Notícias de Bonito MS
As primeiras informações sobre o desastre foram repassadas pelo Sr. Urbano Vilalba, pantaneiro que há mais de 30 anos mora no Pantanal
Ainda são desconhecidas as causas da morte de milhares de peixes no curso do Rio Negro, um dos mais conhecidos na região do Pantanal do Mato Grosso do Sul.
A partir de uma denúncia, a equipe exclusiva do Site O Pantaneiro, em companhia de pecuaristas da região onde foram constatadas a mortandade dos peixes, esteve registrando o grande desastre ambiental ocorrido nos últimos dias.
As primeiras informações sobre o desastre foram repassadas pelo Sr. Urbano Vilalba, pantaneiro que há mais de 30 anos mora no Pantanal e há pelo menos 30 deles administra a Fazenda Santa Sophia, de propriedade de aquidauanenses.
De acordo com o pantaneiro, os peixes começaram a aparecer mortos, boiando no rio, desde o dia 26 de janeiro, em uma localização de aproximadamente 1 quilômetro acima da passagem da Fazenda Rio Negro, conhecida nacionalmente por sediar a novela “Pantanal”.
Para Urbano, o fenômeno não pode ser considerado natural como a decoada (acontecimento natural da região que provoca a deterioração da qualidade da água dos rios e conseqüentemente, a mortandade de peixes no Pantanal). “Nunca vimos nada igual”, confirmou Urbano.
No local podem ser vistos mortos todas as espécies de peixes do Pantanal: Pintado, Cachara, Dourado, Piranha, Tuvira, Sardinha e inclusive Arraias, Pacú, que são os últimos a morrerem devido ao seu hábito de circularem em águas mais profundas.
O que causa ainda mais comoção nos moradores da região é que o fato está acontecendo no auge da Piracema - período de desova dos peixes, onde se é proibido a pesca nos rios do Mato Grosso do Sul.
Conforme algumas fotos podem constatar, amostras da água do Rio Negro foram coletadas e serão levadas a laboratórios, onde será realizada análise para a constatação da causa das mortes por especialistas.
O estilista Lucas Nascimento, nascido em Bonito, Mato Grosso do Sul, filho da mãe tricoteira, é apontado como uma das revelações do São Paulo Fashion Week que acontece na Capital Paulista.
Lucas formou-se pela University of the Arts London e pelo London College of Art. Trabalhou com Sid Bryan, artista do tricô, conhecido por suas peças esculturais, criadas para os desfiles de Alexander McQueen, Luella, Gilles Deacon e outros.
Com 30 anos, mora há dez em Londres, onde atualmente vende suas criações na loja No-One. No Brasil, elas podem ser encontradas na Choix, em São Paulo. Depois de três aplaudidos desfiles no Fashion Rio, neste sábado, na São Paulo Fashion Week, o estilista fez a coleção de estréia da marca Ghetz, com direção artística de Giovanni Bianco.
Inspiração no escultor inglês Bruce Ingram
Antes de cada desfile é comum ver Lucas andando de um lado para o outro fumando. Perfeccionista, seu grande desafio nos últimos anos tem sido transformar um trabalho super conceitual e artístico em peças mais comerciais mas nem por isso menos originais. Basso & Brooke, Amapô, Neon, Juliana Jabour já desfilaram suas criações, que agora tem presença garantida no calendário nacional.
Para fazer a coleção da Ghetz usei 100% fio nacional. A empresa (que fica em Socorro, no interior de São Paulo) tem uma infraestrutura fantástica. E isso foi o que mais me atraiu. É uma estrutura semelhante a que encontramos na Itália e na Turquia”, contou Lucas. Para dar um toque de arte “inspirei-me no escultor inglês Bruce Ingram, que faz belíssimas colagens e transformei-as em jacquards”.
Cinco meses de pesquisa para conseguir a peça perfeita
“Tricô é matemática. Exige precisão e é mais demorado do que o tecido plano. Exige um estudo minucioso até chegarmos ao caimento final. No meu caso, a pesquisa, a compra dos fios e o teste da combinação desses fios levam cinco meses. Trabalho com desenho mas preciso passar um período na fábrica, onde tudo acontece. Se precisar dormir do lado da máquina eu durmo”, garante Lucas Nascimento.
Lucas muda a aparência do tricô, inventando misturas e dando a materiais antigos uma nova cara. Já misturou fios metálicos com mohair. E para renovar o bouclé, aquela lã crespinha típica do tailleur das vovós, usou o neoprene. “Revesti o neoprene de bouclé na minha última coleção apresentada no Fashion Rio”, explicou. “Sigo o que estou gostando e me inspiro no cotidiano”.
Documento com as diretrizes de crescimento do setor será apresentado à presidenta Dilma Rousseff
Profissionais do Ministério do Turismo e da Fundação Getúlio Vargas (FGV) reuniram-se ontem para escolher o formato do Plano Nacional do Turismo 2011-2014 (PNT 2011-2014). O documento apresentará ao setor produtivo, entidades representativas de classe, secretarias e empresas públicas de turismo nos estados e municípios quais os desafios a serem enfrentados e os resultados a serem conquistados. O grupo volta a se encontrar em 9 de fevereiro para avaliar e aprovar o arcabouço do PNT 2011-2014. Assim que o documento estiver finalizado, será entregue à presidente Dilma Rousseff.
Para o ministro do Turismo, Pedro Novais, é importante deixar claro para os parceiros qual o eixo de crescimento do setor. “Temos de somar forças para conquistar os nossos objetivos em comum e desenvolver o turismo brasileiro”, explicou Novais.
O PNT 2011-20114 destaca como prioridades a preparação para Copa do Mundo de 2014, a criação de oportunidade de trabalho e geração de renda com foco nos beneficiados pelos programas sociais do governo federal, o aumento da entrada de divisas internacionais por meio do turismo, a ampliação dos números de brasileiros em viagens nacionais e o aumento da competitividade dos destinos turísticos. Cada um dos cinco itens será detalhado por um projeto específico, com acompanhamento das metas alcançadas.
Uma das novidades apresentadas pelos técnicos da FGV é o acréscimo da matriz de responsabilidade no PNT 2011-2014. Ele definirá os entes públicos ou provados que serão responsáveis pela execução de cada um dos projetos.
Além do ministro Pedro Novais, participaram da reunião o secretário-executivo do MTur, Frederico Costa, o Diretor do Departamento de Estudos e Pesquisas, José Francisco, o diretor de Planejamento e Avaliação Turística, José Falcão, a futura secretária Nacional de Políticas do Turismo, Isabel Mesquita, a assessora da Presidência da Embratur, Kátia Bitencourt, e o coordenador de projetos do Núcleo de Turismo da FGV, Airton Pereira.
Ninguém sabe onde fica Bonito porque não se sabe onde é Mato Grosso do Sul ou não sabe onde é Mato Grosso do Sul porque não se sabe onde fica Bonito? Parece a história de quem veio primeiro: o ovo ou a galinha.
O fato é que está todo mundo indignadinho porque uma novela mandou Bonito para Mato Grosso, aquele Estado vizinho que cresceu mais que a gente, fez mais dinheiro que a gente, tem mais boi e soja que a gente, mais cidades que a gente e vai levar a Copa do Mundo para lá e que, por isso mesmo, está rindo na cara da gente.
O fato é que desde 11 de outubro de 1977, quando o general presidente Ernesto Geisel criou Mato Grosso do Sul na canetada, são raros projetos de marketing para divulgar o Estado. Tem gente até hoje que jura que folder é marketing.
Houve tentativas de contar para o Brasil e para o mundo que Mato Grosso do Sul existe, como tornar a atriz Luíza Brunet embaixadora do pantanal. A belíssima sul-mato-grossense, que nasceu em Itaporã, veio aqui, tirou fotografias e foi embora do jeito que chegou: sem entender bem que diabos uma embaixadora podia fazer para propagar o Estado.
Já viramos até enredo de escola de samba carioca. Não fosse o detalhe de citar de passagem o nome Mato Grosso do Sul no samba, até que seria uma ideia razoável. Não colou.
Com tanta confusão e crise de identidade, surgem oportunistas que garantem que se mudar o nome do Estado para, digamos, Estado do Pantanal ou qualquer outra genialidade do gênero, os problemas vão acabar rápidos como nas piadas do pessoal do Casseta & Planeta. De cara já aviso: não sou pantaneiro. Prefiro mil vezes sul-mato-grossense.
Mais bombásticos e perigosos, tem a facção que jura que se mudar o nome e o horário [como vão mudar os meridianos?] aí sim, passaremos até São Paulo em renda per capita.
É tudo muito complicado, difícil, intrincado e burocrático. Mesmo que houvesse um projeto de marketing que trouxesse bons resultados, ainda faltaria mudar a mentalidade arcaica vigente em Mato Grosso do Sul. Mentalidade que vem desde o latifúndio.
Mato Grosso do Sul tem um canyon extraordinário em Costa Rica que praticamente ninguém conhece. Como se faz para esconder um canyon? E as centenas de grutas e cavernas que se espalham na Serra da Bodoquena? E o pantanal que parece que perdeu em importância com a escassez dos peixes?
Talvez as mesmas pessoas indignadas com as novelas da TV Globo pudessem responder por que a Chapada dos Guimarães, no Mato Grosso, é nacionalmente reconhecida e o canyon de Costa Rica goza do mais puro anonimato?
Enquanto não tomamos tento, como diriam os antigos latifundiários, Mato Grosso do Sul vai continuar espocando nas manchetes como um Estado por onde passam armas, maconha e cocaína contrabandeadas do Paraguai e da Bolívia.
Já fomos manchete nacional e internacional por trabalho infantil escravo em carvoarias, matança de jacaré no pantanal, suicídio de nativos e indiozinhos morrendo de fome em Dourados.
Bonito, a cidade ícone do turismo sul-mato-grossense, tem sérios problemas estruturais. Agora, com o Presídio Federal de Campo Grande, constantemente reaparecemos na mídia como um lugar para onde o Brasil envia os chefões do narcotráfico. Viramos a parte debaixo do tapete.
Para encerrar, a capital do Estado também não consegue se livrar de um mosquito e que, por conta disso, também vai para a mídia nacional como a capital brasileira da dengue. A próxima epidemia já está anunciada.
Com tanto problema real, a essas alturas do campeonato nossa geografia soa tão importante quanto uma novela de televisão.
Foram 276.164 turistas em 2010
O município de Bonito, que fica a 257 quilômetros de Campo Grande, teve visitação recorde ano passado. De acordo com levantamento da Secretaria de Desenvolvimento Agrário, da Produção, da Indústria, do Comércio e do Turismo, foram 276.164 turistas em 2010. O número representa aumento de 4.06% em relação a 2009, que teve 265.397 visitantes.
Segundo o secretário de turismo do município, Augusto Barbosa Mariano, esse aumento deve-se ao trabalho conjunto realizado pela iniciativa privada, poder público e a sociedade.
“Temos recebido o apoio, entrosamento e articulação do governo do Estado, através da Fundação de Turismo de Mato Grosso do Sul e o governo federal através do Ministério do Turismo”, disse. Bonito foi eleito em 2010, pelo oitavo ano consecutivo, o melhor destino de ecoturismo do Brasil.
No Estado, o crescimento do turismo está em média 12%. Para a diretora presidente da Fundação de Turismo de Mato Grosso do Sul, Nilde Brun, Mato Grosso do Sul tem se destacado no cenário brasileiro, pelas suas belezas naturais.
Ela considera importante a legislação, que favorece o fortalecimento do turismo regional, através da qualidade e desenvolvimento. “A legislação define a nova forma de trabalhar o turismo em todo país, sendo base para o crescimento, apoiando investimentos, valorizando a atividade que resultará impacto positivo em nosso turismo”, finalizou.
Teve início na quinta-feira, 27 de janeiro, no salão de eventos do Wetiga Hotel, em Bonito, a Reunião Descentralizada do CONGEMAS (Colegiado Nacional de Gestores Municipais de Assistência Social) da Região Centro-Oeste, que reuniu gestores dos estados de Mato Grosso do Sul, Mato Grosso e Goiás, encerrada na sexta-feira (28).
O objetivo do encontro, aberto com a conferência “O papel dos municípios na gestão descentralizada do SUAS”, foi debater a descentralização e o fortalecimento do Sistema Único de Assistência Social (SUAS). Na 6ª a secretária de Estado e Trabalho de Assistência Social de MS, Tânia Mara Garib, ministrou palestra tendo como tema “Os desafios municipais à gestão descentralizada do Suas”. A reunião também definiu propostas para erradicação da miséria no País, que serão apresentadas aos governadores eleitos dos Estados da região.
Organizado pelo Congemas, em parceria com o Ministério de Desenvolvimento Social, o encontro teve apoio local da Secretaria Municipal de Assistência Social, através da secretária e primeira-dama Izabel Aivi de Figueiredo, incluindo apresentações artísticas das crianças e adolescentes do Projeto Arte Para Todos, desenvolvido pela prefeitura do município com apoio da Petrobrás.
A reunião contou com as presenças da secretária nacional de Assistência Social do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), Maria Luiza Rizzotti, representando a ministra Tereza Campello; do prefeito municipal de Bonito, José Arthur, da diretora da SNAS, Simone Albuquerque, do diretor do Fundo Nacional de Assistência Social, Antônio Henriques, da presidente do Congemas, Ieda Castro e da superintendente de política de assistência social, Cida Melo, (que representou a secretária Tânia Garib na abertura).
Também presentes o presidente do Conselho Nacional de Assistência Social, Carlos Ferraz; o presidente do Colegiado Estadual de Gestores de Assistência Social de MS, Sérgio Wanderly Silva; a senadora Marisa Serrano; os deputados estaduais, Antônio Arroyo (representando a Assembléia Legislativa) e Júlio Mochi, o vice-prefeito de Bonito, Odilson Soares, os secretários municipais de Bonito Augusto Mariano (Turismo, Indústria e Comércio), Edmundo Costa Júnior (Meio Ambiente), Odinel Arruda (Educação) e os vereadores Clóvis Enoir Schmidt (Clóvis da Farmácia), representando o Legislativo municipal, Leonardo Casanova e Pedrinho da Marambaia, entre outras autoridades.
Após cumprimentar os presentes o prefeito municipal José Arthur agradeceu a escolha de Bonito como sede da reunião e ressaltou a importância de governar com foco no bem estar de toda a população, bem como o compromisso do poder público em atender e potencializar a capacidade de todos os cidadãos.
A Embrapa Pantanal realizou a primeira avaliação do comportamento do pulso das águas na planície pantaneira para o ano de 2011, tomando como base o Modelad (Modelo de Previsão de Cheia em Ladário), um programa de monitoramento das cheias e vazantes do rio Paraguai que tem como base nas informações da régua centenária de Ladário, cedidas pela Marinha do Brasil.
No ano de 2010 a região do Pantanal passou por uma estiagem prolongada, tendo o pico da cheia de 4,36 metros em 22 de junho. Já o nível a mínimo registrado no rio Paraguai, atingido no início de novembro, permaneceu na cota de 1 metro até meados de janeiro. Há pelo menos 11 anos que o rio não ficava estável em seu nível mínimo por um período tão longo. Segundo o pesquisador da Embrapa Pantanal, Ivan Bergier, isto pode estar relacionado com a seca prolongada ao longo do ano de 2010.
Ainda segundo o pesquisador, os fatores que determinaram a cheia deste ano estão relacionados ao estado atual da água na planície pantaneira e, também, a quantidade de precipitação ao longo do período chuvoso, que vai de outubro a março: “Como estamos ainda em janeiro, a previsão do Modelad, com incerteza de 40% , indica que o nível máximo do rio Paraguai se situe entre 3,50 e 4,50 metros. Dada a incerteza, esse valor previsto em janeiro pode mudar, dependendo da quantidade de chuva nos meses de fevereiro e março”, explica. Segundo Ivan, a previsão oficial será divulgada no fim de março, quando o Modelad apresenta uma precisão de 86%.
No final de fevereiro a Embrapa Pantanal (Corumbá-MS), Unidade da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária - Embrapa, vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, divulgará nova previsão preliminar de cheia do rio Paraguai.