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Notícias de Bonito MS

A cheia no Pantanal este ano deve ser de menor intensidade do que em 2008, quando o Rio Paraguai atingiu 5,15 metros no dia 12 de junho. A Embrapa Pantanal, que adota um novo sistema, prevê que este ano o nível máximo do rio em Ladário, no Mato Grosso do Sul, será de 3,26 metros. A margem de erro é de cerca de 43 centímetros e o pico deve ocorrer no início de junho, em torno do dia 2, com erro de aproximadamente 12 dias para mais ou para menos.

Segundo o pesquisador Ivan Bergier, uma previsão mais precisa será divulgada na primeira semana de maio e deverá refletir melhor a contribuição das chuvas de março a abril.

A seca deste ano pode estar associada à fase negativa do NAO (Oscilação do Atlântico Norte), que confere menos ventos alísios e umidade oceânica do Hemisfério Norte sobre a América do Sul. O estado dos oceanos modula as condições atmosféricas em escalas interanuais e de décadas, que por sua vez refletem em variações da distribuição espacial e temporal das chuvas sobre o continente sul-americano.

No Pantanal, 2009 será menos cheio provavelmente devido à fase negativa do NAO, atuando nos meses de dezembro a março, já na Amazônia deve ser um ano mais cheio em função do La Nina (Oceano Pacífico mais frio), atuando na posição e intensidade da Zona de Convergência intertropical de março, abril e maio.

Desde meados da década de 1970-1980, os menores picos de cheia em anos mais secos foram, sem exceção, superiores a 3 metros. Para a década que fecha agora (2000-2009), essa tendência deve ser mantida. Desde 1974 o Pantanal tem estado relativamente mais cheio, isto é, com maior disponibilidade de água, que o período compreendido entre os anos de 1900 e 1973.

Antigamente o nível do rio Paraguai tinha uma amplitude bem maior de oscilação dos picos de cheia, isto é, havia anos bem cheios (superiores a 5 metros) e anos bem secos (inferiores a 3 metros).

- As razões para essa mudança hidrológica repentina, a partir de 1974, estão possivelmente ligadas a fatores globais e regionais. Em primeiro lugar, em escala global, houve aumento das chuvas a partir de meados da década de 1970-1980, possivelmente induzido pela emissão de gases de efeito estufa e o consequente aumento da temperatura dos oceanos - explicou o pesquisador.

Ele explica que oceanos mais quentes perdem mais vapor dágua para a atmosfera e também induzem mudanças significativas nos padrões de circulação atmosférica, que interferem na quantidade e distribuição anual de chuva na América do Sul. Na Amazônia há prevalência dos efeitos de El Nino/La Nina. No Pantanal parece haver alguma relação com o NAO.

Outro fator associado, em escala regional, pode ter relação com a mudança de descarga de água do rio Taquari. Usualmente o Taquari desaguava abaixo de Ladário. Com as mudanças do uso da terra na parte alta da Bacia do Alto Taquari, sedimentos foram pouco a pouco originando os chamados arrombados, em especial o Caronal, mudando parcialmente a descarga de água deste rio para a sub-região do Paiaguás, que, por sua vez, pode drenar parte dessas águas para o rio Paraguai, a montante Ladário.

Uma discussão aprofundada dessas considerações pode ser lida no recente documento publicado "Cenários de desenvolvimento sustentável no Pantanal em função de tendências hidroclimáticas".

A Alcantara Machado Feiras de Negócios inaugurou, no dia 13 de março, o Salão do Turismo Virtual, durante o 11° Encontro Nacional dos Interlocutores Estaduais do Programa de Regionalização do Turismo, em Brasília. Na ocasião, foi realizada a 3a. Reunião de Planejamento e Organização para a quarta edição do Salão do Turismo - Roteiros do Brasil.

Idealizado para ficar no ar durante todos os dias do ano, o Salão do Turismo Virtual tem o objetivo de proporcionar aos moradores de outros estados que não tenham a oportunidade de visitar o Salão do Turismo e aos internautas em geral uma visita virtual aos estandes dos expositores, durante a qual podem conhecer os produtos turísticos que serão comercializados no evento.

Por meio da ferramenta, o visitante virtual pode entrar em contato com a empresa expositora para adquirir o produto em qualquer época do ano e não apenas durante a realização da feira, que ocorrerá no período de 1 a 5 de julho no Pavilhão de Exposições do Anhembi, em São Paulo-SP.

Principal evento da área de turismo receptivo no Brasil, o 4º Salão do Turismo será promovido pelo Governo Federal, por meio do Ministério do Turismo, e organizado pela Alcantara Machado Feiras de Negócios, com a expectativa de reunir 400 expositores em 50 mil m2 de área de exposição e atrair cerca de 100 mil visitantes.

A um mês da viagem histórica de retorno do Trem do Pantanal, os ingressos estão oficialmente à venda. Os interessados no passeio entre Campo Grande e Miranda já podem procurar a operadora BWT, responsável pelo serviço, para adquirir o bilhete.

Com capacidade para 400 passageiros, já havia mais de 100 na lista de espera pelo passeio antes mesmo das passagens serem comercializadas.

Segundo a consultora de vendas da empresa, Patrícia Torres Laburú, a operadora está entrando em contato com os interessados que fizeram cadastro antes do início para que confirmem o interesse. Mas, as passagens também estão disponíveis para o público em geral.

A primeira viagem do trem com os turistas está marcada para o dia 16 de maio. Antes, no dia 8, deverão participar do passeio inaugural autoridades políticas do Estado, o presidente Lula também é esperado.

A partir disso, o passeio terá saída todo sábado às 7h30 de Campo Grande, e voltará no domingo de Miranda às 8h30.

O valor das passagens varia de 39,00 na classe econômica, sem direito a serviços de bordo, a R$ 126,00 na classe executiva, com guia bilíngüe e lanche durante a viagem. Para turistas existe também a opção de passeio a R$ 77,00, com lanche mas sem guia turístico.

Estação - Na estação de Indubrasil, as obras de preparo para receber o trem já estão em fase final. Falta apenas o acabamento, para que o local receba os passageiros.

As ruas de acesso à estação, que antes estavam cobertas de mato, também já foram preparadas para receber os visitantes.

Os interessados no passeio devem procurar a agência na rua Jeribá, sala 6 - Chácara Cachoeira. O telefone para informações é o 3029 0759.

Na terça-feira (7), em votação unânime dos vereadores na Câmara Municipal de Bonito, foi criado o Dia Municipal das Aves, a ser comemorado em 03 de outubro, e eleito o udu-de-coroa-azul como ave-símbolo da cidade.

Durante a votação, vereadores falaram sobre seu contato com a ave: um comentou que ela é comum em sua propriedade, outro obrigou-se a ir a uma fazenda para confirmar a existência do udu, entre outras experiências pessoais. O vereador Nandinho mostrou fotos do udu para os presentes, que ficaram encantados com sua beleza.

O objetivo da idealizadora do projeto, Tietta Pivatto, é desenvolver a observação de aves em Bonito, atrativo que poderá ser usado positivamente para educação ambiental e conservação, além do ecoturismo.

O senador Delcídio do Amaral, um apaixonado por futebol, disse que o município de Bonito, distante 280 km de Campo Grande (via Sidrolândia, Nioaque e Guia Lopes da Laguna), terá papel muito importante no apoio a Campo Grande, caso a capital sul-mato-grossense seja anunciada pela FIFA no dia 31 de maio como uma das 12 sedes da Copa do Mundo de 2014.

"Os turistas que virão a Campo Grande para assistir aos jogos da Copa certamente vão aproveitar os intervalos de um jogo e outro para conhecer as belezas naturais de Bonito e do Pantanal. Será impossível resistir aos encantos que a natureza oferece em municípios como Bonito e Corumbá", comentou Delcídio.

Além da opção rodoviária, Bonito ganhou uma linha aérea operada desde o dia 3 deste mês pela Trip, mesma empresa aérea que faz a linha Campo Grande-Corumbá.

A pressão para liberar a expansão do cultivo de cana-de-açúcar na bacia do Alto Paraguai -uma área equivalente ao território de Alagoas, no entorno do Pantanal mato-grossense- já provoca um novo adiamento de cinco meses no anúncio do zoneamento da cana, um compromisso internacional assumido pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva na cruzada em defesa do biocombustível.

A Folha apurou que a tendência no Planalto é permitir a expansão da cana numa área de 110 mil quilômetros quadrados na parte alta da bacia, na qual já existem cinco usinas funcionando. Elas foram instaladas até o início dos anos 1980, antes de uma resolução do Conama (Conselho Nacional do Meio Ambiente) vetar novos empreendimentos no local. De acordo com estudos de técnicos do governo, a bacia dispõe de 56 mil quilômetros quadrados aptos ao cultivo da cana, apesar de abrigar também as nascentes dos rios que deságuam no Pantanal.

Promessa em dúvida

A expansão da área já plantada -vinculada à ampliação ou construção de usinas- é combatida por ambientalistas. Eles afirmam que o lançamento acidental de vinhoto produzido nas usinas de álcool nos rios ameaça contaminar diretamente o Pantanal. A proposta do zoneamento (ou seja, do estabelecimento dos lugares onde se poderá ou não plantar cana) que excluía a bacia do Alto Paraguai e o bioma Amazônia da área de expansão do cultivo foi entregue ao presidente Lula no ano passado.

Era fruto de um acordo entre os ministros Carlos Minc (Meio Ambiente) e Reinhold Stephanes (Agricultura). O próprio Stephanes, no entanto, não considerava a decisão madura, apesar dos muitos meses de negociações. Por isso, Lula deixou de anunciar o zoneamento em novembro, durante a Conferência Internacional sobre Biocombustíveis, realizada em São Paulo.

Uma nova rodada de debates foi aberta. Nela, a ministra Dilma Rousseff (Casa Civil) ouviu argumentos dos governadores Blairo Maggi (MT) e André Puccinelli (MS), ambos defensores da liberação.

Em 2007, Lula assumiu em Bruxelas o compromisso de impedir a expansão da cana na floresta amazônica e sobre áreas de produção de alimentos. O zoneamento da cana, que formalizaria esse compromisso, seria anunciado até julho do ano passado. Mas, por ora, não passa de discurso.

Autoimolação

Desde 1985, uma resolução do Conama proíbe a instalação de novas usinas na Bacia do Alto Paraguai, além das cinco que já estavam na região. Mas há pedidos de novas usinas tramitando tanto em Mato Grosso quanto em Mato Grosso do Sul. Tentativas de suspender a proibição enfrentaram manifestações populares.

E, em 2005, o ambientalista Francisco Anselmo Gomes de Barros, o Franselmo, ateou fogo ao próprio corpo durante um protesto no centro de Campo Grande e morreu. "Já que não temos votos para salvar o Pantanal, vamos dar a vida para salvá-lo", escreveu o ambientalista na carta que deixou para explicar sua atitude.

América do Sol

No bioma Amazônia, que se estende por uma área de mais de 4 milhões de quilômetros quadrados que Lula insiste não ser propícia ao cultivo da cana, documento da Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária) apontou o crescimento do cultivo nos Estados do Acre, de Roraima e do Pará. A proposta de zoneamento levada ao Planalto, após debate no governo, prevê que, independentemente da proibição para a expansão da cana, as atuais usinas terão o funcionamento garantido.

O governo trabalha com estimativas de crescimento da área plantada de cana em cerca de 7 milhões de hectares na próxima década. Isso corresponde a pouco mais do que a soma dos territórios dos Estados de Sergipe e do Espírito Santo.

Mato Grosso do Sul recebeu mais R$ 374 mil para desenvolver as ações, que devem ser executadas em 2009. O dinheiro foi disponibilizado pelo Ministério do Turismo, por meio da Embratur.

O objetivo é divulgar as belezas naturais do Brasil através de campanhas publicitárias, produção de material audiovisual, publicações, caravanas de familiarização com destinos brasileiros para operadores internacionais (Programa Caravana Brasil), atividades em eventos que constam na Agenda de Promoção Comercial do Turismo Brasileiro 2009.

As regras de distribuição dos recursos foram estabelecidas pelo Fórum Nacional de Secretários Estaduais e Dirigentes de Turismo (Fornatur). Pelos critérios acordados, 1/3 do valor destinado aos estados (R$ 4 milhões) foi dividido igualmente entre as 26 unidades da Federação e o Distrito Federal e os outros 2/3 (R$ 8 milhões) foram distribuídos proporcionalmente, de acordo com o número de voos internacionais e de turistas estrangeiros recebidos pelo estado e com os investimentos feitos em promoção internacional, como participação em feiras, campanhas e seminários, entre outros.

As secretarias e empresas estaduais de Turismo devem investir os recursos exclusivamente em projetos de promoção internacional previamente aprovados pelo Conselho Estadual de Turismo de cada unidade da Federação.