Notícias de Bonito MS
Caetano Veloso e Banda é a principal atração deste sábado na 10ª edição do Festival de Inverno de Bonito, que é realizado desde quarta-feira (29 de julho).
O show do baiano está marcado para começar às 23h e será na Grande Tenda. Os ingressos custam R$ 12 (R$ 6, meia-entrada) e R$ 30 camarote.
Antes do show principal da noite há apresentações musicais gratuitas na Praça da Liberdade.
O grupo Barbatuques foi o primeiro a se apresentar. A partir das 20h tem Gigantes do Ar. Uma hora depois é a vez do grupo Haiwana. A noite na Praça fecha com a apresentação do Vai Quem Qué.
Na manhã desta sexta-feira (31), foi lançado no Festival de Inverno de Bonito, o livro "A música de Mato Grosso do Sul". O evento, realizado no Ecoespaço, reuniu muitas pessoas interessadas em leitura, e principalmente em conhecer mais sobre a cultura musical do Estado.
As autoras do livro, Maria da Glória Sá Rosa e Idara Duncan, professoras, atenderam aos presentes e deixaram dedicatórias personalizadas nas obras adquiridas pelos visitantes.
A obra
O livro, de 380 páginas, é resultado de um trabalho de pesquisa de muitos anos, e é um projeto aprovado pelo Fundo de Investimento Cultural, da Fundação de Cultura de MS.
A característica marcante do livro é o colorido das fotografias, em contraste com o preto e branco de outras.
Uma reunião de declarações, confissões e resgate da cultura musical do Estado. Compositores, intérpretes e especialistas na área contribuiram para que o livro pudesse ser escrito com tanta riqueza de detalhes.
Já imaginou ter em casa um conjunto de sofá feito com garrafas pet? Ou adquirir uma bolsa ecologicamente correta? Pois é, os artistas plásticos Eduardo Webster e Rudi Webster criam diversas peças através do material coletado.
O Projeto Ecoss surgiu em 2000 e seu objetivo é difundir as técnicas criadas por eles a todas as pessoas interessadas em educação ambiental e ,assim, aumentar a renda da população local através da comercialização dos produtos.
No dia 2º dia do Festival de Inverno de Bonito, os artistas plásticos ofereceram uma oficina para as pessoas aprenderem a técnica de criação de móveis e ensinaram também a arte da pirografia em Pet.
Em sua décima edição, o Festival de Inverno de Bonito selecionou três expoentes em áreas distintas - fotografia, literatura e música - da cultura para receberem as homenagens merecidas. Na fotografia, a obra capturada pelo olhar de Roberto Higa; a música cantada e defendida pelo grupo ACABA; e a sensibilidade poética do autor Thiago de Mello. Neste sábado, Thiago realiza bate-papo literário às 10 horas, no EcoEspaço.
Pelas palavras do poeta chileno Pablo Neruda, "Thiago de Mello é um transformador da alma". Tal proximidade com o célebre escritor sul-americano se deve ao exílio de Thiago no Chile, na década de 1960, época do governo de Salvador Allende. Por conta disso, Thiago de Mello tornou-se o principal tradutor de Neruda, além de ter traduzido para o português as obras de T.S.Elliot, Ernesto Cardenal, César Vallejo, Nicolas Guillén e Eliseo Diego.
Nascido em 1926 na pequena Barreirinha, a 372 quilômetros da capital Manaus, Thiago de Mello começou a carreira literária aos 25 anos, no Rio de Janeiro, com a obra "Silêncio e Palavra", tendo sido recebida com entusiasmo por escritores como Carlos Drummond de Andrade, Manuel Bandeira, José Lins do Rego e Gilberto Freyre.
O escritor é famoso por sua luta em prol dos direitos humanos, pela ecologia e pela paz mundial. Entre suas obras, destacam-se "Os Estatutos do Homem" (1964) e "Faz Escuro Mas Eu Canto" (1965). Thiago de Mello atua ainda em prosa e como cantor.
Ele recebeu os prêmios de poesia da Academia Brasileira de Letras (ABL), em 1960; Prêmio Livro do Ano da Sociedade Brasileira de Escritores, em 1972; Prêmio Jabuti da Bienal do Rio de Janeiro de 1997. E na década de 1980, recebeu o título de 'Cavalheiro das Artes e das Letras', pelo Ministério da Cultura da França.
Coletiva
Logo após o bate-papo, Thiago de Mello recebe a imprensa para entrevista coletiva também no EcoEspaço, localizado na Rua Senador Felinto Muller, na área central de Bonito.
A banda Fulerage leva o show "É do Brasil" ao 10º Festival de Inverno de Bonito no dia 31 de julho. A apresentação musical acontece no palco Fala Bonito, na Praça da Liberdade, às 19h. "É do Brasil" é uma homenagem à música brasileira, que tem o samba como sua principal influência. O objetivo é mostrar as composições próprias e a influência dos clássicos no repertório do show. A duração do espetáculo é de aproximadamente 90 minutos.
A banda Fulerage é composta por Eduardo Cabral (voz, violão e cavaco), Kleber Watanabe (voz e teclado), Guilherme Carlucci (guitarra), Roni Espindola (voz e baixo) e Carlos Barros (bateria). Ela formou-se no final de 2005, com o fim da Banda "Prima-Dona" e vem se destacando pela versatilidade de ritmos, principalmente os brasileiros.
O nome "Fulerage" originou-se da mistura do funk com alguns ritmos brasileiros, principalmente com o samba e o samba-rock, tendo como principais influências Cássia Eller, Cláudio Zoli, Djavan, Ed Motta, Max de Castro, Simoninha, Mundo Livre S/A, Jairzinho Oliveira, Lenine, Tim Maia, Jorge Ben, Nação Zumbi, Clube do Balanço, Marcelo D2, entre outros.
A banda já se apresentou em diversas casas de shows e bares de Campo Grande. Em 2006 participou do Cena Som, em 2007 e 2008 Som da Concha, e em 2009 no Festival América do Sul em Corumbá. Todos são projetos da Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul.
Um evento como o Festival de Inverno de Bonito serve para aproximar a população de representações artísticas e culturais que não são comuns no dia-a-dia da cidade. Uma peça de teatro de um grupo paulista, um show de mágica, ter Elba Ramalho e o grupo Acaba pela cidade é um momento único e ansiosamente aguardado pelos bonitenses, visitantes e turistas estrangeiros.
E além de trazer os grandes nomes de fora, o Festival também oferece espaço e divulgação para as boas coisas produzidas na própria cidade. Um exemplo é o projeto Arte para Todos, desenvolvido pela prefeitura de Bonito, por meio da Secretaria Municipal de Assistência Social.
Dentro do projeto, cerca de 400 crianças de 6 a 19 anos recebem acompanhamento escolar, alimentação e participam de oficinas de balé, dança, musicalização, perna de pau e outras vertentes. Os atendidos são crianças e adolescentes em situação de risco ou dentro do quadro de proteção básica.
"São crianças que estavam nas ruas, sem ocupação, que corriam risco de ir para o caminho da criminalidade. Nosso papel é tirar as crianças das ruas e envolve-las pela arte, fazendo com que elas se sintam protegidas, tenham novas perspectivas e aprendam a despertar os próprios talentos", comenta Izabel Figueiredo, primeira-dama de Bonito e secretária de Assistência Social.
O projeto Arte para Todos funciona há três anos, com patrocínio da Petrobras, e constantemente abre vagas para novos alunos, permitindo renovação e adesão de talentos ainda latentes. É o caso de Daiane Martins Lopes, de 11 anos. Acostumada a se equilibrar entre a sedução do ócio e a responsabilidade escolar, Daiane já participou de oficinas de violão, de dança e agora dá show em cima da perna de pau.
"Aqui no projeto eu fiz amigos, melhorei minhas notas na escola e sou feliz. Aprendi coisas novas e sem isso, com certeza poderia estar bem pior, no mau caminho", comemora a menina, que faz a convite. "Quando abrir inscrições, as crianças tem que procurar, pois aqui somos bem tratados e aprendemos coisas novas todos os dias".
Cidadania, preservação ao meio ambiente e arte. A tríade que sustenta o projeto Arte para Todos está em todos os espaços do Festival de Inverno de Bonito. A programação completa está disponível em www.festivaldebonito.com.br
Chamamé, Polca, Vanerão e Pop se relacionam por meio da linguagem do Hip Hop do Funk-se no 10º Festival de Inverno de Bonito. O espetáculo "Desdanças" acontece hoje, às 16h, no Palco das Águas, na Praça da Liberdade.
Que dança o Mato Grosso do Sul dança? Num estado marcado pela miscigenação, o MS dança a busca por sua identidade e o espetáculo "Desdanças" investiga e instiga a dança que o povo quer dançar. Desde 1996, o grupo Funk-se desenvolve um trabalho de pesquisa e divulgação da dança de rua no estado. É o principal responsável pela cena do street dance atual em Campo Grande.
Dirigido pelo coreógrafo Edson Clair, o grupo propõe uma releitura da street dance, misturando à linguagem do hip hop com outras culturas, e adicionando elementos do teatro, circo e outras modalidades de dança.
Integrado por 15 bailarinos provenientes de diferentes realidades, com profissões paralelas e concomitantes ao exercício da dança, o Funk-se já participou de grandes eventos de destaque estadual e nacional: 9º Festival Mato-Grossense de Dança, 7ª Mostra Corumbá Santuário Ecológico da Dança, Circuito Dança do Mato e 8º Festival Internacional de Hip-Hop de Curitiba, além de projetos da Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul e da Fundação de Cultura de Campo Grande.