Notícias de Bonito MS
A cidade de Bonito vai ganhar um novo ponto turístico: a escultura "Um peixe para Bonito", assinada pelo artista plástico uruguaio Juan Muzzi, será o presente permanente do 11º Festival de Inverno para o município. "Se trata de uma escultura em aço que transmite a leveza do peixe pulando por cima da água", explica Juan.
A arte ficará permanentemente na Praça das Artes do Centro de Informações Turísticas de Bonito. Uma cerimônia de lançamento vai marcar a inauguração do novo monumento da cidade no dia 29, às 10 horas.
A escultura, toda feita em aço, tem uma espessura de duas polegadas, pesa aproximadamente 800 quilos com 2,30 metros de altura e 1,30 metros de largura. De acordo com o artista plástico, a peça representa a linguagem construtiva da Ameríndia, mostrando o peixe da mesma forma como os povos pré-colombianos o representavam.
"A proposta desse novo trabalho é principalmente agregar a um destino tão especial como a cidade de Bonito, uma obra conectada com o meio ambiente. Uma figura moderna de uma das grandes riquezas dos belos rios do Mato Grosso do Sul, somando ao cenário natural. Essa obra pode vir a ser um novo cartão postal da cidade", afirma Muzzi.
O artista que se utiliza do estilo construtivo em suas obras, já teve a oportunidade de expor em Mato Grosso do Sul no ano passado, durante a sexta edição do Festival América do Sul em Corumbá. Na ocasião, Juan apresentou a exposição de telas "Trama do Tempo" no Instituto Luiz Albuquerque (ILA). Desta vez, Muzzi volta ao Mato Grosso do Sul com uma nova proposta de arte: a escultura. "A arte é pra ser sentida, sem expectativas de um sentimento definitivo. A intenção é a de transmitir clareza, simplicidade, numa arte vazada para se vislumbrar a natureza por através dela", diz.
Sobre a oportunidade de ter seu trabalho como um dos marcos do Festival de Inverno, o artista afirma: "Claro que me sinto envaidecido por estar presente nessa décima primeira edição do Festival de Bonito e poder apresentar a natureza da minha arte num conjunto de tantas expressões artísticas de primeira grandeza. E ainda mais, eternizando no cenário da cidade um pedaço do meu trabalho. Me sinto feliz por isso".
Com forte influência da região das Missões, no Rio Grande do Sul, o Grupo Alma Riograndense apresenta no 11º Festival de Inverno de Bonito um repertório de músicas do folclore sul-americano, além do chamamé e das milongas, de influência argentina. As músicas têm arranjo próprio feito pelo grupo, que se caracteriza pelo "nativismo".
O grupo foi criado ano passado, quando os irmãos gêmeos Erick e Roger Medeiros Batista conheceram Maurício Gehlen. Os irmãos vieram de Bossoroca (RS) para Campo Grande (MS) na metade do ano passado para cursar Direito na UCDB. Os gêmeos conheceram Maurício num churrasco na casa do seu pai, Cacildo Tadeu Gehlen. Formaram o grupo, com dois violões de sete cordas (Erick e Roger) e gaita pianada (Maurício), que se apresentou informalmente em churrascos e festas promovidas por amigos, em Campo Grande.
Para formar o grupo, os três trocaram repertórios e experiências em ensaios e apresentações, pois Maurício dominava mais o solado de baile, e os gêmeos, a música folclórica riograndense. Em dezembro de 2009, o Alma Riograndense fez seu primeiro show oficial no Teatro Aracy Balabanian, pelo projeto Cena Som, da Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul.
Erick e Roger começaram a tocar violão com dez anos, com o professor Mário Caniço, de Bossoroca. O gosto pela música foi incentivado pelo pai, Iberê Bonfim Batista, que escutava bastante música gaúcha, da argentina, e folclórica do Rio Grande do Sul. Mais tarde, com 15 anos, passaram a tocar o violão de sete cordas. Estudaram com João Máximo, professor que ia a Bossoroca semanalmente dar aulas, e com Anderson Costa, da cidade vizinha de São Luiz Gonzaga.
Roger acredita que a pessoa já nasce gostando de um instrumento, e a ele se dedica. Erick diz que o músico escolhe o instrumento com o qual mais se identifica. Para ele, o violão é o mais completo. Os gêmeos já se apresentaram como dupla no Festival América do Sul, ano passado.
Maurício Gehlen começou a tocar gaita pianada com 12 anos, por influência de seu pai, Cacildo. No início, não se familiarizava muito com o instrumento, mas aos poucos, com a prática, passou a gostar. Natural de Passo Fundo (RS), Maurício veio para Campo Grande com dois anos, e desde então, reside na Capital. Seu principal professor de gaita foi Darci Carvalho, atual gaiteiro do grupo Surungo, de Campo Grande, com quem já tocou. Maurício também já se apresentou com o grupo Bailanta, do Paraná, e com Renato Borghetti, há seis anos, no Centro de Tradições Gaúchas (CTG) Farroupilha, na Capital.
O grupo faz parcerias com artistas riograndenses, uruguaios e argentinos para compor suas músicas. Essas parcerias acontecem graças à participação dos músicos em Festivais de Barranca, em que artistas se reúnem em barrancas de rios no sul do País para executar músicas típicas da região.
Alma Riograndense vai apresentar no Festival de Bonito algumas músicas de sua autoria, como "Elegia a um poeta", que foi escrita pelo poeta Jairo Velloso para homenagear o também poeta João Luiz Bandeira. Os dois foram amigos de infância em Bossoroca (RS), sendo que Bandeira viveu cerca de 30 anos em Campo Grande.
Outra composição própria que será apresentada é "Prece esperando a chuva", com letra de Amilton de Lourenço Notargiacomo e música de Erick e Roger, e também "Chacarera del Perdiguero", música instrumental composta por Erick e Roger para violão com esse ritmo (chacarera) típico da Argentina.
Por meio das músicas, do ritmo, da melodia, da poesia e das letras, mesclado ao sentimento telúrico de amor à terra, Alma Riograndense declara seu amor ao povo do Sul do Brasil, bem como ao da América do Sul e, agora, ao da sua nova casa, Mato Grosso do Sul.
O show de encerramento do festival, com o Grupo Alma Riograndense, acontece no dia 1º de agosto, às 11 horas, no Palco Fala Bonito, na Praça da Liberdade.
Irreverência e brasilidade serão representadas na voz de Cris Haicai e banda Dombrás, no show "Mandando Brasa", que o 11ª edição do Festival de Inverno Bonito apresenta no dia 30 (sexta-feira, às 19 horas, no Palco Fala Bonito. O grito, a molecagem e a forte essência brasileira do Dombrás é o propósito do grupo, que realiza um show com músicas autorais.
A brasilidade está presente no DNA dos três integrantes do grupo criado em 2008 e fundado pelo produtor musical Chis Haicai. Com influências fundamentalmente brasileiras de cantores como Gilberto Gil, Noel Rosa, João Bosco e Cartola, a banda canta, defende e transpassa a originalidade da música brasileira ao público sedento por novas canções, que tenham swing e uma identidade firmada.
"Nós somos os mais brasileiros possíveis, dentre as vertentes e o swing que ela oferece. Dentro dessas vertentes musicais, cantamos bossa-nova, samba de raiz, choro e a música popular brasileira" explica o vocalista Chris Haicai, que é produtor musical e instrumentista há mais de dez anos no mercado campo-grandense.
Crhis já participou de diversos grupos como: Jeito Moleque, Bojo Male, Zarabatana, Haicais, Tacafogo Jacaré, quando apresentou-se em Mato Grosso do Sul e outros Estados. Atualmente é vocalista do grupo Vai Quem Qué e tem um trabalho solo com a banda Dombrás.
Sobre o Festival de Bonito, com um tom bem despojado, o vocalista dispara: "Espero que esse ano seja tão bom quanto os anteriores. O clima melhorou, mas o frio faz parte da identidade do Festival de Inverno de Bonito. Essa é a segunda vez que eu participo, a primeira vez com o grupo Vai quem Qué", completa.
Além de Chris (cavaco e voz), a banda Dombrás é formada por Bruno Chenkarek (baxista), Gerson Espinosa (baterista) e Dhonatas (guitarrista e violonista). O swing brasileiro da banda é a primeira atração do Palco Fala Bonito da noite de sexta-feira (30) da 11ª edição do Festival de Inverno.
Dois amigos resolvem fazer um piquenique no jardim zoológico. Ao encontrarem as portas do parque fechadas resolvem criar, com muita criatividade e senso incomum, um zoológico particular com animais feitos de pratos, panos, garrafas, talheres e outros materiais inusitados. No palco, as criaturas do Zôo-Ilógico vivem situações cômicas e poéticas. A peça teatral da Cia Trucks de bonecos será apresentada durante o 11° Festival de Bonito, no dia 29, às 21 horas, no Ecoespaço.
Zôo-Ilógico é baseada em uma ideia simples, mas estimula a criatividade e propicia a elaboração de novos referenciais imaginários. Objetos do cotidiano são transformados em mais de uma dezena de divertidas e inusitadas criaturas animadas que, em cena, divertem e encantam o público. A técnica teatral é conhecida como "Teatro de Objetos".
O projeto reúne três dos mais conceituados profissionais do teatro de animação do País: Cláudio Saltini, da Cia. Circo de Bonecos, Henrique Sitchin e Verônica Guerchman, da Cia. Trucks e do Centro de Estudos e Práticas do Teatro de Animação de São Paulo. Em cartaz desde 2004, a peça já foi apresentada mais de 500 vezes em todo o País e foi recomendada pela crítica do Guia da Folha de São Paulo, revista Veja São Paulo e jornal O Estado de São Paulo.
Em 2004 o espetáculo recebeu o Prêmio APCA de melhores atores para Cláudio Saltini e Henrique Sitchin e no mesmo ano foi agraciado com o Prêmio Coca-Cola Femsa na categoria Especial - Inovação de Linguagem. Zôo-Ilógico foi apresentado em festivais internacionais de teatro no Brasil e Israel.
O trio também é responsável pelo espetáculo "Truks: A Bruxinha", que permaneceu em cartaz por oito anos em São Paulo, com mais de 1200 apresentações. A peça ganhou vários prêmios e influenciou o trabalho de artistas do teatro de bonecos.
A 11ª edição do Festival de Inverno de Bonito vai homenagear personalidades da música, artesanato, meio ambiente, educação e história com contribuições relevantes para Mato Grosso do Sul. O historiador Gilson Rodolfo Martins é um dos homenageados deste ano. Com importante trabalho arqueológico em Mato Grosso do Sul, é um dos responsáveis pela reedição de obras raras que contam a história do Estado.
Bacharel em História e doutor em Arqueologia Brasileira pela Universidade de São Paulo (USP), realizou estágio como convidado no Museu do Homem em Paris, na França. Também foi conferencista e palestrante em eventos científicos nacionais, na França e no Paraguai. Como professor titular de Arqueologia Pré-Histórica Brasileira na Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), coordenou projetos e escavações arqueológicas com importantes descobertas de fragmentos e objetos pertencentes a povos primitivos que habitaram a região.
Gilson Martins também é o responsável pelo Museu de Arqueologia do Memorial da Cultura e um dos integrantes da comissão organizadora da coleção "Documentos para a História de Mato Grosso do Sul". A reedição dos livros, organizados em caixas contendo três volumes de títulos variados, está sendo custeada pelo governo do Estado.
A primeira caixa foi lançada no final de maio e contém os títulos "Anais do Descobrimento, Povoação e Conquista do Rio de La Plata", do espanhol Ruy Diaz de Guzman; "Oeste - Ensaio sobre a grande propriedade pastoril", de Nélson Werneck Sodré e "Pantanais Mato-Grossenses", do cuiabano Virgílio Correa Filho.
O segundo lançamento, ocorrido no mês de junho, é composto pelos livros "Jesuítas e Bandeirantes no Itatim", de Jaime Cortesão; "Oeste de São Paulo, Sul de Mato-Grosso", de autoria de Miguel Arrojado Ribeiro Lisboa e "Episódios históricos da formação geográfica do Brasil", escrito por Mário Monteiro de Almeida.
De acordo com o professor, a disponibilidade bibliográfica existente sobre a história de Mato Grosso do Sul foi feita sob o olhar paulista e mato-grossense. A coleção de livros reeditada pelo governo estadual se propõem a mostrar um outro contexto dos acontecimentos no sul de Mato Grosso.
A terceira caixa de livros deve ser editada ainda este ano e também um volume especial com mapas históricos que vão apresentar delimitações territoriais de Mato Grosso do Sul, a partir de representações cartográficas. "A intenção é fazer um atlas histórico", diz o professor, com a recuperação de mapas antigos e a inclusão de outros mais novos, que serão editados em ordem cronológica. "Os mapas mostram as mudanças de nome dos territórios e mudanças demográficas dos índios das antigas aldeias para as cidades atuais", completa Martins.
Festival
O Festival de Inverno de Bonito é um dos maiores do Centro-Oeste e este ano apresenta a 11ª edição. O encontro, que acontece entre os dias 28 de julho e 1° de agosto, vai reunir visitantes de vários Estados do País, em busca de cultura e entretenimento. Durante os quatro dias serão realizados shows com artistas nacionais renomados e grupos regionais, apresentações de teatro, dança; mostras de artes plásticas, cinema e vídeo; circo, teatro de rua, fotografia, artesanato e palestras.
Além do historiador Gilson Rodolfo Martins, também serão homenageados o artesão David Rogério Ojeda, a musicista Clarice Maciel Chaves, a professora Lori Alice Gressler e a bióloga Neiva Guedes.
O cantor e compositor Paulo Moska apresenta, no 11º Festival de Inverno de Bonito, músicas de seu novo projeto "Muito Pouco". São dois discos ("Muito"e "Pouco") com nove canções cada um.
O disco "Muito" começa com uma vibrante canção sessentista chamada "Devagar, divagar ou de vagar?" (E se ainda não cheguei / é porque gosto de parar / em cada esquina / devagar / pelo caminho que me leva / até você me encontrar) e termina com outra chamada "Antes de Começar". O "Mito" começa devagar e termina antes de começar. Poesia?
Em "Muito Pouco" há participações especiais como Chico Cesar, Cezinha Silveira, Zelia Duncan e Maria Gadú.
Depois de 13 anos e seis discos como contratado de uma gravadora multinacional, Paulinho Moska se tornou um artista independente em 2004, quando seu disco "Tudo Novo de Novo" foi lançado pelo seu próprio selo, o Casulo.
Desde 2004 Moska não lança um disco de estúdio. Em 2007 o DVD "Mais Novo de Novo" trouxe, além do show ao vivo, uma espécie de filme/documentário/ficção que contava um pouco sobre o processo criativo das canções inspiradas nos tais autorretratos nos banheiros.
O show de Paulinho Moska será dia 31 de julho, sábado, às 20h, no palco Fala Bonito, montado na Praça da Liberdade. A entrada é franca.
Da singela e tradicional mágica ao grande ilusionismo. A 11ª edição do Festival de Inverno de Bonito traz este ano ao público os tradicionais e encantadores números de mágica do "prata da casa" Tabajara Duarte da Silva. A apresentação do mágico será no sábado (31), às 10 horas, no Palc das Águas.
Com aproximadamente 40 anos de carreira do mundo da mágica, "o Mágico Tabajara", como é conhecido, trabalha há 25 anos no cenário cultural sul-mato-grossense. Oriundo de família circense, Tabajara cresceu entre as apresentações de circo, começando por trapezista, domador, até chegar aos tradicionais números de mágica.
Ao longo de sua carreira, Tabajara já trabalhou ao lado de grandes nomes da televisão brasileira. "Além do Sílvio Santos, trabalhei há uns 15 anos atrás como o mágico do programa show da Xuxa". Hoje, aos 71 anos de idade, Tabajara explica que a mágica não tem idade, e se torna encantadora por mais simples que seja.
Para a apresentação no 11º FestinBonito, Tabajara leva ao público números de mágica que envolvem equilíbrio, bola zumbi, balão que se transforma em pomba, entre outras mágicas tradicionais. "São truques que fazem do nada, tudo, e de tudo, o nada. É muito bom participar de eventos culturais como esses. É a 2ª vez que participo", salienta Tabajara.
Para os apreciadores de todos os tipos de mágica, que estarão prestigiando o Festival de Bonito, a apresentação de Tabajara será no dia 31 (sábado), às 10 horas, no Palco das Águas, na Praça de Liberdade, que fica localizada na rua Cel Pilad Rebuá.