imagem do onda

Notícias de Bonito MS

Destaque

Tem rios que serpenteiam os caminhos, rios retos e de mansidão. Há outros de transparência e, alguns, de ocultação. Em dias azulados, quase sempre, viram céu no chão. Quando as chuvas desabam sobre a terra, ganham um poder sem tamanho, que mete medo até em ancião. Doces, guardam muito mais do que as águas que abastecem cidades. São sinônimos de vida em dois flancos: sob e sobre o seu próprio leito.

Nesta quarta-feira, 24, é Dia do Rio. E o Brasil teria razões de sobra para reverenciar tanta água boa de beber. Basta dizer que os rios da Bacia Amazônica, a maior do mundo, têm 7.050.000 km² e mais da metade deles (3.904.392,8 km²) estão em terras tupiniquins. Nesta mesma região, o rio Amazonas é considerado o 2º maior do planeta em extensão (6.280 km), após o Nilo, no Egito, com os seus 6.670 quilômetros. Aliás, tudo no Amazonas é superlativo: desde a largura média de 5 quilômetros até seus 7 mil afluentes. Vale dizer: desde 2008 uma medição feita pelo Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), diz que o Amazonas tem 6.992,06 quilômetros de extensão enquanto o Nilo atinge 6.852,15 quilômetros. À época, faltava à comunidade científica internacional reconhecer tal constatação, mas essa informação, até o momento, ainda não foi divulgada.

Mas um rio não se mede à distância e nem tampouco por sua extensão ou imponência. Mede-se por aquilo que o mantém intacto, inaugural, de um Brasil rico por natureza (como diz a música). Mas, infelizmente, do universo ao seu redor – uma mistura de gente, flor, árvore e bichos –, mais aquilo que guarda molhado sob suas águas, pouco se preserva, sobretudo próximo às grandes cidades.

Hoje a água doce, a mesma dos rios, chora salgada na face de quem assiste, diariamente, à destruição da fauna e da flora que a margeia. Difícil não se incomodar ao ver, no rio Tietê (na altura de Salto, no interior de São Paulo), uma família de patos mergulhando entre detritos humanos atrás da própria sobrevivência.

Que coisas poderão comer essas aves em águas tão fétidas, nesse banho diário em espuma marrom, que mais parece leite com chocolate? Aonde foi parar o rio?! Alguém, em sã consciência, o reconhece?

Sabemos decor a pressa e o imediatismo dos homens. E também o seu egoísmo. “Gerações futuras? Danem-se. Vivo o meu tempo, hoje e agora. Amanhã não estarei mais aqui”, muitos certamente devem pensar. A pergunta é: quanto mais desprezo ainda caberá na alma humana?

E aqui, a reflexão de Heráclito, é mais que providencial. Num texto de Hélio Schwartsman, ele aponta uma frase como sendo "ipsissima verba". Ou seja, Ipsis litteris as palavras que este filósofo da Antiguidade teria dito: "Para os que entram nos mesmos rios, outras e outras são as águas que correm por eles". Sendo o rio essa analogia do tempo, que passa e modifica as coisas, ele jamais seria um lago (não fossem hoje as barragens que também ditam até o ritmo de suas águas e alteram a sua geografia).

No futuro, quando o homem (enquanto raça humana) olhar para um rio, talvez tenha vontade de voltar ao início. Mais: de fazer como Milton Nascimento na canção “A Lágrima e o Rio” e implorar que o rio o leve junto com o amor perdido para as águas. Talvez, como na música, seja tarde demais...

“Ó rio,/ Me leva contigo e o meu coração/ Éramos dois e não quero ser um/ E desordenadamente, o barranco, as lágrimas/ Lutei contra a força, perdi.” Tomara que não seja assim..

Destaque

Nos dias 25 e 26 de novembro, acontece na Praça da Liberdade, o 10º Festival da Guavira de Bonito. O evento, tradicional no calendário sul mato-grossense, renova-se a cada ano, somando arte, cultura, música e o melhor da gastronomia local temperada com o sabor característico da Guavira.

Para o prefeito José Arthur Figueiredo, o Festival desse ano tem também um sabor de comemoração. “Eu tenho certeza que este será um dos melhores festivais de todos os tempos, e nós nos empenhamos muito nisso, porque além desse resgate da cultura e da tradição que a Guavira traz, o município comemora ainda a consagração do prêmio recebido em outubro como Melhor Destino de Ecoturismo do Brasil pelo 10º ano consecutivo. Será com certeza uma festa muito especial, 10 anos de Festival da Guavira somados a 10 anos de reconhecimento para Bonito”, afirmou.

Abrindo o Festival na próxima sexta-feira (25), show com a dupla Crysthian e Ralph e no sábado (26), sobe ao palco Lucas Calderan. Na programação estão previstos ainda diversos shows de músicos locais e espetáculos de dança e teatro.

Além dos shows e apresentações, haverá exposição de artes plásticas, tendas com o artesanato do município e comidas típicas regionais. Um espaço montado pela Secretaria de Turismo, Indústria e Comércio, será responsável por oferecer aos visitantes amostras da fruta para degustação.

A escolha da Guavira símbolo da festa surgiu vinculada à proposta de conservar os recursos naturais de Bonito. Fruta nativa na região, ela está sendo aos poucos substituída por áreas de pastagem para a criação do gado.

Saiba mais sobre a GUAVIRA neste video especial :  Plantas do Cerrado


O 10º Festival da Guavira de Bonito é organizado pela Prefeitura de Bonito, através da Secretaria Municipal de Turismo, Indústria e Comércio, em parceria com a Funceb, Secretaria Municipal de Ação Social, Fundação de Turismo, IPHAN, Fundação de Cultura MS, Sindicato Rural e IESF.


Destaque

O governo alemão decidiu: vai encerrar a geração de energia proveniente de usinas nucleares e diminuir a quantidade de complexos movidos a carvão, responsáveis por altas emissões de carbono. Para atingir tal objetivo pretende aumentar o emprego das energias renováveis no país, como a solar, eólica e biomassa.

Em outras palavras, os investimentos nesse tipo de matriz energética saltarão dos atuais 16% para 80% até 2050, segundo o plano oficial. A potência instalada de fontes renováveis deverá chegar a 163,3 GW. É como se, em quatro décadas, a Alemanha construísse o equivalente a mais de 14 usinas com a mesma potência da Belo Monte, que terá capacidade para produzir 11,2 GWh de energia no Rio Xingu, no Pará. Com uma diferença: sem destruir nenhuma floresta para isso.

Com um detalhe extra: falta espaço territorial à nação mais desenvolvida da Europa. Cabem, por exemplo, quase 24 Alemanhas dentro do território brasileiro. A saída será incentivar a criatividade e o desenvolvimento tecnológico. Tanto que o assunto tornou-se uma das principais bandeiras do país desde o final de maio, quando o governo de Angela Merkel anunciou o encerramento gradativo das atividades de 17 usinas nucleares até 2022. O tema já era discutido há pelo menos uma década, mas a decisão a respeito foi acelerada após o acidente nuclear ocorrido em Fukushima, no Japão.

"Estamos abandonando a energia atômica em todo o país, mas estamos implantando um sistema que denominamos de 'tarifa ecológica', que recompensa pessoas que estão consumindo sua própria energia com meios limpos. O excedente alimenta a rede elétrica, sendo descontado do custo que a pessoa teria que pagar pelo consumo ou mesmo recebendo a quantia em dinheiro ao longo dos anos", explica a pesquisadora Ursula Eicker, da Universidade de Ciências Aplicadas de Stuttgart.

Com uma população de 11 milhões de habitantes e alta concentração de indústrias – abriga as sedes mundiais de companhias como a Daimler (Mercedes-Benz), Porsche, Bosch, entre outras -, 40% da energia que abastece a região provém da matriz nuclear, segundo Theresia Bauer, ministra de Ciência, Pesquisa e Arte de Baden-Württemberg.

Por conta disso, há um movimento de desenvolvimento de novos produtos voltados à melhoria da eficiência energética que serão utilizados no país e, posteriormente, exportados para outras regiões, como o Brasil. “Queremos ocupar uma posição de liderança neste contexto, desenvolvendo tecnologias em relação à energia eólica, fotovoltaica e biomassa”, disse a ministra



Destaque

Gérard Moss receberá das mãos da Rainha Elizabeth a medalha e o título de Membro da Ordem do Império Britânico – MBE, distinção concedida por préstimos à sociedade que merecem reconhecimento público. Gérard será condecorado pelo serviço prestado nas questões ambientais que envolvem o Brasil e consequentemente o mundo.

Explorador ambiental, piloto e engenheiro, Gérard é naturalizado brasileiro há duas décadas e têm dedicado anos promovendo a preservação e o uso racional das águas. Mais recentemente, através do Projeto Rios Voadores que ele idealizou, viabilizou pesquisas e articulou a divulgação sobre a influência da floresta amazônica no clima brasileiro, focando especialmente numa preocupação com as águas e as chuvas.

"Estou muito surpreso e honrado por ter sido indicado para receber a condecoração MBE, distinção concedida pela Rainha Elizabeth. Mas tenho plena consciência de que esse reconhecimento vem graças à colaboração que tive durante muitos anos de vários cientistas aqui no Brasil, nos projetos Brasil das Águas e Rios Voadores, e a confiança dos responsáveis do Programa Petrobras Ambiental," conclui Gérard.

Sobre o Projeto Rios Voadores:

O termo "rio voador" descreve com um toque poético um fenômeno real que tem um impacto significante em nossas vidas.

Rios voadores são cursos de água atmosféricos, invisivíes, que passam em cima das nossas cabeças transportando umidade e vapor de água da bacia Amazônica para outras regiões do Brasil.

O Projeto Rios Voadores pesquisa, por meio da análise de amostras de vapor de água coletadas em um pequeno monomotor, as massas de ar que provêm da Amazônia trazendo umidade para outras regiões do Brasil. Essas massas de ar são conhecidas hoje como rios voadores.

Há três décadas, cientistas brasileiros, liderados pelo Prof. Eneas Salati, reconhecem e estudam os rios voadores, mas só agora, no século 21, é que nasceu uma idéia com asas para tentar aprofundar o conhecimento sobre o fenômeno.

Estudos recentes têm mostrado uma ligação significante entre o sistema climático amazônico e aquele sobre a bacia do Prata. Poucos pessoas conhecem a existência do transporte do vapor d’água por massas de ar que aqui estamos chamando de rios voadores. O volume de vapor de água transportado por esses rios voadores pode ser maior que a vazão de todos os rios do centro-oeste e ter a mesma ordem de grandeza da vazão do rio Amazonas (200.000 m3/s).

O projeto, idealizado por Gérard Moss em colaboração com Prof. Salati, busca identificar a origem do vapor de água transportado pelas massas de ar vindos da Amazônia e quantificar o papel da evapotranspiração da floresta amazônica nas chuvas que caem nas regiões mais ao sul.

Na primeira fase do projeto, realizada entre 2007-2009, foram coletadas 500 amostras de vapor de água de várias regiões do Brasil, principalmente da Amazônia. Estas amostras foram analisadas pelo CENA (Centro de Energia Nuclear na Agricultura) da USP, Piracicaba, SP.

Na segunda fase, que conta novamente com o patrocínio do Programa Petrobras Ambiental, será possível avançar nos estudos, interligando os resultados das análises com as condições meteorológicas regentes na hora da coleta. É um trabalho complexo e a melhor forma encontrada para avançar nas pesquisas é justamente unindo forças. A análise das amostras de água no CENA é estudado com a forte colaboração da equipe no CPTec.

A segunda fase também dará ênfase à educação. Foram escolhidas seis cidades-chave ao longo da rota dos rios voadores: Brasília (DF), Chapecó (SC), Cuiabá (MT), Londrina (PR), Ribeirão Preto (SP) e Uberlândia (MG). Nestas cidades, haverá um projeto reforçado em parceria com autoridades locais para inserir uma aula sobre os rios voadores nas escolas municipais da rede pública, com oficinas de treinamento dos professores e fornecimento de material didático

Assista o video: O Fenomeno dos Rios Voadores

Exploradores ambientais:

Desde a década de 1990, Gérard e Margi Moss têm viajado pelo Brasil e pelo mundo afora em aviões leves, a baixa altitude, observando as paisagens que passam debaixo de suas asas.

Vendo o mundo de cima, perceberam a fragilidade dos rios acuados, o avanço teimoso da desertificação, as feridas abertas pelas queimadas nas florestas, os povos se tornando refugiados ambientais, e resolveram agir.

Escolheram especificamente o tema Água. Ironicamente, é do ar que conseguem “explorar” o ambiente aquático de uma forma que alia a tecnologia de ponta à geográfica e à aventura de viver. Aplicaram os pontos fortes da aviação leve – acesso a regiões remotas, voar baixo, ponto de observação móvel, plataforma fotográfica estratégica – a serviço da causa, trabalhando em parceria com cientistas brasileiros de renome.

Em 2003/2004, realizaram o Projeto Brasil das Águas, um projeto inédito que utilizou um avião anfíbio para coletar mais de 1.160 amostras de água doce de corpos de água espalhados em todo o Brasil – rios, lagos e reservatórios. Voaram 120.000 km durante os 14 meses do projeto, o equivalente a mais de duas voltas ao mundo.

Baseado nos resultados obtidos pelas análises das amostras feitas por pesquisadores em várias instituições em São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais, foi possível desenhar um mapa mostrando a saúde das águas doces no momento da coleta e identificar ambientes não contaminados para que possam ser conservados.

Agora, com o Projeto Rios Voadores, mais uma vez aliam o uso de um avião pequeno à busca de amostras nos cantos distantes do Brasil. Mais uma vez também, se aliaram a gurus do conhecimento científico brasileiro, tanto em estudos isotópicos quanto em climatologia (veja Equipe Científica), para divulgar o fenômeno dos rios voadores e a sua importância para um futuro regado a água de chuva para o Brasil.

Leia mais:
- Projeto Brasil das Águas
- Projeto Sete Rios

Destaque

Foi divulgado nesta quarta-feira (16) um viral feito por artistas e celebridades contra a construção da usina hidrelétrica de Belo Monte. A ação foi organizada pelo Movimento Gota D’ Água, que tem como objetivo transformar indignação em ação.

A campanha argumenta que a usina hidrelétrica será a terceira maior do mundo, porém, ela irá operar com apenas 1/3 de sua capacidade durante oito meses do ano, pois o local sofre com secas constantes. A obra não justificaria o investimento de R$ 30 bilhões.

Além disso, os artistas questionam o impacto ambiental na Floresta Amazônica - a usina alagaria cerca de 640 km2 da floresta. Outro problema seria a desapropriação de terras indígenas e deslocamento da população ribeirinha. Como alternativas a campanha sugere a utilização de energia eólica e solar. O viral destaca que a energia hidrelétrica não é uma fonte de energia limpa. Os artistas também fazem um apelo para a presidente Dilma Rousseff para que ela pare com as obras e pense nas futuras gerações.

A campanha discute o planejamento energético do país e a polêmica da construção deste tipo de usinas pelo PAC. O braço técnico desta campanha é formado por especialistas ligados a duas organizações de reconhecida importância para a causa: "Movimento Xingu Vivo Para Sempre" e o "Movimento Humanos Direitos".

Segundo o site do movimento, a missão do “Gota D’Água” é comover a população para causas socioambientais utilizando as ferramentas da comunicação em multiplataforma – “Nossa proposta é usar estas inovações para seduzir e mobilizar a sociedade para causas socioambientais.” Para assinar a petição contra a obra acesse o site: www.movimentogotadagua.com.br.

As celebridades participantes são: Ary Fontoura, Bruno Mazzeo, Carol Castro, Ingrid Guimarães, Isis Valverde, Juliana Paes, Cissa Guimarães, Cláudia Ohana, Dira Paes, Letícia Sabattela, Maitê Proença, Malvino Salvador, Elizângela Vergueiro, Eriberto Leão, Guilhermina Guinle, Marcos Palmeira, Murilo Benício, Nathália Dill e Sérgio Marone

Destaque

O site "New 7 Wonders" divulgou na última sexta-feira (11) o resultado da votação que elegeu as Sete Novas Maravilhas Naturais do Mundo, e entre elas, estão a Amazônia e as Cataratas do Iguaçu. De acordo com os organizadores, o resultado ainda não é definitivo porque agora os votos serão verificados, validados e depois passarão por uma auditoria.

Os outros locais eleitos são a Baía Halong, no Vietnã; a Ilha Jeju, na Coreia do Sul; a Ilha Komodo, na Indonésia; o Rio Subterrâneo de Porto Princesa, nas Filipinas; e a Montanha da Mesa, na África do Sul. Os locais foram anunciados em ordem alfabética e não por ordem de votação. O concurso recebeu cerca de 1 bilhão de votos.

Inicialmente, foram inscritos 440 locais de mais de 220 países, filtrados em 28 finalistas, depois a 14, e finalmente aos sete vencedores. A organização ressalta que pode haver alguma mudança nos países eleitos com a recontagem de votos.

As Cataratas do Iguaçu, com seus 275 saltos ao longo do rio, é considerada a maior cortina de água do mundo e teve candidatura binacional franqueada pelo Brasil e pela Argentina. A linha fronteiriça entre os dois países passa pela Garganta do Diabo – o maior de seus saltos.

A  Amazônia ocupa cerca de 5,5 milhões de quilômetros quadrados que se espalham por nove países. O Brasil tem cerca de 60% da floresta, e o resto está dividido entre o Peru, Equador, Suriname, a Colômbia, Venezuela, Bolívia, Guiana e Guiana Francesa.

De acordo com a coordenadora-geral de Regionalização do Ministério do Turismo, Ana Clévia Guerreiro, essa conquista vem somar ao momento positivo de exposição mundial que o país vive com a chegada da Copa do Mundo e das Olimpíadas. “Isso dá visibilidade para o Brasil, e não é só o turismo que se beneficia, mas todas as atividades econômicas que envolvem as belezas naturais”.

Ela também ressaltou que a premiação beneficiará o turismo de todo o país, e não só dos locais escolhidos. “Quando a pessoa vem ao Brasil, ela tem um tempo de permanência maior e deseja aproveitar ao máximo para conhecer o que pode do país. Ela faz um roteiro misto onde tem algo principal que motivou a viagem dela e depois aproveita para conhecer outras coisas”

Destaque

“Realizei meu sonho”, confessa o corajoso Guilherme, de 12 anos, enquanto o avião decola. Ele é uma das crianças e adultos que realizaram o sonho de voar em um avião, no fim de tarde deste sábado (12), em Porto Murtinho.

E a vista não podia ser mais perfeita: rio Paraguai, fronteira com o país vizinho de um lado e o verde do Pantanal do outro.

A realização do “sonho nas nuvens” foi possível graças a um grupo de cerca de 6 pilotos, que prestigiam o 7º Festival Internacional de Porto Murtinho e, a convite do prefeito Nelson Cintra, levaram alguns moradores para ver a fronteira do alto.

A reportagem do Campo Grande News também embarcou no passeio, junto com Guilherme, que tranquilizou a repórter em seu primeiro vôo.

“Fica tranqüila, não tem perigo não. Eu seguro sua mão”, afirma, sendo solidário. E ainda profetiza: "Um dia vou pilotar um desse também".

De cima, o verde toma conta da visão e o rio Paraguai mostra toda sua beleza. Alguns pontinhos brancos lembram o forte da economia do Estado, a pecuária, que também é responsável por algumas áreas desmatadas para pastagem.

Nosso piloto, Antônio Rubini, voa a cerca de 3 mil pés, o equivalente a 1 mil metros. Em baixo das nuvens, a chuva fina cai em algumas partes, trazendo o alívio para o calor de Murtinho, e a beleza do fenômeno da natureza visto do alto.

Na pista do aeroporto do Município várias crianças aguardavam ansiosas a próxima decolagem. Os pilotos acreditam que levaram cerca de 100 pessoas para os vôos.

O professor Eduardo Bareiro, de 36 anos, também voou de avião pela primeira vez nesta tarde. “Pensei que ia ficar mais tenso, mas foi tranqüilo, é muito seguro o equipamento. A área de visão na janela é bem grande, muito bacana”, diz.

O vôo não entrou na programação oficial do Festival, mas foi anunciado para o público que participou das apresentações culturais nesta tarde.

Já se apresentaram hoje no Festival a Orquestra de Violões Novos Talentos de Porto Murtinho, Grupo de Capoeira de Caracol, Espetáculo Teatral Espelho Partido de Três Lagoas, Dança de Rua, de Murtinho e espetáculo de Dança paraguaia.

O Touro Bandido também desfilou em carreata pela cidade. A partir das 20h as apresentações culturais continuam e o Touro Encantado faz uma prévia da sua apresentação para amanhã. O Festival vai até segunda-feira (14).