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Notícias de Bonito MS

Campo Grande terá em breve seu primeiro hotel cinco estrelas, com investimentos da ordem de R$ 30 milhões.

A informação foi repassada pela secretária de Produção Tereza Cristina Corrêa da Costa Dias que afirmou que esteve reunida recentemente com o empresário responsável pelo empreendimento. “Estivemos com o empresário que já fechou o terreno na Capital para construir um hotel cinco estrelas no valor de R$ 30 milhões. Tá fechado”, afirmou.

Em entrevista ao Portal Correio do Estado ela fala sobre a atração de empresas de turismo no Estado, a falta de hotéis e a necessidade de mais prestadores de serviços em municípios do interior.

Os passeios Recanto Ecológico Rio da Prata, a Lagoa Misteriosa e Estância Mimosa Ecoturismo, localizados em Jardim e Bonito (MS), disponibilizam seu mais novo material de divulgação online - Midia Kit, no qual é possível, através de um rápido clique, baixar fotos em alta resolução, bem como informações sobre nossos passeios e atividades.

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Cerca de 1.500.000 km2 de florestas inundáveis, 30% da área da Amazônia, são vítimas potenciais das propostas de mudanças no Código Florestal Brasileiro, caso o texto seja aprovado como está. Isto porque, ao estabelecer mensuração das faixas de Áreas de Proteção Permanente (APP) de margens de corpos d’água a partir do leito menor, o Código expõe ao desmatamento imensas áreas de florestas que são sazonalmente inundadas na Amazônia e que prestam um serviço fundamental não apenas para a biodiversidade amazônica mas, principalmente, para o pulso hidrológico dos rios da região, para a manutenção do clima e do regime de chuvas no Brasil.

Somente de várzeas e igapós – áreas úmidas típicas da Amazônia – são 400.000 km2 que apresentam uma variação enorme de vazão, inundando e expondo florestas inteiras com cheias de até 10 metros de altura em relação à vazante.

O alerta foi dado nesta quinta-feira (10/11), em um plenário de comissão praticamente vazio, pela professora doutora Maria Teresa Piedade, do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa), durante a audiência pública realizada na Comissão de Meio Ambiente, Defesa do Consumidor e Fiscalização e Controle, para que fossem ouvidos, pelos senadores, especialistas sobre o tema Reforma do Código Florestal e as Bacias Hidrográficas.

Piedade apelou para que os parlamentares levem em consideração as terminologias mais adequadas para a determinação de áreas úmidas, para que não se cometam erros como a inundação de florestas inteiras.

“Lembrem-se de que estas florestas também são a base da sobrevivência dos peixes, de longe a maior fonte de proteína e de renda das populações ribeirinhas, que são nada menos que 60% da população rural da Amazônia”, disse a pesquisadora.

Para o senador Jorge Viana, co-relator do texto que tramita no Senado Federal é fundamental que a lei se utilize dos avanços científicos verificados desde sua revisão, em 1965. “É preciso ter em mente o papel fundamental das florestas na proteção dos recursos hídricos”.

Sem se comprometer a atender aos anseios dos ambientalistas, Viana disse à reportagem do WWF-Brasil que a questão central do Código Florestal Brasileiro é a proteção dos recursos hídricos, das nascentes até a foz. “Se o Brasil quer se posicionar no mundo como um grande produtor de proteína animal e vegetal, então tem que cuidar de suas águas”, disse.

Já o senador Rodrigo Rollemberg, presidente da Comissão, foi mais enfático. Segundo ele, diante dos fatos apresentados pela pesquisadora do Inpe, é preciso estabelecer uma excepcionalidade da lei para a Amazônia.

“O bioma Amazônia tem importância fundamental na regulação do clima e das chuvas no país, e as áreas alagadas são extensas e importantes neste sentido. Portanto, temos que ter uma atenção especial para este tema no Código Florestal”, avaliou Rollemberg.

Segundo Kenzo Jucá, analista de Políticas Públicas do WWF-Brasil, é preciso cobrar dos senadores que, durante as discussões e votações no Senado, cumpram as declarações públicas. “De nada adianta afirmar que o país precisa zelar pelos recursos hídricos e que a Amazônia é essencial para a questão climática se, em plenário, continuarem a aceitar e endossar o jogo dos ruralistas, que querem evitar que as áreas úmidas sejam protegidas e buscam alterar os critérios de medição das APPs ciliares”, avaliou.

Kenzo Jucá lembrou que os debates no Senado são mais uma oportunidade para os senadores ouvirem a voz de especialistas antes de tomarem decisões importantes sobre o Código Florestal. “Precisamos valorizar nosso ativo ambiental e científico e proteger o meio ambiente do país. Isso nos dará condições de ser um país diferenciado no cenário global e de exercer uma liderança nas questões ambientais que afligem o planeta”, disse.

Serviços ambientais – A mesa foi composta, além de Maria Piedade, pelo diretor de Recursos Hídricos da Agência Nacional de Águas (ANA), João Gilberto Conejo, pela ex-secretária de Meio Ambiente de São Paulo, Stela Goldenstein e pelo chefe da Procuradoria do Estado de São Paulo, Pedro Ubiratã.

Foram debatidos temas importantes como a aplicabilidade do Código em áreas urbanas e a importância de que a legislação a ser criada não venha a suscitar novos embates, desta vez no âmbito judiciário. Um tema, entretanto, foi recorrente: a necessidade de pagamento por serviços ambientais e outros mecanismos de incentivo à conservação, além de ações de comando e controle (fiscalização).

Conejo, da ANA, disse que, com o fim das concessões do setor hidrelétrico, é hora de debater o uso dos recursos que até agora iam para a amortização da própria construção dos empreendimentos em pagamento de serviços ambientais.

Outras fontes de recursos foram propostas, inclusive a criação de um fundo específico para pagamento de serviços ambientais a partir da cobrança pelo uso da água nos comitês de bacias. “Isto porque, na experiência de São Paulo, os recursos acabam indo para saneamento, que, todos sabemos, é um sumidouro de dinheiro”, disse Stela Goldenstein.

Cabeça de Senador

Para Malu Ribeiro, coordenadora da Rede das Águas da SOS Mata Atlântica e representante do Fórum Paulista de Comitês de Bacias Hidrográficas, a audiência pública não serviu para acalmar as angústias dos organismos de bacias e ambientalistas presentes.

“Todas as contribuições dos especialistas foram muito esclarecedoras. Resta saber o que os senadores irão incorporar e como irão incorporar ao projeto, sobretudo no que trata das medições de faixas marginais de APPs de beira de rio. Esta é nossa preocupação”, concluiu.

Parafraseando o senador Luiz Henrique, relator da matéria, que disse que tem dois ouvidos e uma boca para ouvir muito e falar pouco, Malu Ribeiro lembrou que “senador tem dois ouvidos e uma boca, mas também tem uma só cabeça. Saímos daqui com muitas dúvidas”, concluiu Malu

O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) quer transformar a BR-262, no trecho de 284,2 quilômetros que corta o Pantanal de Mato Grosso do Sul, entre as cidades de Anastácio e Corumbá, na primeira rodovia ecológica do estado.

Segundo o órgão ambiental, um dos principais objetivos é adotar uma série de itens e programas já experimentados em outras rodovias brasileiras para tentar diminuir o número de atropelamentos de animais silvestres na estrada.

Um estudo do próprio Ibama realizado em parceria com uma universidade do Paraná no período de um ano, entre os meses de junho de 2010 a 2011, revelou que 1.400 animais foram atropelados na BR-262 neste trecho.

O estudo identificou 88 espécies diferentes de animais atropelados, 79,95% eram mamíferos, seguidos por 12,28% de aves e 8,77% de répteis. A maior parte dos atropelamentos foi registrada no trecho entre a cidade de Miranda e o Morro do Azeite.

Para reduzir esses números, o Ibama aponta que encaminhou ao Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte (Dnit) os programas ambientais que serão exigidos para o licenciamento da reconstrução da BR-262

A estrada, conforme o órgão ambiental, vai ter sinalização especial, cercas em áreas críticas de mortandade de animais na pista, 93 passagens de animais sinalizadas e ainda um mirante turístico no entroncamento da Estrada Parque para que os turistas e moradores possam apreciar a fauna do Pantanal.

A expectativa do órgão ambiental é que sinalização especial comece a ser implementada ainda este ano.

Flagrante
Uma equipe de reportagem da TV Morena flagrou na última quinta-feira (3), vários animais silvestres atropelados na BR-262, entre Miranda e Corumbá. Animais como jaguatirica, capivara, tamanduá, tatu, tucano e até um bicho preguiça foram vítimas nos 240 quilômetros que compõem o trecho que passa pelo Pantanal

Para o major Edmilson Queiroz, assessor de imprensa da Polícia Militar Ambiental (PMA), quando os animais são de pequeno porte os gaviões e urubus levam as carcaças e não há como realizar um registro da morte do animal. “É complicado fazer um trabalho contínuo ali, quando somos acionados e a carcaça dos animais está preservada, nós utilizamos para educação ambiental”.

Segundo a assessoria da Polícia Rodoviária Federal (PRF), os acidentes são frequentes porque a estrada corta o Pantanal. Os motoristas geralmente só registram boletim de ocorrência se o animal atingido for de grande porte e causar estragos no veículo.

Queiroz afirma que os motoristas devem ter cuidado redobrado para preservar a fauna do estado. “O motorista tem sempre que andar na velocidade da rodovia e tem sempre que lembrar que o ser pensante é ele e não o animal”, afirma o policial.

A palavra é...

Sustentabilidade. Nem adianta procurar no dicionário. Ela está lá – palavra velha que é –, mas não com o conceito ecológico com que foi usada na primeira conferência das Nações Unidas sobre o meio ambiente, em 1972, na Suécia. O conceito foi mais bem definido em 1987, no documento Nosso Futuro Comum – o Relatório Brundtland, da Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento da ONU. Em resumo, o uso sustentável dos recursos naturais deve suprir as necessidades da geração presente sem afetar a possibilidade das gerações futuras de suprir as suas. Ou seja, é como se nos servísemos primeiro, da mesa posta, o suficiente para matar a fome, sem gulodice nem desperdício, de modo a não faltar comida para os demais convidados.

Não é o que acontece. Os comensais de hoje não só não estão preocupados com os de amanhã como também não estão repartindo igualmente o pão. Um quarto da população mundial que vive nos países ricos consome três quartos dos recursos naturais do Planeta, deixando quase nada para quem vive nos países pobres. Imagine quatro pessas famintas, quatro pedaços de pão, e uma delas come sozinha três pedaços.

Estamos consumindo demais e delapidando a fonte primária de todos os nossos bens de consumo, os recursos da natureza. O progresso com sustentabilidade – ou, para usar o termo da moda, desenvolvimento sustentável – é o desafio do Século 21. Um desafio que passa pelos nossos atos do dia a dia, como mostra o Festival SWU (veja a reportagem Na onda da sustentabilidade), mas que depende também de políticas públicas. Ninguém espere, entretanto, consciência ambiental de nossos governantes. Até na Alemanha, onde o Partido Verde é uma das seis maiores forças políticas há trinta anos, os governantes tomam medidas ambientalmente corretas de olho no voto dos eleitores, cada vez mais conscientes e ativos ecologicamente (veja reportagem Os Selvagens estão de volta).

Entre nós, brasileiros, a consciência ecológica ainda é uma plantinha tenra e o ativismo se resume a manifestações esparsas e pontuais, longe da força das manifestações de massa nas ruas ou pela internet. Ainda estamos nos tempos da “farinha pouca, meu pirão primeiro” e longe de um dos pilares da sustentabilidade, a justiça social.

A Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN) Fazenda Cabeceira do Prata, localizada em Jardim (MS), de propriedade de Eduardo Folley Coelho, e na qual é realizado o passeio de flutuação em águas cristalinas, conquistou o prêmio na categoria pessoa física, durante o 4º Congresso Brasileiro de RPPN. O evento aconteceu nos dia 26 a 29 de outubro de 2011, em Porto Alegre (RS).

O passeio de flutuação no Recanto Ecológico Rio da Prata é desenvolvido dentro da RPPN Fazenda Cabeceira do Prata, unidade de conservação da natureza que permite a proteção perpétua da área, criada por iniciativa do proprietário. É conhecido internacionalmente por suas águas cristalinas e oferece as seguintes atividades: trilha, flutuação, mergulho com cilindro, passeios a cavalo e observação de aves.

Para Eduardo Coelho "receber o prêmio é um reconhecimento de estar no caminho certo, com o trabalho que une a parte econômica com a conservação. Isso traduz a minha satisfação com o trabalho de toda a equipe e também da família".

Laércio Sousa Machado, representante da REPAMS (Associação de Proprietários de RPPNs do Mato Grosso do Sul), foi quem recebeu o prêmio para a RPPN Fazenda Cabeceira do Prata. Eduardo reforça ainda que "a REPAMS foi de extrema importância para a realização do Plano de Manejo para fazer o ordenamento e elaboração da RPPN".

Além da Fazenda Cabeceira do Prata, outra RPPN de Mato Grosso do Sul foi destaque no Congresso. A Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN) Engenheiro Eliezer Batista, de propriedade da EBX, foi vencedora do "Troféu Destaque RPPN" na categoria RPPN de pessoa jurídica. Esta é a primeira vez que o Troféu Destaque RPPN foi entregue e seu objetivo é reconhecer os esforços de pessoas, empresas e organizações que atuam em prol das reservas privadas e da proteção de nosso rico patrimônio natural.

"A conquista das premiações para as RPPNs de Mato Grosso do Sul demonstra o trabalho que vem sendo desenvolvido na região, como modelo de gestão de sucesso e exalta também, a viabilidade de negócios sustentáveis que geram receitas nos locais", conta Laércio ao Portal Bonito Brazil.

Sobre o evento

A 4ª edição do Congresso Brasileiro de RPPN congrega proprietários de RPPN, autoridades e técnicos de órgãos públicos ambientais (federais, estaduais e municipais), representantes de instituições ambientalistas, pesquisadores, estudantes e conservacionistas. Foi organizada pela Associação Charrua de Proprietários de RPPN do Rio Grande do Sul e pela Confederação Nacional de RPPN.

Durante 30 dias o renomado fotógrafo brasileiro, Sebastião Salgado, de 69 anos, percorreu e fotografou os pantanais de Mato Grosso do Sul (MS) e Mato Grosso (MT). Os registros – mais de 10 mil imagens captadas com equipamentos analógicos - fazem parte do projeto “Gênesis”, que consiste em documentar regiões intocadas da terra. É o último trabalho do fotógrafo formado em economia.

O resultado será publicado em dois livros e em uma exposição com pelo menos 300 fotos. Sebastião Salgado estima que o banco de imagens conta com mais de 25 mil fotos em película. A segunda fase do projeto será lançada em 2013, abrindo a mostra em Londres.

Em seguida, o trabalho – feito por carro, barco, avião e até banhos nos alagados pantaneiros – devem passar por Rio de Janeiro, Milão, São Paulo, Paris, entre outras localidades.

“O Pantanal é um símbolo para todos nós. Estou muito feliz com o que vi e fiz, disse o profissional nascido em Aimorés, interior do Estado de Minas Gerais (MG).

Foram 8 anos de expedição para que “Gênesis” tomasse forma. No roteiro já percorrido, além dos pantanais, Sibéria, Patagônia, Alto Xingu, Guiana Holandesa, Amazônia venezuelana e África.

No Pantanal, o premiado fotógrafo brasileiro, radicado em Paris, contou com o apoio do núcleo de meio ambiente do Instituto Homem Pantaneiro (IHP) e da Ong gestora da Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN) Eliezer Batista, do grupo EBX, situada na região da Serra do Amolar.