Notícias de Bonito MS
Cultura e preservação ambiental são o foco do Festival de Inverno de Bonito, por isso a décima primeira edição do evento terá o I Encontro do Geopark Bodoquena-Pantanal. "A ideia é difundir o tema, apresentar a proposta para proprietários, comunidade e turistas sobre a fragilidade das riquezas geológicas e a importância da preservação delas aqui no Estado", afirma a superintendente regional do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), Maria Margareth Ribas.
"O Festival de Bonito é uma festa ligada às atividades culturais e tratar do tema Geopark é tratar da cultura local sob o ponto de vista turístico, científico e cultural", observa a superintendente. O encontro acontece no dia 29, no Centro de Convenções de Bonito e vai reunir especialistas no tema que irão apresentar a proposta de Geopark para a comunidade e turistas que estarão na cidade durante o Festival.
Duas palestras estão programadas durante a manhã: Paisagem Cultural - conceitos e perspectivas como vetor de desenvolvimento local, com o coordenador da Paisagem Cultural da Diretoria de Patrimônio Material do Iphan, Carlos Fernando de Moura Delphim. A segunda palestra trata da implantação do Centro de Referência Geo-história em Bonito, e será ministrada pelo arquiteto do Estúdio Votupoca de São Paulo, Nivaldo Vitorino.
"Nós queremos a participação do público porque é importante difundir o tema, divulgar o conceito de Geopark em Mato Grosso do Sul", afirma a gerente do Patrimônio Histórico da Fundação de Cultura do Estado, Neusa Arashiro. "A proposta do Geopark Bodoquena-Pantanal já é decreto no Estado e o que se busca agora é a chancela da Unesco [Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura]. O encontro em Bonito é um momento em que se discute o potencial geológico e turístico na região e onde apresentamos este tema novo para a população", diz a superintendente regional do Iphan.
Segundo Margareth, o decreto do governo do Estado que reconhece como Geopark as regiões da Serra da Bodoquena e Pantanal mostra o interesse em manter preservadas as áreas de riquezas geológicas. "Então é importante ter esta discussão porque assim podemos criar outros geoparques onde também há muita riqueza geológica e não está inserida no Geopark Bodoquena-Pantanal", explica. "Esta iniciativa valoriza e faz incrementar as políticas para geoparques em Mato Grosso do Sul", avalia.
Reunião
O encontro também vai reunir o Conselho Gestor do Geopark Bodoquena-Pantanal, presidido por Nilde Brun - presidente da Fundação de Turismo do Estado. A reunião de trabalho deve discutir a minuta formatada sobre o Geopark do Estado. O documento será traduzido para a língua inglesa e enviado em outubro para a Unesco. A medida busca a chancela oficial que torna do Geopark Bodoquena-Pantanal o segundo geoparque das Américas.
Também entra em pauta a capacitação de guias que devem atuar no Geopark estadual e a implantação do Centro de Referência da Geo-História de Bonito, que tem a parceria da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS).
A 11ª edição do Festival de Inverno de Bonito vai homenagear personalidades da música, artesanato, meio ambiente, educação e história com contribuições relevantes para Mato Grosso do Sul. O historiador Gilson Rodolfo Martins é um dos homenageados deste ano. Com importante trabalho arqueológico em Mato Grosso do Sul, é um dos responsáveis pela reedição de obras raras que contam a história do Estado.
Bacharel em História e doutor em Arqueologia Brasileira pela Universidade de São Paulo (USP), realizou estágio como convidado no Museu do Homem em Paris, na França. Também foi conferencista e palestrante em eventos científicos nacionais, na França e no Paraguai. Como professor titular de Arqueologia Pré-Histórica Brasileira na Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), coordenou projetos e escavações arqueológicas com importantes descobertas de fragmentos e objetos pertencentes a povos primitivos que habitaram a região.
Gilson Martins também é o responsável pelo Museu de Arqueologia do Memorial da Cultura e um dos integrantes da comissão organizadora da coleção "Documentos para a História de Mato Grosso do Sul". A reedição dos livros, organizados em caixas contendo três volumes de títulos variados, está sendo custeada pelo governo do Estado.
A primeira caixa foi lançada no final de maio e contém os títulos "Anais do Descobrimento, Povoação e Conquista do Rio de La Plata", do espanhol Ruy Diaz de Guzman; "Oeste - Ensaio sobre a grande propriedade pastoril", de Nélson Werneck Sodré e "Pantanais Mato-Grossenses", do cuiabano Virgílio Correa Filho.
O segundo lançamento, ocorrido no mês de junho, é composto pelos livros "Jesuítas e Bandeirantes no Itatim", de Jaime Cortesão; "Oeste de São Paulo, Sul de Mato-Grosso", de autoria de Miguel Arrojado Ribeiro Lisboa e "Episódios históricos da formação geográfica do Brasil", escrito por Mário Monteiro de Almeida.
De acordo com o professor, a disponibilidade bibliográfica existente sobre a história de Mato Grosso do Sul foi feita sob o olhar paulista e mato-grossense. A coleção de livros reeditada pelo governo estadual se propõem a mostrar um outro contexto dos acontecimentos no sul de Mato Grosso.
A terceira caixa de livros deve ser editada ainda este ano e também um volume especial com mapas históricos que vão apresentar delimitações territoriais de Mato Grosso do Sul, a partir de representações cartográficas. "A intenção é fazer um atlas histórico", diz o professor, com a recuperação de mapas antigos e a inclusão de outros mais novos, que serão editados em ordem cronológica. "Os mapas mostram as mudanças de nome dos territórios e mudanças demográficas dos índios das antigas aldeias para as cidades atuais", completa Martins.
Festival
O Festival de Inverno de Bonito é um dos maiores do Centro-Oeste e este ano apresenta a 11ª edição. O encontro, que acontece entre os dias 28 de julho e 1° de agosto, vai reunir visitantes de vários Estados do País, em busca de cultura e entretenimento. Durante os quatro dias serão realizados shows com artistas nacionais renomados e grupos regionais, apresentações de teatro, dança; mostras de artes plásticas, cinema e vídeo; circo, teatro de rua, fotografia, artesanato e palestras.
Além do historiador Gilson Rodolfo Martins, também serão homenageados o artesão David Rogério Ojeda, a musicista Clarice Maciel Chaves, a professora Lori Alice Gressler e a bióloga Neiva Guedes.
Uma pesquisa realizada pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) com 80 companhias no Brasil revela que o turismo vai crescer 14,6% este ano, em relação a 2009, enquanto o Produto Interno Bruto (PIB) deve crescer 7%. Portanto, o crescimento da indústria será superior ao dobro do PIB anual. O ritmo acelerado se deve ao volume de negócios ligados ao turismo e às facilidades de parcelamentos que chegam até dois anos.
Segundo o ministro do Turismo, Luiz Barretto, a taxa de crescimento no setor será recorde em 2010, ponderando que a atividade ainda responde por pequena fatia do PIB, 2,8%, mas que tem grande potencial de crescimento. Os setores que projetam os maiores acréscimos no volume de negócios são os de transporte aéreo (21,2%), operadoras de viagem (18,3%), turismo receptivo - como bares e restaurantes (17,9%) e locadoras de automóveis (15%).
Entre os dias 28 de julho e 1º de agosto, Bonito sediará um dos maiores eventos culturais de Mato Grosso do sul - o Festival de Inverno 2010. A cada edição, personalidades do estado são homenageadas devido à sua contribuição para a sociedade.
A soprano Clarice Maciel Chaves está entre as personalidades que ocuparão lugar de destaque na Galeria dos Homenageados do 11º Festival. Montada na Praça da Liberdade, a galeria é um espaço onde o público pode conhecer mais sobre a vida e obra de pessoas que contribuem com a arte, a cultura, a educação e o desenvolvimento sustentável em Mato Grosso do Sul.
Clarice Maciel iniciou sua formação musical no curso técnico de Canto, Conservatório Lourenço Fernandez, em Montes Claros, Minas Gerais, sua terra natal. Lá foi docente em Técnica Vocal e Impostação e solista do Grande Coral Lourenço Fernandez. É graduada pelo Conservatório Brasileiro de Música (Rio de Janeiro) e possui mestrado em School of Music, pela University Campellsville, Estados Unidos.
Na capital sul-mato-grossense, lecionou canto no Curso de Música da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) e foi uma das fundadoras do Centro de Arte Viva que, desde 1989, atua com cursos livres de música, teatro e artes plásticas, realizando com pioneirismo espetáculos de óperas, cursos arrojados, musicais, recitais temáticos, festivais e participação ativa na vida cultural e artística.
Em turnê pela Europa, cantou no Vaticano para o Papa João Paulo II, posteriormente gravando um CD de Coletâneas de Ave Maria. Participou, em 2006, junto com Toninho Porto, do CD Gerações, uma revelação do mapeamento musical de Campo Grande, em projeto do músico Márcio de Camillo. Abriu o 1º Festival de Bonito com o pianista Evandro Higa. Recentemente, pelo projeto Ava Marandu, participou com vários artistas regionais do show "Sonhos Guaranis", na abertura do cantor Milton Nascimento. Na atualidade, realiza recitais com os pianistas Evandro Higa e Nillo Cunha.
Além da Galeria, durante a abertura do 11º Festival Clarice Maciel recebe homenagem por sua trajetória musical. Ao lado dela, a bióloga Neiva Guedes, criadora do Projeto Arara Azul; o artesão do município de Jardim, David Rogério Ojeda, com sua arte em madeira; o professor Gilson Rodolfo Martins, que desenvolveu e coordenou diversos projetos de Arqueologia no Estado e a pedagoga Lori Alice Gressler também terão justo reconhecimento.
Em novembro de 1989, a bióloga e pesquisadora Neiva Maria Robalo Guedes fazia a prática de campo de um curso de Conservação da Natureza, quando encontrou um bando de araras-azuis e soube que estavam ameaçadas de extinção. Desde aquele momento, tomou a decisão de fazer alguma coisa para que a espécie não desaparecesse e que outras pessoas pudessem ver as aves em seu ambiente natural. O acontecimento se transformou em um marco em sua vida: a luta por essa espécie, dando início ao Projeto Arara Azul.
Desde então, Neiva se dedica à conservação dessa ave no Pantanal brasileiro. Prof. Dra. Bióloga da Conservação, pesquisadora e Professora do Programa de Pós Graduação em Meio Ambiente e Desenvolvimento Regional da Universidade Anhanguera-Uniderp, e presidente do Instituto Arara Azul, ela é uma das homenageadas do 11º Festival de Inverno de Bonito, que acontece de 28 de julho a 1º de agosto.
Ao lado de outras quatro personalidades, Neiva Guedes terá espaço destacado na Galeria dos Homenageados, montada na Praça da Liberdade. No espaço, o público poderá conhecer um pouco mais da vida e do trabalho de pessoas que contribuem com a cultura, a educação e o desenvolvimento sustentável em Mato Grosso do Sul.
Neiva Guedes nasceu em Ponta Porã (MS), em 1962. Graduou-se em Ciências Biológicas pela UFMS, em 1987. Em 1988 foi bolsista do CNPq, trabalhando na Embrapa Gado de Corte, em Campo Grande, onde se iniciou na pesquisa científica. Em 1989 trabalhou no Departamento de Educação Ambiental Secretaria de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul onde ajudou a proferir vários cursos para professores de I e II graus e orientou crianças e alunos em seus primeiros contactos com a natureza, guiando-os nas trilhas da Reserva Ecológica do Parque dos Poderes.
Em novembro de 1989 deu início ao Projeto Arara Azul, que visa o estudo da biologia, o manejo e a conservação da arara azul no Pantanal. Graças aos seus esforços, a população de araras azuis triplicou de tamanho no Pantanal (eram 1500 indivíduos em 1987 e hoje passam de 5.000). Neiva estudou a vida das araras azuis em vida livre e passou a manejar o ambiente, testando e produzindo ninhos artificiais, manejando ovos e filhotes, e acima de tudo, conscientizando a população da importância de se manter as araras-azuis livres e voando na natureza. Assim, aves que nas últimas décadas estavam ficando raras se tornaram comuns e abundantes em várias regiões do Pantanal e Estado de Mato Grosso do Sul.
Além da bióloga, os outros homenageados do 11º Festin são o doutor em Arqueologia Gilson Martins; a educadora Lori Alice Gressler; o artesão David Rogério Ojeda; a musicista Clarice Maciel Chaves.
O cantor e compositor Paulo Corrêa de Araújo, mais conhecido por Moska ou Paulinho Moska, se apresenta no palco do 11º Festival de Inverno de Bonito no dia 31 de julho, sábado. O show será no palco Fala Bonito, montado na Praça da Liberdade, com entrada gratuita. O festival é um dos eventos mais importantes da cidade de Bonito (MS) e este ano será entre os dias 28 de julho e 1º de agosto.
Moska, depois de seis anos sem gravar um disco com canções inéditas, lança álbum - Muito e Pouco - pela gravadora Biscoito Fino e estréia nova turnê. No repertório, além das novas canções "Deve ser o amor", "Semicoisas", "Soneto do teu corpo", "Sinto Encanto" e "Muito Pouco" - estas duas últimas já estão entre as mais tocadas das rádios cariocas - sucessos como "A Seta e o Alvo", "Lágrimas de Diamantes", "Pensando em Você" e "Tudo novo de novo" estão no show.
Trajetória
Paulinho Moska começou a tocar violão aos 13 anos com amigos, e se formou teatro e cinema pela CAL (Casa de Artes de Laranjeiras) no Rio de Janeiro. Integrou o grupo vocal Garganta Profunda, que, em seu repertório, cantava de Beatles e Tom Jobim à óperas medievais. Em 1987 formou o grupo Inimigos do Rei, com amigos do Garganta, Luiz Nicolau e Luis Guilherme.
Os primeiros sucessos
Depois de dois anos tocando no circuito carioca, os Inimigos do Rei conseguiram um contrato com a gravadora CBS (atual Sony Music) e emplacaram dois sucessos imediatos: "Uma Barata Chamada Kafka" e "Adelaide". O disco incluía também as canções "Suzy Inflável", "Miss Goodbar", "Crime", "São Business" e "Garotinha do Front", todas de Luiz Guilherme e Paulinho Moska.
Foi com o Inimigos, que Moska passou a viajar e conhecer todo o Brasil. Em 1990, lançou o CD "Amantes da rainha", contendo as faixas "Pacto", "Sexo banal", "Deslizo", "Vício", "Terceiro ato (Kéngueren)" e "Animal", todas de Luiz Guilherme e Paulinho Moska, "Hospício (lar doce lar)" (Luiz Guilherme e Nestor de Hollanda Cavalcanti), "Pesquisa militar" (Luiz Guilherme e Marcelo Crelier), "Carne, Osso e Silicone" (Luiz Guilherme, Luiz Nicolau, Marcelo Marques, Marcus Lyrio, Paulinho Moska, Marcelo Crelier e Lourival Franco), "Coral da Escandinávia" (André Abujamra e Paulinho Moska) e "Eu fui às férias com a tia Magaly" (Luiz Nicolau e Lourival Franco).
Foi no disco "Pensar é Fazer Música" que Paulinho Moska teve uma impulsão mercadológica, devido à música "O Último Dia", tema de abertura da mininovela "O Fim do Mundo", e "Um pouco de amor", trilha da novela Cara & Coroa.
Por Noéli Nobre e Luiz Cláudio Canuto - Especialistas que participaram do seminário sobre o Ano Internacional da Biodiversidade declararam que o Brasil tem a obrigação de liderar as negociações na 10ª Conferência das Partes da Convenção da Diversidade Biológica (COP-10), que ocorrerá em outubro em Nagoya (Japão). No evento realizado na terça-feira, 13 de julho, pela Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, os participantes concluíram que o País, por ter uma das maiores biodiversidades do mundo, reúne as condições necessárias para comandar o debate, evitando que os países em desenvolvimento sejam subjugados por países ricos.
"O Brasil encerra 9,5% das espécies de plantas e animais conhecidas no mundo. Existem aqui entre 170 mil e 210 mil espécies conhecidas", disse o coordenador da Frente Parlamentar Ambientalista, deputado Sarney Filho (PV-MA).
O diretor de Conservação da Biodiversidade do Ministério do Meio Ambiente, Bráulio de Souza Dias, reforçou que os países ricos em biodiversidade têm de estar à frente da discussão. "É cômodo para um país europeu negociar uma meta para sustar toda a perda de biodiversidade até 2020. Se não alcançarmos o objetivo, a culpa não será de um país europeu, mas de um latino-americano ou africano."
Desafios - Apesar da capacidade de liderar, os especialistas enfatizaram que o Brasil tem muitos desafios. Dos seis biomas existentes no País, Amazônia, Mata Atlântica, Cerrado, Caatinga, Pampa e Pantanal, apenas a Amazônia exibe uma proporção aceitável de áreas protegidas. Os debatedores apontaram problemas na implantação e na governança dessas áreas. Segundo eles, o Brasil também carece de coordenação entre os dados coletados sobre a biodiversidade e o País ainda não ultrapassou o debate que gera a dicotomia entre conservação e desenvolvimento, como mostra a atual polêmica na criação do novo Código Florestal, aprovado em comissão especial na Câmara.
Na opinião de Bráulio Dias, para ser mais ambicioso, o Brasil tem de ter uma demonstração clara de compromissos de implementação, com aporte de recursos financeiros, engajamento de setores etc. "Não adianta assumir compromissos internacionais para reduzir a perda de biodiversidade se, aqui, pressionados pelo setor agrícola, estamos reduzindo os instrumentos de proteção ambiental", assinalou em referência à criação do novo Código Florestal. Para o diretor, o Brasil sinalizará negativamente se aprovar de fato mudanças no código.
O deputado Sarney Filho lembrou que o Brasil já conta com uma legislação importante de proteção ambiental, que inclui o Código Florestal. No entanto, o parlamentar considera um retrocesso as mudanças nessa lei, que, segundo ele, flexibilizam regras de proteção.
Plano estratégico - A pauta da COP-10 inclui, entre outros temas, a aprovação do regime internacional de acesso a recursos genéticos e repartição de seus benefícios e também um plano estratégico para o período 2011-2020. O plano prevê metas de conservação, de uso sustentável, de proteção a conhecimentos tradicionais, de engajamento do setor privado e de transferência de tecnologia. Mas, conforme explicou Bráulio Dias, o plano ainda não conta com apoio total do governo brasileiro.
Segundo informou o diretor, diversos países querem fixar uma meta "ambiciosa" de redução da perda da biodiversidade, mas sem se comprometer financeiramente a ajudar as nações em desenvolvimento. Por esse motivo, ainda não há consenso sobre os valores para a conservação pretendida. "Qual a meta quantitativa que se deve almejar para 2020? Estamos para decidir entre 15% e 20% de áreas protegidas no mundo inteiro. A meta atual, para até este ano, era conseguir pelo menos 10% e não conseguimos. Por isso, a gente questiona a fixação. Se queremos ser mais ambiciosos, temos de ter um compromisso, o que significa aporte de recurso financeiro", afirmou o diretor.
Na opinião do superintendente de Conservação da organização ambiental WWF-Brasil, Cláudio Maretti, o Brasil agiu bem ao não aprovar desde agora o plano estratégico. A atitude, disse, é corajosa e provoca a negociação para conseguir resultados necessários.