Notícias de Bonito MS
Criado em 1988 pelo governo estadual, vinculado à Secretaria de Estado de Meio Ambiente, das Cidades, do Planejamento, das Ciências e Tecnologia (Semac) e pelo Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul (Imasul), o Centro de Reabilitação de Animais Silvestres (Cras) realiza a recepção, triagem e destinação de animais silvestres apreendidos durante operações de fiscalização efetuadas pela Polícia Militar Ambiental, Ibama e Corpo de Bombeiros.
Atualmente o centro é visto como referência positiva na preservação de espécies da fauna brasileira que se encontram sob risco de extinção. Desde a criação, já recebeu mais de 22 mil animais oriundos do tráfico, doações da população, casos de atropelamentos e acidentes nas estradas. Desse total, 68% são aves, 20% mamíferos e 12% répteis. As espécies que mais aparecem por lá são: o papagaio-verdadeiro, curió, canário-da-terra, tucano, arara-canindé, pássaro-preto, macaco-prego, gambá-de-orelha-branca, quati, sagüi-de-tufo-preto, veado-catingueiro, jabuti, jibóia, cágado, caiçaca, sucuri e falsa-coral.
O biólogo Vinicius Andrade Lopes, fiscal ambiental e coordenador do Cras, explica que muitas pessoas ganham esses animais de amigos ou parentes e não sabem como tratá-los. "Elas então percebem que um animal silvestre não é um animal de estimação e decidem entrar em contato conosco, solicitando nossa ajuda. Há também inúmeros casos de aparições em residências, devido ao desmatamento.", conta.
O coordenador alerta que a compra de animais silvestres sem nota fiscal, autorização e garantia de procedência é crime ambiental. "A pessoa é multada em R$ 500 e se o animal estiver em risco de extinção, são mais R$ 2.000. O infrator pode pegar de um a quatro anos de prisão ou pena alternativa. Mas não é só por causa disso; um animal silvestre pode transmitir doenças. Então quem quiser ter um animal diferente em casa, procure criadouros autorizados pelo Ibama e o adquira de forma legalizada", aconselha.
O Cras está localizado no Parque Estadual do Prosa, na Capital, e conta com 24 recintos para aves, mamíferos e répteis; cozinha acoplada a um biotério; área para filhotes e animais em observação; recinto pra treinamento de vôo de aves; cercado e piquetes para mamíferos de médio porte e sede administrativa. Conta também com uma equipe composta por três médicos veterinários, três biólogos, uma zootecnista, além de sete pessoas de apoio e limpeza.
Pesquisa e cuidados especiais
Durante a recepção, os especialistas buscam coletar o maior número de informações que possam determinar, posteriormente, o destino do animal: espécie, origem, tempo de cativeiro, alimentação, contato com outros animais silvestres ou domésticos, estado de saúde, histórico, idade, sexo e marcação. O indivíduo recebe um número de cadastro e suas informações são armazenadas num banco de dados específico, em funcionamento desde 1994.
No ato da entrega, é preenchido um termo de depósito e guarda de animal doado ou apreendido, oficializando a entrada do animal no centro. Após um exame clínico, o animal é encaminhado à quarentena ou ao centro de atendimento veterinário para cuidados especiais. Em seguida, o animal é alojado em recintos compatíveis com as características biológicas.
Durante a permanência no Cras, os animais são acompanhados individualmente quanto aos aspectos sanitários, nutricionais e comportamentais. Cada indivíduo é analisado isoladamente, já que diferenças de origem, tempo de cativeiro, estado de mansidão, estado físico e idade são fatores que podem gerar problemas. Há casos de filhotes que necessitam de cuidados especiais, incluindo alimentação, temperatura e umidade controlada.
Os primatas, por exemplo, são alojados em recintos coletivos, onde são observadas a estrutura do grupo, formação de hierarquia e dominâncias temporárias. Neste período, são alimentados com base em dieta específica, de acordo com os hábitos alimentares, incluindo o fornecimento de presas vivas aos carnívoros, proporcionando o exercício da caça instintiva.
Cardápio saudável
No cardápio dos animais, frutas frescas, ração, sementes, legumes, verduras e carne. "O mais pesado do nosso orçamento é a carne. São 300 a 400 quilos de carne por mês, dependendo da situação. Atualmente estamos com sete onças pardas aqui e elas dão conta dessa quase meia tonelada de carne", brinca Vinicius.
Os alimentos são preparados cuidadosamente e servidos diariamente, toda manhã e fim de tarde. São fornecidos também pequenos animais, como camundongos vivos, que são servidos às onças, serpentes, lobinhos e macacos, que complementam a nutrição e ajudam no treinamento à caça dos animais em reabilitação.
Soltura
A maioria dos animais que chegam ao Cras não ficam lá para sempre. A prioridade é a devolução para a natureza. Em alguns casos são enviados a zoológicos e criadores de outros estados. Apesar de muitos pesquisadores serem contrários à soltura dos animais, a legislação brasileira diz que a prioridade é o retorno dos animais à natureza. "As solturas são feitas com o maior rigor técnico e estamos provando, através de intensas pesquisas, que a soltura dá certo", explica o coordenador do centro. As solturas se dão em fazendas no pantanal ou em áreas de proteção ambiental. São 150 pontos cadastrados, sendo que 20 desses lugares são efetivamente destinados a alguns animais.
As destinações seguem princípios básicos pré-estabelecidos com os consultores de manejo e gerenciamento de vida selvagem: espécies raras devem atender a projetos de conservação, realizados por instituições ou pesquisadores idôneos, previamente identificados e devidamente autorizados pelo Ibama e os comitês das espécies; espécimes comuns, recém capturadas na natureza, são preferencialmente soltas em habitat natural após pequeno período de tempo no Cras; já os animais comuns oriundos de cativeiros são encaminhados a instituições ou utilizados em casos de repovoamentos, de acordo com as condições do animal. Exemplo disso é um grupo de 15 macacos-prego que passaram por um minucioso estudo comportamental e serão soltos no Pantanal.
Desde 1992, muitas solturas são realizadas em hotéis-fazenda no Pantanal, onde o repovoamento revela grande sucesso na sobrevivência dos indivíduos. Essas empresas atendem todas as normas e exigências pré-estabelecidas pelo Cras, de olho no exigente público, em boa parte turistas estrangeiros ávidos pela fauna pantaneira.
Após a liberação dos animais na natureza, eles são monitorados diariamente ao longo de cinco dias. Em seguida, técnicos ambientais fazem visitas mensais às fazendas, realizando um monitoramento periódico e colhendo informações.
Educação ambiental
Como a maior parte dos animais que chegam ao centro são vitimas do tráfico e da criação em cativeiros clandestinos, o Cras realiza um programa de visitação aberta ao público, principalmente estudantes, visando a conscientização da população em relação aos crimes ambientais e educação ambiental. As visitas são monitoradas por guias treinados, que expõem aos visitantes as conseqüências negativas do tráfico e dos cativeiros clandestinos, além do trabalho de reabilitação realizado.
Em abril de 2007, um grupo de estudantes secundaristas norte-americanos visitou o Cras. Os estudantes, com idade média de 16 anos, se mostraram encantados com a biodiversidade de Mato Grosso do Sul. "Fiquei mais impressionada com os macacos. Eles parecem tanto com os seres humanos. Nos Estados Unidos só costumamos ver esses animais em zoológicos, mas não se compara ao trabalho de reabilitação desenvolvido aqui", disse a estudante Kelly Parker.
O professor da disciplina de Ciências e Meio Ambiente da Hudson High School, Peter Vacchina, explica que esta é a segunda vez que ele traz um grupo de estudantes ao Cras: "Nossa vinda a Mato Grosso do Sul tem objetivo científico, já que os alunos não devem ficar aprendendo somente com os livros. As aulas práticas são fundamentais para que eles conheçam a realidade do meio ambiente no mundo, pois a preservação do planeta estará nas mãos desta geração em poucos anos", relata o professor.
Visite o CRAS
As visitações são realizadas às terças-feiras, quintas-feiras e sábados, das 8 às 12 horas e das 13 às 17 horas, por grupos de até 15 pessoas. Os visitantes são acompanhados por um guia capacitado, que fala sobre noções de educação ambiental, as conseqüências negativas do tráfico de animais silvestres, assim como o trabalho desenvolvido.
É necessário agendar o passeio com antecedência pelo telefone (67) 3326-1370. Recomenda-se o uso de calças compridas e tênis fechado. É cobrada uma taxa de R$ 8,00 por pessoa, sendo que estudantes pagam metade do preço. O valor é revertido para a preservação e manutenção da área, de acordo com o Sistema Nacional de Unidades de Conservação (SNUC), já que o centro encontra-se dentro do Parque Estadual do Prosa. Escolas públicas são isentas da taxa.
A 9ª edição do Festival de Inverno de Bonito traz como novidade o EcoEspaço, que vai funcionar como a sede do projeto Reciclando Cultura, que pretende, através da arte, levantar questões como a deteriorização do planeta sob a ótica do desperdício, o não aproveitamento máximo dos produtos que a sociedade produz, o impacto do lixo no dia-a-dia e a mudança de atitude para a ação ecológica.
No Eco Espaço estarão expostas obras do fotógrafo e documentarista Marcos Prado. Ele foi diretor dos filmes "Estamira" como "Os Carvoeiros" e atuou como produtor de "Ônibus 174" e "Tropa de Elite".
Marcos Prado recebeu diversos prêmios nacionais e internacionais, entre eles o Focus on Your World 92, da ONU. As imagens que compõem a exposição fazem parte de seu segundo livro, Jardim Gramacho, resultado de um ensaio fotográfico de 11 anos no lixão de Caxias. Premiado, em 1996, com o IX Prêmio Marc Ferrez de Fotografia, o livro teve seu lançamento em março de 2005.
Em todos os dias do festival, irão acontecer no EcoEspaço as oficinas de reciclagem de lixo "O Lixo e o Lúdico" e "Caminhos do Papelão", das 10 às 22 horas.
Na oficina "O Lixo e o Lúdico, o instrumentista Décio Rocha usa o lixo e o transforma. Os brinquedos de Décio Rocha usam a matéria-prima negada para criar elementos simples, como a própria inocência da brincadeira. Carrinhos, bonecos, naves espaciais surgem das latas, das garrafas, de um fio, do imaginário.
Instrumentista e compositor, Décio Rocha, que tem como diferencial maior na sua obra a construção de seus próprios instrumentos, vai promover a oficina "Instrumentos Reciclados", dia 31 de julho, às 14 horas. Na ocasião, o lixo vai ser utilizado como matéria prima na composição de novos instrumentos e por meio deles é que são criadas sonoridades originais. Metrola, Rochimbau e Bâima são alguns dos nomes inusitados com que Décio batizou os instrumentos que, ao longo de sua carreira, foram incorporados aos shows e discos do artista.
Décio fará ainda um show instrumental, no local, no dia 30 de julho, às 21 horas. Após iniciar carreira em Olinda, Décio Rocha solidificou seu nome até chegar à "Banda de Pau e Corda", uma das mais importantes da cena pernambucana. Em São Paulo, atuou como baixista junto a nomes como Zeca Baleiro, Suba, Chico César, Rita Ribeiro, entre outros. Partiu para seu trabalho autoral e a criação de seus instrumentos. Em seu show, Décio apresenta composições instrumentais levando o público a experimentar diferentes sensações, transmitindo a emoção de cada composição com uma sonoridade muito especial.
A oficina Caminhos do Papelão será ministrada pelo escultor carioca Sérgio Cezar. Filho de porteiro e empregada doméstica, Sérgio começou a transformar sucata ainda moleque. Com o tempo, desenvolveu uma técnica toda especial que hoje encanta muita gente. Sérgio revela poesia e brasilidade, além de originalidade e talento.
A matéria prima de suas instalações e esculturas é o lixo. De entulhos e sucatas, ele é capaz de reconstruir artisticamente casinhas, sobrados, morros inteiros. Suas obras ricas em detalhes contam histórias, revelam o que muitas vezes nossos olhos já não podem ver. As esculturas são vivas, iluminadas e com vozes. Pura transformação.
Para promover a conscientização ambiental, no EcoEspaço serão promovidas palestras em parceria com a Fundação Neotrópica do Brasil.
Quem quiser conferir alguma das atrações da 9ª edição do Festival de Inverno de Bonito, que acontece na cidade de mesmo nome localizada a 247 quilômetros de Campo Grande, tem que se apressar para garantir pelo menos a estadia de uma noite. É que os hotéis e pousadas da cidade estão praticamente lotados.
Quem trabalha no ramo já comemora sucesso maior do que a edição do ano anterior. E não é só a rede hoteleira que já está com saldo positivo. Comerciantes e é claro, agências de viagem, donos das atrações turísticas e guias, já estão com lucro garantido.
De acordo com o secretário municipal de turismo, Augusto Barbosa Mariano, ainda há vagas na rede hoteleira. "Restam poucas vagas nos hotéis, pousadas e camping", afirma o secretário.
Um exemplo é o Hotel Araúna. Segundo o sub-gerente, Júlio Cezar Gaúna Machado, só há apartamentos disponíveis para entrada dia 1º e saída no dia seguinte. Para os dias 30,31 e 2 para 3, não há mais.
Ele explica que o hotel acomoda confortavelmente 80 hóspedes, distribuídos em 25 apartamentos, com ar-condicionado, telefone, televisão e estacionamento privativo.
Segundo Júlio, durante a semana do festival o movimento no hotel costuma aumentar 80%. Neste ano a expectativa é maior, pois a procura aumentou. São turistas que telefonam, mandam e-mail, em busca de informações sobre hospedagem e da cidade em geral.
Por conta da maior quantidade de hóspedes, o hotel teve que contratar trabalhadores temporários, contribuindo assim para o movimento da economia da cidade.
De acordo com Júlio, a procura maior é de turistas regionais. Já na Pousada Arizona, não há mais nenhum apartamento disponível durante os cinco dias do Festival. Além de turistas do Estado, a pousada vai receber também visitantes de Fortaleza, Rio de Janeiro e São Paulo. A maioria, casal.
Conforme o secretário de turismo, as 50 mil pessoas que devem visitar Bonito durante os cinco dias do Festival, devem deixar na cidade R$ 5 milhões. Ele explica que os turistas gastam com hospedagem, comida, deslocamento e com os passeios.
A cidade conta com mais de 70 locais de hospedagem - entre hotéis, pousadas e campings -com preços que variam de R$ 10 a R$ 700, a diária.
Quem passar ou estiver na cidade em pelo menos um dos cinco dias de Festival, poderá conferir arte, cultura, música e ainda conhecer um dos mais de 30 atrativos turísticos.
Além de teatro, música regional, artesanato e artes plásticas, o 9º Festival de Bonito terá shows de Almir Sater na abertura; Maria Bethânia (31); Ana Carolina (1º) e Zé Ramalho (2). Os ingressos para os shows nacionais custam R$ 12.
A organização da 5ª Feira Nacional de Turismo Rural comunicou oficialmente a nova data para sua realização: o período de 20 a 22 de novembro de 2008. O evento fica confirmado para o Centro de Convenções Rubens Gil de Camillo, em Campo Grande, no Mato Grosso do Sul. Com a alteração, busca-se fugir do período pré-eleições municipais e evita-se, também, uma sobreposição de datas com o 9º Festival de Inverno de Bonito - a Feiratur estava agendada para 01 a 03/08 e o festival para 30/07 a 03/08.
A informação sobre a alteração da data foi feita através da distribuição de um comunicado oficial a parceiros, expositores e entidades representativas da área de turismo e agronegócios. "Em função do período que antecede as eleições municipais deste ano a participação do setor público na feira estava inibida pela própria legislação brasileira", explica o presidente da Associação Brasileira de Turismo Rural do Mato Grosso do Sul (Abraturr/MS), Alexandre Costa Marques. "Além disso, poderíamos comprometer a Feiratur e o Festival de Bonito com a divisão de público em função da coincidência de datas, e isso não seria ideal para ninguém", completa.
O novo período concentrará todas as atividades em uma quinta, uma sexta e um sábado, reservando o domingo para que os participantes possam conhecer Campo Grande e até o interior do Estado. A data anterior levava as atividades até a noite de domingo, impossibilitando agenda sócio/turística.
A organização, em um primeiro momento, vai buscar a confirmação dos conferencistas do Seminário Nacional de Turismo Rural e reorganizar a programação técnica do evento. A nova data, segundo Marques, amplia as perspectivas de sucesso para a feira. "A decisão de todo o grupo foi sábia e estratégica; estaremos em um período que antecede, de imediato, a alta estação de verão", lembra. Ele garante que nada muda: "só a data do evento".
Para a nova data, em novembro, está mantida a entrada gratuita para o público durante toda a programação da feira. As inscrições também são gratuitas e podem ser feitas pelo web site oficial: www.feiratur.tur.br . Expositores e participantes podem obter mais informações pelo fone (67) 3341-6900 e pelo e-mail: feiratur@opec-eventos.com.br.
A Feiratur é considerada hoje o maior evento de turismo rural do país e da América Latina. A 5ª edição é realizada pela Abraturr/MS em conjunto com o Ministério do Turismo e Fundação de Turismo do Mato Grosso do Sul. A promoção é da Associação Brasileira de Turismo Rural (Abraturr) juntamente com o Instituto de Desenvolvimento do Turismo no Espaço Rural (Idestur).
O evento conta ainda com o apoio e parcerias da Associação Campo-Grandense de Turismo Rural (Actur), Associação das Pousadas Pantaneiras (APPAN), Associação Brasileira da Indústria de Hotéis/MS; Prefeitura de Campo Grande; Associação Brasileira dos Agentes de Viagens/MS; Conselho Municipal de Turismo de Campo Grande; Associação dos Bacharéis de Turismo; Campo Grande Pantanal Convention & Visitors Bureau e Sebrae e Sebrae/MS. A organização está a cargo da Opec Eventos.
O Caminhão Trapézio - Escola de Circo Picadeiro, vai representar as artes circenses na 9ª edição do Festival de Inverno de Bonito, realizado pela Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul (FCMS), que acontece de 30 de julho a 3 de agosto. O público do festival vai poder apreciar as apresentações nos dias 1° de agosto, às 19h e 2 de agosto, às 20h30, que irão acontecer no palco Fala Bonito, na Praça da Liberdade.
O Caminhão Trapézio é um espetáculo diferenciado. O equipamento único no mundo permite que dez mil pessoas assistam as apresentações. Com 14 metros de altura e 22 metros de comprimento, este caminhão se transforma em um grande trapézio de vôos em inacreditáveis 20 minutos. Com som e iluminação próprios, os artistas realizam suas acrobacias aéreas em uma altura espetacular com enorme abrangência.
O espetáculo PICADEIRO AÉREO - CAMINHÃO TRAPÉZIO conta de maneira poética a chegada dos circenses no Brasil e um pouco da sua trajetória e a evolução do circo desde circo de pau fincado ao moderno e tecnológico Caminhão Trapézio. Com grande efeito cênico, luzes e tecnologia o Caminhão Trapézio surpreende o publico pelo arrojo dos seus artistas.
Tecnologia, vanguarda, criatividade e virtuosismo aliado à tradição, dedicação, perícia e técnica apurada, são as qualidades dessa incrível trupe do Picadeiro Aéreo que integra esse fantástico aparelho totalmente computadorizado.
Com um conceito de atuação artística desenvolvida a partir dos resultados experimentos dos melhores circos e grupos performáticos do mundo, que utilizam a linguagem do "Circo Novo", este espetáculo marca o início de uma nova linguagem anárquica e vanguardista na cultura brasileira. Ressalta ainda a trilha sonora que complementa com perfeita simetria o encontro entre o tradicional e a vanguarda do circo mundial. A direção artística e circense é de José Wilson Moura Leite, fundador do Picadeiro Circo Escola e uma equipe de 12 artistas do Grupo Picadeiro Aéreo.
O espetáculo possui uma preocupação estética, técnica e dramática extrema sem chegar ao eruditismo, tornando o espetáculo realizado pelo Grupo Picadeiro Aéreo plenamente acessível a qualquer público.
O equipamento do Caminhão Trapézio, foi idealizado e construído para os trapezistas formandos do Centre de Artes du Cirque, única escola de circo de nível universitário da França, que está instalada na cidade de Chalons Sur Marne. Durante um ano os trapezistas se apresentaram pela Europa realizando seus espetáculos e depois disso, o caminhão foi devolvido para Escola de Chalon. Em 1997 o então diretor da escola de Chalon, Bernard Turin, veio ao Brasil para conhecer escolas de circo brasileiras e ficou impressionado com o nível técnico dos trapezistas do Picadeiro Circo Escola, alunos do diretor Jose Wilson Leite. Bernard Turin resolveu então doar o equipamento para o Picadeiro Circo Escola. O consulado entrou em contato com o Picadeiro e o Caminhão Trapézio foi enviado de navio.
Um técnico e um diretor francês acompanharam o equipamento e durante um mês treinaram alunos da escola para operarem o Caminhão Trapézio. Um primeiro espetáculo foi montado com a direção de Pierrot Bidon e José Wilson, e uma turnê pelo Brasil foi realizado com espetáculos em Pernambuco, Rio de Janeiro, Paraná, entre outros. Um segundo espetáculo foi montado com a direção de Jose Wilson Moura Leite. Esse equipamento profissionalizou os trapezistas do Picadeiro, que em suas inúmeras apresentações, aprimoraram a técnica da primeira equipe de trapezistas formados pelo Caminhão Trapézio. Atualmente todos estão trabalhando em Circos Internacionais na Europa e a maioria deles no Circo de Soleil.
A proposta dos profissionais do Caminhão Trapézio - Escola de Circo Picadeiro, é levar ao público o circo e um pouco da sua historia e formar um público que se insere culturalmente e que se diverte com qualidade.
O Governo de Mato Grosso do Sul elaborou uma carta-consulta para ser levada ao BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento) com ações que somam R$ 85 milhões, entre elas a pavimentação do trecho de 70 km da MS-178 entre Bonito e Bodoquena. A obra está orçada em R$ 27 milhões. Bonito e Bodoquena são destinos do eco-turismo.
O BID dispõe ao Brasil de linha de crédito de US$ 1 bilhão para fomentar o turismo.
Conforme a assessoria de imprensa da Secretaria de Produção e Turismo, o governador André Puccinelli destacou que a pavimentação da rodovia Bonito-Bodoquena e a Estrada Parque são prioridades do Executivo.
"Além de ser uma reivindicação antiga da região, trata-se de uma ferramenta de integração dos produtos turísticos daqueles municípios com o Pantanal-Sul", acrescentou a secretária de Produção e Turismo, Tereza Cristina Corrêa da Costa.
Começa nesta segunda-feira (21), em Bonito, o curso de "Conservação de solo e água", promovido pelo projeto GEF Rio Formoso, em parceria com a Agência de Desenvolvimento Agrário e Extensão Rural (Agraer). Durante a semana será realizada a primeira etapa do curso, que será seguida de mais duas etapas em outubro.
No curso, ministrado a engenheiros agrônomos e civis de Bonito e região e também da Capital, serão discutidos os parâmetros das equações de conservação de solo e água necessários ao cálculo e dimensionamento de terraços no campo, bem como as técnicas de adequação de estradas rurais e práticas necessárias para a recuperação de áreas degradadas com erosão em sulcos e voçorocas.
Segundo o coordenador do curso, o engenheiro agrônomo da Agraer, Ari Fialho, o evento pretende proporcionar alternativas que possibilitem a melhoria da questão produtiva e criar controles de erosão eficazes aliados à adequação de estradas, já que estas possuem papel fundamental neste controle.
"Pensamos em unir o engenheiro agônomo, que normalmente é mais atento às questões agrícolas diretamente, com o engenheiro civil, que por sua vez é voltado mais às questões de estradas. Os dois possuem conhecimento e capacidade necessárias para trabalharem juntos no aspecto de conservação de solo e água. Os participantes do curso terão mais embasamento para aplicarem os conhecimentos não apenas durante o curso mas também em seus locais de trabalho, após o término do curso", disse Fialho.
Esta primeira fase é composta de aulas teóricas, nas quais os participantes irão analisar a área a ser usada nas outras etapas do curso, e que servirão como prática para o aprendizado. Durante os dias da semana que vem, o curso aborda temas como bacia hidrográfica, precipitação pluviométrica, área de preservação permanente, práticas mecânicas de conservação de solo e água, entre outros.
Os participantes ainda elaborarão projetos a serem discutidos pelo grupo, dos quais um será escolhido na segunda fase para ser realizado como prática das próximas etapas do curso (outubro deste ano).
GEF Rio Formoso
O projeto, financiado pelo Banco Mundial, é coordenado pela Embrapa Solos e conta com a participação das unidades Gado de Corte (Campo Grande-MS, coordenadora regional), Agropecuária Oeste (Dourados-MS) e Pantanal (Corumbá-MS).
Também estão envolvidos a Agência de Desenvolvimento Agrário e Extensão Rural (Agraer), Secretaria de Estado de Meio Ambiente das Cidades, do Planejamento, da Ciência e Tecnologia (Semac), Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul (Imasul), Conservação Internacional (CI Brasil) e Fundação Cândido Rondon (gestora financeira).
O projeto possui ainda outros colaboradores e co-executores importantes como a Prefeitura Municipal de Bonito, por meio da Secretaria Municipal de Meio Ambiente, o Instituto das Águas da Serra da Bodoquena (Iasb) e apoio técnico e institucional do Ibama.