Notícias de Bonito MS
Em um encontro que celebra a cultura brasileira, os traços e as cores de Mato Grosso do Sul, um dos mais importantes grupos musicais do Estado está entre os homenageados. O 10º Festival de Inverno de Bonito homenageia na noite de abertura (29), na Praça da Liberdade, o grupo ACABA - Canta-Dores do Pantanal, que apresenta em suas produções a fauna, flora, e as manifestações culturais e folclóricas da nossa terra.
Com 42 anos de carreira, o ACABA surgiu no cenário da música regional em 1967 reunindo profissionais liberais e universitários. O grupo vai além de divulgar em suas músicas os costumes do sul do Pantanal, ele pesquisa as culturas de diferentes nações indígenas, primitivos habitantes de nossa terra, sem a pretensão de realizar um mapeamento socioantropológico completo e definitivo, mas com o objetivo de pôr em debate a defesa de nossas autênticas raízes.
A identidade do Grupo ACABA é o espírito engajado na defesa do bioma pantaneiro e das pessoas que lá promovem o desenvolvimento em harmonia com o ambiente que as rodeia. Algumas canções do grupo foram criadas em vista de atrocidades perpetradas contra as nações indígenas, que acabaram por disseminar essa população e o desrespeito às minorias e à gente pantaneira. Outros temas provém do uso irracional das terras pantaneiras, que polui mananciais, desgasta o solo e assoreia rios.
No final da década de 70, o Grupo ACABA lançou seu primeiro disco homônimo. Em 1980 participou do disco "A música regional do Brasil", no ano de 82 foi uma das atrações do "Prata da Casa". Várias participações aconteceram em diversos trabalhos, em 1997 estiveram num trabalho que mostrou um mapeamento musical do Estado, o "Mato Grosso do Som". Para comemorar três décadas de carreira, lançaram em 1998 o disco "Grupo ACABA - 30 anos de música cultura e pesquisa". Em 2002 produziram o "Pantanal, Coração da América". Produziram também a coletânea Música Folclórica de Mato Grosso do Sul 1, 2 e 3 entrre 2002 e 2003.
Mais um fazendeiro foi multado pela PMA (Polícia Militar Ambiental) por promover desmatamento na cidade de Bonito.
De acordo com a PMA, Ricardo Goulart Carvalho, proprietário da Fazenda Palmares do Peixe, cortou 41 árvores aroeira sem autorização do órgão ambiental competente. A multa arbitrada foi de R$ 20.500,00.
Ele responderá pelo crime ambiental e se condenado poderá pegar pena de um a dois anos de reclusão.
Enquanto o governo do Estado tenta flexibilizar as regras para facilitar a captura de peixes com a aprovação de nova lei, os prefeitos de Corumbá, Ruiter Cunha e de Ladário, José Antônio Assad e Faria (ambos do PT), fazem o caminho inverso. Hoje pela manhã eles firmaram um termo de acordo para elaborarem, em conjunto, uma lei de pesca e proteção da planície pantaneira específica que valerá nos territórios dos dois municípios, onde está a maior parte do Pantanal sul-mato-grossense.
Os municípios podem ter leis específicas sobre questões ambientais, desde que mais restritivas, confirmou em entrevista hoje pela manhã à TV Morena o ministro da Pesca Altemir Gregolin. Se isso acontecer, a flexibilização pretendida por André não vai vigorar na região mais produtiva de peixes do Estado: os rios pantaneiros.
O próximo passo será discutir com as comunidades das duas cidades o que é melhor para o Pantanal. Além disso, Ruiter e José Antônio vão procurar outros prefeitos e autoridades de cidades pantaneiras para tentar expandir a lei a toda a região.
A ideia é acelerar o processo para que a Assembleia possa aproveitar os subsídios levantados das reuniões e debates e, quem sabe, acabar adequando a própria lei enviada por André para normatizar a pesca no Estado.
Confira o Termo na íntegra:
TERMO DE ACORDO QUE ENTRE SI CELEBRAM OS MUNICÍPIOS DE CORUMBÁ E LADÁRIO EM PROL DO MEIO AMBIENTE.
O MUNICÍPIO DE CORUMBÁ e o MUNICÍPIO DE LADÁRIO, neste ato representados por seus Prefeitos Municipais, Ruiter Cunha de Oliveira e José Antonio Assad e Faria, com fundamento no Termo de Mútua Cooperação assinado pelos signatários em 1º de janeiro de 2009, e CONSIDERANDO:
Que há clamor na comunidade pantaneira sobre a urgência e importância de aumentar as restrições à pesca nos rios do Pantanal, com base na percepção geral de que estes já se encontram há muito tempo sob pressão da sobrepesca;
Que tramita na Assembléia Legislativa do Estado um projeto de lei que libera o uso de equipamentos de pesca até agora proibidos, como tarrafas, redes, bóias e anzóis de galho;
Que, em que pesem divergências entre pesquisadores, ambientalistas, comerciantes, pescadores amadores e profissionais e outros segmentos sobre a realidade e extensão do fenômeno da sobrepesca, cabe ao poder público tomar medidas preventivas de proteção ao meio ambiente;
Que, mesmo havendo dúvida razoável sobre a realidade do estoque pesqueiro, há de se adotar, em relação a este, o princípio da prudência, consubstanciado na fórmula: na dúvida, preserve;
Que a adoção do princípio da prudência em questões ambientais corrige a histórica propensão em explorarem-se os recursos naturais até a exaustão, para somente depois de consumada a degradação começar a contabilizar os prejuízos;
Que a preservação dos recursos pesqueiros e, tanto quanto possível, o aumento dos cardumes, vem ao encontro do desenvolvimento do turismo, atividade econômica mais importante e desejada para um modelo sustentável de prosperidade do que a indústria pesqueira tradicional;
Que, como alternativa para a sobrevivência da indústria pesqueira e, principalmente, de ribeirinhos e pescadores artesanais, há consenso razoável e experiências de sucesso que indicam como ideal a criação de peixes em cativeiro;
Que todos esses fundamentos, de validade política, para uma lei de pesca municipal mais restritiva que a lei estadual, precisam passar pelo crivo de um amplo processo de discussão com todos os atores interessados;
Que tal não busque apenas meios de fiscalizar e punir infratores da lei, mas, sobretudo, o consenso que mobilize a todos para a defesa de um modelo de desenvolvimento conhecido e apoiado pelas comunidades e para ações efetivas que solucionem os problemas relacionados com a exploração dos recursos pesqueiros, especialmente os sociais, como a pesca de sobrevivência e a oferta de alimentos para as cidades a preços compatíveis com a renda da população;
Que a democracia é o melhor remédio do processo civilizatório para solução de todos os conflitos, especialmente aqueles que envolvem a definição do que seja interesse público, contrapondo-se aos interesses privados,
Resolvem, estribados nesses fundamentos, celebrar o presente TERMO DE ACORDO, assumindo as partes, em reciprocidade, os seguintes compromissos políticos:
I - Promover a realização conjunta do assunto com as comunidades de Corumbá e Ladário;
II - Convidar os legislativos municipais para participar do processo de discussão;
III - Convidar todos os segmentos interessados no assunto da regulação municipal da pesca e nos temas correlatos;
IV - Desenvolver uma agenda e um cronograma comuns para o processo de discussão, por meio da articulação das áreas respectivas nos dois governos;
V - Manter contato e convidar os prefeitos e autoridades das demais cidades pantaneiras para participarem do debate;
VI - Dar ampla divulgação ao processo, com os meios de que disponham e estejam legalmente autorizados a utilizar;
VII - Elaborar, ao final dos trabalhos, um projeto de lei similar e enviá-lo às respectivas Câmaras Municipais, a fim de que, se aprovadas, essas leis cumpram a mesma finalidade, tornando a sua adoção eficaz num território proporcionalmente maior;
VIII - Adotar um cronograma compatível com aquele esperado para a votação da lei estadual, a fim de que todo o consenso gerado possa ser aproveitado também pela Assembléia Legislativa.
E, por assim estar autorizado, assinam os interessados o presente, para que sirva de ponto de partida para os trabalhos a serem realizados no âmbito dos respectivos governos, dando-se a necessária e legal publicidade dos atos à sociedade, na forma da legislação vigente.
Entre os dias 5 e 8 de julho, a cidade de Bonito recebeu o XXIII Congresso Brasileiro de Biblioteconomia, Documentação e Ciência da Informação. O evento atraiu cerca de 1.500 pessoas, entre congressistas e acompanhantes, de todo o país para a cidade.
O congresso movimentou a cidade em um período de baixa temporada, gerando cerca de 5 mil pernoites para a rede hoteleira. Restaurantes, atrativos turísticos e lojas também permaneceram lotados por conta do acontecimento. Estimativas revelam que tenha sido injetado R$ 2 milhões para a economia local.
Como parte do evento, foi inaugurado o Pavilhão de Exposições do Centro de Convenções de Bonito. Foram montados 54 estandes nos 1.000 m² do novo espaço.
O diretor comercial do Centro de Convenções de Bonito, Rodrigo Coinete, explicou a importância da nova área. "Com o novo pavilhão, o Centro de Convenções de Bonito agora conta com um total de 4.340 m² de área construída. Além das salas e auditórios que somam 1.700 assentos, temos ampla área para montagem de feiras, restaurante com cozinha industrial, estacionamento e área verde", disse.
Para tentar manter a economia de Bonito aquecida durante o período de baixa temporada no turismo, o Sindicato Rural do município vai promover a Expobonito (Exposição Agropecuária de Bonito). E a primeira será realizada entre os dias 4 e 9 de agosto.
"A intenção é aproveitar esse evento agropecuário para prolongar o período de alta temporada que antes terminava em julho. Além disso, o grande objetivo é provocar um novo conceito cultural de que o agronegócio pode e está associado à consciência ambiental", defende Denílson Augusto da Silva, presidente do Sindicato.
Para a exposição foram programadas diversas atividades ligadas à produção, tais como: leilões, sendo que seis já estão confirmados; shows com artistas de fama nacional e ainda palestras sobre diversos assuntos e exposições de bovinos das raças nelore, caracu, gir, girolanda e equinos e ovinos.
A Expobonito pretende mostrar a todos que é possível existir harmonia entre pecuária e meio-ambiente, cumprindo a legislação e com boas práticas.
A feira agropecuária será realizada no parque de exposições Leôncio de Souza Brito e conta com apoio da Nelore MS, Famasul, UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul), Senar (Serviço Nacional de Aprendizagem Rural), Banco do Brasil entre outros.
Quem comparecer à segunda noite do 10º Festival de Inverno de Bonito poderá apreciar o encontro de talentos musicais da Família Espíndola.
A apresentação da família sul-mato-grossense traz a pluralidade dos ritmos regionais e mostra a abrangência da música do Centro-Oeste brasileiro.
Trata-se de um encontro de gerações, marcado pela originalidade das composições e dos arranjos. Além da voz, de extensão incomum de Tetê, o disco traz a sofisticação de Celito e Sérgio, e os trabalhos de Geraldo, Jerry, Alzira, Humberto, Gilson, Daniel Black e Iara Rennó.
O talento familiar já desponta nas novas gerações e não se restringe apenas na habilidade de interpretar belas canções, mas também na capacidade de compor.
O show "Espíndola Canta" acontece no palco da Praça da Liberdade, na quinta-feira (30), e reúne a afinação de 10 vozes inconfundíveis.
O Trem do Pantanal será palco ontem (11) da tradicional 8ª Festa de São Pedro Pira, que acontece em Piraputanga, e reúne a família e amigos de Sylvio Cesco, ferroviário aposentado idealizador da festa que faleceu em 2003. Neste ano, a festa acontece num dos vagões do trem, reservado para transportar os participantes até Piraputanga. "O vagão estará todo enfeitado com bandeirinhas, todos estarão vestidos a caráter, como nas típicas festas juninas, para cantar e dançar. A idéia surgiu após convênio do governo do Estado que concedeu desconto de 30% para servidores públicos e seus dependentes", conta a servidora pública estadual aposentada Sylvia Cesco, de 64 anos.
Sylvia explica que, em 2002, seu pai fez aniversário às vésperas do Dia de São Pedro (28/06/2002) e decidiu comemorar seus 91 anos com uma festa especial, reunindo a família e amigos em Piraputanga. No ano seguinte, o ferroviário aposentado ajudou a organizar a festa e faleceu em dezembro do mesmo ano. Seus familiares e amigos decidiram continuar realizando a tradicional Festa de São Pedro Pira.
"É uma honra fazer esta festa, homenageando meu pai, aproximando as pessoas e divulgando as belezas de Piraputanga e de nosso Estado", conta Sylvia. Para ela, a volta do Trem do Pantanal é motivo de alegria e mostra a preocupação do governo estadual com as tradições sul-mato-grossenses e com o turismo.
A idéia de fazer a festa no Trem do Pantanal, segundo ela, surgiu após a assinatura do convênio do governo do Estado com a Serra Verde Express, que administra os passeios, e concedeu aos servidores públicos desconto de 30% nas viagens no vagão turístico. Além dos servidores, o benefício pode ser estendido para até três dependentes. Para isso, basta apresentar um comprovante do vínculo empregatício com o governo e documentos que comprovem o parentesco dos dependentes no momento da compra.
"É um grande benefício para os servidores estaduais. Gerou uma boa economia já que há outros quatro funcionários estaduais e que vão com suas famílias", ressalta Sylvia. Um músico foi contratado especialmente para a festa no trem. "Virão pessoas de outras cidades e estados, que vão adorar percorrer o trajeto de Indubrasil até Piraputanga de trem e ainda com uma festa de São Pedro", finaliza.
O Trem do Pantanal sai às 7h30 da Estação de Indubrasil, com chegada prevista para às 11h30 em Piraputanga. No total, o trem irá percorrer 220 quilômetros, partindo de Campo Grande rumo à cidade de Miranda, destino final do trajeto. Os trechos comercializados são: Campo Grande/Aquidauana, Campo Grande/Miranda e Aquidauana/Miranda. O trem opera aos sábados, domingos e feriados prolongados e disponibiliza vagões nas classes econômica, turística e camarote.