Notícias de Bonito MS
Sob o título "Paraíso do Ecoturismo", o jornal paulista Diário do Grande ABC traz informações detalhadas sobre Bonito, chamando a cidade de "Meca brasileira do ecoturismo". A reportagem é de Heloísa Cestari. Confira:
Paraíso do Ecoturismo
Bonito. O nome já diz tudo. Na Meca brasileira do ecoturismo, situada no coração de Mato Grosso do Sul, o conjunto de paisagens naturais não só faz jus à denominação como a faz soar com certo tom de eufemismo diante da exuberância de seus cartões-postais.
E se o nome é Bonito, o apelido bem que poderia ser aventura, seja na água, descendo corredeiras em meio a peixes coloridos, seja por terra, explorando o interior de entradas subterrâneas ou, ainda, suspenso no ar, tendo apenas um fio a separá-lo do abismo. Afinal, beleza e adrenalina sempre ditam o rumo dos passeios. Tudo, é claro, ecologicamente correto, com fiscalização rígida e número limitado de visitantes por dia.
O resultado são ambientes preservados e bolsos devastados pelos preços em vigor nas agências de turismo local, que monopolizam o acesso às atrações turísticas com o aval de ambientalistas, moradores e poder público. E se quiser burlar o esquema, esqueça: ninguém põe o pé ali sem antes fazer reserva, pagar a taxa de visita e contratar um guia.
Um exemplo de sustentabilidade que custa caro. Mas quem se importa? O que interessa é conservar o paraíso para que o passar dos anos não determine o fim das espécies de fauna e flora que surpreendem o ecoturista desde o interior das grutas até as profundezas dos rios.
A começar pelo principal cartão-postal de Bonito: a Gruta do Lago Azul, que, como o próprio nome sugere, abriga uma piscina natural de águas incrivelmente azuis em seu interior. O local foi o responsável por alavancar o turismo em Bonito a partir da década de 1990 e já serviu até como cenário de novela.
Diz a lenda que o tom turquesa do lago é provocado pelos monstros que moram no fundo. Mas a ciência tem uma explicação mais simples: a coloração seria decorrente da concentração de bicarbonato de cálcio nos rios, resultante da dissolução de minerais das rochas calcárias.
Ao mesmo tempo em que embeleza as águas dos lagos e corredeiras com tons de azul, no entanto, a substância calcifica os encanamentos das casas e deixa os cabelos tão duros e quebradiços quanto as rochas que a originaram.
Mais uma vez, repete-se a pergunta: Quem se importa com a 'juba quando se está em plena caverna, cercado de formações rochosas milenares e vislumbrando um poço de águas cristalinas à frente, com 87 metros de profundidade por 120 metros de largura?
O único problema é que, para chegar lá, o turista tem de caminhar bastante e encarar nada menos do que 294 degraus irregulares em uma escadaria íngreme, sem corrimão nem iluminação e, ainda por cima, escorregadia nas épocas de chuva. Para completar, nada de mergulhos - o ecossistema agradece!
Mas se quiser conhecer uma caverna sem tanto exercício - embora também sem o inatingível lago - , opte pela Gruta de São Miguel. Uma trilha leve, de 15 minutos, leva até a entrada da caverna e um carro elétrico transporta os turistas na volta.
Lá, o forte são os espeleotemas em formas de bacias, corais e bolas brancas. Já na Gruta do Lago Azul, as estalactites e estalagmites fazem muita gente se sentir em uma catedral gótica e soltar um quase bordão: Bonito mesmo!
GUIA DE VIAGEM
COMO CHEGAR
A TAM possui passagens com preços a partir de R$ 779 (ida e volta).
Site: www.tam.com.br.
No site da Gol (www.voegol.com.br), é possível adquirir bilhetes de ida e volta a partir de R$ 660 para o trecho entre Guarulhos e Campo Grande.
* As tarifas acima não incluem taxa de embarque e podem variar conforme a disponibilidade de assentos.
De ônibus - A Viação Motta (3392-4799) realiza viagens para Campo Grande com saídas diárias do Terminal Rodoviário da Barra Funda, em São Paulo, às 17h, 21h e 23h30. A passagem custa R$ 104,50 na tarifa promocional. De lá até Bonito são mais 312 quilômetros em ônibus intermunicipal.
A única linha de ônibus que sai de Campo Grande é a Viação Cruzeiro do Sul, com embarques diários às 6h e às 15h. O percurso dura cerca de cinco horas e a passagem custa R$ 25.
PACOTES
A CVC oferece pacotes de cinco dias para Bonito com preços a partir de R$ 1.598, incluindo passagens aéreas, traslados, hospedagem com meia pensão, bolsa de viagem, visita à Gruta do Lago Azul e mergulho superficial no Rio Sucuri. Outra opção são as viagens rodoviárias de seis dias a partir de R$ 998, com transporte, quatro noites em quarto duplo (três em Bonito e uma em Presidente Prudente), cinco cafés-da-manhã, cinco refeições, bolsa de viagem, ingresso para a Gruta do Lago Azul e mergulho no Rio Sucuri. Tel.: 2191-8700. Site: www.cvc.com.br.
Pela Trilha da Aventura, a viagem de cinco dias sai a partir de R$ 1.768, com transporte aéreo entre São Paulo e Campo Grande, traslados até Bonito, quatro noites de hospedagem em apartamento duplo do Hotel Olho dÁgua com café-da-manhã, duas refeições, seguro-viagem e passeios com acompanhamento de guias especializados pela Gruta do Lago Azul, Buraco das Araras, Estância Mimosa, Gruta de São Miguel, tour de bote pelo Rio Formoso e mergulho superficial no Rio da Prata. Já o de oito dias custa a partir de R$ 2.428, com as mesmas inclusões, além de visitas à Boca da Onça, ao Aquário Natural e ao Rio da Prata. O pagamento pode ser parcelado em até cinco vezes sem juros. Tel.: 4436-0673.
Site: www.trilhadaaventura.com.br.
A Pisa Trekking possui pacotes de cinco dias para Bonito com tarifas a partir de R$ 1.996. O preço - válido até novembro - inclui passagens aéreas, traslados, hospedagem em apartamento duplo do Hotel Olho dÁgua com café-da-manhã, duas refeições, seguro-viagem, camiseta, mochila e visitas com acompanhamento de guias especializados à Gruta do Lago Azul, Gruta São Miguel, Estância Mimosa, além de passeio de bote pelo Rio Formoso e flutuação no Rio da Prata. Tel.: 5052-4085. Site: www.pisa.tur.br.
CLIMA
O verão é úmido e o inverno, seco. Mais de 80% da precipitação anual dá-se entre outubro e abril. No inverno a temperatura varia de 15º C a 20º C.
QUANDO IR
A melhor época é o período de seca, principalmente entre junho e setembro, quando a água dos rios fica mais cristalina. A Gruta do Lago Azul, no entanto, fica mais bonita entre novembro e janeiro, quando o sol entra diretamente na caverna, iluminando seu interior.
VACINA
Apesar de não haver foco de febre amarela, é recomendável a vacinação pelo menos dez dias antes da viagem.
O QUE LEVAR
Roupas leves, boné, filtro solar, mochila pequena, bota para caminhada ou tênis antiderrapante, lanterna, cantil, capa de chuva, maiô, repelente, toalha pequena para os passeios, câmera fotográfica e câmera subaquática. No inverno, leve roupas mais quentes.
DIFICULDADE FÍSICA
A maioria dos passeios é de nível leve e pode só apresentar problemas a pessoas que apresentam dificuldade em se locomover. Já o passeio da Gruta do Lago Azul não é indicado para crianças com menos de 5 anos, pessoas com problemas no joelho e cardíacos, pois apresenta descidas íngremes, sem corrimão, o que dificulta o acesso.
CRIANÇAS
A viagem é mais apropriada a crianças com mais de 5 anos. Aos pais que têm filhos menores, é possível contratar serviço de babá em Bonito (o valor da diária custa, em média, R$ 50). Os passeios mais indicados para crianças são o Aquário Natural, o Rio Sucuri e arvorismo (este somente acima de 7 anos).
BANCOS
Não existem bancos 24 horas na cidade. As únicas agências bancárias são as do Banco do Brasil e do Bradesco, com funcionamento das 9h às 14h de segunda a sexta-feira.
ELETRICIDADE
110 e 220 V.
Mergulho para todos
Com águas tão transparentes, não é de se estranhar que os rios e grutas de Bonito tenham se tornado uma espécie de paraíso para os praticantes de mergulho, seja ele livre (com snorkel) ou autônomo (com cilindro de ar comprimido).
Para quem nunca se aventurou, a melhor opção é a flutuação, atividade praticamente exclusiva de Bonito - só Nobres, no Mato Grosso, oferece prática semelhante. A diferença para o mergulho livre é que, além de máscara e snorkel, o praticante deve usar roupa de neoprene e colete salva-vidas. Mas não é preciso levar nada de casa: todo o equipamento é fornecido gratuitamente pelas agências que operam o passeio.
Depois, com a parafernália já a postos, é só soltar o corpo de bruços e deixar que ele flutue ao sabor da correnteza, com os olhos atentos ao fundo do rio para que nenhuma espécie diferente de peixe passe 'batida diante dos olhos.
A alta concentração de calcário - mineral que atua como purificador das águas - garante visibilidade de até 30 metros, em meio a uma infinidade de piraputangas, dourados, pacus e plantas aquáticas.
No Rio Sucuri e no Aquário Natural, a flutuação é feita na nascente, o que garante a transparência das águas. Já no Rio Formoso, o passeio ocorre em trechos de maior correnteza, o que pode gerar sujeira nas margens.
AUTÔNOMO
Os profissionais encontram três ótimos pontos para a prática do mergulho autônomo: Rio Formoso, Rio da Prata (leia reportagem na página 6) e, para os mais aventureiros, o Abismo Anhumas, que exige credencial básica de mergulho e treinamento de uma hora e meia.
Quem quiser explorar o Anhumas, no entanto, não pode ter medo de altura, uma vez que o passeio começa com uma descida com rapel de 72 metros.
A chegada ao fundo do abismo é emocionante. Descortina-se uma caverna com estalactites gigantes e um lago do tamanho de um campo de futebol, com 80 metros de profundidade. É aí que começa a segunda parte do passeio: o mergulho propriamente dito.
Gostou da idéia? Então, é bom preparar o espírito e a carteira se não quiser mergulhar nas dívidas. Além de a atividade ser concorrida, limitada a 16 pessoas por dia, a aventura completa, com rapel e cilindro de ar comprimido, chega a ultrapassar os R$ 500.
Adrenalina na dose certa
Além do mergulho, os aficionados por esportes de aventura encontram terreno farto para a prática das mais variadas modalidades.
Uma delas é o bóia-cross pelas corredeiras do Rio Formoso. O percurso, de 1.200 metros, é cumprido em bóias individuais e dura cerca de 45 minutos. Quanto maior o volume de água, maior a velocidade. Mas mesmo em épocas de cheia a atividade é segura: guias acompanham a diversão e cordas cruzam o rio para dar apoio.
Outras opções de adrenalina são as duas plataformas de arvorismo e o mergulho ao redor de um avião bimotor submerso no Balneário Praia da Figueira. A lagoa foi formada durante a exploração de calcário na região e tem sete metros de profundidade.
Já o passeio de bote pelo Rio Formoso é um sossego só. Cada embarcação tem capacidade para 12 pessoas. Dá até para levar crianças ao longo dos oito quilômetros, cumpridos suavemente, rumo à Ilha do Padre, onde é possível passar o resto do dia curtindo a cachoeira e o restaurante da propriedade.
Fora da água, o fascínio prossegue em trilhas para a observação de pássaros, macacos e árvores centenárias preservadas nas áreas de mata nativa da Serra da Bodoquena. Um deleite para biólogos e ecoturistas de máquina fotográfica em punho.
Em entrevista recente com a engenheira química Sonia Hess, professora da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul) e uma das mais polêmicas ambientalistas do país, ela saiu-se com uma expressão muito forte ao referir-se ao Pantanal: estoque de beleza.
Segundo Hess, não leva mais de cinco anos para que o ecossistema pantaneiro, com todo o seu estoque de beleza, se torne um deserto. Tudo porque, entre políticos, governantes e empresários utilitaristas há um enorme deserto de idéias.
O frio que chegou depois da chuva de sábado à noite mudou o figurino pelas ruas de Bonito no dia seguinte, mas não derrubou a temperatura do entusiasmo do público no Festival de Inverno. No domingo (3), a manhã fria teve sol brilhante e show de bandas e fanfarras na Praça da Liberdade. No mesmo local, no palco fixo carinhosamente apelidado de "Fala Bonitinho", foram os adolescentes da companhia campo-grandense Dançurbana que esquentaram a tarde.
À noite, no palco Fala Bonito, fãs de MPB, rock e blues tomaram a praça para cantar e dançar ao som das bandas Grass e Bêbados Habilidosos. A brisa gelada que apareceu para finalmente dar cara de inverno ao Festival pareceu agradar desde aos pequeninos levados por pais e mães, até a turma mais velha. Para todo lado, a moda que desfilava era a de bota, jaqueta e cachecol.
Os primeiros a embalar a noite foram os cinco músicos da Banda Grass. Para eles, o Festival foi uma ótima oportunidade para divulgar o CD que está saindo. O público pôde conferir, entre outras, as músicas "Drible" e "Vai Valer a Pena" - essa última é a que dá nome ao disco. O Grass apresentou também um pouco da influência jamaicana e africana. "É esse nosso som, nossa identidade, nossa originalidade", definiu o vocalista Rodrigo. E como a proposta é não ter preconceito, a banda encerrou o show cantando o samba-roque "Sambamente".
Além da turma mais jovem que demonstrou ter gostado do som novo da Grass, a praça atraiu os fãs do já conhecido estilo dos Bêbados Habilidosos. Blues e bom humor empolgaram a platéia. Ex-integrante da banda, Fábio Brum apareceu para dar uma canja.
Às 21 horas, Os Bêbados fecharam os shows da Praça da Liberdade, encerrando as atrações 2008 do Palco Fala Bonito e deixando no público a expectativa pela próxima edição do Festival de Inverno.
O Ministro do Turismo, Luiz Barretto, esteve ontem (04/08) em uma solenidade em Buenos Aires para a abertura do seminário Argentina-Brasil: Uma Aliança Produtiva Chave. O evento, que contou com a participação de 264 empresários brasileiros e 100 argentinos, pretende estimular os negócios entre os dois países.
Além de Barretto, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva esteve presente, e destacou que Brasil e Argentina passam por um "momento excepcional", e que os empresários de ambos os países deveriam se reunir regularmente para debater sobre desafios comuns. De acordo com ele, o comércio entre Brasil e Argentina aumentou em 35% entre janeiro e junho.
Após a abertura, na parte da tarde foram realizados encontros setoriais, como o de Turismo, envolvendo Luiz Barretto e Jeanine Pires, presidente da Embratur.
A revista Guia Quatro Rodas escolheu três passeios turísticos de Mato Grosso do Sul para concorrer com outras 23 de todo o Brasil à "melhor atração do País". Os representantes de Mato Grosso do Sul são a Gruta do Lago Azul e a flutuação no rio Sucuri, ambos em Bonito, e a flutuação no Rio da Prata, em Jardim.
"O Guia Quatro Rodas é uma publicação com credibilidade e renome nacional e internacional; quando eles divulgam algum produto é porque foi checado pessoalmente; para nós é um orgulho ser citado. Isso ajuda muito a divulgação e promoção do Estado, uma vez que muitas pessoas usam o Guia como orientador de produtos e serviços, além de fortalecer a consolidação desses atrativos no mercado", avalia a diretora-presidente da Fundação de Turismo do Estado, Nilde Brun.
Gruta
A caverna possui em seu interior um lago azul com dimensões que a tornam uma das maiores cavidades inundadas do planeta. Após uma descida de 100 metros, o visitante está de frente com um lago de águas intensamente azuladas, cuja profundidade estima-se ser de 90 metros. Suas formações geológicas - não só o teto como o piso da gruta são repletos de espeleotemas de várias formas e tamanhos - despertam a atenção dos turistas e pesquisadores do mundo inteiro. Ninguém sabe ao certo de onde vêm suas águas, acredita-se na existência de um rio subterrâneo, que alimenta o lago.
Flutuação
No rio Sucuri, a flutuação é a parte final de uma caminhada pela mata. A aventura é uma descida de 45 minutos flutuando calmamente ao ritmo da leve correnteza, observando cardumes de diversas espécies de peixes e plantas aquáticas.
No Rio da Prata, é preciso também realizar uma trilha até a nascente do rio Olho D'Água. O turista flutua rio abaixo, percorrendo em torno de 2 km, até o encontro dos rios Olho D'Água e Rio da Prata. Nesse ponto, será possível escolher entre continuar flutuando ou embarcar em um pequeno barco de motor elétrico. O passeio tem duração total em torno de quatro horas.
O vencedor do concurso será escolhido pelos votos dos internautas. Acesse o endereço http://viajeaqui.abril.com.br/premioguia4rodas/ para votar na sua atração sul-mato-grossense preferida.
Botas, bolsas, botinas, cintos masculinos e femininos, alforjes, carteiras, adornos de jóias e pingentes. Essas são algumas das peças a base de couro de jacaré precoce que começam a ser produzidas artesanalmente em Campo Grande, no Mato Grosso do Sul, fruto do desenvolvimento, durante quase 20 anos, do projeto científico/econômico Jacaré-do-Pantanal Precoce. É a primeira vez que o couro deste animal, em reduzida idade, é utilizado na confecção de peças diversas para comercialização mediante encomendas.
A iniciativa é do Centro de Produção do Jacaré Precoce para a Conservação do Jacaré do Pantanal (CEJAP) que funciona como núcleo base do criatório das fazendas conjugadas Cacimba de Pedra-Reino Selvagem, localizadas distante 26 km da cidade de Miranda/MS, no Pantanal sul-mato-grossense. O local é o único no Brasil que hoje desenvolve este animal exclusivamente de forma precoce, denominado assim por alcançar condição de abate entre 12 e 15 meses de idade, ao contrário da criação convencional que permite o abate geralmente após os 24 meses de idade.
A precocidade tende a valorizar ainda mais o couro (já concorrido no mercado internacional), que ganha em qualidade, versatilidade e beleza. "O couro do jacaré-do-Pantanal precoce facilita o processo industrial pelas suas características como menor espessura, maior flexibilidade e resistência o que lhe confere um alto valor agregado, tanto para a indústria quanto para o consumidor final", afirma o proprietário do único criatório de precoces no Pantanal (nas fazendas Cacimba de Pedra-Reino Selvagem), o médico veterinário, Gerson Bueno Zahdi.
A produção das peças a base de couro de jacaré-do-Pantanal precoce é feita artesanalmente em Campo Grande depois que as peles passam por curtimento e pintura. Zahdi estima que o preço final, apesar da qualidade superior do couro, ainda fica abaixo das peças a base de couro tradicional de jacaré. "Em lojas especializadas um par de botas podem custar entre R$ 2,5 mil e R$ 5 mil; o nosso preço final fica entre R$ 2 mil e R$ 3 mil", explica Zahdi. Dentre as peças mais baratas está o cinto masculino - em torno de R$ 300,00 a peça.
MELHORAMENTO GENÉTICO
O desenvolvimento deste animal foi fruto de pesquisas e melhoramento genético. O jacaré é criado em confinamento, sem a incidência de luz solar, o que reduz sensivelmente a calcificação da pele. Tudo seguindo a legislação brasileira que permite a adoção da modalidade Ranching na criação de jacarés. Neste sistema, faz-se a coleta de parte dos avos postos no ambiente natural. A partir daí são colocados em incubadoras, espera-se o nascimento e faz-se a recria.
O cultivo é feito em células climatizadas onde os animais não sofrem incidência da luz solar. Este é um segredo para a qualidade do couro do jacaré produzido na sua propriedade. "A luz do sol promove a síntese da vitamina 'd' no animal, aumentando a calcificação da pele; esta calcificação gera um couro de segunda ou de terceira classes", explica.
O criatório de Zahdi foi implantado entre os anos de 1995 e 1996. No início, levava de dois a três anos para produzir um animal com três quilos/vivo. Com um ano de idade, um jacaré dificilmente passava de 1,5 quilo. Com o passar dos anos, a produtividade e a precocidade passaram a ser o diferencial do trabalho do produtor. "Agora pelo menos 33% do meu plantel leva apenas 12 meses para atingir seis quilos/animal/vivo e é abatido com esta idade", garantiu o criador que está expandindo seu rebanho de jacarés de 12 mil para 18 mil cabeças.
A nona edição do Festival de Inverno de Bonito reuniu cerca de 50 mil pessoas, segundo a assessoria de imprensa do governo de Mato Grosso do Sul.
Neste ano, os shows mais movimentados foram os da cantora Ana Carolina e do cantor Zé Ramalho. As atividades foram desenvolvidas na Praça da Liberdade, onde foi montado o Pavilhão de Artes e o da Galeria Oficial que abrigou a exposição de arte contemporânea. Somente a exposição contou com quase 10 mil visitantes.
Houve, ainda, exibições de filme, shows musicais, encenações de peças, exposições fotográficas e de arte visuais.
A décima edição do Festival será entre 29 de julho a 2 de agosto de 2009.