experiência, que visa inspirar, satisfazer e surpreender o turista por meio da cultura, história, gastronomia e artesanato locais.
"Essas iniciativas mostram como os empreendedores e a própria comunidade se apropriou do conceito do Economia da Experiência que está essencialmente ligado à valorização da cultura, da natureza, dos produtos locais, do artesanato, da história de cada destino, enfim de tudo que é único e que remete ao que é original e próprio do local", explica a diretora do IMB, Daniela Bitencourt.
A cidade que é invicta por 8 anos, a única a receber o prêmio "Melhor Destino de Ecoturismo do Brasil" (Revista Viagem & Turismo - Abril), promete fama também na literatura.
Marcelo Gil da Silva, que é guia de turismo, possui diversas publicações em jornais impressos e eletrônicos, lança seu primeiro livro, "O Conquistador de Sonhos", que tem como tema o interesse de Deus na realização dos nossos sonhos.
O lançamento está previsto para abril, durante a Páscoa, com o show da cantora gospel, Neide Sanábria, também de Bonito (MS).
"O livro fala de sonhos. Celebrar a ressurreição de Jesus no centro da cidade é celebrar um sonho, um sonho em que podemos viver através de Cristo." Diz Marcelo Gil da Silva.
O Brasil vai investir mais 25% a 30% todo ano, até a Copa do Mundo de 2014, para atrair mais turistas sul-americanos. Haverá reforço na promoção do País junto aos vizinhos com base na necessidade de reconhecer que o Brasil é um destino de longo alcance - localizado longe dos principais mercados mundiais (Europa e Estados Unidos) - sem condições de competir, por exemplo, com a França, a Espanha ou o México. A informação é do ministro do Turismo, Luiz Eduardo Barretto. "Que venham os latinos", convidou ele, em entrevista exclusiva ao DCI.
"Hoje apenas um terço dos turistas que nos visitam são sul-americanos. Nós temos de ter um olhar especial sobre a América Latina. Vou te dar um número: 900 mil chilenos vão à Argentina e apenas 250 mil vêm ao Brasil", contou. Na avaliação dele, o País está ficando cada vez mais preparado para receber mais turistas estrangeiros e atender o crescente mercado interno impulsionado por 20 milhões de brasileiros que ingressaram na classe média. Estão sendo construídos 266 hotéis, com R$ 11 bilhões de investimentos aportados nos próximos quatro anos.
Confira os principais trechos da entrevista:
Como está a negociação para acabar com a farra das emendas parlamentares destinadas ao patrocínio de shows e eventos, pelo Ministério do Turismo? Seriam R$ 660 milhões para 2010?
Para nossa surpresa, o que aconteceu na virada do ano, de 2009 para 2010, é que o volume de recursos de emendas parlamentares ao Orçamento para eventos e shows tinha saído de um patamar de cerca de R$ 200 milhões para R$ 660 milhões, embora eu tivesse feito duas portarias que restringiam a destinação de emendas. Estamos caminhando bem para que uma parte significativa desses R$ 660 milhões, em torno de 60%, 70%, seja mudada da rubrica de eventos para a de infraestrutura, que consideramos uma coisa mais importante porque deixa um legado para os municípios. E não se justifica num ano eleitoral crescer de 200%. Eu quero dar uma saída aos parlamentares para que eles não percam suas emendas. Depende de um projeto de lei que o Ministério do Planejamento enviará ao Congresso Nacional.
Agora, em fevereiro, deverá sair nova classificação dos 28 mil empreendimentos de hospedagem no Brasil?
É uma nova classificação, com certificação da hotelaria. Estamos definindo conceitos com o InMetro [Instituto Nacional de Metrologia]. Evidentemente, é uma questão voluntária, como acontece no mundo todo: o governo não pode e não deve impor. A classificação será feita em oito tipos de hotéis. A gente espera ter a nova classificação implantada até a Copa.
Diante desses atrativos, a Copa do Mundo e as Olimpíadas, o empresariado pode ter segurança para investir no turismo? Ou, como dizem alguns economistas, agora o Brasil tem mais vocação para gás e petróleo porque o boom está aí, com o pré-sal?
Primeiro, o Brasil todo - não só petróleo e gás - vive um bom momento na economia. A Copa e as Olimpíadas vão ser somadas ao grande momento econômico que o Brasil vive. E no turismo também. Pela primeira vez na história, um grande fundo internacional, o Carlyle, que opera mais de US$ 87 bilhões no mundo em empreendimentos imobiliários, investiu na área do turismo no Brasil. Comprou 63% da CVC, um investimento de quase R$ 1 bilhão. O mundo internacional vê no turismo também uma potencialidade importante não só porque o Brasil vive esse grande momento, mas porque melhorou sua infraestrutura ao longo de todos esses anos, melhorou a qualidade de seus produtos e destinos e tem um grande mercado interno, com mais de 20 milhões de brasileiros que estavam fora e que entraram no mercado consumidor. Hoje já temos mais de 6 milhões de trabalhadores que trabalham no turismo. Alguns setores, como petróleo e gás, são mais dinâmicos, mas eu acredito muito no turismo, acho que veio para ficar. Dados dão conta de que teve um aumento das viagens dos turistas brasileiros ao exterior, com uma diferença, entre saída e entrada, relativas ao turismo, de R$ 5,3 bilhões. E o déficit previsto para este ano é de R$ 7 bilhões. Isso é normal porque você tem hoje o dólar abaixo de R$ 2, a renda do brasileiro melhorou. Então é natural que você tenha um gasto mais alto dos turistas brasileiros lá fora, felizmente. Agora, um setor que tem crescido muito é o turismo doméstico. Por isso, a partir de agora até a Copa do Mundo, vamos investir de 25 a 30% a mais todo ano na Embratur, na promoção do Brasil na América Sul para que a gente possa aumentar o fluxo de turistas sul-americanos aqui. E o Brasil tem que pensar sempre no seu mercado interno de 100 milhões de consumidores. Um número que exemplifica isso é o de desembarques domésticos, que bateu recorde no ano passado: 56 milhões, crescimento de 15% em relação a 2008, mesmo sendo 2009 um ano em que a economia não cresceu.
Mas e a previsão do Governo Lula de que em 2007 o País iria receber 9 milhões de turistas estrangeiros?
Esse dado foi feito em 2003. A gente reviu essa meta. E estamos trabalhando para chegar à meta de 8 milhões em 2014. O que a gente conseguiu atingir foi dobrar o volume de recursos que eles deixam aqui. Isso tornou o turismo a quinta pauta de exportação brasileira. Só perde para minério de ferro, petróleo, soja e carne de frango. O ano passado foi o segundo melhor resultado. O primeiro foi em 2008, com R$ 5,8 bilhões. Um dos episódios mais graves foi a perda da Varig, que possuía a maior malha área internacional. Nós só recuperamos agora a malha área da Varig através da TAM e da TAP e de outras companhias. Fora isso, você teve a gripe aviária, a crise econômica do ano passado, a crise das companhias áreas em 2005, enfim, percalços internacionais e locais que impediram. E o Brasil é um país do Hemisfério Sul. Nós estamos a mais de oito horas dos dois maiores emissores do mundo de turismo, que são a Europa e os Estados Unidos. É diferente do México, que está ao lado dos EUA, e recebe 20 milhões de turistas por ano - só que 92% são norte-americanos. É turismo de fronteira, de carro, de ônibus, de bicicleta em meia hora. No nosso caso, a viagem toda é em torno de oito horas. No caso da França e da Espanha, que possuem mais de 60 milhões de turistas por ano, é também o mesmo fenômeno. O grosso, mais de 80%, são europeus. Então, se vale a máxima do México, da França e da Espanha, nós temos que melhorar nossa relação com a América do Sul.
Então que venham os latinos?
Que venham os latinos. Hoje apenas um terço dos turistas que nos visitam são de sul-americanos. Nós temos de dirigir um olhar especial sobre a América Latina. Vou te dar um número: 900 mil chilenos vão à Argentina e apenas 250 mil vêm ao Brasil. Por que a gente não pode aumentar o número de chilenos que vêm aqui? O Chile é uma economia estável, o Peru tem hoje uma grande classe média, por que não pode ultrapassar 100 mil peruanos que nos visitam, por que a gente não pode ter metas mais ousadas? São vizinhos.
Os aeroportos vão estar prontos para a Copa?
O ministro da Defesa, Nelson Jobim, tem feito um esforço através da Infraero [Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária]. Mas a gente vai ter de fazer isso, até com medidas emergenciais para ter esse quesito resolvido até 2014. Acho temos de pensar na Copa sob o aspecto do que ela vai deixar para sociedade brasileira como legado, não apenas nos 20 dias do evento.
O diretor comercial e de Vendas Nacional da CVC, Cleyton Armelin, disse que a operadora vai lançar fretamentos para Bonito (MS) e Fernando de Noronha (PE) com a Trip Linhas Aéreas. "Nas próximas semanas, os agentes de viagens vão conhecer as tabelas desses super produtos", afirma Armelin ao Portal PANROTAS, que participa do Workshop CVC, no Expo Center Norte, em São Paulo.
Sobre Bonito, ressalta o diretor, trata-se de um retorno a um dos destinos de ecoturismo mais conhecidos do País. "Há três anos que não fazíamos essa operação", recorda ele. Será um voo semanal, saindo aos sábados de São Paulo.
Para Fernando de Noronha, as saídas serão desde Natal (RN) e Recife (PE). Serão dois voos semanais de cada capital, às quartas-feiras e aos sábados. "Com esse produto também prestigiamos o turismo regional, que é muito valorizado no Nordeste", diz Armelin. "Estamos muito contentes com a parceria com a Trip."
A TRIP Linhas Aéreas e a TAM fecharam acordo para uma nova rota que ligará São Paulo a Campo Grande e Bonito, em voo realizado às quintas-feiras e domingos.
O novo voo parte de Congonhas, em aeronave da TAM, às 9h39, e chega a Campo Grande às 10h20. De Campo Grande a Bonito, o voo é realizado em aeronave da TRIP, com saída às 11h20 e chegada às 11h55.
O retorno é realizado pelo voo da TRIP, com saída de Bonito às 12h10 e chegada em Campo Grande às 12h40, e pelo voo TAM, que parte de Campo Grande, às 16h35, e chega a Congonhas às 19h10. A hora certa de todos esses voos, segue a configuração do horário local de cada cidade.
O acordo de compartilhamento de códigos de voo entre as companhias permite que os clientes sejam beneficiados com a simplificação de reservas de voos, conexões em um único bilhete aéreo e despachos de bagagens até o destino final.
A diretora-presidente da Fundtur (Fundação de Turismo de Mato Grosso do Sul), Nilde Brun, diz que esse acordo é a realização de um sonho, pelo qual o trade turístico tem batalhado desde que a TRIP começou a operar Bonito. "Isso significa que a TAM vai colocar em seu sistema esse destino. Um turista que esteja em Miami (EUA), por exemplo, vai poder comprar o trecho inteiro Miami-Bonito".
De acordo com Nilde, a integração dos sistemas das duas empresas aéreas para a venda de passagens até Bonito facilita para o cliente que compra diretamente e também para as operadoras que comercializam pacotes. "A compra de 'trecho picado' é muito ruim. Agora, vai ser possível adquirir o bilhete de qualquer origem operada pela da TAM", explicou.
Uma obra sobre a cultura pantaneira do Mato Grosso do Sul venceu ontem o prêmio de ensaio ibero-americano destinado a estudantes universitários tchecos.
"Os símbolos contemporâneos da cultura pantaneira do Mato Grosso do Sul", de Lucie Hruskova, estudante da Escola Superior de Economia de Praga (VSE), ganhou a 15ª edição do prêmio, que oferece US$ 1 mil ao vencedor e é concedido pelas missões diplomáticas dos países ibero-americanos na República Tcheca.
O segundo prêmio, de US$ 750, foi para o trabalho "A reeleição presidencial na América Latina, algo perigoso que seria preciso temer?", de Tomas Dosek, também da VSE.
O terceiro prêmio, com US$ 500, foi para "A imigração açoriana para o Brasil meridional", de Ada Coneva, da Faculdade de Filosofia e Letras da Universidade Carolina de Praga.
Os 26 trabalhos apresentados este ano falaram sobre literatura, econômica, atualidade nacional e problemática dos países da América Latina e da Península Ibérica.
Seus autores, cinco homens e 21 mulheres, são atualmente estudantes das universidades de Pilsen, Brno, Olomouc, Hradec Kralove e Praga.
O evento teve a presença da primeira-dama tcheca, Livia Klausula, e do chanceler da Universidade Carolina, Vaclav Hampl, cuja instituição recebe os trabalhos do certame.
Com cerca de um milhão de reses, a sub-região pantaneira do Nabileque está com uma ponte em construção que vai facilitar a travessia de gado durante as cheias do rio Paraguai. A ponte sobre o rio Nabileque é uma continuação da rodovia MS-243, com 100 km de extensão, que liga Guaicurus a Baía do Jatobá.
Os produtores têm de fazer a travessia do gado a nado, o que causa prejuízo. A ponte promete oferecer condições para o escoamento da produção, reduzindo custos com transportes e garantindo rentabilidade aos produtores rurais.
A plataforma terá 198 metros de extensão. O investimento é de R$ 1,027 milhão, através do programa MS Forte, com recursos próprios do governo estadual.
Para o pantaneiro Joaquim Santana, de 54 anos, gerente da fazenda São Luis do Angical, a ponte vai proporcionar um benefício inimaginável. "Viver aqui no Pantanal é um sacrifício, devido às condições adversas da natureza, como a cheia, a seca, o calor, o frio, a vegetação bruta, os animais selvagens, mas essa é nossa vida", contou em entrevista ao site Noticias.MS, do governo do Estado. "Então, com essa ponte, dá pra imaginar o quanto mais fácil vão ficar nossas viagens".