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quinta, 15 de julho de 2010

Neiva Guedes é homenageada pelo projeto Arara-Azul

Gizele Oliveira - Festinbonito

Em novembro de 1989, a bióloga e pesquisadora Neiva Maria Robalo Guedes fazia a prática de campo de um curso de Conservação da Natureza, quando encontrou um bando de araras-azuis e soube que estavam ameaçadas de extinção. Desde aquele momento, tomou a decisão de fazer alguma coisa para que a espécie não desaparecesse e que outras pessoas pudessem ver as aves em seu ambiente natural. O acontecimento se transformou em um marco em sua vida: a luta por essa espécie, dando início ao Projeto Arara Azul.

Desde então, Neiva se dedica à conservação dessa ave no Pantanal brasileiro. Prof. Dra. Bióloga da Conservação, pesquisadora e Professora do Programa de Pós Graduação em Meio Ambiente e Desenvolvimento Regional da Universidade Anhanguera-Uniderp, e presidente do Instituto Arara Azul, ela é uma das homenageadas do 11º Festival de Inverno de Bonito, que acontece de 28 de julho a 1º de agosto.

Ao lado de outras quatro personalidades, Neiva Guedes terá espaço destacado na Galeria dos Homenageados, montada na Praça da Liberdade. No espaço, o público poderá conhecer um pouco mais da vida e do trabalho de pessoas que contribuem com a cultura, a educação e o desenvolvimento sustentável em Mato Grosso do Sul.

Neiva Guedes nasceu em Ponta Porã (MS), em 1962. Graduou-se em Ciências Biológicas pela UFMS, em 1987. Em 1988 foi bolsista do CNPq, trabalhando na Embrapa Gado de Corte, em Campo Grande, onde se iniciou na pesquisa científica. Em 1989 trabalhou no Departamento de Educação Ambiental Secretaria de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul onde ajudou a proferir vários cursos para professores de I e II graus e orientou crianças e alunos em seus primeiros contactos com a natureza, guiando-os nas trilhas da Reserva Ecológica do Parque dos Poderes.

Em novembro de 1989 deu início ao Projeto Arara Azul, que visa o estudo da biologia, o manejo e a conservação da arara azul no Pantanal. Graças aos seus esforços, a população de araras azuis triplicou de tamanho no Pantanal (eram 1500 indivíduos em 1987 e hoje passam de 5.000). Neiva estudou a vida das araras azuis em vida livre e passou a manejar o ambiente, testando e produzindo ninhos artificiais, manejando ovos e filhotes, e acima de tudo, conscientizando a população da importância de se manter as araras-azuis livres e voando na natureza. Assim, aves que nas últimas décadas estavam ficando raras se tornaram comuns e abundantes em várias regiões do Pantanal e Estado de Mato Grosso do Sul.

Além da bióloga, os outros homenageados do 11º Festin são o doutor em Arqueologia Gilson Martins; a educadora Lori Alice Gressler; o artesão David Rogério Ojeda; a musicista Clarice Maciel Chaves.

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