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Notícias de Bonito MS

Destaque

 Bonito (MS) se tornará mais uma vez o epicentro do ecoturismo com a realização da 3ª edição do Inspira Ecoturismo, entre os dias 10 e 14 de setembro, no Centro de Convenções do município. Com o tema “Construindo Novos Destinos”, o evento promete cinco dias intensos de aprendizado, networking e exploração das maravilhas da região. As inscrições são gratuitas e feitas em: inspira.ms.sebrae.com.br.

O Inspira Ecoturismo é uma iniciativa do Sebrae/MS, por meio do Polo Sebrae de Ecoturismo, sendo uma oportunidade única para empreendedores e gestores do setor se conectarem, trocarem experiências e descobrirem novas práticas e inovações. Este ano, o evento contará com uma programação rica, incluindo palestras, painéis, salas temáticas e visitas técnicas que permitirão aos participantes se aprofundarem em temas cruciais para o desenvolvimento sustentável do ecoturismo.

Com a expectativa de reunir um público de 800 pessoas, de pelo menos 20 estados brasileiros, o diretor-superintendente do Sebrae/MS, Claudio Mendonça, aponta que o evento, de porte nacional, já é esperado na região. “A Capital do Ecoturismo, Bonito, se prepara para receber com entusiasmo mais uma edição do Inspira Ecoturismo. Este evento nacional se tornou um ponto de encontro para os pequenos negócios do setor de todo o país, que aproveitam a oportunidade para fazer networking, estabelecer conexões com gestores públicos e se atualizar sobre as últimas tendências e práticas sustentáveis”, disse.

“Organizado pelo Sebrae, o evento não só contribui para o desenvolvimento e inovação no ecoturismo, mas também desempenha um papel crucial na economia local. Ao movimentar a cidade e promover uma ocupação significativa em um período tradicionalmente de baixa demanda, o evento reforça a importância de Bonito como um destino de ecoturismo de excelência e estimula o crescimento econômico da região”, complementa Mendonça.

ão parceiros do evento o Ministério do Turismo, Agência Brasileira de Promoção Internacional do Turismo (Embratur), Associação Internacional de Turismo de Aventura (ATTA), Associação Brasileira das Empresas de Turismo de Aventura (ABETA), Associação Brasileira das Operadoras de Turismo (Braztoa), Fundação de Turismo de Mato Grosso do Sul (Fundtur), Fundação de Cultura do Mato Grosso do Sul (FCMS), Fundação Grupo Boticário, Prefeitura Municipal de Bonito – Secretaria Municipal de Cultura e Turismo (SECTUR) e Conselho Municipal de Turismo de Bonito (COMTUR).

Histórico

Com um histórico de sucesso, a edição anterior do evento registrou a participação de 1.139 pessoas presenciais e outras 605 de forma on-line em 2023, com a receita estimada em R$ 2 milhões para o destino. Além disso, foram realizadas visitas técnicas a atrativos com a presença de 844 participantes e mais de 50 painelistas contribuíram para o enriquecimento do debate.

Para participar do evento, os interessados devem se inscrever em: inspira.ms.sebrae.com.br. Mais informações sobre demais ações do Sebrae estão disponíveis na Central de Relacionamento, no número 0800 570 0800.

Destaque

 O óleo de cozinha, quando descartado de forma inadequada, é um dos maiores vilões do meio ambiente. Um litro do produto é capaz de contaminar 25 mil litros de água, comprometendo ecossistemas inteiros e colocando em risco a vida aquática. Além disso, ele forma uma camada na superfície da água que impede a oxigenação, sufocando a fauna e prejudicando a flora subaquática. Este perigo é ainda mais acentuado em regiões de grande valor ambiental, como Bonito, onde a pureza das águas é a joia a ser preservada.

No FIB (Festival de Inverno de Bonito), onde a beleza natural sempre é protagonista entrelaçada às manifestações culturais e artísticas, a sustentabilidade foi, mais uma vez, a preocupação central. Na 23ª edição, que ocorreu de 21 a 25 de agosto deste ano, uma solução criativa foi colocada em prática para enfrentar o problema do óleo residual: transformá-lo em sabão líquido e em barra. O produto pode ser utilizado na lavagem doméstica geral (superfícies, pisos, bancadas), de roupas e utensílios de cozinha.

Sabão sustentável no coração do Festival

E a transformação aconteceu lá mesmo, em estande montado na Praça da Liberdade, coração do Festival. “Pegamos o óleo das barracas de lanches e, com ele, fizemos sabão sustentável. A própria comunidade veio pegar o sabão que fizemos. Isso é muito importante, porque estamos falando de economia circular em que o óleo descartado é transformado em um novo produto, como o sabão, que é distribuído novamente para as barracas e à comunidade”, explica Ana Franzoloso, fundadora da Du Bem, empresa colaboradora do Festival na gestão de resíduos sólidos e líquidos.

Neste ano, a gestão de resíduos teve impacto ainda mais significativo. Foram coletados 228 litros de óleo de cozinha usado, o que representa aumento de 147% em relação aos 92 litros do ano anterior. Esta quantidade, quando corretamente reciclada e transformada em sabão, por exemplo, preserva 5,7 milhões de litros de água – aumento de 148% comparado aos 2,3 milhões de litros preservados em 2023.

É na tenda de Márcia Quintana que todo o processo começa. Enquanto o aroma dos pastéis frescos invade o ar, a comerciante bonitense, de 50 anos, dá início a uma cadeia de sustentabilidade. A cada pastel frito, o óleo usado, que em outros lugares poderia se transformar em poluição, ganha novo destino. Ela repassa o líquido à empresa, para ser transformado em sabão, iniciativa que teve início no ano passado e que conta também com a participação de outros comerciantes parceiros. No entanto, a conscientização sobre o impacto ambiental do óleo de cozinha vem de muito antes, desde 2009, quando Márcia começou a vender salgados em eventos pela cidade.

“Eles [funcionários da Du Bem] vieram me procurar. No ano passado, eu tinha umas quatro latas de óleo usado, e aí eu dei”, explica, expressando também seu sentimento de realização. “Me sinto privilegiada, né? Me sinto muito feliz, porque tem o retorno para a natureza, estou ajudando a preservar”. No final do Festival, Márcia recebeu cerca de 50 litros de sabão em troca do óleo doado.

Economia circular e geração de renda

Ao final de cada dia do Festival, o estande da Du Bem produziu litros de sabão a partir do óleo reciclado e disponibilizou o produto tanto para os comerciantes que haviam doado o óleo quanto para a população de Bonito em geral. Em vários dias, a demanda foi tão alta que filas se formaram para garantir a aquisição do sabão, e alguns moradores chegaram a deixar suas embalagens na tenda para assegurar que não perdessem a oportunidade de receber o produto. "A presença das filas e a espera das pessoas foram um reflexo da importância e do impacto desse processo de economia circular”, observou Ana Franzoloso.

A transformação do óleo usado em sabão não apenas contribui para a preservação do meio ambiente, como também gera novas oportunidades de renda para a comunidade. Durante o Festival de Inverno, esse processo foi ampliado de maneira colaborativa, envolvendo a população local em cada etapa, desde a coleta do óleo nas barracas de lanches até a produção do sabão sustentável.

A empresa parceira do FIB promoveu oficinas para ensinar a produção de sabão a partir do óleo reciclado, garantindo que o conhecimento se espalhasse entre os participantes. Antônia Alves, de 53 anos e atualmente desempregada, viu na oficina uma chance de mudar sua situação. Ela explica que o aprendizado prático proporcionou uma nova habilidade e abriu portas para gerar uma renda extra.

"Passei pela praça e vi o estande. Fui lendo os cartazes e assim que vi o baldão de sabão que tinha acabado de ser feito, me interessei a aprender”, conta Antônia, prometendo repassar o conhecimento aos
seus amigos e familiares. “Além de aprender a fazer sabão, que é uma habilidade valiosa, sinto que agora posso contribuir de forma significativa para ajudar outras pessoas a fazerem o mesmo em suas casas”.

Empolgada com a oficina, Antônia rapidamente compartilhou a novidade com sua amiga Eva Aivi, de 59 anos, que trabalha como catadora de materiais recicláveis em Bonito e também é dona de um pequeno comércio, um mercadinho de bairro.

Interessada na oportunidade, Eva decidiu se envolver após encontrar vários litros de óleo no aterro sanitário da cidade. Ela afirma que planeja fazer sabão para vender em sua loja e também distribuir para quem não pode comprar. “Foi uma chance única de aprender e ajudar as pessoas. Vou usar o que aprendi para transformar o óleo e oferecer uma alternativa acessível a todos”.

José Antônio Lopes, de 65 anos, é artista plástico, terapeuta holístico e tem profunda conexão com a natureza, além de ter o hábito de consumir produtos naturais. Ao explorar o Festival de Inverno de Bonito, sua curiosidade o levou à tenda da Du Bem, onde a produção de sabão reciclado capturou seu interesse.

“Eu descobri a produção de sabão reciclado passando por aqui e fiquei fascinado. Sempre procurei formas de contribuir para a preservação ambiental, e o sabão feito com óleo reciclado me chamou a atenção”, explica José, revelando seu compromisso com práticas sustentáveis. Para ele, o sabão produzido será exclusivamente para uso próprio. “Embora eu não tenha óleo usado em casa para transformar, vou comprar óleo novo para fazer o sabão para mim mesmo”.

O ciclo de reciclagem que transforma vidas

No FIB, o processo de reciclagem é cuidadosamente planejado para garantir que os resíduos tenham um destino correto, contribuindo tanto para a sustentabilidade quanto para a geração de renda. Neste ano, a coleta de recicláveis se expandiu, com aumento da equipe de catadores locais. “Nossa equipe recolhe materiais como latinhas, plásticos e papelão e os leva para uma empresa local que faz a triagem e separação. Depois disso, esses materiais são vendidos, gerando renda para os catadores", afirma Ana Franzoloso, gestora da Du Bem.

O impacto dessas iniciativas reflete-se nos números. Em 2024, foi coletada 1,2 tonelada de materiais recicláveis, representando um aumento de 28,8% em relação ao ano anterior, quando foram recolhidos 938,29 quilos. Ana Franzoloso também destaca a importância de enviar os resíduos para a reciclagem de maneira adequada.

"Quando descartamos corretamente e enviamos para empresas especializadas, evitamos que toneladas de material acabem em aterros ou no meio ambiente. É um processo que vai além da coleta, envolvendo uma cadeia produtiva, onde cada parte tem seu papel, desde o catador até a empresa que recicla e transforma os materiais em novos produtos”, explica.

Nesse ciclo de reciclagem, personagens como Francisca Santos, de 72 anos, têm um papel fundamental. Natural de Bonito, ela trabalha como catadora há 15 anos. Sua jornada começou por necessidade, buscando uma forma de sustentar sua família. Hoje, a reciclagem é a principal fonte de renda de sua casa, permitindo que ela reformasse sua moradia e instalasse água e esgoto.

"Com a reciclagem, consegui melhorar minha vida. Reformei minha casa e vivo com mais dignidade", conta Francisca, que participa do Festival de Inverno há cinco anos. Durante o evento, sua coleta diária, que costumava ser de quatro quilos, chegou a 40 quilos, resultado do aumento do fluxo de pessoas. Todo o material é levado para uma empresa local e vendido, gerando o sustento necessário para ela e sua família.

Já Ana Rosa, mineira de Porteirinha (MG), está em Bonito há muitos anos e vê na coleta de latinhas uma atividade que a mantém ativa e que complementa sua aposentadoria. "Catar latinhas me ajuda bastante. O dinheiro que ganho com elas cobre alguns custos, e como as coisas estão caras, faz diferença", explica Ana, que há mais de vinte anos atua como catadora. Mesmo com o frio das noites do festival, ela não deixou de comparecer. "Eu gosto de vir, encontro pessoas boas, converso e faço amizades. Isso me deixa feliz", relata.

Além de catadoras como Francisca e Ana, há também outros agentes importantes no processo de reciclagem durante o Festival, como Ronaldo Barrios, de 53 anos. Ele é responsável pela mobilização dos catadores locais, desempenhando papel crucial na organização da coleta durante o evento. "Eu converso com os catadores e faço a mobilização. Quando a Ana [Franzoloso] chega, visitamos os catadores, e eles participam da coleta," explica Ronaldo, que mantém contato com mais de 20 catadores ao longo do ano.

Ronaldo, que também trabalha como jardineiro, se envolveu com a reciclagem no festival no ano anterior e, desde então, colabora com a Du Bem. "É uma forma de ajudar a galera a ganhar um trocado a mais e, ao mesmo tempo, preservar o meio ambiente," afirma ele, destacando o orgulho que sente ao contribuir para a conservação do paraíso natural que é Bonito, sua terra natal.

Destaque

 Um dos principais destinos de ecoturismo do mundo, a cidade de Bonito recebeu 30.491 turistas em julho. O número é recorde em comparação ao mesmo período nos últimos nove anos. Este cenário positivo é resultado de uma série de ações conjuntas do Governo do Estado, por meio da Fundtur (Fundação de Turismo de Mato Grosso do Sul), com a prefeitura e iniciativa privada.

Os dados fazem parte de um levantamento feito pelo Observatório de Turismo e Eventos, que é coordenado pelo BCVB (Bonito Convention & Visitors Bureau), tendo apoio da Fundtur-MS para realização da pesquisa. O número de visitantes em julho deste ano foi 4,85% superior ao mesmo período de 2023.

Um dos fatores para este desempenho recorde são os voos diretos do aeroporto de Congonhas (São Paulo) para Bonito, assim como de Viracopos (Campinas). Eles são promovidos respectivamente pelas companhias Gol e Azul. De acordo com o trade turístico, esta oferta diária (voos diretos) fez a diferença para este cenário.

De acordo com o aeroporto regional de Bonito, foram feitos 4.007 desembarques neste mês, o que representa 12,95% dos turistas que estiveram na cidade neste período. O levantamento ainda mostra que a cidade recebeu 163.920 turistas de janeiro a julho de 2024.

Esforço conjunto

Para chegar aos números positivos em julho, houve um esforço conjunto em um trabalho de anos desenvolvido pela Fundtur-MS, para viabilizar junto à iniciativa privada voos diários e diretos de São Paulo para Bonito. Esta oferta foi disponibilizada em julho, mês de férias escolares.

Esta possibilidade impulsionou o fluxo turístico da região, tendo como consequência o aumento de turistas em julho de 29.519 (2023) para 30.941 (2024). Esta ampliação dos voos faz a diferença para trazer os turistas de fora do Estado e até estrangeiros, que desejam conhecer as belezas naturais da cidade.

“Esse incremento de novos voos pelas duas companhias é muito significativo e reflete no trabalho que a fundação tem realizado nos últimos anos, com o objetivo de melhorar a logística e oferta de assentos ao nosso principal destino”, afirmou o diretor-presidente da Fundtur-MS, Bruno Wendling.

Destaque

 Apresentando o melhor da economia criativa e da diversidade da cultura pantaneira, o Sebrae/MS levou 21 empreendedores com selo Made In Pantanal para expor no Festival de Inverno de Bonito. Com dança, música, gastronomia, literatura, artesanato, moda e cinema, a programação do evento teve início no dia 21 (quarta-feira) e aconteceu até o dia 25 (domingo), promovendo tradições e fortalecendo empreendedores de todo o estado.

Segundo o gerente da Regional Oeste do Sebrae/MS, Matheus da Silva Oliveira, a participação dos empreendedores no Festival é uma oportunidade de reforçar o trabalho em um evento de prestígio cultural e, inclusive, apresentar a turistas e possíveis clientes, expandindo mercado. “Muitas negociações foram realizadas e tiveram muitas visitas aos stands. Os empresários ficaram em uma posição de destaque, posicionados na Praça do Peixe, ao lado do espaço de Economia Criativa, onde puderam apresentar a qualidade e criatividade dos produtos sul-mato-grossenses”, afirma o gerente.

Marcada pela diversidade dos biomas Pantanal e Cerrado, a cultura sul-mato-grossense é inspiração e, especialmente, matéria-prima para desenvolvimento sustentável de vestimentas, acessórios, produtos gastronômicos, decorações e outras utilidades. Pensando nisso, o Sebrae/MS desenvolveu o selo Made In Pantanal para promover o trabalho de pequenos negócios desse setor e o desenvolvimento econômico sustentável no bioma.

Participando pela segunda vez do festival, a empresária Francisca Garcia reafirma o impacto dessa programação para o negócio Amor Peixe, um projeto que trabalha com produtos sustentáveis, como bolsas e acessórios, feitos a partir da pele do peixe. “Para mim foi ótimo, e comparando com o primeiro ano que participamos, que foi uma experiência e tanto, dessa vez foi uma grande superação de espaço, de movimento, de encontrar pessoas novas, ver novos parceiros fazendo parte da feira. Só tenho a agradecer ao Sebrae por nos auxiliar a participar desse festival”, afirma a empreendedora.

Para Adriana Neves, proprietária da Amada Luz Velas, expor no evento é uma experiência enriquecedora que proporciona, além de novos clientes, trocas com outros profissionais. “Estar nesse festival, na cidade de Bonito, é uma oportunidade única. Além de poder vender e conquistar novos clientes, nós conhecemos outros artesãos com quem pudemos trocar ideias e, dessa forma, melhorar meu trabalho”, explica Adriana.

Mais informações aos empreendedores podem ser obtidas por meio da Central de Relacionamento do Sebrae, no número 0800 570 0800.

Destaque

 Bonito (MS) se tornará mais uma vez o epicentro do ecoturismo com a realização da 3ª edição do Inspira Ecoturismo, entre os dias 10 e 14 de setembro, no Centro de Convenções do município. Com o tema “Construindo Novos Destinos”, o evento promete cinco dias intensos de aprendizado, networking e exploração das maravilhas da região. As inscrições são gratuitas e devem ser realizadas por meio deste site.

O Inspira Ecoturismo é uma iniciativa do Sebrae/MS, realizada por meio do Polo Sebrae de Ecoturismo, sendo uma oportunidade única para empreendedores e gestores do setor se conectarem, trocarem experiências e descobrirem novas práticas e inovações. Este ano, o evento contará com uma programação rica, incluindo palestras, painéis, salas temáticas e visitas técnicas que permitirão aos participantes se aprofundarem em temas cruciais para o desenvolvimento sustentável do ecoturismo.

Com a expectativa de reunir um público de 800 pessoas, de pelo menos 20 estados brasileiros, Claudio Mendonça, diretor-superintendente do Sebrae/MS, aponta que o evento já é esperado na região. “A Capital do Ecoturismo, Bonito, se prepara para receber com entusiasmo mais uma edição do Inspira Ecoturismo. Este evento se tornou um ponto de encontro para os pequenos negócios do setor, que aproveitam a oportunidade para fazer networking, estabelecer conexões com gestores públicos, e se atualizar sobre as últimas tendências e práticas sustentáveis”, disse.

“Organizado pelo Sebrae, o evento não só contribui para o desenvolvimento e inovação no ecoturismo, mas também desempenha um papel crucial na economia local. Ao movimentar a cidade e promover uma ocupação significativa em um período tradicionalmente de baixa demanda, o evento reforça a importância de Bonito como um destino de ecoturismo de excelência e estimula o crescimento econômico da região”, complementa Mendonça.

São parceiros do evento o Ministério do Turismo, Agência Brasileira de Promoção Internacional do Turismo (Embratur), Associação Internacional de Turismo de Aventura (Atta), Associação Brasileira das Empresas de Turismo de Aventura (Abeta), Associação Brasileira das Operadoras de Turismo (Braztoa), Fundação de Turismo de Mato Grosso do Sul (Fundtur), Fundação de Cultura do Mato Grosso do Sul (FCMS), Fundação Grupo Boticário, Prefeitura Municipal de Bonito – Secretaria Municipal de Cultura e Turismo (Sectur) e Conselho Municipal de Turismo de Bonito (Comtur).

Com um histórico de sucesso, a edição anterior do evento registrou a participação de 1.139 pessoas presenciais e outras 605 de forma on-line em 2023, com a receita estimada em R$ 2 milhões para o destino. Além disso, foram realizadas visitas técnicas a atrativos com a presença de 844 participantes e mais de 50 painelistas contribuíram para o enriquecimento do debate.

Destaque

 A 23ª edição do evento transformou Bonito em um polo de arte, cultura e turismo, atraindo milhares de visitantes e impulsionando a economia local. Bonito, um dos destinos mais deslumbrantes do Brasil, está se despedindo do Festival de Inverno de Bonito (FIB), que ocorreu de 21 a 25 de agosto de 2024. Com o tema "Da Terra Viva, Nossa Arte Vibra", o evento ofereceu 83 horas de arte e cultura, distribuídas em 57 atrações que encantaram toda a família. Mais do que um simples festival, o FIB consolidou-se como um dos principais eventos culturais de Mato Grosso do Sul, transformando a cidade em um verdadeiro motor de desenvolvimento econômico e um grande atrativo para turistas do Brasil e do exterior.

Presidente da Fundação de Turismo, Bruno Wendling compara o impacto do festival ao de um réveillon, criando uma alta temporada fora do período tradicional. "O Festival de Inverno é como se fosse o réveillon para Bonito. Uma alta temporada fora da alta temporada. Este ano, trabalhamos com antecedência para atrair um público que não costumava vir a Bonito nesta época, focando no festival. Nossa expectativa é aumentar ainda mais o número de turistas nacionais nos próximos anos. O Festival de Bonito é de suma importância para o turismo de Mato Grosso do Sul, diversificando o turismo de natureza e ampliando-o para a arte e cultura", ressalta Wendling.

A integração entre cultura, turismo e esporte é um dos grandes diferenciais do FIB, como destaca Marcelo Miranda, secretário de Esporte, Turismo e Cultura (Setesc). "Eu não tenho dúvidas de que este é um dos principais eventos de Mato Grosso do Sul. Movimenta o trade turístico, e este ano estamos vendo uma Bonito cheia de turistas nacionais, graças ao trabalho transversal que realizamos via Fundação de Turismo. Essa conexão entre cultura, turismo e esporte está enriquecendo o Festival de Inverno com ações, inovações e atrações para toda a família", enfatiza Miranda.

A experiência proporcionada pelo festival vai muito além dos números. Turistas como Maria de Andrade, do Paraná, testemunham o impacto emocional e cultural do evento. "Este Festival de Inverno é incrível! Nunca vi um evento que combine tão bem cultura, natureza e um clima tão acolhedor. As atrações são de altíssimo nível, mas o que mais me impressionou foi a energia daqui. Bonito já é um lugar maravilhoso por si só, mas o festival eleva a experiência a outro patamar. A organização está impecável, os shows, as atividades ao ar livre... tudo perfeito! Com certeza voltarei no próximo ano e trarei mais amigos para vivenciar isso tudo!", compartilha Maria, encantada com a atmosfera única do festival.

Juan Marquez, turista vindo de Costa Rica, expressa sua admiração pela integração do festival com a natureza local. "Este festival é uma verdadeira joia cultural! Viajando pelo mundo, raramente encontro eventos que capturam tão bem a essência de um lugar como o Festival de Inverno em Bonito. As apresentações artísticas são maravilhosas, mas o que realmente me fascina é a maneira como o festival se integra à natureza ao redor. As pessoas são tão calorosas e hospitaleiras, e o ambiente é simplesmente deslumbrante. É uma experiência inesquecível, e estou encantado por poder fazer parte disso!", afirma Juan, impressionado com a sinergia entre arte e ambiente.

Para Marinez Rodrigues, proprietária de uma pousada em Bonito, o FIB é um dos momentos mais aguardados do ano. "O Festival de Inverno é um dos momentos mais aguardados por nós, da rede hoteleira. É um evento que não apenas movimenta a economia local, mas também coloca Bonito em destaque nacional e internacional. Durante o festival, nossa pousada fica lotada de turistas ansiosos para vivenciar as atrações culturais e a beleza natural da região. Esse fluxo de visitantes fortalece todo o comércio, desde os restaurantes até os pequenos artesãos. Além disso, o festival é uma oportunidade única para mostrarmos a hospitalidade e os serviços que oferecemos, fidelizando clientes que retornam ao longo do ano. Para nós, é um evento fundamental que traz visibilidade e sustentabilidade para o nosso negócio."

Representante da Associação Empresarial de Bonito (Asseb), Rodrigo Loureiro Lopes ressalta a importância estratégica do festival para a economia local. "O Festival de Inverno é um pilar essencial para o desenvolvimento econômico e cultural de Bonito. Como representante da Associação Empresarial, posso afirmar que esse evento é um dos principais motores que impulsionam o turismo e fortalecem os negócios locais. Durante o festival, vemos nossa cidade repleta de visitantes, o que gera oportunidades para os empresários, fomenta parcerias e movimenta toda a cadeia produtiva. Além disso, o festival não apenas atrai turistas, mas também projeta Bonito como um destino de qualidade, onde cultura e natureza se encontram em harmonia."

À medida que o FIB 2024 chega ao fim, fica claro que o evento não apenas aquece a economia local, mas também toca os corações de todos que têm o privilégio de participar dessa celebração única de arte, cultura e natureza. Com cada edição, o Festival de Inverno de Bonito reforça sua posição como um dos principais eventos culturais do Brasil, atraindo um público cada vez mais diversificado e consolidando Bonito como um destino imperdível para turistas do mundo inteiro.

Destaque

 No Festival de Inverno de Bonito 2024, as atrações foram feitas para todas as pessoas. Durante os cinco dias de festa, seis intérpretes de Libras (Língua Brasileira de Sinais) se revezaram para traduzir em tempo real as rodas de conversa, os eventos literários, as peças de teatro e os shows, tornando o evento mais acessível às pessoas surdas ou com perda auditiva.

“Aqui a gente está fazendo um trabalho de tradução, interpretação e Libras para as pessoas da comunidade surda. Estamos fazendo um apoio também na deficiência física. Todos os espaços na frente dos palcos têm um espaço de acessibilidade. E a Fundação de Cultura também se programou para que todos os espaços físicos aqui dos stands tivessem rampas”, explicou Felipe Sampaio, da Comunica Acessibilidade. A empresa atende o Festival de Inverno de Bonito desde 2022.

Em Bonito, a comunidade surda que participa dos eventos, segundo Felipe Sampaio, é de aproximadamente 20 pessoas. Elas participam de um grupo de WhatsApp em que recebem um material adaptado do Festival de Inverno. “Nós mandamos toda a programação para a comunidade surda através desses vídeos e a gente sempre coloca, faz uma arte específica para a acessibilidade, avisando que vai ter a área PcD na frente para que as pessoas consigam se locomover de forma mais segura”, contou Sampaio.

Nessas áreas reservadas, que ficam em um local privilegiado, bem na frente do palco, é possível ver, em todos os shows, pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida e, algumas vezes, pessoas surdas.

No show do Olodum, com participação especial de Sandra Sá, foi possível presenciar pessoas surdas curtindo o espetáculo, sentindo na pele e no corpo os ritmos e as vibrações dos instrumentos e vendo a tradução feita por intérprete de Libras.

Pessoas com mobilidade reduzida também aprovaram o espaço reservado, em localização privilegiada, diante do palco. “Esse espaço é uma maravilha. Maravilha mesmo! Nem sempre tem isso. O Festival é o primeiro evento, dos que eu fui, que tem espaço reservado para a gente”, contou a cadeirante Carolini da Rocha Barros. Ela avaliou ainda que é preciso melhorar a acessibilidade, mas que o espaço reservado está aprovado.

O Festival de Inverno de Bonito 2024 também contou com uma oficina feita por uma pessoa com deficiência. Maria de Jesus, que é cadeirante, ministrou a Oficina de Biojoias da Natureza, no stand do Artesanato, na Praça da Liberdade.

Walfrido Castro de Sá, cadeirante de 78 anos, veio de Campo Grande para aproveitar o fim de semana em Bonito. Ele acompanhou os shows do Olodum com Sandra Sá e a apresentação do último dia, com João Haroldo e Betinho, e Teodoro e Sampaio. Para Walfrido, que frequenta o Festival anualmente, o espaço acessível foi uma surpresa positiva. “Eu gostei muito de todos os shows. Mesmo com o frio, não deixei de vir. A propaganda na TV foi o que me trouxe aqui, e estou aproveitando cada dia”.

Sua irmã, Marilene Castro de Sá, farmacêutica aposentada e artesã por hobby, sempre faz questão de se programar para ir ao FIB com um grupo de amigos. Ela prestigiou muitas das manifestações artísticas do evento, tanto na Praça da Liberdade quanto no Festival Bonitinho. Marilene cuida de Walfrido em sua vida diária e o acompanhou durante todo o Festival.

“Viemos de Campo Grande especialmente para o Festival de Inverno, uma tradição que cultivamos com carinho. Meu irmão é minha prioridade, e ver que há um espaço acessível para nós foi um alívio. É uma alegria poder estar aqui, juntos, desfrutando desse momento com conforto e segurança”, compartilhou Marilene.

Luísa Bran, natural de Bonito e surda, acompanhou com entusiasmo todos os shows do Festival de Inverno ao lado de sua amiga Élida Rosa, enfrentando o frio e a garoa. Ela sentiu toda a energia e as batidas de cada apresentação através da tradução dos intérpretes de Libras. “Gostei muito. É muito importante ter esse espaço para que a gente possa participar dos shows. Minha amiga, Élida Rosa, que também é surda, compartilha do mesmo sentimento. O show do Olodum foi legal, deu para sentir a emoção através dos intérpretes. Foi muito bom, muito importante e prazeroso”, expressou.