Notícias de Bonito MS
Evitar aglomerações em caso de sintomas de gripe é uma das recomendações das autoridades em Saúde como um meio de conter a propagação do vírus H1N1, da gripe suína. Apesar do alerta, a cidade de Bonito, a 220 quilômetros de Campo Grande, vai receber, a partir de quarta-feira (29), 50 mil pessoas durante o Festival de Inverno do município. Por conta dessa "aglomeração" de pessoas de diversas regiões do País, a Secretaria de Estado de Saúde realiza hoje uma capacitação com os médicos que atuam no município, para que sejam atualizados os protocolos mais recentes do Ministério da Saúde na identificação da doença.
Até hoje, no Brasil, já foram confirmadas 41 mortes pela doença, o que levou diversos municípios das regiões Sul e Sudeste a adiar o reinício das aulas. Em Mato Grosso do Sul, 16 casos suspeitos aguardam resultados dos exames. De um total de 50 casos notificados, 28 já foram descartados.
Além dos médicos, motoristas, enfermeiros e auxiliares de enfermagem de Bonito foram treinados na semana passada por agentes da Saúde estadual sobre esclarecimento e monitoramento de possíveis casos. Duas equipes volantes atuarão na Praça das Piraputangas, na região central, e outra na área dos shows do Festival.
O assunto "gripe suína" não passou pela Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul. O presidente da autarquia, Américo Calheiros, diz que qualquer medida relacionada ao caso cabe à secretaria municipal de Saúde Pública. O titular dessa pasta, Leonel de Souza Brtio, o Leleco, diz que "com certeza estamos preocupados, ma nada que fuja da nossa rotina".
Por essa rotina entende-se que além das duas equipes volantes, uma sala preparada no hospital para receber eventuais suspeitas de contaminação pelo vírus H1N1. Os passeios, balneários, hotéis, restaurantes, bares e todos os locais que integram o circuito turístico da cidade também receberam materiais informativos sobre os sintomas da doença. A "confiança" sobre a doença passa também pelo fato de o município ainda não ter registro de nenhum caso suspeito.
O problema, nesse caso, é o fato de Bonito ser rota turística que absorve visitantes de todo o País - principalmente das regiões Sudeste e Sul - e de outros países fronteiriços, como Bolívia e Paraguai, e até da Argentina, áreas em que a Vigilância Sanitária brasileira não tem alcance do tipo de controle realizado. Há algumas semanas, o desembarque de argentinos na cidade de Bonito causou grande mal-estar, devido aos grande números de casos (cerca de 1 mil) e de mortes (165).
A Secretaria de Estado de Saúde criou na semana passada um hotsite só de orientações sobre a gripe, que pode ser acessado pelo endereço:www.sgi.ms.gov.br/pantaneiro/sites/sesh1n1.
Além das equipes volantes e da distribuição de panfletos, ainda não há qualquer previsão de outras medidas de prevenção contra a propagação da doença durante os cinco dias de Festival de Inverno.
Na Capital, as aulas recomçam amanhã, mas o prefeito Nelsinho Trad recomenda que os doentes permaneçam em suas casas, inclusive professores.
No município eleito por diversas vezes o melhor destino de ecoturismo, o Festival de Inverno tem na programação uma diversidade de atrações para divulgar, ensinar, debater e mostrar bons exemplos dos cuidados com o meio ambiente. Nos cinco dias da edição 2009 do Festival, o EcoEspaço será a vitrine para esse tema, unindo arte e ecologia, com exposições, palestras, oficinas, música e literatura, repetindo uma proposta que fez sucesso entre o público no festival do ano passado.
Já na abertura do Festin no dia 29, serão inauguradas às 20 horas as exposições que ficam disponíveis durante toda a temporada. O casal de artistas plásticos do Rio de Janeiro Eduardo Webster e Rudi Reis apresentam o Projeto ECOS - Ecologia Comunitária Orientadora de Serviços Seletivos. A iniciativa tem caráter social e ambiental. Os artistas transformam garrafas Pet utilizadas na indústria de bebidas em utensílios domésticos, bolsas, colchas, redes e outras peças. Também estarão em exibição permanente exposições de Mozart Fernandes (pinturas); Rodrigo Maciel (cadeiras e desenhos); Julio César (pinturas); Meola, Tetè e Cristiano Cardoso (Nautimodelismo); Arte e Luz na Rua (Luminárias de bagaço de cana); Neil Preece (esculturas em ferro); e a exposição fotográfica de Roberto Higa, um dos homenageados deste ano. De 30/7 a 1/8, as exposições estão abertas das 10h às 22h. No dia 2, a visitação se encerra às 17h.
No dia 30, Eduardo Webster e Rudi Reis ministram oficinas para quem quer aprender a fazer móveis em Pet (das 10h às 12h) e trabalhos em pirogravura (das 14h às 16h). Durante toda a tarde também acontecem palestras da Fundação Neotrópica do Brasil. À noite, tem Denise Parra e Convidados no espetáculo de dança "Conte a alguém que corpo você tem".
A Literatura também tem vez, no dia 31, às 10 horas, no lançamento do livro "A música de Mato Grosso do Sul - histórias de vida'', com a presença das autoras Maria da Glória Sá Rosa e Idara Duncan. Às 21 horas, o teatro toma conta do espaço, com apresentação de "Paredes Revisitadas", do Mercado Cênico.
O poeta Thiago de Mello, outro dos homenageados do Festival, é o convidado do EcoEspaço para o Bate-papo literário no dia 1º, às 10 horas. Também nessa data, à noite é de show com Zezé Vilhora e Banda (19h).
No encerramento do Festin 2009, no dia 2, o público tem a última chance de visitação às exposições de Mozart Fernandes; Rodrigo Maciel; Julio César; Meola, Tetè e Cristiano Cardoso; Arte e Luz na Rua; Neil Preece e Roberto Higa. O EcoEspaço estará aberto das 10h às 17h.
O EcoEspaço do Festival de Inverno de Bonito 2009 está instalado na Rua Senador Filinto Muller, s/n, no centro.
No sábado (1º), a Companhia de teatro Pia Fraus apresenta o espetáculo "Gigantes de Ar", na Praça da Liberdade, durante o 10º Festival de Inverno de Bonito.
Nos seus quase 25 anos de existência, a Pia Fraus já se apresentou em 18 países nos principais festivais nacionais e internacionais de teatro. Este espetáculo de rua, também adaptado para o palco italiano, é uma reunião de cenas inspiradas nas populares apresentações de circo-teatro.
Comédias, dramas, habilidades, risco e coragem e todo o universo do circo popular brasileiro que bravamente resiste praticamente sem nenhum apoio oficial, é representado por 4 palhaços que fazem as vezes de acrobatas, domadores, bailarinos e apresentador, trazendo para a rua o espírito do circo.
Através de bonecos infláveis gigantes, animais de circo são representados de forma lúdica: girafas bailarinas, um elefante azul de 4 metros, um leão medroso e um tigre engraçado são algumas das atrações do espetáculo.
Gigantes de Ar já se apresentou em vários festivais nacionais de teatro de bonecos (Canela, Curitiba, SESI Bonecos) e nos festivais internacionais de Cádiz (Espanha), Miami (EUA) e Bogotá (Colômbia). A duração é 50 minutos.
A partir da próxima semana, a cidade turística de Bonito será palco de grandes apresentações musicais, espetáculos de dança e teatro, exposição de fotografias e artes plásticas, e exibição de filmes ao ar livre dentro da programação do 10º Festival de Inverno de Bonito.
O show de abertura na quarta-feira (29) será com a cantora paraibana Elba Ramalho, que leva uma apresentação com os ritmos do Brasil, para celebrar seus 30 anos de carreira. A entrada do show é gratuita e a partir deste sábado (25) serão distribuídos 5.000 ingressos.
Cada pessoa pode retirar dois convites, e precisa levar documento de identidade nos seguintes locais em Bonito: Secretaria de Turismo, agência do Banco do Brasil, Viação Cruzeiro do Sul e Banca do Daniel, ao lado da prefeitura.
O show de Elba Ramalho está marcado para as 23 horas, na Grande Tenda. Confira a programação completa em www.festivaldebonito.com.br
A comissão criada pelo prefeito Ruiter Cunha de Oliveira (PT) para discutir a criação de uma lei específica para a preservação dos recursos pesqueiros da região do Pantanal de Corumbá, deverá apresentar seu relatório final até o mês de setembro. Até lá, os integrantes vão se reunir com representantes de segmentos ligados ao setor, promovendo assim, um amplo debate em torno do assunto, conforme deseja o prefeito corumbaense.
O mesmo trabalho acontece em Ladário, como parte do Termo de Acordo em Prol do Meio Ambiente assinado por Ruiter e pelo chefe do executivo ladarense José Antônio Assad e Faria (PT), que marcou o início de uma "jornada de cidadania pantaneira" em defesa da preservação do meio ambiente e da sobrevivência dos verdadeiros pescadores artesanais.
Esta semana, a comissão se reuniu em Corumbá para discutir uma estratégia de atuação. Ficaram estabelecidos encontros específicos com cada segmento da pesca para ouvir o posicionamento de cada um. As reuniões serão com representantes da Colônia de Pesca, Conselho Municipal de Meio Ambiente, Vereadores, Embrapa Pantanal, Universidades, Institutos de Meio Ambiente, Comércio, Organizações Não Governamentais e Marinha do Brasil.
A Comissão de Mobilização e Estudos para Preservação dos Recursos Pesqueiros foi criada pelo decreto 633, de 15 de julho de 2009. É integrada por sete membros do Poder Executivo Municipal, podendo participar ainda representantes dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, bem como do Ministério Público, em todas suas esferas, além de integrantes da sociedade civil organizada, ligada à questão.
Além da apresentação de uma proposta de lei, a comissão terá como atribuições, propor mecanismos para a preservação dos recursos pesqueiros; sugerir criação de instrumentos que garantam a sustentabilidade sócio-ambiental de atividades ligadas à pesca, além de articulação com representantes do município de Ladário, das ações desenvolvidas.
A orientação do prefeito é que esta comissão proponha um debate aberto sobre a legislação de pesca específica para os rios que banham Corumbá. Uma preocupação de Ruiter é com relação aos pescadores profissionais, principalmente no que se refere à sua subsistência. Conforme ele, é preciso "implementação de políticas públicas voltadas para esta categoria, oportunizando dignidade e cidadania pela valorização de seu ofício e meios para exercê-lo".
O MPF (Ministério Público Federal), MPT (Ministério Público do Trabalho) e Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MP/MS) expediram recomendação conjunta a todos os proprietários rurais dos municípios de Corumbá e Ladário, determinando a elaboração de plano de contingência destinado a prevenir e combater incêndios florestais em suas respectivas áreas. O conteúdo mínimo obrigatório do plano é definido pelo termo de referência elaborado pelo Comitê Municipal de Prevenção e Combate a Incêndios Florestais no Pantanal de Corumbá.
Os proprietários têm 60 dias para informar se acatarão a recomendação ou as razões para justificar o seu não atendimento, sob pena de adoção das medidas judiciais cabíveis, entre elas o ajuizamento de ação civil pública visando garantir a adequada proteção do meio ambiente. O texto é explícito quando afirma que "a ausência no cumprimento da elaboração e remessa aos órgãos ministeriais do plano de contingência implicará assunção de responsabilidade pessoal, com culpa presumida, caso venha a ocorrer qualquer incêndio/queimada em sua propriedade".
A ação do Ministério Público visa combater a ocorrência de queimadas em larga escala nos municípios de Corumbá e Ladário, que se tornou fato corriqueiro e notório, repetindo-se ano após ano, sem providências para a sua prevenção.
Plano de contingência
É o documento que registra o planejamento elaborado a partir do estudo de uma determinada hipótese de desastre. Analisa as probabilidades de ocorrência de um evento adverso, a estimativa de sua magnitude e a avaliação dos prováveis danos e prejuízos. O plano de contingência é elaborado antes da ocorrência do evento danoso, no caso, a ocorrência de queimadas.
Os proprietários deverão definir e aplicar a logística de combate ao fogo no Pantanal, refutando-se alegações de ausência de responsabilidade pela impossibilidade de se demonstrar as causas do incêndio florestal.
Dentre as medidas a serem providenciadas pelos proprietários rurais, encontra-se a construção de aceiros - desbaste de terreno que ocasiona falhas na vegetação, para evitar a propagação de incêndios ou queimadas - em torno de áreas ecologicamente sensíveis, como a reserva legal e as áreas de preservação permanente.
Função social da propriedade
A recomendação tem por base o conceito de que a propriedade privada não é um direito absoluto, que possa ser exercido e gozado sem comprometimento com o bem-estar da sociedade que o instituiu e o assegura.
Para a garantia do cumprimento da função socioambiental da propriedade, a lei estabeleceu a responsabilização civil, administrativa e penal para as hipóteses de dano ao meio ambiente, decorrente de uso nocivo da propriedade. A Lei 9.605/98, artigo 41, estabeleceu pena de reclusão de até quatro anos para o agente que provocar incêndio em mata ou floresta.
A responsabilidade administrativa pela destruição de florestas e matas pode resultar na aplicação de multas de até R$ 50 mil, na hipótese de destruição de vegetação contida em área de preservação permanente, conforme consta do artigo 43, do Decreto 6.514/2008.
A responsabilidade civil implica a condenação do agente a reparar os danos causados, viabilizando a recuperação da área degradada, com a possibilidade, inclusive, da imposição de danos morais coletivos decorrentes da lesão a bem de natureza difusa. As responsabilidade civil, administrativa e penal são independentes e cumulativas. As informações são da Assessoria de Comunicação Social da Procuradoria da República em Mato Grosso do Sul.
A 1ª Expobonito, que acontece de 4 a 9 de agosto, no Parque de Exposição Leôncia de Souza Brito, e deve movimentar cerca de R$ 2 milhões em leilões, tem como um dos principais objetivos mostrar que é possível a exploração da atividade agropecuária com conservação ambiental. Está sendo desenvolvido na região um projeto de produção de insumos agrícolas a partir da transformação de resíduos sólidos orgânicos.
O projeto é uma parceria entre o Sindicato Rural e o projeto de gestão integrada da Bacia Hidrográfica do rio Formoso. A Agraer (Agência de Desenvolvimento Agrário e Extensão Rural) também integra a ação.
Através do processo de compostagem, todos os resíduos orgânicos da feira, como restos de comida e esterco de animais em exposição, serão transformados em adubo nas hortas locais. Os resíduos também serão utilizados na recuperação de áreas degradadas, recuperação e adubação de pastagens.
Conforme o engenheiro agrônomo Paulo Sérgio Gimenes, responsável técnico pelo projeto, os proprietários de restaurantes instalados na feira serão orientados a separar os resíduos secos (inorgânico) dos molhados (orgânicos sólidos). É que o processo só utiliza o orgânico sólido.
No parque de exposição Leôncio de Souza Brito serão montadas duas leiras de compostagem e os visitantes poderão acompanhar todo o processo e tirar as dúvidas com a equipe que estará à disposição durante todo o evento.