sexta, 04 de junho de 2010
Campo Grande News
Em seis anos, de 2002 e 2008, o Pantanal perdeu 12,4 mil quilômetros quadrados de vegetação aponta estudo divulgado nesta semana. Apesar disso, ainda é o bioma com melhor situação no País em relação à preservação.
O levantamento foi feito em parceria entre as organizações não governamentais WWF, Conservação Internacional, SOS Pantanal, SOS Mata Atlântica, a Fundação Avina e a Emprapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária). O estudo toda a região pantaneira e as informações divulgadas não especificam em qual porção, a Sul ou a Norte, o desmatamento é maior.
Segundo os dados divulgados, o desmatamento avança mais na área de planalto do Pantanal, onde só restam 41,8% da cobertura original, e é menos intensivo na planície, onde 86,6% da vegetação estão preservados.
Conforme o estudo, a pecuária é a atividade que mais provoca desmatamento no Pantanal. A conversão de vegetação em pastagens é responsável por 11,1% do uso da terra na área de planície e 43,5% no planalto. A agricultura ocupa 0,3% da região de planície pantaneira e 9,9% das áreas de planalto.
A diferença entre a devastação no planalto e na planície reflete diferenças nas forma de ocupação do bioma. De acordo com o levantamento, o planalto é fortemente ocupado pela agricultura e pela pecuária. Na planície, a pecuária extensiva, característica do Pantanal, pressiona menos a abertura de novas áreas.
Apesar do crescimento do desmate verificado no período, a situação do Pantanal ainda é melhor que a de outros biomas do país. A Amazônia registra taxa anual de desmate de cerca de 7 mil km² e o Cerrado já perdeu metade de sua cobertura vegetal original.