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Notícias de Bonito MS

Corumbá recebe o "1° Congresso da Federação das Associações Empresariais do Mato Grosso do Sul" - Faems, com o tema Exportação e Sustentabilidade. O evento será realizado de 3 a 5 de junho, no Centro de Convenções do Pantanal. E tem como finalidade apresentar aos empresários novas oportunidades de mercado e desenvolvimento de gestão e liderança.

A realização do evento é uma parceria entre Faems e Associação Comercial e Empresarial de Corumbá - ACIC, que tem o Congresso como evento de comemoração do seu centenário. O SICREDI apóia a iniciativa: "Participamos como patrocinadores e ministraremos palestras, como a que acontece dia 4, às 9 horas, sobre a instituição, suas áreas de atuação e a experiência que temos no mercado", explica o presidente do SICREDI Empresarial, Mário Nelson.

Além das belezas naturais da região, um dos motivos de Corumbá ser escolhida para receber o "1° Congresso Faems", foi sua posição geográfica. Por fazer fronteira com a Bolívia, o tema ganha mais força. Essas qualidades e importância para o Estado, fez o SICREDI demonstrar interesse em criar uma unidade de atendimento na cidade. São esperados 300 congressistas de todas as regiões do País.

O congresso conta com palestras técnicas e workshops em sua programação, mas o foco não é apenas empresarial. Mostrar a potencialidade turística da cidade, também chamado de "Cidade Branca", é um dos objetivos do evento, que propiciará momentos de turismo aos participantes. Lazer, com jantar de confraternização, e apresentações culturais completam a primeira edição do congresso.

Para inscrição, pacotes de hotéis e mais informações sobre horário e programação do evento, a Faems disponibiliza o site, www.congressofaems2010.com.br.

Mato Grosso do Sul esteve presente de forma efetiva no 5º Salão do Turismo, que aconteceu de 26 a 30 de maio, em São Paulo. O governador André Puccinelli, o prefeito Nelson Trad, a diretora presidente da Fundação de Turismo Nilde Brun e aproximadamente outras 200 pessoas, entre prefeitos e secretários municipais, empresários do setor do turismo, estudantes e artistas do Estado participaram do mais importante evento turístico do país, onde é possível conhecer destinos e atrações, planejar viagens, comprar passagens aéreas e pacotes turísticos para os 26 estados do país e Distrito Federal.

Foram cinco dias em que Mato Grosso do Sul pode mostrar e comercializar as belezas naturais, artesanato, gastronomia e manifestações culturais das dez regiões turísticas (divididas em Bonito-Serra da Bodoquena, Caminho dos Ipês, Caminhos da Fronteira, Cone Sul, Costa Leste, Grande Dourados, Pantanal, Rota Norte, Vale das Águas e Vale do Aporé) para um público estimado em 100 mil pessoas.

Para o Gerente de Eventos da Fundação de Turismo do Estado, Matheus Dauzacker, o evento consolida o Programa Roteiros do Brasil implantado pelo Ministério do Turismo e com isso cria um movimento de interiorização do turismo, resgatando e valorizando as particularidades culturais de cada município. "Fico feliz em ver como Pantanal e Bonito é um roteiro bem aceito e consolidado entre o público do Salão, mas também é importante ver outras regiões do nosso Estado manifestando sua arte e cultura. Aqui todos são valorizados e isso vai impulsionar a atividade turística daquela região", observa.

O Salão é formatado para promover os destinos turísticos do Brasil e propiciar a qualificação no turismo. No Núcleo do Conhecimento foram realizadas palestras, mini cursos, workshops e debates criando um ambiente de troca de experiências, favorecendo a reciclagem e capacitação dos profissionais do setor, além de esclarecer dúvidas sobre as políticas públicas voltadas ao turismo.

Mato Grosso do Sul também foi favorecido com a liberação de recursos. Foi assinado um convênio entre o governador André Puccinelli e o ministro do Turismo Luiz Pereira Barretto para liberação de R$ 18 milhões para a pavimentação do último trecho da MS 178, rodovia que liga Bonito a Bodoquena. A estrada liga os principais pontos turísticos do Estado, Bonito e Pantanal, e vai beneficiar diretamente cerca de 258 mil pessoas, incluindo a população do município e região, além de fomentar o turismo local, que recebe cerca de 160 mil turistas ao ano.

Os resultados parciais do 5º Salão do Turismo indicaram um crescimento em público e na comercialização de serviços e produtos.

Em seis anos, de 2002 e 2008, o Pantanal perdeu 12,4 mil quilômetros quadrados de vegetação aponta estudo divulgado nesta semana. Apesar disso, ainda é o bioma com melhor situação no País em relação à preservação.

O levantamento foi feito em parceria entre as organizações não governamentais WWF, Conservação Internacional, SOS Pantanal, SOS Mata Atlântica, a Fundação Avina e a Emprapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária). O estudo toda a região pantaneira e as informações divulgadas não especificam em qual porção, a Sul ou a Norte, o desmatamento é maior.

Segundo os dados divulgados, o desmatamento avança mais na área de planalto do Pantanal, onde só restam 41,8% da cobertura original, e é menos intensivo na planície, onde 86,6% da vegetação estão preservados.

Conforme o estudo, a pecuária é a atividade que mais provoca desmatamento no Pantanal. A conversão de vegetação em pastagens é responsável por 11,1% do uso da terra na área de planície e 43,5% no planalto. A agricultura ocupa 0,3% da região de planície pantaneira e 9,9% das áreas de planalto.

A diferença entre a devastação no planalto e na planície reflete diferenças nas forma de ocupação do bioma. De acordo com o levantamento, o planalto é fortemente ocupado pela agricultura e pela pecuária. Na planície, a pecuária extensiva, característica do Pantanal, pressiona menos a abertura de novas áreas.

Apesar do crescimento do desmate verificado no período, a situação do Pantanal ainda é melhor que a de outros biomas do país. A Amazônia registra taxa anual de desmate de cerca de 7 mil km² e o Cerrado já perdeu metade de sua cobertura vegetal original.

O governo de Mato Grosso do Sul anunciou a construção, em Campo Grande, do maior aquário de água doce do mundo. As obras começam no segundo semestre deste ano.

Com 4,3 milhões de litros de água, 160 espécies e 7.000 animais, o Aquário do Pantanal custará R$ 80 milhões. O local deve entrar em operação no final de 2011 e poderá receber 20 mil visitantes por dia.

Projetado para atrair turistas, o aquário funcionará também como centro de pesquisa científica e de educação ambiental. O projeto é do arquiteto Ruy Ohtake e abrigará centro de conferências, laboratórios e biblioteca para livros e teses sobre o Pantanal, que ficarão ao lado dos 21 tanques de peixes, cobras e jacarés.

Haverá cinco tanques externos, que poderão ser percorridos a pé ou em trajeto aquaviário, em barco com fundo de vidro.

Segundo o oceanólogo Hugo Gallo, consultor do projeto e criador do aquário de Ubatuba (SP), o local terá eficiência energética, uso de materiais recicláveis e reúso de água.

A obra além de incrementar o turismo, vai possibilitar mais uma opção de lazer e entretenimento para a população. Além disso, promover a educação ambiental de crianças, jovens e adultos. Outro benefício é a conservação do patrimônio natural do Pantanal e dos ambientes aquáticos do Estado.

O projeto prevê também bares, cafés, lojas e restaurantes que vão compor os espaços de convivência e descanso, integrados às atrações do Aquário.

Parque das Nações será revitalizado

Para receber o Aquário do Pantanal, o Parque das Nações Indígenas será totalmente revitalizado. Atualmente o parque é considerado um dos cartões postais da cidade e recebe visita de turistas e de pessoas que estão de passagem por Campo Grande. De acordo com o projeto de revitalização do parque, as pistas de caminhadas serão recapeadas, será construída ainda uma nova portaria, haverá um novo sistema de iluminação, a construção do segundo lago e reforma de equipamentos.

O trem do Pantanal, que sai de Campo Grande e vai para Miranda, no Mato Grosso do Sul, irá ter mais dois novos vagões até o fim de 2010. "Temos vaga para 192 pessoas a cada saída atualmente. Com as aquisições, haverá lugar para mais 128 passageiros", contou Emmanoel de Castro, consultor comercial da Serra Verde Express.

Durante o Salão do Turismo, os interessados podem adquirir pacotes para o trem no espaço comercial do Mato Grosso do Sul. "O trem tem salão com shows temáticos, serviço de bordo e bar", explicou Castro. Ele sai aos sábados de Campo Grande e aos domingos em Miranda.

O Aquário do Pantanal, como será chamado o Centro de Pesquisa e Reabilitação da Ictiofauna (Cepric), está previsto para entrar em operação em final de 2011. Dispõe de 20 tanques, sendo 16 com espécies do Pantanal e 4 com as espécies da biodiversidade do Brasil.

O tanque 12 é um tanque cilíndrico, com 65m3 de água salgada, apresentando a cenografia com um costão rochoso ao centro, destacando a diversidade de peixes do litoral brasileiro.

Considerado o maior aquário do Brasil, o Aquário do Pantanal pretende abrigar 263 espécies de peixes, com 7 mil exemplares e 4 milhões e 275 mil litros d'água. Entre as espécies pantaneiras de escama e couro, também fazem parte do aquário espécies da Amazônia, Bacia do Paraná e litoral brasileiro. "A intenção é que façamos, com o Aquário do Pantanal, a divulgação do Pantanal sul-mato-grossense, que corresponde a 65% de todo o bioma pantaneiro", afirmou o governador André Puccinelli.

O oceanógrafo responsável pelo projeto, Hugo Gallo Neto, explicou que o Centro de Pesquisas e Reabilitação da Ictiofauna (Cepric) será o primeiro "Word Class Aquarium" do Brasil, ou seja, o primeiro aquário do País que obedece a padrões internacionais.

O Aquário do Pantanal tem os seguintes conceitos: retratar de forma sintética e objetiva toda biodiversidade dos Ambientes Aquáticos do Pantanal; retratar tipos de ambientes ou espécies de grande interesse; possibilitar grande destaque para Educação Ambiental; proporcionar a exposição da Biodiversidade do Pantanal e outros Ambientes Aquáticos do Brasil; promover a interatividade como instrumento educativo e o enriquecimento ambiental através da cenografia.

O governo do Estado já iniciou as obras de revitalização do Parque das Nações Indígenas para receber o Aquário do Pantanal. Inicialmente, a iluminação do Parque será totalmente restaurada. A Ordem de Serviço foi assinada no dia 18 de maio, pelo governador André Puccinelli.

Com base em pesquisa feita em três cidades brasileiras, perfil apresenta principais interesses de viagem e tempo de permanência no país.

Uma pesquisa feita em albergues da juventude do Rio de Janeiro (RJ), Foz do Iguaçu (PR) e Salvador (BA) mostra que 70% dos visitantes estrangeiros de fora da América do Sul são europeus. Os resultados foram apresentados na noite do último sábado (29) por Rui José Oliveira, consultor em turismo e professor universitário, na mesa redonda "Turismo para Mochileiros: uma alternativa de desenvolvimento", atividade do Núcleo do Conhecimento no 5º Salão do Turismo.

O pesquisador entrevistou 248 estrangeiros, excluindo os sulamericanos. Enquanto 19% vêem da Inglaterra, mais de 13% são alemães. Viajantes com idade entre 18 e 29 anos somam 73% do total.

Cerca de 27% desses turistas ficam, em média, entre 26 a 30 dias no Brasil. Mas a média geral de visitação fica acima disso: 49 dias. Ou europeus superam o tempo médio de permanência, ficando cerca de 53 dias no país. "Esse tempo está bem além da duração de viagem dos viajantes convencionais", comparou.

Por isso, segundo a pesquisa, o turismo "backpacker" deixa maior receita no Brasil que o turismo "tradicional". "O mochileiro tem uma agenda de viagem mais flexível, vai descobrindo e reprogramando a rota, sem itinerário fixo. Em uma viagem, passa por diversos destinos, e apesar de ter um gasto diário menor e dar preferência por acomodações econômicas, acaba deixando mais dinheiro que os turistas tradicionais por permanecer na estrada por mais tempo", explicou Oliveira.

Segundo Oliveira, embora os "backpackers" (turistas independentes) procurem experiências e lugares singulares em suas viagens, destinos tradicionais não perdem espaço em seus roteiros. "As capitais continuam entre as cidades mais visitadas", mostrou o pesquisador.

A diversidade cultural do Brasil é a principal motivação de viagem para 30% desses visitantes. Mais de 80% dos turistas consultados afirmou costumar ir à praia em viagem ao país, de acordo com a pesquisa.