Notícias de Bonito MS
O ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, negou há pouco que o governo esteja estudando alguma proposta para permitir o avanço da plantação de cana no Pantanal. Ele negou que sejam verdadeiras as informações veiculadas no jornal O Globo, no último sábado (23), quanto à exploração de canaviais e a instalações de usinas no bioma.
"O Pantanal não vai virar canavial. Não vai ter nenhuma usina de cana no Pantanal. Ao contrário, todo o bioma do Pantanal vai ser protegido", afirmou o ministro durante a inauguração de uma estação para tratamento de esgoto, na zona oeste do Rio. Para ele, a publicação foi "uma matéria que não correspondeu [à verdade]".
O ministro disse também que em torno do Pantanal será feita uma faixa de proteção do bioma, e os produtores agrícolas que exploram terras fora dessa dessa área deverão se adequar. "As atividades que existem há 10, 20 anos vão ter que se adequar usando cada vez menos agrotóxicos e menos manejo de terras, que acabam entupindo os rios lá embaixo", ressaltou.
Uma despolpadeira de bocaiúva é a nova aquisição tecnológica da Associação de Pescadores de Iscas Vivas do município de Miranda, em Mato Grosso do Sul. Com o maquinário a comunidade terá a oportunidade de desenvolver novos meios sustentáveis de renda a partir do extrativismo da fruta regional.
A bocaiúva é uma palmeira encontrada em quase todo o Brasil (do Pará até São Paulo e Mato Grosso do Sul), ocorrendo também na Bolívia, Paraguai e Argentina. No município de Miranda é encontrada com grande facilidade em meio à vegetação nativa.
Carinhosamente chamada de "chiclete pantaneiro" a bocaiúva tem sabor exótico e dela pode se aproveitar tudo: a casca, como combustível de queima de biomassa; a polpa para produção de alimentos, como compotas, farinha e sorvete, além do aproveitamento de seu óleo para a indústria de cosméticos, para a produção de sabão ou mesmo óleo para culinária, tal qual o dendê; a castanha da semente pode ser utilizada também de forma alimentícia e também extrair seu óleo. Estudos já são realizados para a utilização do óleo da bocaiúva como biocombustível.
Desde que iniciou seu projeto com comunidades de pescadores de iscas no Pantanal, a organização não-governamental Ecoa os incentiva na pesquisa de meios alternativos de renda, principalmente durante o período do defeso quando é proibida a prática da pesca. Entre as ações estão capacitações na utilização de frutos nativos.
Percebendo a potencialidade da bocaiúva, a Ecoa iniciou, desde então, a procura por um maquinário que facilitasse a separação da polpa da semente sem que esta prejudicasse a qualidade do produto e que também associasse resistência e custo acessível.
A máquina encontrada foi idealizada por um engenheiro mecânico que solicitou a produção do modelo piloto para Universidade Federal de Viçosa (UFV), em Minas Gerais, Estado de longa tradição no aproveitamento da fruta, lá conhecida como macaúba.
"A nossa bocaiúva é mais adocicada e agradável ao paladar. Quando encontramos a despolpadeira ela teve de ser adaptada para o fruto da nossa região de modo que não prejudicasse a qualidade da polpa para a produção de alimentos. Assim, partes que entram em contato com a polpa que eram de ferro foram trocadas por aço inoxidável para evitar ferrugem", explica o coordenador de trabalho de campo da Ecoa, Jean Fernandes. Este é o primeiro equipamento desenvolvido pela instituição mineira comercializada para outro Estado.
Uma parceria com o Departamento de Tecnologia de Alimentos (DTA) da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) irá desenvolver boas práticas na utilização do maquinário e de higiene de acordo com a preparação de cada produto. Além de ser estudado os produtos de maior demanda e adaptação à realidade local.
Para a pesquisadora Darli Castro Costa, do DTA, a nova empreitada tem todos os componentes para gerar produtos de qualidade garantida. "A bocaiúva é um fruto completo. Contém vitamina A, sais minerais, gordura e carboidratos. Estudos e pesquisas não faltam para que se comprove isso. O grande diferencial será trabalhar a sua utilização que é pouca, e essa máquina vem sanar isso. Esse trabalho irá mostrar à comunidade que eles têm um produto que ainda não foi valorizado", constata.
Muitas vezes destacado na mídia nacional pelos atrativos, Bonito - e seu turismo sustentável - ganha espaço também como oportunidade de bons negócios. Um programa jornalístico da TV Record News voltado para o público empresarial mostrou esta semana que a aposta em Bonito significa empreendimentos bem-sucedidos.
Apresentado pela jornalista Fátima Turci, o "Economia e Negócios" abriu espaço para um empresário do maior resort do município e o diretor da empresa que está construindo o terminal de passageiros no aeroporto local. O enfoque das entrevistas foi o exemplo bem sucedido de localidades que aliam a co-gestão governo/iniciativa privada para não perder o ritmo do desenvolvimento no turismo interno.
"Por seis anos eleito melhor destino de turismo sustentável, um dos 60 municípios promovidos pelo Ministério do Turismo no exterior, e para completar o que falta de infra-estrutura, o governo recorreu à parceria da iniciativa privada". Com essa introdução, a jornalista abriu a conversa sobre a concessão feita pelo Estado para a construção do terminal de passageiros e operação aeroportuária pela empresa Dix Empreendimentos, o impacto da nova estrutura, e o potencial já confirmado e futuro para os negócios em toda a cadeia turística.
Empresário do resort Zagaya e vice-presidente do Bonito Convention & Visitor Bureau, Guilherme Miguel Poli contou como a aposta da família de hoteleiros paranaenses superou as expectativas, desde que se instalou na cidade sul-mato-grossense, há 12 anos. "Mesmo sem o acesso aéreo direto, Bonito sempre atraiu e atrai muita gente", disse, citando que hoje as condições da estrada são boas e prevendo acréscimo no movimento, "agora que o aeroporto está saindo".
Poli destacou que uma das grandes vantagens em Bonito é a união de toda a classe empresarial, que trabalha aliada. "Nossa concorrência acontece só fora dali, em outros destinos", contou, garantindo que o excedente de visitantes que surgir encontrará serviços de ótima qualidade em hospedagem, gastronomia e atrativos.
Desafiado pela apresentadora a "vender" o destino que representa, Poli enumerou: "Bonito é singular por reunir todas as atrações em um só lugar, temos até praia [oriunda da recuperação de uma área degradada pela extração de calcário]; se você comparar com Fernando de Noronha, ou locais do Norte/Nordeste, Bonito é perto para quem vem do Sul e do Sudeste. E tem a gastronomia, nosso churrasco é fantástico, o peixe, a sopa paraguaia...".
Guilherme Poli estima que o número de turistas que hoje chegam por meio aéreo a Campo Grande e seguem por terra para Bonito - cerca de 100 diariamente - deve crescer em cerca de 40% na próxima temporada com a ligação direta do Sudeste até a cidade de destino final.
Diretor da empresa pernambucana Dix Empreendimentos, Frederico Siqueira explicou por que entrou na concorrência para construir e operar o terminal. "Primeiro, Bonito é tão Bonito que o nome não traduz, confesso que me surpreendeu. Outro fator foi conhecer o potencial da infra-estrutura de serviços já existente, com hotéis belíssimos, um moderno centro de convenções feito com elevado investimento privado. Nós pensamos: 'se todos acreditam, por que não vamos acreditar?'.
Ao explicar as qualidades do projeto - que respeita a característica ambiental - Siqueira destacou que o aeroporto já conta com uma boa pista de dois mil metros de comprimento por 30 de largura, balizamento noturno e luzes de emergência. Questionado pela apresentadora, ele garantiu que o passageiro encontrará no novo aeroporto toda a estrutura de atendimento com conforto, segurança e serviços, como os de compras e restaurante. "Fizemos um projeto modular, de 1.800 metros quadrados, sendo que metade já vai estar pronta agora".
Para o empresário, atingir as expectativas de público (até 240 mil passageiros/anos após a segunda fase de obras e operando na capacidade total) depende de três fatores: a habilidade de gestão da empresa e das companhias aéreas em oferecer bons serviços; o bom desempenho do empresariado do restante da cadeia; e as ações do poder público para vender bem o destino turístico.
Poli e Siqueira revelaram que as tratativas lideradas pelo governo estadual estão adiantadas com a empresa aérea Ocean Air, com previsão de iniciar a operação com dois vôos regulares semanais e mais um vôo charter aos fins-de-semana. Segundo Poli, a companhia tem o mesmo perfil do governo André Puccinelli, "são empreendedores, que arriscam, e vão buscar".
A expectativa é ter depois mais empresas operando a linha. Sobre o custo da passagem, o diretor da Dix avalia que as companhias poderão ofertar tarifas razoáveis, condizentes com a distância não tão longa entre a origem e o poder de compra do turista que compõe o principal perfil do visitante de Bonito: pessoas do Sudeste (cerca de 50%) e Sul do Brasil.
O presidente da Azul Linhas Aéreas, David Neeleman, confirmou que pretende antecipar as operações da empresa, previstas inicialmente para janeiro. A idéia, segundo relato do ministro do Turismo, Luiz Barreto, é antecipar para dezembro o início dessas operações.
Após uma audiência com o ministro do Turismo, Neeleman evitou comentar as rotas de interesse da empresa, alegando tratar-se de "questão de concorrência". Ele observou, no entanto, que os jatos regionais que estão sendo adquiridos pela Azul têm condições de fazer vôos sem escala de até 3 mil quilômetros - o que permitiria fazer vôos em rotas não tradicionais, como Porto Alegre-Salvador e Rio-Aracaju. A empresa, porém, vai brigar por espaço na ponte aérea (Rio-São Paulo) e vôos como Rio-Belo Horizonte e Rio-Brasília.
Prioridades
Barreto entregou a Neeleman um estudo com os 65 destinos turísticos considerados prioritários pelo governo. Uma parte desses destinos, geralmente regiões, não conta com vôos comerciais. "Já estive com a Gol e a TAM e hoje recebi a Azul. O mercado todo do turismo brasileiro só ganha com a entrada de uma nova empresa aérea", disse Barreto.
O ministro observou que das mais de 200 cidades que contavam com linhas aéreas há dez anos apenas 140 hoje têm vôos. "O Brasil já teve uma aviação regional que hoje não tem mais", afirma. "Hoje o mercado do turismo tem crescido a 12% ao ano", completou. Entre os 65 destinos prioritários do governo estão a região de Bonito (MS), Lençóis e Porto Seguro (BA) e Bento Gonçalves (RS).
Rio de Janeiro
Neeleman apresentou ao ministro a estratégia da empresa de ocupar o espaço da antiga Varig no mercado da aviação no Rio de Janeiro. A meta dele é obter slots (espaços para pousos e decolagens) e lojas desativados nos terminais dos aeroportos Santos Dumont e Galeão. A audiência do empresário com o ministro do Turismo faz parte de uma série de encontros de representantes da aviação comercial.
Corumbá sediará nos dias 25 e 26 de agosto, seminário técnico sobre "Competitividade nos Destinos Indutores do Desenvolvimento Turístico Regional". A reunião tem como objetivos apresentar e validar os resultados do Estudo de Competitividade, realizado nos destinos indutores e discutir sobre ações que visem à aceleração do desenvolvimento turístico destes destinos. A pesquisa foi realizada pelo Ministério do Turismo, Fundação Getúlio Vargas e Sebrae Nacional.
Corumbá está entre os 65 municípios indutores e será beneficiada até 2010 com ações do Plano Nacional de Turismo. As ações fazem parte de um ousado projeto desenvolvido pelo Ministério do Turismo, com o objetivo de proporcionar aos destinos indutores, condições de desenvolvimento regional e um padrão de qualidade internacional. Em todo o País, esses municípios indutores estarão recebendo um tratamento diferenciado por parte do Governo Federal.
"Com essas ações Corumbá terá um tratamento diferenciado e teremos a oportunidade de ampliar e qualificar o mercado de trabalho, dar qualidade ao produto turístico, diversificar a oferta, ampliar o consumo turístico e aumentar o tempo de permanência e gasto médio do turista", explicou o secretário executivo de Turismo, Carlos Porto.
O Plano Nacional de Turismo tem o objetivo de fortalecer o turismo interno, além de promover o turismo como fator de desenvolvimento regional, assegurando o acesso de aposentados, trabalhadores e estudantes a pacotes de viagens em condições facilitadas. O plano prevê investimento na qualificação profissional e na geração de emprego e renda.
Hoje, 25, o seminário acontece das 14h00 às 18h00 e no segundo dia das 9h00 às 18h00, no Sebrae localizado na Avenida Rio Branco, 1180 no Bairro Universitário. Informações pelos telefones ou 3232-5221.
Através do programa OAB Itinerante ativado neste ano para levar a diretoria da Seccional da Ordem da Ordem dos Advogados do Brasil de Mato Grosso do Sul a visitas às suas 30 subseções sediadas em cidades-pólo de todas as regiões do estado, o presidente da OAB-MS, Fábio Trad, e a secretária-geral-adjunta Sílvia Regina de Mattos Nascimento, cumprem expediente nesta sexta-feira (22) na cidade de Bonito e, nesta tarde, reúnem-se com advogados do município e diretoria da 23ª Subseção da OAB-MS. Integra a comitiva o presidente da Comissão do Novo Advogado da OAB-MS, Leandro Alcides de Moura Moura, que está distribuindo a colegas das cidades visitadas Manual do Novo Advogado editado pela Seccional em benefício daqueles que estão iniciando a carreira na advocacia.
"É uma honra receber o Fábio que sempre foi um parceiro das subseções do interior. Estamos vendo com bastante expectativa a presença da diretoria da Seccional aqui hoje, trazendo novidades. Daqui há pouco começará a reunião com a presença de advogados do município onde será debatido o projeto de descentralização da Ordem", afirmou há pouco, por telefone, o presidente da Subseção da OAB de Bonito, Osmar Prado Pias.
A edição deste mês de agosto do programa OAB Itinerante começou ontem nas cidades de Maracaju e Jardim. Em Maracaju, Fábio Trad, Sílvia Nascimento e Leandro de Moura Moura, reuniram-se com advogados da cidade e com diretores da 13ª Subseção, que tem como presidente Eudócio Gonzales Neto. Em Jardim, advogados e diretores locais da Ordem também receberam a comitiva da Seccional em reunião na sede da 11ª Subseção, que tem como presidente Ramona Gomes Jara. O programa OAB Itinerante é um dos projetos que visam o fortalecimento da advocacia do interior de Mato Grosso do Sul lançados pela gestão do presidente Fábio Trad.
O governo do Estado, através da Fundação de Turismo, participa de 27 a 31 de agosto da 1ª edição da Expo Turismo - Feira de Pesca, Lazer e Turismo, em Londrina, no Paraná. O estande de Mato Grosso do Sul na feira estará aberto a empresários e consumidores com material de divulgação e exposição dos destinos. O norte do Paraná é um grande emissor de turistas para o Estado.
O objetivo da feira é divulgar os pontos turísticos de todo o Brasil relacionados ao ecoturismo, empresas hoteleiras, atividades pesqueiras, atividades de exploração de trilhas ecológicas, produtos náuticos, energia alternativa voltada para o lazer e até incorporadoras e imobiliárias do setor de loteamentos rurais. O público poderá ainda participar de um ciclo de palestras sobre a preservação do meio ambiente. As palestras terão temas como pesquisas em biodiversidades dos fatores energéticos e seus substitutos naturais (ecologicamente corretos), efeito estufa, mudanças do clima em nosso planeta e soluções voltadas para a educação ambiental.
A estimativa de público é de 30 mil pessoas. O evento acontece no Catuaí Shopping, em Londrina, das 15 às 22 horas e no sábado e domingo, das 14 às 22 horas. Mais informações pelo site www.pescalazereturismo.com.br.
Gastronomia
A Fundação de Turismo participa também do 20º Congresso da Abrasel e Restaurante Show. No evento, que acontece de 20 a 23 de agosto em Manaus, a gastronomia do Estado será representada pelo caldo de piranha. A comida típica pantaneira poderá ser degustada pelos visitantes que comparecerem ao estande do MS. Além da degustação, os técnicos da Fundação de Turismo farão a entrega de material promocional sobre os atrativos turísticos de Mato Grosso do Sul, como Pantanal e Bonito - Serra da Bodoquena.