Notícias de Bonito MS
Os cientistas da Amazônia estão numa corrida contra o tempo: conhecer as espécies em seus habitats naturais antes que eles sejam transformados pela chegada das hidrelétricas nos rios da região.
No maravilhoso rio Tapajós, formado da confluência dos rios Juruena e Teles Pires não é diferente. Ali está em processo de licenciamento a usina de São Luiz do Tapajós, com capacidade de geração de cerca de 6,1 mil MW.
Entre os dias dias 19 de setembro e 9 de outubro, o Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Peixes Continentais (Cepta), do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) realizou uma expedição bem nas corredeiras São Luiz do Tapajós, próximo a Itaituba, estado do Pará.
Ali está o maior mosaico de unidades de conservação da Amazônia. A expedição fez o primeiro levantamento dos peixes e seus parasitas na região.
A diversidade da ictiofauna é incrível: foram capturadas e identificadas 160 espécies. Mas o total deve passar de 250 espécies já que muitas foram levadas para identificação posterior .
Uma pesquisa realizada no Instituto de Biociências (IB) da USP, acaba de determinar: existem pelo menos três populações geneticamente distintas de araras-azuis (Anodorhynchus hyacinthinus) em território brasileiro. O que isso significa? Além de possibilitar o manejo adequado da espécie, a descoberta pode dificultar a ação de traficantes desses animais.
“Se uma ave for apreendida nas mãos de traficantes, será possível, com base no estudo, determinar qual a probabilidade de a ave ter sido retirada de um desses locais e, com isso, fornecer elementos que ajudem a estabelecer a rota de tráfico”, aponta a bióloga Flávia Torres Presti, que realizou sua pesquisa de doutorado sobre o tema.
Segundo ela, no Pantanal há dois grupos: Norte e Sul. O terceiro fica na região que compreende o Norte do Brasil (Sul do Pará) e o Nordeste (região das Gerais: Piauí, Maranhão, Tocantins, Bahia).
A bióloga cita o exemplo de uma arara-azul apreendida com um traficante que relatou à polícia que trouxe a ave do Pantanal. “Pelas nossas análises verificamos que a probabilidade de arara-azul ter sido trazido do Pantanal era muito pequena. Os resultados da análise indicavam uma maior probabilidade de ela ter sido trazida de uma das duas outras áreas. Neste caso, a rota de tráfico utilizou os Estados do Norte e Nordeste e depois se espalhou pelo Brasil”, conta Flávia. Esse traficante já havia sido preso em várias regiões do país.
O estudo também possibilita a realização do manejo adequado das araras-azuis, visto que essas populações têm algumas características, como hábitos alimentares bem distintos. Apesar de a diferença genética não ser tão acentuada, colocar uma ave em uma região diferente do seu habitat natural pode comprometer a sua sobrevivência. “A arara-azul é considerada vulnerável e poderá, no futuro, se tornar ameaçada de extinção em consequência do intenso tráfico ilegal e perda de habitat”, alerta Flávia.
No Pantanal, por exemplo, a alimentação da arara-azul é baseada no fruto de duas palmeiras: a bocaiuva e o acuri. Nas Gerais, elas se alimentam de frutos da piaçava e do catolé. Já na região do Sul do Pará, as aves se alimentam de inajá, babaçu, tucum, gueroba, de alguns frutos de acuri ou bacuri e de macaúba ou bocaiuva.
“Esses frutos de palmeiras apresentam características físicas distintas. Por exemplo, a consistência dos frutos ou presença de espinhos, que pode levar as aves a se adaptarem a essas diferenças. Por isso, a alimentação, entre outros aspectos, pode acentuar as diferenças genéticas entre os grupos”, esclarece.
Para realizar o estudo, a pesquisadora foi a campo a fim de coletar sangue dos filhotes. Flávia Torres Presti precisou utilizar técnicas de escalada, pois as aves vivem em áreas de difícil acesso. No Pará as araras-azuis fazem o ninho no interior de árvores a uma altura de 20 a 25 metros do solo. Nas Gerais, os paredões rochosos são o local escolhido para a chocagem de ovos.
A coleta de amostras de sangue de filhotes ocorreu na região das Gerais e do Sul do Pará. Para as análises das aves do Pantanal, utilizou-se amostras disponibilizadas pelo Instituto Arara Azul. Além de Flávia, outra pesquisadora do IB também fez parte da empreitada: Adriana Ribeiro de Oliveira-Marques, que coletou material para uma pesquisa envolvendo araras-vermelhas. Flávia realizou dois tipos de análise de DNA: a mitocondrial (genes herdados da mãe), e a nuclear (microssatélites), que mostra os genes herdados de ambos os pais.
A pesquisa baseou-se na hipótese da existência de três populações geneticamente distintas de araras-azuis que ocupariam as regiões do Pantanal, das Gerais e o sul do Pará. “Como são isoladas geograficamente, as aves de uma região não teriam como acasalar com as outras e, assim, cada um desses grupos evoluiria de maneira distinta”, explica. Segundo a bióloga, pensava-se também que as aves do Pantanal eram geneticamente idênticas.
O trabalho de Flávia revelou que as araras-azuis do pantanal se dividem em dois grupos: norte e sul. A análise mitocondrial revelou a existência de três grupos distintos: Pantanal norte, Pantanal sul, norte / nordeste. Já a análise de microssatélites apontou a existência de quatro grupos: Pantanal norte, Pantanal sul, norte, nordeste. “A existência dessas populações aumenta as chances de sobrevivência da espécie. Se todas fossem geneticamente iguais, e ocorresse algum tipo de mudança ambiental ou doença, todos os grupos poderiam se extinguir rapidamente devido a pouca variabilidade genética. Por isso, é importante conservar essas diferenças”, explica.
Flávia também constatou um índice de aproximadamente 81% de monogamia dos casais de araras-azuis. A constatação ocorreu a partir da análise de amostras coletadas de aves nascidas no mesmo ninho do Pantanal sul fornecidas pelo Instituto Arara Azul e do Pantanal norte com colaboração do biólogo Paulo Antas. Cada casal cria um ou dois filhotes em um mesmo ninho. “Geralmente as aves encontram um par e permanecem com ele por toda a vida ou até a morte de um deles. Por isso, existe uma probabilidade maior de duas aves serem irmãs se forem coletadas no mesmo ninho. Isso indica a monogamia do casal”, explica.
A pesquisadora analisou aves do mesmo ninho em anos consecutivos e alternados, ao longo de 9 anos de amostragem no Pantanal sul e de três anos no Pantanal norte. Partindo do pressuposto de que se o casal volta ao mesmo ninho, Flávia pode confirmar que as aves de anos diferentes do mesmo ninho devem ser irmãs.
As araras-azuis procriam uma vez ao ano, gerando um ou dois filhotes, no máximo. Se colocarem três ovos, apenas dois sobreviverão. “Os filhotes, ao nascerem, ficam cerca de três meses no ninho e, após saírem, ainda são dependentes dos pais para a alimentação. A separação total ocorre geralmente após 12 a 18 meses”, diz. Essas aves praticamente não migram e sempre ficam no local onde nasceram.
Projeto Arara Azul completa 22 anos
Neste mês, que já chega ao fim, o projeto Arara Azul comemora 22 anos de atividades contra a extinção da espécie no Pantanal Sul Mato-Grossense. Em 1990 eram contabilizadas apenas 1.500 araras-azuis na região. Hoje este número passa de 5.000 indivíduos graças aos esforços do projeto. Na estação reprodutiva deste ano, que teve início no final de julho, até o momento foram monitorados 110 ninhos, 57 naturais e 53 artificiais.
Deste total, 45 ninhos apresentaram postura de ovos e o nascimento de filhotes, sendo 42 ninhos de araras-azuis e três de araras-vermelhas. As perdas de ovos e filhotes ocorreram tanto por condições naturais (predação) como por alterações ambientais, como mudanças climáticas bruscas, altas temperaturas e fortes chuvas.
Segundo Neiva Guedes, bióloga, professora do Curso de Mestrado em Meio Ambiente e Desenvolvimento Regional da Universidade Anhanguera-Uniderp e idealizadora do projeto, um fato interessante registrado pela equipe de campo neste período foi a predação de um ninho com ovos por um tucano, que foi flagrado pelas araras-azuis e morto por bicadas. “A fúria foi tão grande, que elas arrancaram a parte superior do bico do tucano, que ficou encurralado dentro do ninho”, afirma a bióloga.
Dos filhotes sobreviventes, 59% irão voar de ninhos artificiais, ou seja, desenvolvidos e instalados por profissionais do projeto Arara Azul, demonstrando a eficácia das ações. Os ninhos são constantemente monitorados durante o ano todo, graças à capacidade off-road das três Hilux (patrocinadas pela Toyota), utilizadas para realizar essa atividade, pois possibilita à equipe do projeto chegar a locais de difícil acesso ou alagados. Somente nesta estação reprodutiva, foram realizadas cerca de 590 escaladas (subidas aos ninhos) até o momento.
Ainda, visando contribuir com a continuidade das pesquisas, o turismo de observação vem sendo praticado no Refúgio Ecológico Caiman, onde está localizada a maioria dos ninhos (87%) e também a sede do projeto Arara Azul.
Nestas visitas, as pessoas podem acompanhar um dia de campo da equipe e observar as araras em seu habitat. Este ano, o local já recebeu as visitas do diretor do filme Rio, Carlos Saldanha, e o premiado fotógrafo, Sebastião Salgado.
Para reforçar as atividades de preservação da espécie, a equipe realiza trabalhos de conscientização, engajamento e educação ambiental com a população local nas fazendas que possuem ninhos naturais cadastrados ou artificiais instalados, bem como em Campo Grande e outras cidades do entorno do Pantanal. Outros projetos relacionados à proteção do Meio Ambiente também são realizados na região, como o Arte de Fazer e Reciclar.
Mais informações a respeito da Araras Azuis: Projeto Arara Azul.
“O projeto Arara Azul representa uma vitória para a preservação da espécie, que estava na iminência da total extinção há vinte anos. As ações de campo combinadas com a conscientização ambiental estão cooperando para a proteção da espécie e redução do tráfico de animais na região”, afirma Ricardo Bastos, presidente da Fundação Toyota do Brasil
Nos dias 05 e 06 de dezembro de 2011 o Sebrae-MS apresentará um evento para micro e pequenas empresas e profissionais do turismo. O Seminário "Inovações, Tendências e Produção Sustentável para o Turismo" será realizado em Bonito (MS), no Centro de Convenções de Bonito e deve envolver todos os setores envolvidos para um diálogo e construção de melhores rotas para o turismo da região.
Segundo o Sebrae/MS, é importante discutir soluções lucrativas e sustentáveis. A indústria do turismo é a atividade que apresenta os mais elevados índices de crescimento no contexto mundial e em Mato Grosso do Sul, o turismo representa uma das principais forças econômicas do Estado, com potencial para gerar emprego e renda
PROGRAMAÇÃO
05/12 (segunda- feira) - Programação com investimento de R$ 30,00
13h00 às 14h00 - Credenciamento
14h00 às 14h15 - Abertura
14h15 às 15h30 - Palestra Desafios e Tendências para o Turismo com Jeanine Pires. (Diretora da Pires & Associados e Presidente do Conselho de Turismo e Negócios da Fecomércio São Paulo. Presidiu a EMBRATUR de 2006 a 2010. Liderou o trabalho de promoção do Brasil como destino turístico no exterior).
15h30 às 16h45 - Palestra Turismo de Luxo e Experiência com Gabriela Otto. (Especialista em Marketing e Mercado de Luxo com experiência nas empresas Caesar Park, InterContinental, Sofitel, Luxury Hotels e Worldhotels).
16h45 às 17h15 - Intervalo
17h15 às 18h30 - Mega Eventos Esportivos: Olimpiadas 2016 e Copa do Mundo 2014 com Sara Albrecht (consultora do Sebrae/SC em Marketing com forte atuação no mercado internacional, participando das coberturas da Copa do Mundo 2006, Mundial de Rugby 2007 e America`s Cup de Vela)
18h30 às 19h45 - Palestra Inovar para competir - Palestrante Sebrae
06/12 (terça-feira) - Programação gratuita
Público-alvo: Produtores Rurais
9h00 - Credenciamento
10h00 às 10h30 - Palestra sobre Integração da Produção Sustentável com a Cadeia Produtiva do Turismo (IBS)
10h30 às 11h00 - Hortifruti orgânicos - Tendências de Consumo e Mercado (IBS)
11h00 às 11h30 - Caso de Sucesso de produtores do MS
14h00 - Oficina de Planejamento de Produção - Instituto Maytenus
Público-alvo: Empresários de MPEs
13h00 às 14h00 - Credenciamento
14h00 às 14h40 - Conecte seu Negócio - Sua empresa na Rede Social (Parceria Google e
SEBRAE)
14h40 às 15h20 - Identidade Visual e Marca da empresa - A primeira impressão é a que fica.
Para mais informações e inscrições, ligue para 0800 570 0800
Passo do Lontra (Miranda, MS) – O governador André Puccinelli fez nesta terça-feira (22) uma vistoria às obras da ponte de concreto que está sendo construída na Estrada Parque Pantanal, sobre o Rio Miranda, na localidade do Passo do Lontra, entre os municípios de Miranda e Corumbá. Depois de verificar o andamento dos serviços, o governador constatou que as obras estão 85% concluídas e confirmou a previsão de terminar em janeiro. “Entramos na fase final. Falta fechar o vão central, e fazer chegar as duas cabeceiras às vigas de sustentação. Terminamos em janeiro e até o comecinho de fevereiro vamos inaugurar a ponte”, anunciou.
Acompanhado do secretário de Obras Públicas e de Transportes, Wilson Cabral, e de engenheiros da Agência Estadual de Gestão de Empreendimentos (Agesul) e da empreiteira que realiza os serviços, André Puccinelli vistoriou a parte da estrutura que fica sobre o rio e a movimentação para construção das cabeceiras – esse último é o trecho que demanda maior trabalho nessa fase final da obra. De barco, o grupo percorreu alguns metros do rio para verificar a parte inferior da ponte e observar à distância a dimensão que ela já toma na paisagem pantaneira.
Mesmo inacabada, a estrutura de 240 metros de comprimento e 10,80 metros de largura é uma referência gigantesca em comparação à antiga ponte de madeira, de apenas três metros acima do nível do rio e constantemente sujeita à inundação em período de cheia. A segurança contra inundações é garantida pela altura, 7,40 metros sobre o leito tendo como base a maior cheia histórica do Rio Miranda.
A substituição da ponte velha por essa moderna travessia, está demandando investimento de cerca de R$ 16 milhões, sendo metade desse valor de recursos próprios e o restante uma parceria com o Ministério do Turismo. “É uma obra que ficará definitivamente para as gerações futuras, e que vai viabilizar o turismo de forma que não possa ser interrompido”, destacou o governador, que considera esse um dos principais benefícios da construção. “Do Buraco das Piranhas, passando aqui pelo Passo do Lontra, pela Curva do Leque e chegando ao Porto da Manga, poderemos propiciar aos visitantes contemplar as belezas naturais do nosso Mato Grosso do Sul”. A partir do Buraco das Piranhas, na BR-262, entre Miranda e o Porto Morrinho, a ponte está localizada a cerca de 10 quilômetros na rodovia MS-184 – a Estrada Parque – e será garantia de acesso Pantanal adentro mesmo com a subida das águas.
Além da segurança da altura muito superior à da velha ponte de madeira, a ponte nova também muda as condições de navegação nesse trecho do Rio Miranda, porque permitirá a passagem de embarcações cujo tráfego hoje é inviável. A dimensão lateral da estrutura também chama a atenção, com um vão de 100 metros de largura de margem a margem. O grande “vazio” é resultado do moderno projeto de construção que dispensa pilares centrais para suportar a estrutura. Chamado de “balanço sucessivo sobre apoios deslizantes”, esse é um método de execução especialmente usado para pontes e viadutos com grandes vãos. “A tecnologia hoje nos permite fazer obras de arte como essa”, comentou o governador.
A cerca de 2h30 (270 km) de Campo Grande, as águas cristalinas do Rio da Prata revelam toda a riqueza e beleza do município de Jardim. O paraíso atrai durante todo o ano uma média de 100 pessoas por dia, que vem de todas as partes do mundo para conhecer as maravilhas de Mato Grosso do Sul.
Em uma rápida parada no local, a reportagem do Campo Grande News mostra um pouco de toda essa riqueza sul-mato-grossense, que fica no Recanto do Rio da Prata, com acesso pela BR 267 Km 515.
O passeio está entre a “rota” dos turistas que vem ao Estado usufruir do verde e da fauna ainda preservados, que tem como chamariz internacional a cidade vizinha de Bonito – a cerca de 55 km do local.
A descoberta da “Prata” começa com uma caminhada em meio a trilha na mata, que leva 50 minutos. Ao longo do passeio, o turista recarrega as energias observando cada uma das 37 espécies de mamíferos, fora as aves, que podem resolver "dar o ar da graça" em um galho logo ao lado.
Entre os companheiros de trilha estão o macaco-prego, bugio, cotia, queixada, cateto, quati, além de gaviões, outras aves e árvores centenárias.
O refresco nas águas cristalinas começa pela nascente do Rio Olho D’água. São 2.400 mil metros descendo pelo rio, apenas flutuando, até chegar ao encontro do afluente com o Rio da Prata.
O turista não pode encostar o pé no solo, para proteger a vegetação e espécies do rio. A flutuação é feita por grupos de até 9 pessoas, que recebem todo o equipamento necessário.
Antes de iniciar a descida pelo rio, os turistas recebem todas as orientações e uma prévia do que podem encontrar ao longo do passeio.
“Tem sucuri?”. “Não tem perigo?”. “Ai, que delícia de água”. Essas são algumas das perguntas feitas pelos visitantes enquanto se preparam para ver de perto jacarés, pacus, sucuris e outros. Tudo é esclarecido pelo guia de turismo.
O guia Marcelo dos Santos lembra que os turistas é que são os “estranhos” em meio ao passeio, já que os animais e toda a vegetação estão em casa. O respeito dos visitantes e as orientações do guia garantem a harmonia e um delicioso passeio turístico.
Os últimos 600 metros de descida pelo rio podem ser feitos de barco, caso o turista esteja cansado. Ao todo, o passeio tem duração de 4 horas.
Para fazer todo o passeio, o turista compra um pacote que varia entre o valor de R$ 103 (baixa temporada) e R$ 120 (alta temporada – férias escolares e feriados prolongados). Todos os equipamentos utilizados estão inclusos no valor.
Ao retornar a sede do Recanto Rio da Prata, o turista pode almoçar comida típica por R$ 22 (self-service).
Mais passeios - A maioria dos turistas que vão até Jardim fazer o passeio do Rio da Prata também aproveita para conhecer os outros pontos turísticos do município. Ainda no Recanto, o visitante pode fazer uma cavalgada de 1h30 ou conhecer um dos lugares mais mágicos da região: a Lagoa Misteriosa.
A Lagoa foi reaberta em julho deste ano para visitação, após ficar fechada por cerca de 5 anos, devido a problemas com licença ambiental e troca de proprietário.
Mas o paraíso só recebeu visitantes por 2 meses e voltou a ser fechada para visitação em outubro, período em que suas águas deixam de ser cristalinas e ficam verdes. O fenômeno acontece no verão, durante as chuvas, devido ao processo natural das algas.
A Lagoa Misteriosa é considerada a sétima caverna mais profunda do país pela Sociedade Brasileira de Espeleologia e uma das mais profundas cavernas inundadas do Brasil, atingindo mais de 220 metros de coluna d’água (Registro de Gilberto Menezes de Oliveira em 1998).
O visitante pode fazer trilha com flutuação e existe a modalidade de mergulho com cilindro - até 8 metros para não profissionais, e o mergulho técnico para pessoas com curso.
Outro lugar único, é o Buraco das Araras, que fica localizado do outro da rodovia 267, em frente a entrada do Recanto. O turista percorre uma trilha de 900 metros em meio à paisagem do cerrado e contempla o local em dois mirantes, instalados na beira do abismo, onde duas lunetas fixas estão disponíveis.
Além da maravilhosa vista, é possível observar o vôo das araras e das outras aves que habitam o local, como curicacas, carcarás, urubus, pássaros-pretos, gralhas, papagaios e outros. O tempo médio de duração da atividade é de 40 minutos e o valor é de R$ 32 para adultos e R$ 25 para crianças de 7 a 10 anos – até 6 anos não paga.
Serviço - Para fazer qualquer um dos passeios é necessário agendar com antecedência e comprar o pacote em uma agência de turismo. Mais informações sobre como conhecer os locais do Recanto no site: http://www.gruporiodaprata.com.br e sobre o Buraco das Araras no site: http://www.buracodasararas.tur.br.
Com 4 caminhonetes carregadas com equipamentos e músicos, Guilherme Rondon começou uma aventura musical de 8 dias em pleno Pantanal do rio Negro e conseguiu fazer vingar um CD 100% sul-mato-grossense.
O ‘Made in Pantanal’ é o trabalho de comemoração dos 40 anos de carreira, como compositor, lembra ele. “Como músico tem mais. Comecei em 66, tocando Beatles”, conta Guilherme Rondon.
No hotel fazenda da família, o Recanto Barra Mansa, uma pequena casa virou o estúdio para a gravação do CD. A logística foi complicada, o acesso nada fácil, mas tanto trabalho para chegar ao Pantanal com a aparelhagem e a equipe para Rondon foi um jeito de “arrumar história para contar”.
Formado em Engenharia em São Paulo, o paulista de nascimento criado em Corumbá, no Pantanal do Paiaguás, já fez muita coisa na vida. Teve experiências na publicidade, andou pelo Nordeste, já montou pousada no Pantanal, mas o que nunca largou foi a música. A paixão rendeu dois prêmios Sharp de música regional e muitas parcerias.
Dentre as 11 músicas inéditas e uma regravação há composições de Rondon com os amigos Alexandre Lemos, Paulo Simões, Celito Espíndola, Consuelo de Paula e Zé Edu Camargo.
O quarto CD solo tinha de ser especial, por isso a trabalheira. Outro “detalhe” era o orçamento reduzido, diz o músico. “Trabalhamos com a realidade de poucos recursos do Fundo de incentivo a Cultura. Condições precárias, verbas pequenas e mesmo assim o resultado ficou ótimo”.
Para tocar com o rio Negro ao fundo, Rondon convidou 3 músicos: Sandro Moreno, Alex Mesquita e Orlando Bonzi. “Deu tudo certo, como poderia dar tudo errado”, avalia sorrindo.
O medo que o som de pererecas, sapos e afins prejudicasse as gravações acabou com a queda na temperatura. “Foi uma sorte. O frio caiu para 8º graus e os bichos se calaram”.
Por fim, o objetivo que era gravar o máximo possível no Pantanal foi muito além. “Conseguimos gravar tudo, voz e violão acústicos. Adorei tudo. A magia do lugar garantiu um envolvimento completo e isso foi para a música”.
Todos os músicos vivem em Mato Grosso do Sul, o CD foi gravado, mixado em Campo Grande e será remasterizado por um profissional sul-mato-grossense em São Paulo. “É 100% de Mato Grosso do Sul. Um orgulho”, avalia Rondon.
O lançamento do novo CD de Guilherme Rondon será amanhã, às 20h, com show no Teatro Aracy Balabanian, em Campo Grande (MS). Os ingressos serão vendidos no local, por R$20 e R$10
Ao todo são oito regiões do País retratadas em Brasil Natural. O livro do fotógrafo Valdemir Cunha, especializado em imagens que retratam o Meio Ambiente, será lançado na próxima terça-feira, 22, das 18h30 às 21h30, na Livraria da Vila (R. Fradique Coutinho, 915, na Vila Madalena). A edição é da Origem.
Para quem gosta de viajar em imagens, a publicação retrata o Pantanal (MS e MT), Fernando de Noronha (PE), Lençóis Maranhenses (MA), Chapada Diamantina (BA), Monte Roraima (RO), Foz do Iguaçu (PR) e os Cânions do Sul (RS e SC). Somados, esses lugares, recebem aproximadamente 2 milhões de turistas por ano
Segundo a Organização Mundial do Turismo (OMT), enquanto o turismo no mundo cresce na ordem 7,5% ao ano, o ecoturismo tem apresentado crescimento anual de 20%. No Brasil, este segmento gerou, só no ano passado, um lucro nacional de R$ 500 milhões, de acordo com informações da Associação Brasileira das Empresas de Ecoturismo e Turismo de Aventura (Abeta).
O livro Brasil Natural, de certo modo, descortina as riquezas brasileiras nessa área. Tanto que três das regiões fotografadas por Valdemir Cunha estão inscritas na lista de Patrimônios da Humanidade da Unesco, revelando não só um País de superlativos como também de imensa diversidade geográfica e, sobretudo, uma nação alinhada com as questões deste século
"Brasil Natural surge precisamente no momento em que a exploração sustentável do patrimônio natural brasileiro – da qual o turismo é uma das atividades mais representativas – se firma como uma das questões-chave para a transformação deste País em uma potência mundial", observa o fotógrafo.
O livro traz ainda textos do escritor e jornalista Xavier Bartaburu, com informações importantes para que o leitor conheça, valorize e preserve as belezas do País. "O livro aborda detalhes sobre a população, geografia e características naturais de cada região, ilustradas com belas imagens e mapas com padrão de cartografia internacional", conta Valdemir.
“Além disso, trata-se de uma excelente ferramenta educacional, que servirá também de estímulo para que as pessoas viajem e conheçam pessoalmente essas sete maravilhas naturais do Brasil", finaliza.
Assista o video : Brasil Natural-Pantanal