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Notícias de Bonito MS

A Embrapa Pantanal (Corumbá-MS), Unidade da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária - Embrapa, vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, recebeu nesta terça-feira (29) a visita da professora e pesquisadora da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Maria Célia Nunes Coelho.

Especializada em dinâmica das territorialidades e interações espaciais transfronteiriças, ela atua na instituição junto ao Grupo Retis de Pesquisa, que opera no Departamento de Geografia da UFRJ, com apoio do CNPq, da Faperj e do CEPG/UFRJ. Acompanhada do aluno concludente de mestrado, Luiz Jardim, e dos graduandos Inês Garcia e Luis Paulo da Silva, Coelho foi recebida pelo chefe de Comunicação e Negócios da Unidade, Jorge Lara.

O grupo, que promove estudos geográficos em diversas regiões do país, está iniciando projeto de pesquisa sobre os aspectos logísticos da região de fronteira entre Brasil e Bolívia. O projeto é financiado pelo CNPq através de seu edital universal. Um dos principais objetivos do estudo, segundo a pesquisadora, é a produção de um livro com os resultados, para ser publicado daqui a cerca de dois anos.

Para Maria Célia, o rio Paraguai é um importante corredor logístico, fundamental para o desenvolvimento das atividades de mineração na região, mesmo com as grandes distâncias do litoral e dos grandes centros urbanos do Brasil. "Pretendemos analisar as características logísticas da mineração ao longo do rio Paraguai e da fronteira com a Bolívia. Sabemos que o Pantanal faz dessa região uma fronteira singular", disse.

Ela acredita que o potencial logístico do rio Paraguai pode ser mais ricamente explorado. "Isso ainda não ocorre porque os vizinhos brasileiros na bacia do Paraguai ainda não possuem grande dinamismo econômico", afirma.

Histórico

Jorge Lara traçou um breve histórico da economia e cultura de Corumbá e do Pantanal ao longo dos séculos. Ele detalhou as linhas de pesquisa da Embrapa Pantanal desde a sua criação na década de 70 e a sua contribuição para a comunidade pantaneira e fronteiriça.

"Nos primeiros 15 anos, o nosso foco foi concentrado na produção pecuária - grande vocação produtiva da região; nos anos 90 enfatizamos a biodiversidade e a ecologia do bioma nas nossas pesquisas; no novo milênio, iniciamos o terceiro ciclo, cujo desafio é desenvolver e transferir à comunidade tecnologias inovadoras que contemplem a sustentabilidade", explicou.

O chefe da comunicação da Unidade da Embrapa doou o livro produzido pela Unidade sobre os impactos ambientais no rio Taquari, publicado em 2005. Lara pôs o corpo de pesquisa da Unidade à disposição do grupo de pesquisa, além do portal na Internet e outras publicações impressas.

"A contribuição da Embrapa, com seu conhecimento acumulado sobre o Pantanal e a região de fronteira, será muito importante para a realização do estudo", afirmou a professora.

O jornalista Ariosto Mesquita recebeu no último domingo premio em Salvador-BA, em comemoração ao Dia Mundial do Turismo.

Ele recebeu o Troféu Especial Catavento de Prata, pela contribuição ao turismo no País.

Ariosto produz reportagens sobre o assunto, divulgando também atrativos de Mato Grosso do Sul.

A entrega aconteceu na "Noite de Gala do Turismo Brasileiro", com a 31ª edição do evento que reúne o setor.

"Tive a honra de receber o troféu especial - como único jornalista brasileiro homenageado - ao lado de empresas e organizações de ponta no Brasil, como é o caso da Infraero, Azul Linhas Aéreas e Bahiatursa", comemora Ariosto.

Uma das grandes atrações da 1ª Expo MS, que acontece de 2 a 12 de outubro, no Parque de Exposições Laucídio Coelho, na Capital, será o pavilhão Pantanal Sustentável, organizado pela Associação Brasileira de Pecuária Orgânica (ABPO Pantanal Orgânico).

"Vamos levar um pedaço do Pantanal à 1ª Expo MS. O público vai conhecer os processos produtivos da carne bovina orgânica, saber do potencial econômico e ambiental do Pantanal, onde são desenvolvidos projetos de valoração de produtos e serviços sustentáveis, com responsabilidade socioambiental e viabilidade econômica.

No espaço, que terá 350 metros quadrados, haverá estandes de empresas e entidades parceiras, além do espaço de convivência, onde acontecerão apresentações musicais, relançamentos de livros sobre o Pantanal e degustação de carne orgânica do Pantanal.

São parceiros da ABPO no pavilhão Pantanal Sustentável: WWF Brasil, Real H, Unipan, Organoeste, Embrapa Pantanal, Sebrae, IPP (Instituto Parque do Pantanal), Unipan (União dos Pantaneiros da Nhecolândia), UPPAN (União dos Produtores do Pantanal do Nabileque), ACCP MS (Associação dos Criadores do Cavalo Pantaneiro de MS), JBS Friboi, Premix, Alpasto Sementes, Associação do Vale do Rio Negro (AVRN), Escola de Qualificação Rural (Equali UFMS), Sociedade de Defesa do Pantanal (Sodepan), Funar, Famasul, Senar, Fibra Morena, MR Consultoria Rural, Coopers, Ferson, Allflex, Alpasto, Sistema Brasileiro do Agronegócio (SBA), NovoCanal, Conexão MS, Canal do Boi, Pecuária BR e Agrocanal.

Ao longo dos dez dias do evento, o pavilhão Pantanal Sustentável oferecerá intensa programação a todos os públicos, inclusive crianças, além de palestras referentes aos processos produtivos e de cerificação do boi orgânico, dentro da agenda de palestras da Expo MS. Haverá também distribuição de mudas frutíferas nativas e adubo orgânico para o plantio delas.

O presidente da ABPO, Leonardo Leite de Barros, ressalta a importância do evento em âmbito nacional: "Nós, sul-mato-grossenses, que temos a maior área de pantanal em nosso território, temos de levantar a bandeira de orgulho do Pantanal. E essa bandeira tem a ver com sustentabilidade. A questão orgânica é uma vocação pantaneira que agrega valor ao produto. Temos música, natureza, culinária, a integração do homem com o cavalo pantaneiro e o modo de vida do homem pantaneiro. Então nossa ideia é levar tudo isso para que as pessoas da cidade entendam essa química", finaliza ele.

Carne orgânica do Pantanal

Desde a sua criação, em 2001, a Associação Brasileira de Pecuária Orgânica (ABPO) vem atuando na busca de alternativas que valorizem o bioma Pantanal como um local de produção sustentável que merece atenção especial de políticas públicas e de investimentos de capital privado.

"A implementação desta alternativa produtiva traz a real possibilidade de agregação de valor à carne do Pantanal através da melhoria da rentabilidade do negócio pecuário associado a baixos impactos socioambientais, garantindo a conservação do meio ambiente, através da biodiversidade e a preservação e sustentação da cultura do Homem Pantaneiro e de sua família", explica Leonardo.

Atualmente a associação envolve 20 propriedades rurais localizadas nas sub-regiões da Nhecolândia e Nabileque, no Pantanal Sul-mato-grossense, ocupando uma área de mais de 110 mil hectares, com um rebanho estimado em 55 mil cabeças de gado.

Leonardo explica que toda a produção é abatida em MS, no frigorífico do parceiro JBS Friboi, girando em torno de 400 reses por mês, sendo distribuída para o Brasil inteiro. "O processo de certificação de uma propriedade orgânica dura de um a dois anos. Os animais deixam de usar produtos alopáticos, cria-se um novo sistema de bem-estar animal, com qualidade de vida para o animal e também para os funcionários da propriedade. Exemplo disso é que a Fazenda Rancharia, através de parcerias, mantém uma escola para atender as crianças que moram na região. Ainda no âmbito social, todos os funcionários da propriedade têm carteira assinada, o que garante qualidade de vida a todos os envolvidos no processo. Além disso, temos um protocolo interno em que vamos além do que a lei ambiental exige, para agregarmos valor ao produto".

O presidente da Acrissul ressalta a importância do pavilhão Pantanal Sustentável: "Nossa luta agora é alimentar a cultura pela busca do conhecimento e novas técnicas. Uma delas é a produção sustentável", diz Maia. Esse é um dos principais assuntos debatidos atualmente que envolve um antigo embate entre produtores e ambientalistas e que desencadeia, inclusive, mudanças no Código Florestal Brasileiro".

E Maia prima pelo fomento da pecuária sustentável e ressalta: "Somos exemplos em produção responsável, já que o nosso bioma do Pantanal apresenta mais de 85% de preservação da mata nativa, uma das maiores áreas de preservação ambiental do mundo".

1ª Expo MS

Inovação e oportunidade são palavras que resumem a 1ª Expo MS - O Encontro do Agronegócio, a primeira feira de Mato Grosso do Sul que une toda a cadeia produtiva em um só lugar. O evento é uma realização da Acrissul (Associação de Criadores de Mato Grosso do Sul) e, segundo o presidente da entidade, Francisco Maia, estão programadas mais de 70 palestras técnicas e cursos, e mais de 30 leilões, tornando a Expo MS uma verdadeira "feira do conhecimento e da difusão de informações".

Diferente das feiras já realizadas no Estado, a Expo MS terá a participação de todas as áreas que compõe o cenário do agronegócio em Mato Grosso do Sul. Além da pecuária, a exposição contará com apiários, aviários, canil, caprinos, estrutiocultura (avestruz), granjas, ovinocultura, piscicultura, suinocultura e viveiros (pássaros). Indústrias de diversos ramos também farão parte da Feira, além de instituições como Famasul, Prefeituras, CTGs, FIEMS, Sindicatos Rurais, Sebrae, Senar, Abraer, cooperativas e clubes de laços, que já garantiram espaço na Expo MS.

De acordo com o presidente da Acrissul, a ideia é fazer do evento um momento para lazer, troca de informação e roda de negócios, transformando o Parque de Exposições em um shopping a céu aberto. "É uma feira de características tipicamente comerciais", resume.

"O evento promete contemplar todos os participantes, sejam eles interessados em entretenimento ou mesmo fazer um bom investimento. Estaremos preparados com toda a estrutura para satisfazer todo o público", diz Chico Maia.

"Teremos uma programação de 16 shows musicais com talentos da nossa terra, fato que será uma oportunidade de projeção nacional para os artistas. A população terá uma bela festa a preços populares (R$ 5), para que todos tenham oportunidade de participar".

"Temos a melhor pecuária e o melhor gado de corte do País, temos que mostrar isso ao mundo. O evento é resultado do entendimento de todo o agronegócio do Estado", justifica Chico Maia.

Reformas e acessibilidade

O Parque de Exposições Laucídio Coelho passou por ampla reforma nas últimas semanas, incluindo adequações de rampas garantem que pessoas com deficiência física e cadeirantes tenham acesso a todos os pavilhões. "Estamos nos adequando para receber toda a população interessada no agronegócio e em busca de conhecimento e entretenimento. Essa é, também, a feira da inclusão. Não só do trabalhador rural, mas toda a sociedade que busca fazer parte dos segmentos mais importantes da economia do nosso Estado", conta Chico Maia.

Além das rampas, foram realizadas reformas no banheiro, jardinagem, recapeamento do asfalto, iluminação externa, adequação das baias, construção de nova caixa d'água, entre outras.

Crédito disponível

Para esta edição inaugural da feira, estão confirmadas as presenças de pelo menos três bancos: Banco do Brasil, Bradesco e BRDE (Banco Regional do Extremo Sul). Só o Banco do Brasil já comunicou a disponibilização de R$ 60 milhões para operações de crédito para compra de animais e máquinas durante a Expo MS.

Governo do Estado

Para a secretária de Estado do Desenvolvimento Agrário, da Produção, da Indústria, do Comércio e do Turismo, Tereza Cristina Corrêa da Costa, é uma feira diferente da Expogrande, mas também de grande sucesso: "A Expo MS vai divulgar as cadeias produtivas do Estado e seus vários segmentos. A Seprotur terá um pavilhão na feira, onde vai mostrar as diversas cadeias produtivas e câmaras setoriais, e também terá espaço para a agricultura familiar". A secretária Tereza Cristina terá um gabinete instalado no local, de onde irá despachar ao longo do evento.

Serviço

A realização da Expo MS é da Acrissul, com patrocínio do governo do Estado, Banco do Brasil, Bradesco, Correios, Enersul, Sicredi e Skol, com apoio da ABPO Pantanal Orgânico, Assomasul, Famasul, Fiems, Prefeitura Municipal de Campo Grande, Prefeitura Municipal de Três Lagoas, Sebrae e Seprotur. Toda a programação dos leilões, cursos e palestras da 1ª Expo MS está disponível no portal da Acrissul: www.acrissul.com.br.

"Informação e conhecimento é a matéria prima da atualidade"

Diferente do século passado, quando era representada pela locomotiva a vapor, pelo carro, avião, telefones, e computadores, hoje a tecnologia não tem massa, não pesa, sugere softwares, inteligência artificial, engenharia genética, realidade virtual, informação, comunicação e conhecimento.

A produção e a utilização de tecnologias têm na universalização do acesso à Internet sua base de sustentação.

Segundo o Banco Mundial, para cada aumento de 10% no número de pessoas conectadas ao mundo virtual, corresponde a 1,3% no crescimento do PIB. Portanto a criação da via digital é tão importante para o desenvolvimento sócio econômico, quanto foi a abertura de rodovias na primeira metade do século passado.

Costumo citar como exemplo, Taipé a capital de Taiwan, que tem os mesmos problemas de toda cidade. Na agenda do prefeito, há projetos como a expansão do sistema de transporte público e a despoluição do Rio Danshui, que corta a cidade, além de temas corriqueiros como a gestão da rede de água, esgoto e energia. O grande diferencial da prefeitura local em relação a outras ao redor do mundo, passa despercebido aos visitantes. Está no ar. A administração municipal tem sob sua responsabilidade a maior rede pública de internet de banda larga sem fio do planeta. E para sua população ela é tão indispensável na infra-estrutura urbana quanto os postes, os bancos das praças e os canos dágua. Taiwan saiu, em 10 anos, de uma economia rural, para o maior produtor de TV LCD do mundo.

Indagado se a revolução da tecnologia digital está desacelerando, Bill Gates em recente entrevista disse "Sob vários aspectos, acredito que a revolução digital só agora esteja tomando corpo. O extraordinário progresso das últimas décadas serviu apenas para estabelecer as bases para transformações ainda mais profundas que estão por vir no decorrer dos próximos anos".

Em artigo aqui publicado no final do ano passado escrevi que o Mato Grosso do Sul com algumas exceções localizadas, estava literalmente fora do mapa brasileiro da tecnologia e mostrava isso com alguns dados da época. Evoluímos? Um pouco! Mas muito menos do que podíamos.

De qualquer forma penso que já estejam sendo criadas as condições para que essas oportunidades sejam devidamente buscadas, incessantemente, através de instrumentos disponíveis pela metodologia de ação participativa e com estratégias devidamente discutidas, organizadas e que possam contar com a cumplicidade do maior número possível de atores sociais.

A cidade de Bonito, símbolo maior da organização do eco-turismo no Brasil, vai assumir o pioneirismo da Tecnologia da Informação e Comunicação - TIC, no Estado. Foi lançado formalmente seu projeto BONITO DIGITAL, inicialmente com interligação de todos os prédios públicos municipais, instalação de telecentros, abertura de sinal na praça central, e imagens ao vivo do Balneário Municipal.

Paralelamente, está sendo feita uma convocação geral para que todos os hotéis, pousadas, bares, restaurantes, e atrativos turísticos disponibilizem sinal de Internet sem fio, além de imagens ao vivo de Bonito para o mundo. Aqui está a fórmula mágica, pois para que isso fosse possível juntaram forças a Prefeitura Municipal, o Governo do Estado, parlamentares federais e o Ministério da Integração Nacional, além da iniciativa privada. O modelo está formatado.

"À medida que tornamos a tecnologia mais acessível e mais simples de usar, podemos reduzir efetivamente o abismo entre as sociedades ricas e as mais pobres e estender as oportunidades sociais e econômicas a toda a humanidade. Essas oportunidades podem ser traduzidas em maior acesso à educação, à informação, à saúde e aos mercados globais" disse Bill Gates na mesma entrevista.

Vejo o Mato Grosso do Sul com diversas facilidades comparativas para ser o modelo de "tecnologia mais acessível" no Brasil. Além dos globais atrativos turísticos naturais, a população e o número de municípios reduzidos, a qualidade de vida e a distribuição territorial das cidades, a localização da capital que facilita a irradiação, boa infra-estrutura de comunicações, universidades estruturadas e com boa capilaridade espacial, além de diversos centros de pesquisas estrategicamente instalados.

Para quem toma a iniciativa, a maior parte dos ministérios dispõe de programas que disponibilizam recursos para projetos tecnológicos setoriais. Neste instante 18 prefeituras do MS tem pronto ou estão elaborando seus projetos de Cidades Digitais, enquanto outros 20 prefeitos manifestam vontade de fazer. Por outro lado alguns parlamentares federais estão prontos a direcionar suas emendas ao orçamento da União 2009, para esses programas.

Diante da aprovação do ZEE (Zoneamento Econômico e Ecológico) do governo federal, que veda o plantio de cana-de-açúçar no Pantanal e o decreto que estabelece que essas regras devem ser atendidas para concessão de financiamento aos empreendimentos, o governo de Mato Grosso do Sul resolveu adiar as audiências nos municípios para discutir o plantio da cana na bacia do Alto Paraguai.

O deputado Paulo Corrêa (PR) disse que o governador, André Puccielli (PMDB), determinou o adiamento do início das audiências, por 15 dias, para estudar a constitucionalidade das determinações federais.

Segundo ele, o governo entende que o pacto federativo está sendo ferido com a União legislando sobre questões locais. Além da constitucionalidade, será analisada a questão a hierarquia, devido ao fato de as determinações partirem do governo federal. Amanhã seria realizada a primeira audiência, em Dourados.

O curso de Turismo da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), do campus de Aquidauana, realiza de 30 de setembro a 3 de outubro de 2009, a IV Semana de Turismo com o tema "Nas trilhas da Formação Profissional: desafios e perspectivas". O evento conta com profissionais renomados na área que trazem discussões, problemáticas, caminhos e desafios que percorrem a educação e formação do turismólogo.

A abertura será às 18 horas no auditório Vilma Begossi, unidade II da UFMS, com a palestra A formação profissional e a educação em turismo: alguns caminhos, com o professor e consultor Cristiano Lopes, do Senac/ Minas Gerais. A partir das 20 horas acontece a apresentação da Roda de Viola Itinerante e logo em seguida será servido coquetel.

No dia 1º, quinta-feira, a palestra O profissional do turismo: Gestão, liderança e empreendedorismo, com Gerson de Souza, do projeto Crescer Brasil/Sebrae tem inicio às 8 horas. Na seqüência acontece a exposição de artesanato e coffee- break. As atividades continuam com a mesa redonda com a temática A importância do CA na formação acadêmica.

Às 13h30, a professora Doutora Vicentina Socorro Anunciação Andrade e o técnico administrativo Waldecy Souza de Oliveira da UFMS em Aquidauana, ministram o mini-curso Cicloturismo, os interessados devem usar traje esportivo e levar uma bicicleta. Simultaneamente acontece a oficina Recreação: uma visão no Turismo, com o professor Mário Sérgio Ribeiro Malheiros da Escola Estadual professor Luiz Mongelli, no anfiteatro da unidade II CPAQ. E às 20 horas acontece a atividade cultural Bárbaro.

Na sexta-feira, 2 de outubro, o professor Doutor José Manoel Gonçalves Gândara, da Universidade Federal do Paraná, profere a palestra Os desafios da formação profissional para o lazer e o turismo, que acontece às 8h30. O carreteiro Pantaneiro com música e exposição do artesanato regional se realiza às 10h30.

O mini-curso Patrimônio Histórico Cultural e a preservação da memória tem início às 13h30, e será ministrado pelo professor Edvaldo Correa Sotana da UFMS, na unidade II. No mesmo horário ocorre a oficina Recicláveis com o técnico administrativo Waldecy Souza de Oliveira. E às 20 horas a festa de encerramento.No sábado, dia 3 se realizam os passeios turísticos urbano/rural.

As inscrições custam, para estudantes R$ 20 antecipado (até 23/09) e R$ 25 no local. Para profissionais R$ 30 antecipado e R$ 35 no local.

Para mais informações e inscrições acessem o site www.turismocpaq.com.br ou labturismo@cpaq.ufms.br ou no telefone (67) 3241-0405.

A Embrapa Pantanal apresentou em Bonito (MS) os projetos que vem realizando para o desenvolvimento da apicultura no Estado de Mato Grosso do Sul, com ênfase no Pantanal. Cerca de 150 produtores e técnicos envolvidos com a atividade acompanharam palestra do pesquisador Vanderlei Doniseti Acassio dos Reis no 6º Encontro de Apicultores de Mato Grosso do Sul e 1º Encontro da Apicultura Pantaneira, realizados na quinta-feira, 24 de setembro, no Centro de Convenções da cidade.

Vanderlei mostrou como era o trabalho relacionado à apicultura antes e depois de 2002, quando foi contratado para atuar especificamente com essa atividade pela Embrapa Pantanal (Corumbá-MS), Unidade da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária - Embrapa, vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.

A primeira atividade realizada foi a padronização do modelo das colmeias utilizadas para a criação das abelhas africanizadas. Uma série de resultados práticos relacionados à pesquisa já foi disponibilizada à sociedade por meio de publicações da Embrapa Pantanal e outras ações como, por exemplo, a realização de cursos de capacitação em apicultura e na produção de mudas. Além disso, foi instalada uma estação meteorológica automática no assentamento rural do Taquaral, em Corumbá, para o monitoramento de dados climáticos (temperatura, índice pluviométrico etc.) para correlacioná-los com a floração das plantas apícolas dessa região.

Desde 2003 a Embrapa Pantanal faz o georreferenciamento dos apiários em seu campo experimental no Pantanal da Nhecolândia, a fazenda Nhumirim. Agora está realizando o mesmo estudo nos assentamentos rurais da região de Corumbá. O georreferenciamento permite melhorar a localização dos apiários e aumentar a produção, pois pode evitar a saturação das áreas visitadas pelas abelhas africanizadas. Este levantamento permitiu detectar que existe uma concentração de apicultores no assentamento rural do Taquaral, por exemplo.

O pesquisador ainda mostrou alguns gráficos indicando períodos e intensidade de floração, bem como o recurso utilizado pelas abelhas - néctar e/ou pólen. Falou também da importância do calendário apícola, que a Embrapa Pantanal está pesquisando e apresentou como é feita a coleta das partes das plantas utilizadas neste estudo. Para terminar, Vanderlei explicou que é preciso valorizar outros produtos da apicultura que podem ser obtidos no Pantanal, além do mel. "A cera, a própolis e o pólen apícola também têm valor de mercado", disse ele.

O chefe geral da Embrapa Pantanal, José Aníbal Comastri Filho, o pesquisador e profissionais de outras instituições foram homenageados com o certificado de "Amigos da Apicultura e da Meliponicultura Sul-Mato-Grossense" no evento.

FEDERAÇÃO

O encontro teve também palestras com o coordenador da Câmara Setorial Consultiva de Apicultura de MS, Gustavo Nadeu Bijos. Ele apresentou informações sobre a apicultura no Estado. Disse que existem 1.300 apicultores produzindo 650 toneladas de mel por ano em 28 mil colmeias.

Segundo Gustavo, há dois anos havia 12 associações de produtores no Mato Grosso do Sul e agora são 24 legalizadas. Segundo ele, é fundamental que essas associações se articulem para criar a Federação Estadual de Apicultura, que vai representar o Estado junto à CBA (Confederação Brasileira de Apicultura).

Outro aspecto positivo para o setor foi a aprovação da lei estadual nº 3.631, de dezembro de 2008, que oficializa a atividade no Mato Grosso do Sul.

Vera Lúcia de Oliveira Golze, da Agraer (Agência de Desenvolvimento Agrário e Extensão Rural), falou sobre a meliponicultura no Brasil e no Estado. Essa atividade consiste na criação de abelhas sem ferrão.

Segundo Vera, no Brasil existem cerca de 400 espécies de abelhas sem ferrão, mas apenas 10% delas são criadas racionalmente ou com manejo conhecido. "O desafio é conhecer as espécies do Estado e saber quais são produtivas", afirmou Vera. Ela também colocou como desafios conhecer os meliponicultores, trabalhar o calendário apícola e implantar técnicas adequadas e higiênicas de colheita do mel.

Marcus Faria, gerente de agronegócios do Sebrae-MS, falou sobre as contribuições que o Serviço Brasileiro de Apoio à Pequena e Micro Empresa fez à apicultura do MS. Uma das maiores contribuições, segundo ele, foi a orientação sobre gestão de apiários, transmitida pelo programa Gestapi.

O agrônomo Ricardo Peruca, também da Agraer, mostrou o trabalho que a agência vem fazendo no georreferenciamento da apicultura em todo o Estado, por meio do PNGEO (Programa Nacional de Georreferenciamento e Cadastro dos Apicultores). "Esse trabalho vai facilitar a tomada de decisões, o controle de doenças e evitar a saturação", afirmou.

APICULTORES

Na fase final do evento, dois apicultores relataram suas experiências com a atividade. Edmar Pereira da Silva, de Anastácio, comentou como iniciou sua produção com apenas uma colmeia povoada com abelhas africanizadas e, em seis anos, passou a 110, todas confeccionadas por ele.

Edmar é funcionário público, trabalha como vigia noturno e gosta de ter o dia livre para se dedicar à apicultura. Ele conta com a ajuda da família e adota tecnologias importantes, como o calendário floral, a alimentação artificial e o manejo correto das colmeias.

Ele fez um relato do que sente um apicultor que encontra a colmeia vazia. "Cada apicultor que está aqui, chega ao apiário e vê a caixa vazia sente como se um filho tivesse abandonado a casa. A gente tenta entender se foi falha nossa, mas ficamos tristes, chateados", afirmou.

O zootecnista Eugênio Krüger, de Três Lagoas, mostrou a experiência de um grupo de apicultores que instalaram apiários na área da Fibria (ex-VCP, Votoratim Celulose e Papel, mais parte da Aracruz), uma empresa que tem grande área plantada com eucalipto.

A Fibria impõe regras rígidas para que os produtores tenham acesso a 5 mil hectares. Eles devem utilizar equipamentos de segurança e sinalizar sobre a presença de abelhas africanizadas no local. Houve problemas de perda de colônias desses insetos pela dificuldade das abelhas localizarem as colmeias no voo de retorno, já que os clones de eucalipto plantados possuem pouca variação no seu aspecto em relação a outras paisagens.

Agora a empresa está começando a ceder parte da periferia da área de reserva legal para a atividade, devido à dificuldade de manejo dentro da floresta plantada. Segundo Krüger, em outra propriedade da empresa localizada no Estado de São Paulo, a produção saltou de 8.850 quilos de mel de flores de eucalipto em 2005 para 120 mil quilos em 2008.

Na região existem quatro associações de apicultores: de Três Lagoas, de Brasilândia, de Chapadão do Sul e Cassilândia. Elas querem criar uma cooperativa regional para melhorar as condições nas quais a atividade é desenvolvida.