Notícias de Bonito MS
O 11º Festival de Inverno de Bonito vai receber o louvor à vida da banda campo-grandense Louva Dub que se apresenta na noite do dia 30 no Palco Fala Bonito da Praça da Liberdade. "Vamos fazer uma apresentação com canções inéditas e já estamos ensaiando bastante para a apresentação no festival", afirma a vocalista Lauren Cury.
A Louva Dub apresenta no Festival de Bonito um estilo musical que surgiu na década de 1960 na Jamaica, com versões remixadas de músicas de reggae. Com três anos e meio de trabalho, a banda é precursora do dub em Mato Grosso do Sul. "O diferencial é que apresentamos músicas autorais e trabalhamos na coletividade. Eu mesma não era compositora antes de entrar na banda, mas juntos nós compomos para levar esta mensagem de preservação da natureza e louvor ao supremo", diz Lauren.
"É bem legal ter a oportunidade de se apresentar pela primeira vez no Festival de Bonito e poder levar com a nossa música esta mensagem de ligação direta com Deus e a preservação da natureza", observa o baixista Daniel Costa Geleilate. "Queremos que o público ouça nossa música, que gostem e entendam o lance da mensagem que queremos passar", completa Lauren.
O som da banda busca a utilização da música como instrumento de conscientização, transmitindo a mensagem positiva com a força do pensamento e com a troca de experiências. Com esta proposta, a Louva Dub quer passar uma mensagem sobre a vida, tudo o que move as pessoas, para que elas sejam melhores e mostrar que tudo o que é vivo tem a mesma energia.
Além da voz de Lauren e o som do baixo de Daniel a Louva Dub também é composta pelo saxofone de Gabriel Escalante, os instrumentos virtuais de Jorge David e a bateria de Chico Simão.
No sábado (31), o 11º Festival de Bonito traz uma das artistas mais requisitadas do momento. A cantora revelação da MPB Maria Gadú se apresenta na grande tenda e traz em seu show sucessos como "Shimbalaiê", que foi tema da Novela Viver a Vida, da rede Globo.
A paulistana Maria Gadú aos 7 anos de idade já gravava músicas em fitas cassetes. Desde os 13 anos faz shows em bares e festas de família em sua cidade de São Paulo. Mudou-se para o Rio de Janeiro no início de 2008, quando começou a tocar em bares da Barra da Tijuca e da Zona Sul.
Sua carreira passou a ter ascensão ao despertar atenção de famosos ligados ao meio musical, como Caetano Veloso, Milton Nascimento, João Donato, dentre outros.
Maria Gadú ganhou destaque ao interpretar "Ne me quitte pas", de Jacques Brel, para o diretor Jayme Monjardim, que estava em fase de pré-produção da minissérie Maysa - Quando Fala o Coração. Maysa Matarazzo, cantora e mãe do diretor, fez muito sucesso nas décadas de 1950 e 60 cantando, dentre outras, esta canção. A versão de Gadú logo foi incluída na trilha sonora da minissérie que estreara em janeiro 2009, na qual a cantora, ainda, fez uma participação especial como atriz.
No início de 2009, aos 22 anos de idade, Maria Gadú preparava seu primeiro álbum, homônimo, lançado pelo selo SLAP, da gravadora Som Livre, e produzido por Rodrigo Vidal. Além disso, iniciou uma temporada de shows no Cinemathèque, no bairro de Botafogo, no Rio de Janeiro.
A canção "Shimbalaiê", sua primeira composição aos dez anos de idade, foi incluída na trilha sonora de mais uma produção da TV Globo, desta vez em horário nobre, a novela Viver a Vida. Ne me quitte pas foi regravada e, com "A história de Lilly Braun", esteve na trilha sonora da minissérie Cinquentinha, de Aguinaldo Silva.
Gadú participou de um show do cantor e compositor sueco-americano Eagle-Eye Cherry, em São Paulo, em janeiro de 2010, realizado na Via Funchal. O show foi registrado para o DVD ao vivo do cantor.
Maria Gadu conta sempre com seu parceiro Leandro Léo em seus shows. Amigo íntimo de Gadú canta com ela canções como: "Linda Rosa", "Laranja", como também "A falta que a falta faz".
Também participou do CD e do DVD do álbum Nove da cantora e compositora Ana Carolina cantando a música inédita "Mais que a mim".
Em fevereiro, Maria Gadu ganhou disco de ouro pela vendagem de mais de 50 mil cópias do seu 1º CD.A trilha sonora do filme Sonhos Roubados tem a participação de Maria Gadú na faixa principal. A faixa homônima ao longa saiu na internet em abril e foi lançada para promover o filme.
Artistas de rua se apresentarão durante o 11º Festival de Bonito, que vai de 28 de julho a 1º de agosto.
As performances não têm lugar certo para acontecer, estão programadas em vários pontos diferentes, duas vezes por dia. Os horários são de 11 às 13 horas, e à noite de 8h30 às 22 horas, todos os dias.
Três artistas de São Paulo farão apresentações com mímicas e imitações. Haverá estátua viva e um violinista caracterizado de Charles Chaplin.
A Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul promove de 28 de julho a 1º de agosto a 11ª edição do Festival de Inverno de Bonito. Animam os shows: Paula Fernandes (28), Gal Costa (29), Lulu Santos (30) e Maria Gadu (31). Sendo que todas as atrações do Festival de Inverno terão entrada gratuita.
Considerado o maior festival da região Centro Oeste, serão investidos cerca de R$ 1,5 milhão no evento, que deverá movimentar nos cinco dias, valor três vezes maior. O dinheiro aplicado para a realização do festival é em sua maioria da iniciativa privada.
O presidente da Fundação de Cultura, Américo Calheiros, ressalta que o evento é realizado há quatro anos ao custo de R$ 1,5 milhão, pago pela iniciativa privada. "Quando precisa, o governo complementa", explica.
Conhecimento, informação, criatividade e animação fotográfica também estão presentes no Ecoespaço da 11ª edição do Festival de Inverno de Bonito. O espaço que mescla projeções de filmes, apresentações teatrais, entre outros eventos culturais, vai sediar a oficina de técnicas de animação denominada Stop Motion.
A oficina de audiovisual Stop Motion (movimento parado) é uma técnica de animação que utiliza recursos como máquinas de filmar, fotográfica ou de computador, para dar a impressão de movimento constante. No Stop Motion normalmente são utilizados desenhos de papel, massinha, grafite em paredes e fotografias. De acordo o publicitário e ministrante da oficina, Giuliano Gondin, a intenção dessa oficina, a princípio, é praticar os recursos das cenas com fotografias. "Escolhemos trabalhar com fotografias, pois durante o festival haverá as apresentações dos artistas de rua. Vamos aproveitar esse ensejo para o story board - movimento das cenas".
Segundo o publicitário, além de uma câmera fotográfica para os alunos que pretendem participar da oficina, também haverá massinhas de modelar para a criação de personagens conforme a escolha dos alunos. "Pretendo deixá-los o mais à vontade possível", explica o ministrante. De acordo com Guilliano, o objetivo da oficina é mostrar que todos podem ter acesso ao audiovisual e principalmente ao Stop Motion. "É simples e todos podem fazer isso em casa, com qualquer câmera fotográfica" ,conclui.
A oficina de Stop Motion acontece no Ecoespaço, a partir de quinta-feira (29), e se estende até o domingo (1º). A oficina será ministrada das 9 às 11 horas todos os dias, menos no domingo, quando será realizada das 10 às 11 horas. As vagas oferecidas serão limitadas. O público que estiver interessado deve procurar o escritório da organização do evento que estará localizado na Praça Central do Festival.
O público terá acesso gratuito à maioria das atrações do 11º Festival de Inverno de Bonito. A programação traz uma diversidade de espetáculos, entre shows de música com artistas nacionais e regionais, dança, teatro, cinema, artes plásticas, artesanato, circo e stand-up comedy.
As únicas apresentações com entrada paga são os shows de Gal Costa (dia 29), Lulu Santos (dia 30) e Maria Gadú (dia 31), na Grande Tenda. Os ingressos custam R$ 12,00 (pista) o valor inteiro, e R$ 6,00 para quem tem direito à meia-entrada. Estudantes e moradores da cidade de Bonito estão entre os beneficiários desse desconto. Ingressos para o camarote custam R$ 30,00. A compra é feita na bilheteria da Praça do Festival.
Na noite de abertura, dia 28, o palco da Grande Tenda será ocupado pela cantora e compositora Paula Fernandes. Esse espetáculo tem entrada franca, mas requer a apresentação do ingresso gratuito que pode ser retirado na própria bilheteria durante todo o dia 28.
Espaços da arte
Além da Grande Tenda, o Festival de Inverno se espalha por outros espaços da cidade, com entrada gratuita. Na Praça da Liberdade, dois palcos serão montados. O Palco Fala Bonito, onde se apresentam convidados nacionais como Paulinho Moska e Bangalafumenga; e o Palco das Águas, onde o Teatro Mágico e grupos de dança estão entre as atrações.
A duas quadradas da Praça da Liberdade, o EcoEspaço terá exposição de fotografias; debates e exibições de cinema; apresentações teatrais e bate-papos sobre arte, literatura e meio ambiente.
Uma estrutura nova no Festin é a Vila Rebuá. Esse espaço será montado em um terreno na rua Pilad Rebuá para abrigar o Mercado Mundo Mix com seus expositores, além de DJs, performances e praça de alimentação.
O 11º Festival de Inverno de Bonito recebe no dia 29, às 21 horas, no Palco Fala Bonito, os principais ritmos e estilos presentes no universo da música rural brasileira, na mistura do clássico e do caipira da Orquestra Revoada Pantaneira.
No repertório, músicas de raiz e regionais, modas de viola, toadas, cururus, cateretês, polcas, chamamés, pagodes de viola, dentre outros que fazem parte da história cultural do Brasil, como: Menino da Porteira; Saudade da Minha Terra; Pagode em Brasília; Chalana; Chico Mineiro; Mercedita; Fio de Cabelo; 60 dias Apaixonado; Galopeira; Trem do Pantanal.
A orquestra também vai executar músicas regionais, mostrando a cultura sul-mato-grossense e pantaneira, com sons de pássaros, reproduzidos pelo instrumento de percussão chamado "Pio", gado, comitivas, enfim, os sons da vida pantaneira.
A Orquestra Revoada Pantaneira foi criada em abril de 2007, pelo maestro André Viola. "Tive uma formação clássica, mas sempre fui apaixonado por música caipira. Quando estudava música no conservatório [Dramático e Musical "Dr. Carlos de Campos"], em Tatuí, eu escutava, para relaxar, um CD do Tião Carreiro que ganhei de um tio, no tempo livre que tinha fora das aulas e ensaios. Eu morava numa república com outros alunos, e nesta época também tocava essas músicas no violino."
Quando André veio para Campo Grande (MS) em 2002, "por causa de uma namorada", diz ele, passou a ministrar aulas de violino e de viola caipira em escolas de música de Campo Grande. Foi graças a essas aulas, seus alunos e à sua paixão por música caipira que sentiu-se motivado a criar uma orquestra para executar temas da música sertaneja e de raiz.
Depois de muitos ensaios, a orquestra fez sua primeira apresentação em agosto de 2007, no teatro do Sesc Horto. A união de violas caipira, violinos, percussão, sons de pássaros e berrante mostrou ao público as raízes populares brasileiras.
A Orquestra Revoada Pantaneira é composta na atualidade por 13 violas caipira, seis violinos, um contrabaixo, um conjunto de percussão e um berrante. A escola de música de mesmo nome, dirigida por André, onde se ensina violino, viola, violão e saxofone, seleciona para a orquestra os alunos que se destacam e levam seus estudos de música a sério.
Também da escola saem as crianças que fazem parte da Orquestra Revoada Pantaneira Mirim, um projeto criado ano passado (2009) para incentivar as crianças e dar a elas oportunidade de tocar em grupo.
Segundo o maestro André Viola, o convite para tocar no 11º Festival de Inverno de Bonito deixou todos os componentes da orquestra "numa felicidade muito grande", por se tratar de um evento de renome internacional. "O grupo está numa ansiedade, com um frio na barriga, pois a apresentação vai ser muito boa para nosso currículo. A expectativa é muito grande, mas estamos ensaiando bastante para que tudo dê certo".