Notícias de Bonito MS
Um estudo realizado pela Fundação Avina em parceria com as ONGs WWF-Brasil, SOS Mata Atlântica, Conservação Internacional e Ecoa concluiu que 85% da vegetação nativa do Pantanal encontra-se intacta. Seis pesquisadores da Embrapa Pantanal (Corumbá-MS), Unidade da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, atuaram como consultores técnicos.
A quantificação de 85% de área conservada pode até aumentar na finalização do estudo, pois há um percentual de áreas alteradas no Pantanal que ainda não foi devidamente processado pelo levantamento. Tais regiões podem ter sido alteradas por ação antrópica (do homem) ou representarem variações naturais, o que não significa, necessariamente, desmatamento.
De acordo com o pesquisador Carlos Padovani, o grupo da Embrapa Pantanal forneceu dados, informações e conhecimento técnico sobre a planície pantaneira.
O levantamento comprova que a pecuária extensiva tradicional praticada no Pantanal desde 1737 contribuiu para a conservação ambiental da região, que hoje representa o ecossistema com melhor índice de conservação do país.
"A grande maioria dos pecuaristas tradicionais do Pantanal utiliza a vegetação nativa para alimentar o rebanho, fazendo o manejo adequado, adaptado ao ciclo de cheia e seca, que garante a sustentabilidade da atividade em longo prazo", explicou Padovani.
Problemas
No entanto, as boas notícias registradas no estudo não significam que o bioma deixe de merecer cuidados. Em 2009, o ecossistema foi assolado pelo período mais seco dos últimos 35 anos. À época, a incidência do fenômeno climático La Niña foi considerada como uma das principais causas da seca.
Em novembro de 2008, o então ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, garantiu que novos plantios de cana de açúcar estão proibidos no Pantanal, em respeito a resolução do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama) nº 001/1985, que vetou as plantações na região baseado no Zoneamento Agroecológico da Cana-de-Açúcar.
A medida busca evitar o assoreamento dos rios e erosões. A exceção fica por conta de áreas do planalto pantaneiro onde já existem plantações há mais de 12 anos.
Pantanal x Carvão
Segundo dados do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) divulgados em abril deste ano, o Pantanal de Mato Grosso do Sul perdeu 270 mil hectares nos últimos três anos - extensão que corresponde a duas vezes o território da cidade de São Paulo, a maior do país. Um dos motivos da devastação é a derrubada de matas nativas para a produção de carvão.
A Petrobras Distribuidora inaugura no dia 30 de abril (sexta-feira), às 20h, o BR Aviation Center no destino turístico de Mato Grosso do Sul, a cidade de Bonito.
O centro de atendimento à aviação executiva funcionará no Aeroporto de Bonito, localizado na Rodovia MS 178, km 13.
O BR Aviation Center reúne um conjunto de serviços com foco no cliente da aviação executiva - proprietários, passageiros e pilotos de aviões e helicópteros de pequeno e médio porte, táxi aéreo ou voos fretados.
O executivo conta com uma confortável sala VIP e um business center com sala de reunião, Internet, TV a cabo e loja de conveniência, além de atendimento na pista. O piloto dispõe de sala de repouso e de estudo de rotas com computador para efetuar o plano de vôo. E a aeronave, além de abastecimento e segurança, recebe todos os cuidados necessários como hangaragem, polimento, limpeza interna e externa, GPU e trator.
A Petrobras Distribuidora já possui unidades do BR Aviation Center em operação em Sorocaba (SP), Uberlândia (MG), Cuiabá (MT), Brasília (DF), Guarulhos (SP), Jacarepaguá (RJ) e Congonhas (SP) e Porto Seguro (BA).
Um dos mais conhecidos atrativos turísticos de Mato Grosso do Sul, a Gruta do Lago Azul, em Bonito, vai passar a oferecer mais segurança aos visitantes a partir de 2011.
Após cinco anos fazendo caixa, a Prefeitura da cidade encaminha na próxima semana o pedido de autorização legislativa para a implantação de uma escadaria, obra que terá início em maio.
O projeto vai custar R$ 500 mil e compreende também a reforma dos banheiros do atrativo, que passarão a atender às normas de acessibilidade, conta o secretário de Turismo do município, Augusto Barbosa Mariano.
Ele explica que a Prefeitura começou a fazer caixa para a obra em 2005, revertendo os recursos arrecadados com a visitação para a implantação da escadaria.
Mais visitas - A partir da implantação do novo acesso, será solicitado um novo estudo para apontar se a cavidade terá condições de receber mais visitantes ao dia. Hoje a limitação é de 305 pessoas, sendo 15 por grupo. Outra limitação, que será avaliada, é de horário. Por questão de segurança, somente de 7 às 14 horas é permitido o passeio dentro da gruta.
Mariano ressalta que somente se o estudo de impacto ambiental apresentar viabilidade estes limites serão alterados, mas ressalta de antemão que a escadaria vai proporcionar muito mais segurança aos visitantes, além de possibilitar o acesso de pessoas com deficiências e facilitar o passeio para crianças e pessoas com maior compleição física.
Outro benefício é que a escadaria será circular, o turista entrará por uma extremidade da gruta e saíra por outra o que, espera-se, deve reduzir os impactos, uma vez que hoje o mesmo percurso é utilizado para ida e volta dos grupos. Como atualmente é possível entrar até quatro grupos por vez, com 15 visitantes cada, alguns precisam encostar nas pedras e esperar para descer, enquanto outros visitantes sobem.
Outro ponto alto da escadaria é que os visitante poderão chegar à parte direita da cavidade, contemplando a formação estalactites e estalagmites, que no atual trajeto não é contemplada. "Vai aumentar a segurança, proporcionar mais conforto ao turista que visita, ao guia de turismo que atende o visitante e nos dar capacidade de fazer uma atividade contemplativa com qualidade digna de bonito", resume o secretário.
Todos os anos, durante a alta temporada, turistas ficam de fora do passeio, um dos mais procurados, e acabam voltando às suas cidades frustrados. No ano passado a gruta recebeu 60 mil visitantes, segundo a prefeitura.
Impacto reduzido - Mariano explica que a escadaria será feita com pedras da própria região, semelhantes às existentes na Gruta. Segundo ele, o projeto é do Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional), já conta com aprovação de todos os órgãos licenciadores e foi desenvolvido após amplo estudo, que toma como base até mesmo o trabalho de cantaria e pedraria desenvolvido em Machu Picchu, no Peru.
Assim que a Câmara de Bonito aprovar o investimento, será firmado convênio com uma ONG (Organização Não Governamental) para dar oficina aos artesãos que vão trabalhar as pedras e será aberto o processo licitatório para as obras.
A intenção é iniciar a construção da escadaria até o fim de maio e aproveitar o período de estiagem para acelerar o processo. Porém, o secretário observa que o trabalho é minucioso, para que o impacto seja o menor possível e a previsão é que leve um ano para ser concluído.
Apesar disso, Mariano afirma que a intenção é fazer as intervenções sem interromper as visitações. "Não vamos ter pressa, vamos sempre respeitar o meio ambiente e a segurança das pessoas envolvidas. Já esperamos até agora", finaliza.
A Comissão do Meio Ambiente da OAB-MS. em sua reunião ordinária do mês de abril, deliberou pelo estudo da utilidade/necessidade da realização de um Work Shop para tratar do tema " Compensação da Reserva Legal Florestal em Unidade de Conservação " com um ponto de trabalho específico sobre o " Parque Nacional da Serra da Bodoquena ".
Com relação ao " Parque Nacional da Serra da Bodoquena " tem-se que " foi criado em setembro de 2000, e foi a primeira e, até o momento, a única unidade de conservação de proteção integral federal implantada no estado de Mato Grosso do Sul. A criação do Parque visou a proteger a maior área contínua de "mata atlântica" no estado, a qual se localiza sobre um terreno com características geológicas especiais, o que atende a objetivos de preservação e estudo da biodiversidade, bem como à recreação, apenas para citar os mais comuns. No momento, o Parque encontra-se em implantação e por isso, ainda não foi aberto ao público.
Seus limites abrangem 76.481 hectares, os quais foram transformados em área de utilidade pública pelo Decreto de Criação."-, conforme consta do site www.portabonito.com.br.
Tem-se, ainda, que há demanda judicial em trâmite perante o R.Juízo da 4ª Vara da Justiça Federal - Campo Grande - MS., onde os proprietários rurais de áreas localizadas dentro do parque, através da Famasul, reclamam terem sofrido restrição no seu direito de propriedade, porém, sem ter havido a indenização por parte do Governo Federal, de onde originou o deferimento de uma liminar sobrestando investimentos e concretização do parque como ambiente especialmente protegido.
Por sua vez, os agentes públicos, em especial os ligados aos órgãos ambientais, ficam reféns da insegurança que os fatos geram, o que, na prática, tem acarretado prejuízo para todos.
Registre-se, ainda, que, para alguns, há caducidade dos atos de consolidação e concretização da referida Unidade de Conservação ambiental, o que demandaria a edição de novo Decreto, se fosse o caso, por exemplo, se, porventura, pretenda-se regularizá-lo.
Para que o evento seja exitoso, faz-se necessário a colaboração de todos os interessados, entre eles, nós advogados, entidades de classe ( federação da agricultura, sindicato rural, etc.), Semac/Imasul, IBAMA, Prefeitura Municipal de Bodoquena Bonito, e as demais ao entorno, Universidades, cientistas, e outros interessados, etc..
Pretende-se com a realização do Work Shop (i) vislumbrar-se as possibilidades dentro do estado do Mato Grosso do Sul, da utilização da alternativa da Compensação da Reserva Legal ( art.44, III do Código Florestal ) em Unidade de Conservação Ambiental e (ii) quanto ao Parque Nacional da Bodoquena, clarear para toda a sociedade a sua real situação, tanto do aspecto jurídico/legal, quanto do aspecto ambiental.
Para alimentarmos um sistema de informação e sugestão para o encaminhamento da realização do Work Shop visando tirar do mesmo o maior proveito possível, a Comissão do Meio Ambiente da OAB-MS. solicita sejam encaminhadas considerações, críticas, objeções, sugestões para o email jmarques.adv@terra.com.br
A colaboração de todos, atendendo a solicitação acima desta informação/notícia, no email indicado, é importante para o encaminhamento do evento.
Pela comissão: Dr. Abel Costa de Oliveira - Presidente; Dr. Jaasiel Marques da Silva, membro designado coordenador do evento.
Um dos mais conhecidos atrativos turísticos de Mato Grosso do Sul, a Gruta do Lago Azul, em Bonito, vai passar a oferecer mais segurança aos visitantes a partir de 2011.
Um dos mais conhecidos atrativos turísticos de Mato Grosso do Sul, a Gruta do Lago Azul, em Bonito, vai passar a oferecer mais segurança aos visitantes a partir de 2011. Após cinco anos fazendo caixa, a Prefeitura da cidade encaminha na próxima semana o pedido de autorização legislativa para a implantação de uma escadaria, obra que terá início em maio.
O projeto vai custar R$ 500 mil e compreende também a reforma dos banheiros do atrativo, que passarão a atender às normas de acessibilidade, conta o secretário de Turismo do município, Augusto Barbosa Mariano. Ele explica que a Prefeitura começou a fazer caixa para a obra em 2005, revertendo os recursos arrecadados com a visitação para a implantação da escadaria.
Mais visitas - A partir da implantação do novo acesso, será solicitado um novo estudo para apontar se a cavidade terá condições de receber mais visitantes ao dia. Hoje a limitação é de 305 pessoas, sendo 15 por grupo. Outra limitação, que será avaliada, é de horário. Por questão de segurança, somente de 7 às 14 horas é permitido o passeio dentro da gruta.
Mariano ressalta que somente se o estudo de impacto ambiental apresentar viabilidade estes limites serão alterados, mas ressalta de antemão que a escadaria vai proporcionar muito mais segurança aos visitantes, além de possibilitar o acesso de pessoas com deficiências e facilitar o passeio para crianças e pessoas com maior compleição física.
Outro benefício é que a escadaria será circular, o turista entrará por uma extremidade da gruta e saíra por outra o que, espera-se, deve reduzir os impactos, uma vez que hoje o mesmo percurso é utilizado para ida e volta dos grupos. Como atualmente é possível entrar até quatro grupos por vez, com 15 visitantes cada, alguns precisam encostar nas pedras e esperar para descer, enquanto outros visitantes sobem.
Outro ponto alto da escadaria é que os visitante poderão chegar à parte direita da cavidade, contemplando a formação estalactites e estalagmites, que no atual trajeto não é contemplada. "Vai aumentar a segurança, proporcionar mais conforto ao turista que visita, ao guia de turismo que atende o visitante e nos dar capacidade de fazer uma atividade contemplativa com qualidade digna de bonito", resume o secretário.
Todos os anos, durante a alta temporada, turistas ficam de fora do passeio, um dos mais procurados, e acabam voltando às suas cidades frustrados. No ano passado a gruta recebeu 60 mil visitantes, segundo a prefeitura.
Impacto reduzido - Mariano explica que a escadaria será feita com pedras da própria região, semelhantes às existentes na Gruta. Segundo ele, o projeto é do Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional), já conta com aprovação de todos os órgãos licenciadores e foi desenvolvido após amplo estudo, que toma como base até mesmo o trabalho de cantaria e pedraria desenvolvido em Machu Picchu, no Peru.
Assim que a Câmara de Bonito aprovar o investimento, será firmado convênio com uma ONG (Organização Não Governamental) para dar oficina aos artesãos que vão trabalhar as pedras e será aberto o processo licitatório para as obras.
A intenção é iniciar a construção da escadaria até o fim de maio e aproveitar o período de estiagem para acelerar o processo. Porém, o secretário observa que o trabalho é minucioso, para que o impacto seja o menor possível e a previsão é que leve um ano para ser concluído.
Apesar disso, Mariano afirma que a intenção é fazer as intervenções sem interromper as visitações. "Não vamos ter pressa, vamos sempre respeitar o meio ambiente e a segurança das pessoas envolvidas. Já esperamos até agora", finaliza.
As normas brasileiras de turismo de aventura servirão de embasamento para a produção da normalização internacional do setor. Nesta semana, o Brasil passou a coordenar o grupo de trabalho WG 7 - Turismo de Aventura da ISO (órgão internacional responsável pela padronização e normalização de bens e serviços e reconhecido pela Organização Mundial do Comércio).
"A escolha do Brasil para coordenar o GT é o reconhecimento da qualidade e efetividade da nossa normalização e resultado dos investimentos feitos pelo Ministério do Turismo na qualificação do Turismo de Aventura. Com isso, o país é posto em patamar de visibilidade muito importante", destaca Luciano Paixão, coordenador geral de Qualificação e Certificação do Ministério do Turismo (MTur).
As normas brasileiras foram criadas a partir da parceria entre o MTur e a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT).
Representantes do MTur participaram durante essa semana, entre os dias 19 e 22 de abril, das reuniões dos grupos de trabalho do Comitê Técnico da ISO, em Foz do Iguaçu. Nessa sexta-feira (23/04) acontece a 5º Reunião Plenária do Comitê, encerrando o encontro.
Representantes de 13 países debateram propostas de normalização do setor e da prestação de serviços turísticos. Com isso, busca-se aperfeiçoar o padrão de qualidade em âmbito internacional. Temas, como as normas internacionais de praias, foram abordadas. A cidade de Puerto Iguazú, na Argentina, também fez parte do evento, recebendo os grupos de trabalhos e discussões sobre os serviços de recepção em centros de atendimentos a turistas (CAT's) e áreas naturais protegidas.
Atualmente, países diferentes coordenam grupos de trabalho que discutem a normalização de Atividades de Mergulho, Turismo na área de saúde, Postos de Informações turísticas, Golf, Turismo em Praias e Turismo em Áreas Protegidas.
O Ministério do Turismo (MTur), em parceria com a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), já publicou cerca de 70 normas para o setor, relacionadas a ocupações e competências de pessoas, turismo sustentável e turismo de aventura. Estas normas estão disponíveis para consulta nos sites da ABNT (www.abnt.org.br) e do Ministério do Turismo (www.turismo.gov.br).
Eventos realizados no Mato Grosso do Sul e em São Paulo discutiram as ameaças que as mudanças climáticas globais provocam à bacia do rio Paraguai. Esse debate tem sido promovido pelo projeto Sinergia (Sistema Internacional de Estudos sobre Recursos Hídricos e Gerenciamento de Impactos devido ao Aquecimento Global na Bacia do Paraguai) e pela Rede Pantanal, que reúne cerca de 50 ONGs (Organizações Não-Governamentais) e movimentos sociais que atuam no Pantanal.
Débora Calheiros, Márcia Oliveira e Carlos Padovani, pesquisadores da Embrapa Pantanal (Corumbá-MS), Unidade da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária - Embrapa, vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, fazem parte do projeto, têm acompanhado essa mobilização e contribuído para subsidiar as discussões com informações técnicas levantadas ao longo de mais de 20 anos de pesquisas no Pantanal.
O projeto Sinergia é uma iniciativa do CPP (Centro de Pesquisas do Pantanal), financiado pelo Ministério da Ciência e Tecnologia, por meio do CNPq. O responsável é o pesquisador Pierre Girard, do CPP/UFMT.
Os pesquisadores Débora e Carlos acompanharam algumas reuniões realizadas entre o final de março e 9 de abril sobre a vulnerabilidade da bacia hidrográfica do rio Paraguai que contempla quatro países: Brasil, Paraguai, Bolívia e Argentina.
Toda essa discussão com a sociedade, segundo Débora, servirá para subsidiar a tomada de decisões, levantar demandas de pesquisas científicas e apoiar políticas públicas que contemplem a conservação da bacia, em especial, com enfoque nos ecossistemas aquáticos.
SÃO PAULO
Um dos eventos que discutiu o tema foi um painel com 23 especialistas realizado no Hotel Clarion, em São Paulo, entre 29 e 31 de março. O tema foi Análise da Vulnerabilidade da Bacia do rio Paraguai. As discussões tiveram a participação de especialistas brasileiros, paraguaios e bolivianos, com apoio das ONGs WWF-Brasil e TNC (The Nature Conservancy). Foi feita uma análise qualitativa dos impactos na bacia com base no artigo "Integrando impactos humanos e integridade ecológica em um protocolo baseado em risco para planejamento em conservação ambiental", publicado por Mattson e Angermeier na revista científica internacional "Manejo Ambiental" de 2007. "Utilizamos o conhecimento técnico e as experiências dos pesquisadores que atuam na região para avaliar indicadores sugeridos pelo método proposto", afirmou a pesquisadora.
Segundo ela, o grupo fez uma classificação, aplicando índices de 1 a 3 em relação aos níveis de impactos e ameaças que afetam a bacia nos quatro países envolvidos.
Débora explicou ainda que o Sinergia busca atuar de forma participativa, convidando atores da sociedade que tenham envolvimento com a bacia para contribuir com seus conhecimentos. Os pesquisadores da Embrapa Pantanal, por exemplo, ajudaram com informações sobre qualidade da água e sobre hidrologia e sensoriamento remoto.
"Foi uma primeira avaliação. Será preciso realizar um workshop para validá-los junto à sociedade, além da contribuição de um número maior de especialistas", afirmou a pesquisadora.
CAMPO GRANDE
Na capital sul-mato-grossense, aconteceu nos dias 6 e 7 de abril uma reunião do programa de capacitação do Sinergia. O objetivo foi capacitar integrantes do projeto para planejar medidas de adaptação frente às mudanças climáticas na bacia. Cerca de 40 pessoas participaram da reunião no hotel Vale Verde.
Nos dias 8 e 9, foi realizado o seminário "O Pantanal e as Mudanças Climáticas", para capacitação da sociedade civil, representada pela Rede Pantanal, com a colaboração do Sinergia. Os temas incluíram a importância da proteção de áreas úmidas, mudanças climáticas no âmbito nacional, saúde, além de iniciativas que trabalham as mudanças climáticas na bacia do Alto Paraguai e no Pantanal. Débora contribuiu com as discussões, abordando a realidade do bioma e as perspectivas de impactos provocados pelas mudanças climáticas.
A capacitação também foi um momento de troca de experiências entre aproximadamente 60 participantes. Representantes da comunidade puderam manifestar suas percepções em relação às mudanças climáticas. Eles aproveitaram também para discutir como podem inserir e valorizar produtos pantaneiros na perspectiva da economia solidária.
Na oportunidade, Débora Calheiros foi homenageada pelos participantes do evento em Campo Grande por sua atuação em pesquisas nos rios da região, em comemoração ao Dia da Água, celebrado em 22 de março.